A 100 Open Startups, plataforma líder em open innovation no país, anuncia as inscrições para as edições 2021 do Ranking 100 Open Startups. A publicação é referência no ecossistema de inovação e reconhece as startups e empresas líderes na prática da inovação aberta. As corporações têm até abril para se inscrever, e as startups, até agosto.
“O número e intensidade de relacionamentos de open innovation entre empresas e startups aumentou 20 vezes nos últimos cinco anos, o que demonstra que cada vez mais empresas estão procurando startups para seus processos de inovação. Por isso, o Ranking tem como foco a evolução do ecossistema como um todo, por meio do mapeamento dos próximos movimentos em inovação”, comenta Bruno Rondani, fundador e CEO do 100 Open Startups.
Na edição 2020 do Ranking, a categoria TOP 100 Open Corps foi anunciada em agosto e reconheceu a Natura como primeira colocada, seguida por ArcelorMittal, BMG, EDP e Alelo. Segundo o levantamento, as 100 empresas líderes em open innovation com startups representaram 38% do total dos relacionamentos desse tipo registrados no país.
Já em novembro, foi divulgada a lista das TOP 100 Open Startups, com as startups mais atraentes para o mercado corporativo. A startup GESUAS conquistou o primeiro lugar, seguida da AEVO, Opinion Box, Rentbrella e VOLL. A publicação também destacou o TOP 10 de 25 categorias de startups, como MarTechs, HRTechs, AgriTechs, EdTechs e HealthTechs, e as TOP 5 de quatro categorias especiais: Acessibilidade e Inclusão, Inovação Social, Empreendedorismo Sênior e Empreendedorismo Feminino.
Das 13.177 startups participantes, 1.310 estabeleceram relacionamentos de open innovation com 1.968 empresas e foram aprovadas como candidatas ao Ranking 100 Open Startups 2020. Além disso, em 2020, 58% das empresas buscaram alguma startup para inovar e encontraram pelo menos uma para isso. Em 2016, essa porcentagem era de apenas 24%, reforçando que as conexões com grandes empresas estão crescendo e tendo mais importância a cada ano.
Chegando a sua 6ª edição, o Ranking 100 Open Startups é a única publicação totalmente baseada em dados do ecossistema de inovação, que contabiliza a pontuação a partir dos relacionamentos de open innovation firmados entre empresas e startups. Por isso, é utilizado como referência para empresas e investidores que buscam as startups mais atraentes no early stage. Para serem elegíveis, as startups devem ter faturamento inferior a R$ 10 milhões no exercício fiscal do ano anterior à publicação do Ranking, não ter recebido mais de R$ 10 milhões em investimento direto e não ser controlada por grupo econômico, mas sim por empreendedores à frente do negócio.
Para mais informações sobre o Ranking 100 Open Startups e como realizar as inscrições, acesse: 100os.net/ranking-participe
inovação
Para ajudar na inovação, por que não usar o desenvolvimento ágil de produtos?
Por Dale Tutt, vice-presidente do setor aeroespacial e de defesa da Siemens Digital Industries Software
Fizemos alguns avanços impressionantes tanto da perspectiva da sociedade quanto da indústria em meio a esta pandemia implacável. E, embora o setor aeroespacial e de defesa (A&D) tenha sido atingido de maneira excepcional, voltaremos ainda mais fortes, melhores e mais rápidos.
A boa notícia é que estamos vendo muitas inovações atualmente. A propulsão elétrica, por exemplo, está emergindo rapidamente como uma nova alternativa de fonte de energia. Não apenas porque é mais segura e fácil de manter, mas também porque é uma solução de energia verde, o que nos dá esperança de um planeta mais verde. Não importa se falamos de decolagem e pouso vertical elétrico (eVTOLs), táxis aéreos ou aeronaves comerciais, a propulsão elétrica logo estará presente nesses sistemas. E você viu que os aviões supersônicos ressurgiram? Word é um OEM que descobriu como lidar com o estrondo sônico. E as coisas que a SpaceX está fazendo para viagens espaciais? O espaço não é mais domínio exclusivo de grandes corporações e grandes governos. De repente, é a nova fronteira para empresas menores, mais inteligentes e mais ágeis.
Com toda essa inovação, cabe às empresas encontrar novas maneiras de reduzir os riscos e custos de programas e colocar seu produto no mercado com mais rapidez. Quando você pensa na abordagem tradicional em cascata usada há décadas, fica claro que esses ciclos de vida de desenvolvimento de produtos de dez ou quinze anos não se aplicam mais ao nosso ambiente atual. Um novo processo é necessário, que aproveite as tecnologias atuais e promessas para o futuro. Hoje, tudo deve ser feito certo já na primeira vez, em uma fração do tempo. Por exemplo, veja o segmento emergente eVTOL, existem literalmente centenas de startups competindo ferozmente no mesmo espaço; todas querem ser as primeiras!
Introdução do desenvolvimento ágil de produtos em sua organização
Como o nosso setor incorpora a inovação e a complexidade e, ao mesmo tempo, se mantém ágil? A resposta é a introdução do desenvolvimento ágil de produtos. No passado, “ágil” para muitos significava “apressado”, mas isso mudou. Hoje, o desenvolvimento ágil de produtos é uma abordagem moderna para o gerenciamento do ciclo de vida do produto (PLM), fornecendo um processo e programa extremamente bem planejados e executados, com uma série de vantagens para o projeto, teste e manufatura. Imagine o seguinte:
• E se as equipes pudessem construir e testar seus produtos antes de concluir o projeto completo e de fato começar a aprender algo sobre eles?
• E se a integração não fosse apenas gerenciar interfaces com os fornecedores, mas também gerenciar riscos técnicos para que as equipes pudessem gerenciar os cronogramas com mais eficiência?
• E se os silos atuais entre as equipes e os parceiros fossem eliminados para que todos pudessem de fato colaborar e acelerar a inovação?
O desenvolvimento ágil de software legado já existe há algum tempo, mas o setor precisa abordar o desenvolvimento ágil de produtos de uma maneira totalmente diferente. Isso envolve mais do que pessoas, ferramentas e processos; é como uma base central digital que une tudo isso. O verdadeiro desenvolvimento ágil de produtos tem como base um gêmeo digital abrangente para modelos de simulação, CAD 3D e manufatura aditiva, para citar apenas algumas possibilidades (Figura 1). A abordagem ágil é contínua e iterativa e integra teste, validação e verificação do produto e manufatura em todo o processo de desenvolvimento de produto. Com a ajuda do gêmeo digital, os usuários têm acesso a todos os tipos de software e recursos em cada fase do desenvolvimento de produto. A abordagem ágil consiste em dividir um programa em sprints (algo como “corridas”), e dentro de cada sprint, as equipes testam, verificam e validam até que os objetivos de cada sprint predeterminado sejam atendidos.
Figura 1: O desenvolvimento ágil de produtos usa as tecnologias abrangentes de gêmeo digital e thread digital da Siemens para adicionar virtualização, colaboração e automação a cada etapa do processo de desenvolvimento de produto. Modelo cortesia da Zipline International Inc.
Construção e incorporação de sprints
Um sprint divide um programa em partes menores gerenciáveis para que as equipes se concentrem em concluir um aspecto do programa antes de passar para o próximo. O primeiro sprint normalmente estabelece a base do programa e define o próximo sprint. Os sprints podem assumir várias formas, dependendo do produto. Para um novo avião, pode haver o sprint das asas, depois o sprint da cauda e depois o sprint da cabine. Com uma equipe pequena e ágil, é mais rápido dividir o projeto em partes gerenciáveis e focar em cada seção para acelerar a maturidade do projeto. Por exemplo, no caso de uma startup de eVTOL, uma das principais preocupações do sprint inicial provavelmente seria: “Vamos garantir que o avião consegue voar!”
Cada sprint consecutivo adiciona mais funcionalidades ou recursos e também pode introduzir um nível diferente ou um novo tipo de teste. A melhor coisa dos sprints é que as equipes podem se concentrar em metas de curto prazo que atendam às metas de longo prazo do programa. Voltando ao exemplo da empresa de eVTOL, em um sprint intermediário, a equipe provavelmente trabalha no projeto e aperfeiçoamento da integridade estrutural, aerodinâmica e propulsão. Enquanto avança por cada sprint, a equipe faz um projeto mais baseado em simulação. Em seguida, como a empresa eVTOL vai construir o que é testado no túnel de vento? Mas espere, e se depois de todos esses testes, um investidor de última hora pede à empresa que mude de um avião de dois para cinco assentos? É fácil fazer as mudanças necessárias porque a equipe pode voltar aos sprints anteriores. E depois, existem os desafios relacionados à certificação. As empresas enfrentam hoje maior complexidade na hora de obter a certificação de produtos, pois devem levar em conta todas as regulamentações federais, estaduais e locais que devem ser respeitadas. Um sprint com loops de feedback ativo que inclui tanto a verificação virtual do produto quanto a manufatura pode servir como uma ferramenta inestimável nesta fase – e lembre-se, fazer parte do thread digital significa que todos os tipos de dados estão disponíveis para a equipe responsável pela certificação, com rastreabilidade total para acelerar o processo.
Por fim, há a manufatura. Como uma empresa passa do protótipo à manufatura? O poder da transformação digital é percebido aqui na velocidade com a qual as equipes podem se mover na hora de aumentar a taxa de produção. Se elas estiverem construindo aviões, não se trata apenas de lançar o primeiro avião, mas de fabricar 10, 20 ou 50 por mês. Com as ferramentas virtuais e o gêmeo digital de produção, um sprint pode garantir às equipes a compreensão de seus processos de manufatura. Esse processo, também chamado de comissionamento virtual, é a capacidade de usar simulação para validar se a fábrica vai atender a todos os requisitos necessários.
Na minha experiência, é seguro dizer que um sprint elimina o risco do processo e permite que as empresas de A&D atinjam seus objetivos de uma forma muito mais flexível (Figura 2).
Figura 2: Ao incorporar o software Siemens NX em um sprint, as equipes podem otimizar e acelerar os processos de projeto, simulação e manufatura com o apoio total do gêmeo digital. Modelo cortesia da Bye Aerospace Inc.
A abordagem ágil permite incorporar várias disciplinas no processo, como eletrônica, mecânica, simulação e software
Eventualmente, um sprint pode ter elementos de projeto generativo, o que adiciona um novo nível de otimização de vários domínios. O thread de engenharia de sistemas baseada em modelo (MBSE) desempenha um papel importante aqui, pois é uma grande parte do projeto composto e do processo de manufatura. A MBSE também pode ter projetos de sistemas elétricos e mecânicos integrados no processo. Os sistemas elétricos são parte integrante de muitos programas de A&D hoje. A junção desses sistemas elétricos e mecânicos integrados por meio da MBSE pode ajudar a acelerar todo o processo de projeto e garantir a transferência mais rápida do sistema eletrônico para as equipes de conexões de fios e projeto do software.
A abordagem ágil está presente no seu futuro?
Uma das maiores vantagens do desenvolvimento ágil de produtos é que as empresas podem amadurecer seus produtos com mais rapidez, obtendo mais capacidades do produto. Já tivemos clientes que relataram isso. Eles usam ferramentas de projeto conectadas para simulação e testes virtuais que economizaram um tempo significativo do desenvolvimento de produto. Ao unir ferramentas de projeto, engenharia e manufatura em um gêmeo digital abrangente, eles estão acelerando e otimizando o processo geral de projeto, que muitas vezes também envolve reduções consideráveis de custos.
Com os sprints, as equipes tornam-se mais ágeis na execução e tomada de decisões. Além disso, mais pessoas estão capacitadas para tomar decisões melhores com base em informações melhores, pois compartilham o thread digital, que fornece rastreabilidade e conectividade.
Com isso, nossos clientes estão reduzindo o tempo de desenvolvimento de produto por meio do desenvolvimento ágil de produtos. Alguns já reduziram 50% do tempo de desenvolvimento e estão melhorando a qualidade do processo. Na verdade, alguns clientes estão melhorando 90% do rendimento inicial de seus processos de projeto e manufatura, pois têm menos retrabalho quando chegam à manufatura. E assim, com o projeto ágil de produto, você terá benefícios no mundo do projeto e, o mais importante, terá vantagens importantes também no mundo da manufatura.
No final das contas, embora o desenvolvimento ágil de produto ajude as equipes em todo o ciclo de vida do produto a ir mais rápido e com menos risco, o valor real por trás do desenvolvimento ágil de produto está no momento de construir, pois as equipes têm a capacidade e flexibilidade para desenvolver seus produtos.
IdeiaGov lança o Programa de Aceleração visando fomentar a inovação social
O IdeiaGov, hub de inovação do Governo do Estado de São Paulo, anuncia a 1ª edição do Programa de Aceleração, que tem como objetivo fomentar a inovação social, por meio do apoio direto a Negócios de Impacto que ajudem a cocriar uma nova realidade a partir da colaboração e do trabalho em rede, entendendo do potencial das parcerias com atores dos múltiplos setores, com especial ênfase no setor público.
Para conseguir alcançar os objetivos propostos, o IdeiaGov está em busca de organizações de todo o Brasil que tenham soluções inovadoras e escaláveis que se proponham, diretamente, a resolver um problema social ou ambiental urgente e latente devido aos efeitos da pandemia da COVID-19 e que beneficiem as populações pertencentes à base da pirâmide social. Além disso, a solução deve estar alinhada diretamente a um ou mais Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que foram definidos pela ONU para a Agenda 2030.
O edital irá selecionar 15 Negócios de Impacto de qualquer lugar do Brasil, e os participantes vinculados às organizações ganhadoras poderão participar do Programa de Aceleração do IdeiaGov ao longo de 3 meses, de maio a julho de 2021. “Todas as atividades serão online, repassadas por meio de webinars, mentorias coletivas, oficinas práticas e mentorias individuais com a Rede de Mentores da Comunidade Impact Hub e com servidores públicos. Ao todo, serão, pelo menos, 36 horas de atividades, além da banca final, para os quais os participantes devem dispor de 3 a 7 horas por semana de dedicação ao Programa, para acelerar o seu potencial de colaboração e entender os mecanismos disponíveis para ampliar ainda mais o seu impacto”, explica Priscila Sant’Anna, coordenadora do Programa.
Quem pode participar
Para participar do Programa de Aceleração IdeiaGov, os Negócios de Impacto que quiserem se inscrever deverão estar formalizados e serem organizações com fins lucrativos. É necessário que as organizações inscrevam pelo menos dois empreendedores, sendo um deles sócio da empresa com dedicação em tempo integral à iniciativa.
“Para ser um negócio de impacto, as organizações precisam ter como missão a solução de um problema social e gerar receita ou ter potencial de fazer por meio de uma iniciativa com modelo de negócio que vise a sustentabilidade financeira”, esclarece Priscila.
Inscrição
A inscrição e a participação no programa são gratuitas a todos os participantes. Ela deverá ser feita através do site do IdeiaGov , onde o participante responsável deve preencher um formulário no período de 1 de março até a data limite de 29 de março de 2021, às 18h00, horário de Brasília.
Entre os critérios a serem analisados, está o potencial de impacto social, seu diferencial e inovação, o potencial de escalabilidade e replicabilidade da solução apresentada, modelo de negócios da empresa e questões referentes ao time, sua diversidade e conhecimentos.
Para ler o edital completo e saber mais informações, acesse: https://www.ideiagov.sp.gov.br/programadeaceleracao.
Oiweek digital conecta praticantes de open innovation
A 13ª Open Innovation Week (Oiweek), principal encontro de inovação aberta do Brasil, será realizada de 23 a 25 de fevereiro, em formato online. Promovido pela 100 Open Startups, principal plataforma de inovação aberta do país, o evento tem como objetivo realizar novas conexões do ecossistema de inovação, apresentar novas oportunidades de open innovation com startups e atualizar o público com as melhores práticas de open innovation do mercado. A primeira edição do ano contará com as hosts de open innovation VLI Logística Integrada, Everis Brasil, Sompo Seguros, Sojitz e Ambev, além de mais de 250 startups curadas, executivos e investidores.
Entre os destaques do evento deste mês, está a utilização da plataforma Clubhouse em uma das atividades da programação, que discute “Open innovation com startups: o que aprendemos na prática”. Completam a programação temas como Marco Legal das Startups, como montar um time de desenvolvedores em um mercado competitivo e como preparar os colaboradores para inovação aberta com startups, além de grandes empresas apresentando suas oportunidades de inovação aberta para startups.
“A Oiweek tem como proposta promover discussões sobre open innovation, destacando novas oportunidades, atualizações e os desafios do momento, bem como facilitar conexões de negócio para a nossa comunidade usando a plataforma de matchmaking do evento”, comenta Bruno Rondani, fundador e CEO do movimento 100 Open Startups.
A Oiweek reúne as corporações líderes, as startups mais atraentes, os cientistas das principais instituições de pesquisa, investidores qualificados e especialistas para compartilhar conhecimento e gerar novas oportunidades de negócios em inovação. Ao longo de 2021, o evento contará com dez edições, entre fevereiro e novembro, servindo como ponto de encontro mensal para o ecossistema de inovação e praticantes de open innovation.
Para mais informações e inscrições, acesse: oiweek.com/fevereiro
Posicionamento da Anjos do Brasil sobre o texto do Marco Legal das Startups em tramitação no Senado Federal
O Marco Legal de Startups, aprovado em votação pela Câmara dos Deputados e agora em discussão no Senado Federal, tem uma enorme importância para o desenvolvimento do ecossistema de startups Brasileiro. Estas empresas inovadoras apresentam modelos de negócios, estruturas de investimento e relações de trabalho que são específicas e necessárias para o crescimento do negócio.
Dentro da proposta percebemos ter avanços significativos, mas não podemos deixar de mencionar que a redação final do texto deixa de lado quatro pontos essenciais para que o Marco Legal das Startups tenha um real impacto positivo para o ecossistema empreendedor inovador:
Ponto 1 – Inclusão da Possibilidade de Startups organizadas na forma de Sociedades Anônimas aderirem ao Simples Nacional
Ponto 2 – Equiparação tributária dos investimentos em Startups aos investimentos em imóveis ou no agronegócio (LCI/LCA)
Ponto 3 – Garantir o caráter mercantil das opções de compra distribuídas em Planos de Opções de Ações (Stock Option Plans) distribuídas a colaboradores, prestadores de serviço ou outros
Ponto 4 – Garantir a dispensa das publicações legais, ou a publicação exclusivamente no site da empresa, e os livros digitais para as Startups constituídas na forma de Sociedades Anônimas, sem limite de sócios
Cassio Spina, presidente e fundador da Anjos do Brasil, afirma que estes pontos já haviam sido discutidos durante toda elaboração deste Projeto de Lei. “A aprovação deste PLP sem os mesmos implicará que o mesmo terá pouca relevância para estimular o desenvolvimento do empreendedorismo inovador brasileiro.”
Saiba mais na Nota técnica para o Senado, assinada por 37 organizações do ecossistema: http://bit.ly/NotaTecnicaPLP146-MLS
IdeiaGov anuncia o resultado do edital Jornada Digital do Paciente
O IdeiaGov, hub de inovação do Governo do Estado de São Paulo, seleciona 8 propostas de tecnologia através dos 4 desafios da Jornada Digital do Paciente.
“Os desafios foram mapeados juntamente com as equipes do Hospital das Clínicas com o objetivo de encontrar soluções que pudessem resolver 4 desafios relacionados à jornada do paciente dentro da instituição. Tivemos propostas muito qualificadas e selecionamos aquelas que melhor atenderam os critérios de seleção durante o processo seletivo. Tenho certeza que as soluções inovadoras irão ajudar a melhorar, e muito, o dia a dia dos profissionais de saúde do Hospital das Clínicas bem como melhorarão a experiência dos milhares de pacientes que são atendidos, diariamente, por esta instituição”, afirma Felipe Maruyama, diretor de inovação em Governo do Impact Hub à frente do IdeiaGov.
Desafio1: Solicitação de exames de imagem baseados em dados
Para o desafio “Solicitação de Exames baseada em dados do paciente”, o IdeiaGov, em parceria com o Hospital das Clínicas, demandou soluções inovadoras que conseguissem criar um sistema de auxílio à solicitação de exames de diagnóstico por imagem. Três proponentes foram selecionados: Consórcio entre a Camedics Tecnologia e a Vöiston.Inc, Techtools e Mindify.
O consórcio entre a Camedics e a Vöiston.Inc , apresentou uma plataforma de inteligência artificial que conta com interpretação dinâmica da jornada do paciente e projeção de desfechos futuros para hierarquizar a tomada de decisão das equipes médicas. Atuando sobre os sistemas de gestão, de prontuários eletrônicos, de prescrições eletrônicas e de armazenamento de exames e laudos, a plataforma irá aplicar a inteligência artificial para extrair e classificar dados da população e de prontuários e exames.
A Techtools Health Innovation criou a “Atende Saúde”, sistema multiplataforma que utiliza a inteligência artificial, Big Data e Blockchain para conectar pacientes e hospitais, permitindo a personalização do atendimento em seus três estágios: bem-estar, cuidado e crônico.
Já a Mindify , apresentou uma solução que minimiza a precariedade dos dados clínicos estruturados e que oferece formulários otimizados para a coleta de dados clínicos estruturados e, também, para apoio à tomada de decisão com auxílio de Inteligência Artificial.
Desafio 2: Experiência do Usuário no atendimento
“O desafio 2 do edital buscava soluções inovadoras que pudessem melhorar a experiência de pacientes, colaboradores e colaboradoras , a partir do uso de tecnologias que tornem os processos mais simples e digitais, desde a recepção do paciente até o término do exame”, explica Gabriel Romitelli, coordenador de implantação de soluções inovadoras no Impact Hub.
A B3 Health Tech foi a empresa selecionada, com a apresentação do “Fast Check-In”. Solução dinâmica, integrada e intuitiva para o agendamento antecipado e admissão automatizada para realização de exames de imagens, indo até à avaliação da satisfação do paciente após o exame. O “Fast Check-In” apresenta o web check-in que agenda a consulta, recebe os dados, atualiza o cadastro no sistema e gera um QR Code para o check-in presencial em terminal de autoatendimento, onde registra a chegada e passa o status do paciente. A plataforma também consegue orientar o paciente dentro do hospital e informar ao médico onde ele está.
Desafio 3: Agendamento Automatizado
A Pixeon , empresa de tecnologia especializada em saúde, desenvolveu uma plataforma conversacional omnichannel com uso de inteligência artificial que automatiza processos administrativos e clínicos para hospitais, clínicas e laboratórios. A solução possibilita melhorar a gestão das vagas para exames em equipamentos de diagnóstico por imagem a partir do agendamento inteligente e automatizado, buscando reduzir a taxa de absenteísmo de pacientes. A tecnologia ainda possibilita o agendamento de qualquer especialidade por meio do WhatsApp, Facebook e outros canais.
Desafio 4: Operação Remota de Exames de Imagem
As soluções da Ness Health, RMTC Diagnósticos por Imagem e CORI (Central de Operações Remotas Inteligentes) apresentaram excelentes tecnologias para operar remotamente os equipamentos de Ressonância Magnética e/ou Tomografia Computadorizada, de forma eficaz e de rápida implementação para auxiliar a realização desses exames.
A Ness Health apresentou um recurso de teleoperação baseado em software, robótica e processos para o comando remoto dos equipamentos de ressonância e tomografia. Além disso, o sistema promove melhoria de qualidade e menor reconvocação, padronização de protocolos, otimização de agenda e fornece dashboards de performance e informações dos pacientes.
Já a RMTC Diagnósticos por Imagem desenvolveu a “Command Center iDr” que faz a operação remota de equipamentos de ressonância magnética e tomografia computadorizada utilizando hardware e software. A empresa faz a implementação da tecnologia de comunicação e automação nos locais e equipamentos de exame. Em seguida, realiza o treinamento da equipe técnica do hospital e dos novos operadores remotos. A solução conta com mecanismos de segurança e há o botão de pânico para parar o exame caso necessário. Ela também reduz o tempo dos exames diminuindo o tempo de espera dos pacientes para a realização dos procedimentos.
Uma Central de Operações Remotas e Inteligentes (CORI) foi criada pelo consórcio das empresas, Holon Group e Univen Healthcare, empresas com expertise em soluções para diagnóstico por imagem, com o objetivo de reduzir a exposição às contaminações por parte dos profissionais envolvidos na operação de ressonância e tomografia. A tecnologia também consegue diminuir a frequência de reconvocação de pacientes, na medida em que na falta de algum funcionário ou experiência do operador, outra pessoa pode intervir.
Benefícios
As empresas terão acesso às equipes técnicas do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), para orientação, apoio na execução de provas de conceito e testes pilotos, além de troca de informações técnicas, de caráter não sigiloso, relacionadas a Jornada do Paciente. As soluções poderão ser aplicadas em ambientes de uso real para a testagem e validação do método tanto para aprovação tecnológica quanto mercadológica.
Além disso, terão acesso a um programa de mentorias e formações sobre temas relevantes para empresas que pretendem fornecer bens ou prestar serviços ao governo, com apoio de especialistas e equipe dedicada. Poderão, também, ter acesso e contato com outros órgãos do Governo do Estado de São Paulo, como a PRODESP e o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), bem como eventuais parceiros externos, com possibilidade de conexão com investidores-anjo e fundos de venture capital.
Exits reforçam bons resultados do BMG UpTech
Em um período de um ano, três startups investidas pela empresa, corporate venture do Grupo BMG, foram adquiridas por grandes companhias, em seus segmentos.
No ecossistema de inovação, alcançar um exit é importante para todos os envolvidos. O termo se refere ao “ponto de saída” de uma startup, ou seja, quando ela é vendida e, assim, tem oportunidades ainda maiores para ganhar escala, se desenvolver e atingir novos mercados. Do outro lado, há o retorno financeiro aos fundadores do negócio e aos investidores que apoiaram o projeto. O BMG UpTech, braço de inovação do Grupo BMG, comemora o terceiro exit em um período de um ano. Resultado importante para reforçar que o caminho e as escolhas da empresa têm sido assertivos, além de aumentar as boas perspectivas para 2021.
A “saída” mais recente ocorreu no final de 2020, quando a Empiricus adquiriu a fintech Real Valor, dona do aplicativo de consolidação e monitoramento de carteira de investimentos. Em 2019, a Pedala, coinvestida pelo BMG UpTech e Bossa Nova, foi vendida para a Ame, pertencente à B2W e às Lojas Americanas. A plataforma realiza entregas last mile para companhias de e-commerce, utilizando ciclistas profissionais no serviço. Já a dLieve, focada em logística, foi comprada pela VTEX, maior plataforma de comércio eletrônico da América Latina. Hoje se tornou VTEX Tracking.
De acordo com o CEO do BMG UpTech e da Bossa Nova, Rodolfo Santos, os exits representam a principal prova de que o trabalho realizado foi bem-sucedido. Isso porque um dos dilemas do investidor de venture capital, principalmente num mercado incipiente como o brasileiro, é saber se o direcionamento do negócio está correto. “Em apenas um ano (dez/19 a dez-20) e atravessando um cenário mundial adverso em 2020, três saídas e muitas histórias de crescimento contínuo e acelerado de grandes empreendedores. Trata-se de um momento de reconhecimento à tese de investimento criada pelos founders da Bossa Nova, que é sócia do BMG UpTech, e ao persistente processo de profissionalização realizado”, destaca.
Para 2021, as perspectivas são ainda melhores. Isso porque, na avaliação do executivo, mesmo com o panorama negativo provocado pela pandemia, o ano passado deu ênfase à importância da verdadeira transformação digital nas grandes empresas e potencializou a visibilidade das startups. Ou seja, mostrou que o ecossistema é resistente às crises e que os empreendedores estão aptos para o enfrentamento dos desafios, sendo que os reflexos serão mais sentidos agora. “Da nossa parte, seguiremos mais fortes na crença de que coinvestir, especialmente via programas setoriais organizados, que tracionem e preparem as startups para o crescimento acelerado, é o melhor caminho para o sucesso”, conclui Santos.
Os investimentos em startups brasileiras devem fechar 2020 em cerca de US$ 3 bilhões, conforme projeção do levantamento “Inside Venture Capital Brasil”, realizado pela empresa de inovação aberta Distrito. O acumulado, em 2019, chegou a US$ 2,94 bilhões. Até novembro, os aportes de venture capital – modalidade focada em negócios com alto potencial de crescimento – ficaram distribuídos para 426 empresas nacionais.
Espírito empreendedor e comunicação – uma fórmula para conviver no ecossistema de inovação

Por Sergio Risola, diretor-executivo do Cietec.
O mundo do empreendedorismo é cheio de gurus com fórmulas mágicas. Mas, certamente, qualquer gestor de ambientes de inovação, com o objetivo de apoiar o nascimento e o fortalecimento de startups que visam escalar, já se deparam, ao longo de suas vivências diárias, com os mais diferentes tipos e perfis de empreendedores.
Isso porque ninguém é igual a ninguém, ou ainda, todos somos diferentes, e porque não dizer, somos únicos em nossas diferenças. Em minha trajetória encontrei os mais variados tipos de empreendedores vitoriosos, que se tornaram importantes e famosos com suas empresas, cheios de grana, e ainda, realizados por desenvolverem inovações com propósitos que resolveram gargalos para a sociedade.
Uns eram gênios competentes e realizadores. Monstros criativos que eram cheios de energia para transformar em realidade seus sonhos. Outros eram apenas cheios de ideias e de boa vontade, mas demonstraram ao longo do tempo pouca capacidade realizadora para que aquele negócio fosse a frente.
Hoje se fala muito na importância de se ter um propósito, ou seja, ter uma ideia inovadora, colocá-la em prática, gerar lucro e ainda promover impacto positivo na sociedade. Os empreendedores com um propósito claro sabem onde querem chegar, e sobretudo, dispõem da energia e resiliência necessárias para enfrentar a trajetória, que certamente não é tarefa fácil.
Como dizia Peter Drucker, “o empreendedorismo não é nem ciência, nem arte. É uma prática.” E eu diria ainda que é um conjunto de práticas. Parte delas são intrínsecas, ou seja, fazem parte do íntimo ou interior do empreendedor. Parte delas são extrínsecas, vão além do foro íntimo e englobam processos como a construção de um bom plano de negócio, registros fiscais, capital de giro, a conjuntura econômica ou social, entre outros.
A parte intrínseca é a força motriz que impulsiona, que faz mover o empreendedor. Dela faz parte o chamado espírito empreendedor, aquilo que o inspira e o move a um propósito maior. Muitas vezes essa é a diferença que faz uns enxergarem, por exemplo, algo como barreira, e outros como uma oportunidade de solucionar um problema na sociedade.
A inovação hoje está sendo vista como uma importante ferramenta para o desenvolvimento econômico e social de comunidades, cidades e países, pois possibilita a inserção de novas ideias para resolver os grandes problemas do dia a dia e atender as mais diversas necessidades do ser humano.
Inovação gera valor e ajudará na construção de um mundo mais justo, inclusivo, igualitário e seguro para todos.
Espírito Empreendedor
Para um empreendimento é fundamental além de conhecimento técnico, o perfil do Empreendedor, ou o chamado espírito empreendedor que, de acordo com o SEBRAE, possui as seguintes principais características: Autoconfiança, Automotivação, Criatividade, Flexibilidade, Liderança, Iniciativa e Elevado poder de comunicação.
O empreendedor nos ambientes de inovação
Ao longo desses 23 anos de trajetória no ecossistema de inovação, conheci empreendedores de todo tipo, alguns com muitas características do espírito empreendedor outros com poucas. Encontrei os generosos, que contribuíram com uma parte da inovação, adubaram o terreno, para que outros dessem continuidade e chegassem a vencer.
Encontrei também os desconfiados que demoraram mais tempo para estabelecer uma relação de confiança, mas que com o tempo aprenderam a riqueza da troca e da colaboração no ambiente de inovação. E aqueles que perderam o time e foram “tratorados”, quero dizer, atropelados por grandes grupos econômicos, ou big players, com tecnologias que passaram por cima de TUDO e de TODOS.
Conheci os relacionais que gostavam de receber visitas, ou seja, eram abertos a fazer parte do networking riquíssimo dos ambientes de inovação. E aqueles que pedem, por favor, para não serem importunados – e são respeitados. Também têm os otimistas que, mesmo nos piores momentos, distribuem sorrisos que animam a todos ao seu redor.
Também me deparei com os conhecidos workaholics, mas os chamo de worklovers, que de tão devotados ao projeto/negócio que até esquecem da família e precisam ser alertados sobre a importância desse equilíbrio para sua vida e para o próprio negócio. E, encontrei também, os devotados à família e aos amigos que não percebem que sua startup só vai decolar se ele dedicar mais tempo do seu dia aos negócios – estes também são cuidadosa e diplomaticamente alertados.
Achei empreendedores, que além de seus projetos inovadores, tornaram-se bons e cordiais amigos. Vi muitos casamentos acontecerem de relações bacanas nascidas nesse ecossistema de inovação e alguns outros casais que se encontraram por aqui e suas relações logo acabaram, como também vi casais que chegaram e prosperaram, e, até mesmo, procriaram.
Mas, vale registrar que NUNCA testemunhei empreendedores se tornarem empresários vitoriosos, ou parcialmente vitoriosos, sem saber lidar com PESSOAS, também conhecidas como GENTE, que são o segredo (que todos sabemos) do sucesso de uma empresa.
Daí nossa experiência afirmar que de todas as características aquela que sobressai no sucesso do empreendimento é exatamente o empresário que exerce liderança, e pela sua simpatia, e poder de comunicação sempre misturado com competência, consegue estruturar e manter o seu time de colaboradores motivados, tirando o melhor de cada um.
Bem sabemos que, como gestores, devemos estar motivados e passar essa motivação e energia a eles o tempo todo, mas a recíproca também é verdadeira. Cada empresário motivado e energético nos alimenta e nos turbina para tocar mais produtivo o dia a dia e com retornos potencializados a eles, empresários.
Um empreendedor bem humorado e empático pode fazer toda a diferença para inspirar sua equipe e estabelecer conexões colaborativas. E lembre-se um mundo melhor pode começar com um simples sorriso e um bom dia.
Muito mais vi, mas ficarei por aqui, entretanto, embora gostando de tudo que vi e vivenciei, fiquei triste pelo que soube e acompanhei de errado e não pude contribuir para corrigir o rumo. Sim, continuaremos aprendendo, todos os dias, para entregar para a sociedade o melhor de cada um transformado em produtos e serviços inovadores.
E para finalizar, adapto a frase de George Bernard Shaw, com uma pitada de humor que carrego comigo em TODOS os momentos da minha vida profissional, e pessoal, e vou misturando essas estações com muita alegria e prazer: Those who can, do. Those who can’t, teach. Those who do neither, write clever things or bullshit. (Em português: Aqueles que podem, fazem. Aqueles que não podem, ensinam. Aqueles que não fazem nem uma coisa nem outra, escrevem coisas legais ou besteiras.)
The Bakery completa 3 anos no Brasil e mapeia 5 mil startups no mundo
A britânica The Bakery – primeira consultoria de inovação corporativa do mundo, fundada em 2012 pelos empreendedores e investidores ingleses Andrew Humphries e Tom Salmon – está completando três anos de operação no Brasil e colhe os frutos dos programas realizados para dezenas de clientes de grande porte, como Natura, Vale, Grupo Fleury, Johnson & Johnson, Banco Itaú, Banco Pan e CCR. A carteira de mais de 20 clientes será ampliada em 2021 e a empresa já aumentou sua equipe em 70% nos últimos dois meses. O número atual de profissionais (24) deve dobrar até o fim desse ano.
A pandemia da Covid-19 trouxe ainda mais desafios para as companhias e a consultoria já sente neste início do ano um maior entendimento e disposição das corporações em investirem em programas de inovação mais robustos. Nos últimos meses, a unidade brasileira da The Bakery firmou novos contratos com tíquetes mais que 100% maiores do que os anteriores, com programas de duração e escopo ampliados, incluindo programas híbridos com diferentes frentes de trabalho.
“Nossa metodologia exclusiva de trabalho ajuda as corporações a inovarem de maneira rápida e eficiente, identificando problemas, acessando os melhores empreendedores e ideias, onde quer que eles estejam, testando e implementando soluções criadas por startups do mundo inteiro. Grandes empresas que já nos haviam contratado ao longo dos dois primeiros anos da nossa operação nos procuraram em 2020 para novos projetos, convictas de que o processo trará, novamente, o retorno desejado”, conta o sócio e cofundador Felipe Novaes, que iniciou a The Bakery no Brasil junto ao sócio Marcone Siqueira.
Sem fronteiras para encontrar soluções para desafios estratégicos
Mas, de que forma as startups entram no radar? A empresa não se restringe a um portfólio próprio de empreendedores, como ocorre em tradicionais aceleradoras, nem aloca grandes times dentro do ambiente do cliente, serviço de alto custo oferecido por consultorias de negócios. Com escritórios em 5 países, clientes em 16 e mais de 150 desafios corporativos resolvidos, a The Bakery atua com isenção na relação com as startups e tem como principal diferencial a sua ampla rede global de soluções, composta por milhares de empreendedores, mentores, professores, pesquisadores e investidores em mais de 30 países.
Por intermédio dessa rede, a The Bakery já mapeou, até agora, 5 mil startups nacionais e internacionais que, de alguma forma, endereçam os desafios mais estratégicos dos seus clientes. Marcone Siqueira explica que, a partir da identificação de cada desafio, são encontradas e engajadas em média 250 soluções para diferentes ângulos de ataque, que passam por uma avaliação ágil, porém, rigorosa.
No funil dos programas de inovação aberta, os resultados conquistados pela The Bakery Brasil são animadores: mais de 150 startups já apresentaram suas propostas para companhias brasileiras, pelo menos 70 iniciaram testes e cerca de 30 já estão trabalhando com corporações.
“Nossa busca não tem fronteiras. Nós acreditamos que, para muitos problemas, alguém, em algum lugar do mundo, já desenvolveu uma solução. A empresa, sozinha, não consegue acessar uma rede tão vasta em tão pouco tempo e, muitas vezes, não conhece os códigos certos para ativar os potenciais parceiros e trazê-los para perto. Nosso trabalho é reduzir essas distâncias, ajudando empresas a encontrar a melhor solução e adaptá-la à sua realidade”, diz Siqueira, que também é professor no MBA em Finanças do Ibmec-BH e no MBA em Inovação Corporativa da FIAP. Graduado em Relações Internacionais, foi chefe de investimentos do governo britânico na América Latina e Caribe, entre 2014 e 2018, e consultor de investimentos para empresas de tecnologia.
Vertentes Partner, Build e Buy
A The Bakery atua em três vertentes dentro dos seus programas corporativos: Partner, Build e Buy. Para resolver um desafio ou problema, seus clientes podem firmar uma parceria com as startups (Partner), desenvolver uma startup própria (Build) ou adquirir a startup que atenda às suas demandas (Buy). Na versão Build, a The Bakery estrutura todos os processos e estratégias para apoiar o cliente na construção de uma solução, criando um negócio, serviço ou produto, digital ou não, para explorar oportunidades de mercado ou demandas de usuários (programa Startup-as-a-Service), ou unindo empreendedores e intraempreendedores para a cocriação de startups inovadoras (programa Start). Ambos são programas com metodologias para Venture Building.
Há, ainda, os chamados programas colaborativos, que reúnem empresas para solucionar desafios de diferentes setores. Recentemente, foram lançados o The Bakery Health Lab e o Capital Markets Lab.
Cases de sucesso
Um dos cases de maior destaque é o trabalho realizado com a Natura (ganhadora do Prêmio Valor Inovação Brasil 2020) em seu Zero Waste Packaging Innovation Challenge, colaborando para o ambicioso desafio de zerar o descarte de embalagens plásticas de uso único. Em parceria com MIT (Massachusetts Institute of Technology), Universidade Técnica de Munique e outras renomadas instituições, foram mapeados 574 potenciais parceiros em 35 países, desde empresas de logística reversa até especialistas em biotecnologia. Três soluções foram selecionadas para a fase de testes.
Outro exemplo recente é um dos cases da Vale. No início da pandemia, com apoio da The Bakery, a companhia realizou uma chamada pública, no Brasil e no Canadá, para soluções de combate ao novo coronavírus. Foram recebidas 1.800 propostas. A mineradora doou US$ 1 milhão para 11 startups que, juntas, impactaram mais de 500 mil vidas.
“Até pela experiência de seus sócios, a The Bakery navega muito bem nos dois universos, o do mundo corporativo e o das startups, contribuindo para essas conexões e falando a língua de executivos e de empreendedores. Nossa missão é unir as forças dessas empresas para ajudar a tornar o mundo mais empreendedor”, destaca Novaes, que é engenheiro de formação e foi cofundador de uma startup de educação em Nova York – investida pelo inventor do Cloud Computing, além de ter atuado por 13 anos em grandes empresas como Avon, Vale e Syngenta, com gerenciamento de projetos e novas tecnologias.
Saiba por que Florianópolis tem o melhor ambiente de inovação e capital humano para empreender



Florianópolis é a segunda melhor cidade para se empreender no Brasil, é o que aponta o Índice de Cidades Empreendedoras realizado pela Endeavor em parceria com a Escola Nacional de Administração Pública (Enap) – lançado nesta quinta-feira (28). A capital catarinense ficou somente atrás de São Paulo, que tem população 20 vezes maior. As condições de inovação e capital humano foram os destaques da cidade, que ocupou a primeira posição nos dois pilares. Santa Catarina ainda conta com mais dois representantes no top 20 do ranking geral: Joinville, em 16º, e Blumenau, em 17º.
Um conjunto de ações contribuem para o desenvolvimento de Florianópolis e do estado como um ecossistema empreendedor. No pilar inovação – em que a cidade ocupa o primeiro lugar e Joinville, no norte catarinense, o quarto – foram examinados os indicadores como proporção de mestres e doutores em ciência e tecnologia, assim como de funcionários nessa área, investimentos do BNDES e da Finep, número de patentes registradas, representatividade da indústria inovadora e da economia criativa, entre outros.
O movimento empreendedor ganhou expressão na capital desde a década de 90, quando houve um aumento do número de empresas de tecnologia e inovação se instalando e sendo criadas, o que rendeu, mais recentemente, o apelido de “Ilha do Silício”. Segundo dados do ACATE Tech Report 2020, a região metropolitana possui 3,9 mil empresas do setor, com faturamento de R$ 9,9 bilhões. São mais de 7 mil empreendedores e cerca de 28 mil colaboradores.
Há dois anos, uma parceria entre a Prefeitura de Florianópolis e a Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE) criou a Rede de Inovação, uma iniciativa pioneira no país que reúne quatro centros de inovação com o objetivo de estimular a cultura de inovação e empreendedorismo, ativar o ecossistema de inovação e gerar e escalar negócios inovadores no município.
“O Índice vai ao encontro do que constatamos no Tech Report, e demonstra o quanto o setor de tecnologia e inovação são fundamentais para o desenvolvimento de uma cidade. Hoje é a principal atividade econômica do município, e Florianópolis também tem a maior taxa de empresas de tecnologia por habitante do país, com cinco empresas para cada mil habitantes”, explica Iomani Engelmann, presidente da ACATE.
Capital Humano de qualidade, mas ainda escasso
Conectado diretamente a isso, Florianópolis também ficou em primeiro lugar na dimensão capital humano. Fatores como alto desempenho dos alunos no Enem, alta proporção de adultos com ensino médio completo, de matriculados no ensino técnico e profissionalizante, de adultos com ensino superior completo e de alunos com formação superior em cursos avaliados como sendo de alta qualidade compõem o resultado. “Certamente o setor de tecnologia e inovação impulsionou este resultado, pois as empresas de tecnologia atraem um grande número de profissionais altamente qualificados”, observa Engelmann.
A startup de biotecnologia BiomeHub exemplifica bem esta realidade. Fundada em 2019 na capital catarinense, é uma das únicas healthtechs a desenvolver soluções tecnológicas baseadas no microbioma humano no Brasil e, com menos de dois anos no mercado, já é reconhecida nacionalmente como referência em tecnologia e conhecimento sobre o tema para a promoção da medicina preventiva e de precisão. Também foi pioneira no país ao desenvolver uma metodologia de testagem em massa para a Covid-19. “Um dos pontos que fazem com que tenhamos uma alta capacidade de inovação é a qualidade e quantidade de colaboradores com mestrado e doutorado na nossa equipe”, explica o CEO da startup, Luiz Felipe Valter de Oliveira, que também é doutor em Genética e Biologia Molecular.
Apesar da boa colocação no ranking, assim como o restante do país, o estado também enfrenta um gargalo para contratação de profissionais altamente qualificados no setor. Entidades e a iniciativa privada estão se mobilizando para capacitar mais pessoas para a área, mapeando uma jornada e sensibilizando os jovens desde a escola para que tenham interesse pela tecnologia. “Projetos como o DevinHouse, que vai formar desenvolvedores em nove meses, e o Entra21, que capacita jovens e encaminha para o mercado de trabalho, são essenciais para que o ecossistema continue crescendo de forma sustentável”, explica o presidente da ACATE.
Acesso a capital
Outro pilar que a capital catarinense ocupa uma boa colocação no ranking é o Acesso a capital. O diretor do grupo de investimento da ACATE, Marcelo Wolowski, comenta que no setor de tecnologia e inovação a oferta aumentou muito no último ano, mesmo em meio a pandemia. “Foram quase R$ 100 milhões de investimento em 2020. Atualmente, existem dois fundos na cidade para investimentos em empresas inovadoras, e a ACATE também está apoiando um fundo de R$ 100 milhões da Invisto. Além disso, a Rede de Investidores Anjo t se fortaleceu muito nos últimos anos”, aponta Engelmann.
Ainda que tenha obtido um bom resultado geral, a 23ª posição no pilar Ambiente Regulatório; 15ª em Infraestrutura; 42º em Mercado; e 87º em cultura empreendedora mostram que os desafios são inúmeros. Ao menos no ambiente regulatório, a cidade já vê alguns avanços. O projeto Floripa Simples, lançado em 2020, permite a abertura de uma empresa de baixo risco em quatro horas, tempo mais rápido do país entre as capitais. “Existem algumas particularidades por se tratar de uma ilha, que impede a construção de grandes indústrias, mas precisamos avançar muito na questão da conectividade, que precisa ser ampliada, assim como na infraestrutura. O levantamento é um bom parâmetro para toda a sociedade avaliar e elencar as prioridades para o desenvolvimento”, finaliza Engelmann.
Danone convoca startups para desafio de Inovação
A Danone em parceria com o AgTech Garage – um dos principais hubs de inovação do Agronegócio a nível mundial – convida startups para participarem da 1ª edição do Circuito de Inovação Danone. Colaboração, agilidade e inovação são alguns dos ingredientes que fazem parte do jeito de trabalhar Danone e impulsionam a Revolução Alimentar, uma revolução liderada pelos danoners (como são chamados os funcionários da Danone), juntamente com consumidores, varejistas, produtores, fornecedores, startups e ONGs que protegem, produzem, comercializam e consomem alimentos de uma nova maneira, de forma a proteger e nutrir a saúde das pessoas e do planeta.
Alinhado a esses valores, o objetivo do desafio é trazer soluções inovadoras em seis áreas diferentes: Copackers, Cadeia de Suprimentos, Operações, Sustentabilidade, Marketing e Comunicação e Inovação, com o intuito de gerar negócios e cooperação que tragam valor superior, sustentável e lucrativo.
O programa contará com envolvimento dos diretores e lideranças da Danone, além de um contato direto com o comitê de inovação durante todo o processo de condução do Circuito. Além disso, há possibilidades de parceria para contratação da solução e co-desenvolvimento de inovações com a empresa.
Para participar as startups deverão fazer a inscrição no site https://www.agtechgarage.com/circuito-danone/ até 1º de fevereiro de 2021. O Circuito de Inovação Danone é uma oportunidade para se conectar com a empresa, gerar negócios e ganhar visibilidade em meio ao ecossistema de inovação.
Cronograma
• INSCRIÇÕES: 12/01/2021 – 01/02/2021
• ROADSHOW: 20/01
• TRIAGEM: 02/02 – 04/02
• PITCH DAY: 12/02
Programa de Inovação Aberta Cisco / SENAI-SP recebe inscrições até 31 de janeiro
OPrograma de Inovação Aberta Cisco/SENAI-SP prorrogou as inscrições até 31 de janeiro de 2021. A ação é parte do Cisco Brasil Digital e Inclusivo (BDI) e tem o objetivo de acelerar startups, fortalecer o ecossistema de inovação e desenvolver o empreendedorismo brasileiro. Serão selecionadas até cinco startups com projetos que empreguem as tecnologias pilares da Indústria 4.0.
As startups interessadas em participar devem ter projetos em estágio inicial com soluções que impactam a cadeia da Indústria 4.0 nas seguintes áreas: Otimização do Processo Produtivo, Manutenção Prescritiva e Segurança e Redução de Riscos. O programa é equityfree, ou seja, as únicas exigências para que as startups participem é a sinergia com um dos temas propostos e a dedicação durante todo o projeto.
O Programa Inovação Aberta Cisco/SENAI-SP terá quatro fases. A fase 1, refere-se à inscrição da startup. Na fase 2 serão selecionadas as startups com os melhores projetos para a indústria. Além disso, os seus representantes serão entrevistados via webconference, para maior aprofundamento nos assuntos pertinentes à startup e ao programa.
A Fase 3 é de aceleração com duração de até seis meses e contará com duas etapas. Na primeira a startup passará pelo processo de validação do seu modelo de negócio e solução. Em seguida ela irá aprimorar sua solução, com tecnologia definida e capaz de rodar uma Prova de Conceito (PoC). Já na quarta etapa, chamada de Demo Day, as startups participarão de um evento para apresentação dos projetos com palestras, pitch e bate papo explorando a experiência vivida durante o programa e reconhecimento aos dois melhores projetos.
Durante a participação do programa, as startups selecionadas terão acesso a diversos recursos, como:
- Mentores e profissionais especializados em tecnologia, pesquisa e desenvolvimento.
- Acesso a 22 Núcleos de Tecnologia e 10 Institutos de Inovação.
- Auxílio para elaboração de projetos voltados a editais de fomento.
- Acesso às tecnologias Cisco, assim como às tecnologias disponíveis no Openlab.
- Robusta rede SENAI-SP e FIESP de conexão com a indústria brasileira para geração de negócios.
- Acompanhamento high touch de profissionais e mentores Cisco e SENAI-SP especialistas em negócios e inovação.
As startups também contarão com um espaço para trabalhar no UpLab, o hub de inovação e empreendedorismo do SENAI-SP, onde poderão modelar suas soluções e participar de provas de conceito com clientes reais, além de até 100 horas em serviços de desenvolvimento tecnológico do Instituto SENAI de Tecnologia.
Para mais informações e para inscrições, acesse o site do Programa Inovação Aberta Cisco/SENAI-SP.
BV firma parceria com o Distrito
O BV, um dos maiores bancos do país, anuncia a parceria com o Distrito, hoje reconhecido como o maior ecossistema independente de inovação aberta do Brasil. A iniciativa pretende conectar startups ao banco para gerar soluções que tragam inovações para o negócio e fomente o crescimento do ecossistema como um todo.
Esse movimento reforça um dos pilares da inovação do BV, que é a conexão com startups. O BV já trabalha com dezenas de startups e a parceria com o Distrito visa a ajudar o BV a consolidar sua presença no ecossistema de inovação, além de potencializar as conexões com startups, usando a estrutura do BV para que as startups consigam oferecer seus produtos e acelerar seu crescimento.
A parceria terá início com o lançamento de oito desafios, selecionados por diferentes áreas do banco. Com isso, as startups terão a oportunidade de analisar cada caso e propor soluções para um ou mais dos temas listados.
O BV é um dos primeiros bancos a fazer a assinatura corporativa do Distrito Fintech Digital Hub, plataforma que se volta para startups do setor de finanças e à qual vai conectar seus executivos. O projeto também inclui a presença do BV no hub físico, Distrito Fintech, localizado em São Paulo, e que só deve ocorrer em meados de 2021 com o controle da pandemia de Covid-19. A unidade oferece um ambiente único de inovação, com troca de inteligência, experiências, oportunidades e, principalmente, desenvolvimento de novas tecnologias e serviços que pretendem transformar o setor financeiro.
“Sem dúvida alguma, a presença do BV como membro ativo da nossa plataforma é bastante significativa. A inovação aberta é o caminho para o futuro e esta aproximação entre empresas já consolidadas e as startups é fundamental para uma transformação digital efetiva”, comenta Gustavo Araujo, cofundador e CEO do Distrito. “O BV já é um banco reconhecido pela relação que mantém com as algumas startups. Queremos avançar ainda mais neste sentido e por isso acionamos as startups ao nosso redor para que possam contribuir com os desafios que hoje eles enfrentam na operação”, completa.
Cisco e SENAI-SP lançam Programa de Inovação Aberta para Startups



A Cisco do Brasil e o SENAI-SP fortalecer o ecossistema de inovação e desenvolver o empreendedorismo brasileiro. A iniciativa vai selecionar até cinco startups com projetos que empreguem as tecnologias pilares da Indústria 4.0. As inscrições são gratuitas e estão abertas até 31 de dezembro de 2020.
As startups interessadas em participar devem ter projetos em estágio inicial com soluções que impactam a cadeia da Indústria 4.0 nas seguintes áreas: Otimização do Processo Produtivo, Manutenção Prescritiva e Segurança e Redução de Riscos. O programa é equity free, ou seja, as únicas exigências para que as startups participem é a sinergia com um dos temas propostos e a dedicação durante todo o projeto.
O Programa Inovação Aberta Cisco/SENAI-SP terá quatro fases. A fase 1, refere-se à inscrição da startup. Na fase 2 serão selecionadas as startups com os melhores projetos para a indústria. Além disso, os seus representantes serão entrevistados via web conference, para maior aprofundamento nos assuntos pertinentes à startup e ao programa.
A Fase 3 é de aceleração, que durará até seis mese e contará com duas etapas. Na primeira a startup passará pelo processo de validação do seu modelo de negócio e solução. Em seguida ela irá aprimorar sua solução, com tecnologia definida e capaz de rodar uma Prova de Conceito (PoC). Já na quarta etapa, chamada de Demo Day, as startups participarão de um evento para apresentação dos projetos com palestras, pitch e bate papo explorando a experiência vivida durante o programa e reconhecimento aos dois melhores projetos.
“Temos acompanhado a aceleração da digitalização, potencializada pela pandemia do coronavírus, em praticamente todos os segmentos da economia, mas precisamos continuar e amplificar a adoção das tecnologias habilitadoras da Indústria 4.0, como IoT e IA/ML, não apenas nas grandes, mas principalmente nas pequenas e médias indústrias. Precisamos democratizar o acesso e acelerar a adoção destas tecnologias no país, que podem representar ganhos de produtividade de pelo menos 30%. O programa de Inovação Aberta Cisco-SENAI-SP nasce com essa missão de ajudar a transformar a Indústria 4.0, promovendo inovação, gerando negócios e oportunidades, buscando soluções para os principais problemas enfrentados pelo setor.”, destaca Rodrigo Uchoa, diretor de Transformação Digital da Cisco do Brasil.
“Dentre os desafios de uma era complexa e de muita competitividade, a digitalização dos processos é uma prioridade para a indústria no Brasil. Buscando enfrentar as dificuldades e fomentar estímulos para atuarmos na antecipação do futuro, a parceria entre Cisco e SENAI-SP agrega alta tecnologia de conectividade com metodologias de aceleração para desenvolvimento de produtos e negócios, oferecendo a oportunidade de preparar o capital humano e agilizar soluções tecnológicas para processos produtivos e serviços”, aponta Osvaldo Luiz Padovan, diretor de Unidade de Formação Profissional do Senai-SP.
Durante a participação do programa, as startups selecionadas terão acesso a diversos recursos, como:
- Mentores e profissionais especializados em tecnologia, pesquisa e desenvolvimento.
- Acesso a 22 Núcleos de Tecnologia e 10 Institutos de Inovação.
- Auxílio para elaboração de projetos voltados a editais de fomento.
- Acesso às tecnologias Cisco, assim como às tecnologias disponíveis no Openlab.
- Robusta rede SENAI-SP e FIESP de conexão com a indústria brasileira para geração de negócios.
- Acompanhamento high touch de profissionais e mentores Cisco e SENAI-SP especialistas em negócios e inovação.
As startups também contarão com um espaço para trabalhar no UpLab, o hub de inovação e empreendedorismo do SENAI-SP, onde poderão modelar suas soluções e participar de provas de conceito com clientes reais, além de até 100 horas em serviços de desenvolvimento tecnológico do Instituto SENAI de Tecnologia.
Para mais informações e para inscrições, acesse o site do Programa Inovação Aberta Cisco/SENAI-SP.
A inovação aberta baseada em startups e a cultura inovadora



Por Eduardo Grizendi
Atualmente, o modelo de Inovação Aberta, proposto por Henry Chesbrough, da Universidade da Califórnia – Berkeley, no início da década de 2000, já se difundiu mundialmente. Em resumo, o modelo propõe que a empresa fertilize seu processo de inovação, aproveitando mais as oportunidades que existem, de forma aberta, em outras bases tecnológicas, além da sua Base Tecnológica Interna, como, por exemplo, de universidades e instituições de pesquisa, alimentando a boca e ao longo do cone de seu funil da inovação.
No entanto, nos anos recentes, uma estratégia ganhou notável relevância, dentre aquelas que a empresa desenvolve para inovar. Basicamente, ela consiste em fazer uso intensivo de startups na busca por inovação no mercado. Ou seja, a Base Tecnológica Externa e as Tecnologias Entrantes, são protagonizadas essencialmente por startups. Além disto, este uso intensivo ajuda a desenvolver uma cultura empreendedora e inovadora, que não é facilmente observada em empresas estruturadas, onde se requer uma mudança comportamental profunda. Esta cultura, que é mais facilmente encontrada nas startups, também é altamente desejável, senão, imprescindível para a empresa que necessita desenvolver suas inovações e, até mesmo, para interagir com as startups.
Um dos meios de se fazer isso é por meio do chamado “spin-in”. Essa estratégia de adquirir e trazer para dentro não é nova e já vem sendo utilizada largamente por grandes empresas há muitos anos, principalmente aquelas intensivas em Tecnologia da Informação, como Google, Facebook e Amazon. Essas, como exemplos, fazem uso da estratégia de “spin-in”, adquirindo dezenas de startups por ano. Ou seja, resumidamente, adquirem inovações, adquirindo startups.
No entanto, as startups são importantes para as empresas em geral, não somente para serem adquiridas, mas para ajudá-las a inovar, muitas vezes para trazer-lhes a própria inovação. Isto é facilmente constatado, quando se trata de inovação de processo. Organizações que desejam inovar em suas áreas de apoio ao negócio, como Recursos Humanos, Compras, Financeiro, Contabilidade, Patrimônio, Contratos, Viagens, Legal & Jurídico etc., encontram nas startups as melhores propostas de inovação nestas suas áreas. É tão visível o potencial destas “techs” que até já as tratamos em grupo, como as HRtechs (recursos humanos), Legaltechs (legal & jurídico), Adtechs (publicidade & propaganda), Martechs (marketing digital), etc.
Mas não necessariamente estas relações com as startups ficam restritas às inovações em processo, apesar de mais visível a elas. Agritechs, Cleantechs, Edtechs, Fintechs, Foodtechs, Govtechs, Healthtechs, e Retailtechs, por exemplo, podem ser grandes parceiros de empresas em seus mercados, para desenvolvimento de novos produtos e novos negócios, e viabilizarem o “go-to-market” mais rapidamente e assertivamente.
O mundo tecnológico mudou já faz algum tempo com a intensidade do número de empresas startups de tecnologia e o volume de negócios tecnológicos que elas representam, em todos os mercados.
Portanto, a estratégia de Inovação Aberta baseada em startups, indiscutivelmente, já está sendo intensamente praticada. Priorizando a busca por inovação no mercado, algumas empresas até iniciam um esvaziamento de sua Base Tecnológica Interna (P&D interno), e concentram a Base Tecnológica Externa e as Tecnologias Entrantes, protagonizadas por esta estratégia.
Sem medo de errar, pode-se afirmar que as startups subverteram a ordem econômica, “disruptivamente”, e agora estão também contribuindo para transformar as empresas com as quais interagem, trazendo inovação e cooperando para o desenvolvendo de uma cultura inovadora, essencial para a sobrevivência de qualquer empresa no mercado nos dias de hoje.
Enfim, a dinâmica da Inovação Aberta parece ter sido atacada de forma disruptiva por uma “pandemia do bem para a inovação”, cujo vírus é a startup.
Eduardo Grizendi é Diretor de Engenharia e Operações da RNP – Rede Nacional de Ensino e Pesquisa
BlackRocks Startups anuncia selecionadas para o Grow Startups
O BlackRocks Startups (BRS) – Hub de inovação que acelera startups lideradas por empreendedores negros – anuncia o resultado da seleção do Grow Startups – Cresça seu negócio – programa de aceleração de startups voltado para o crescimento econômico e escalável dos negócios liderados por empreendedores negros. Abaixo, a lista com os nomes das classificadas nesta edição, realizada em parceria com o BTG Pactual:
• Double Dash Studios (doubledashstudios.com/en/) – plataforma de criação de jogos culturais;
• Edukarnegócios (www.edukarnegocios.com) – Edtech focada em estratégia corporativa;
• FazerOrçamento.com (
fazerorcamento.mailchimpsites.com/home) – Plataforma de elaboração de orçamentos para profissionais liberais;
• Goodchef (goodchef.com.br) – plataforma para pequenos empreendedores da área de foodservice;
• GoPhone (https://app.gophonebrasil.com/) – solução de proteção para smartphones com serviços realizado em uma plataforma digital;
• OnePercent (onepercent.io) – Desenvolvimento de projetos baseados em blockchain;
• Smart Dispenser (smartdispenser.herokuapp.com) – Solução tecnológica em dispensers;
• Unicainstância (https://unicainstancia.com.br/) – Inteligência artificial responsável por predizer sobre ações judiciais de cobranças indevidas em contas de consumo;
• Viverde Casa (https://linktr.ee/viverdecasa) – Plataforma de capacitação e mediação de mão de obra para construção civil; e
• Trampay (https://trampay.com/) – Fintech de benefícios aos trabalhadores, conectando com empreendedores, ofertando descontos e produtos acessíveis
As empresas citadas acima terão acesso ao boostLAB, hub de negócios do BTG Pactual para as empresas Tech dedicado a conexão e potencialização de startups em tração – créditos de até US$ 5mil por dois anos em ferramentas e recursos da Amazon e ao programa de conexão das startups com grandes empresas. Tudo isso com o objetivo de fortalecer o networking desses empreendedores, bem como criar oportunidades de negócios e acesso aos fundos de investimentos.
Os encontros serão online e todas as selecionadas têm ao menos um fundador negro. “Queremos que negócios inovadores estejam no radar do ecossistema de startups no Brasil e que estes negócios tenham oportunidades de acesso e principalmente que mostrem seus diferenciais em um mercado que pouco valoriza nossa inteligência”, explica Maitê Lourenço.
O Grow Startups terá duração de 4 meses, com uma dedicação média de 15 horas semanais, quando serão realizadas reuniões tanto em conjunto com as demais startups participantes do programa, quanto de forma individual – sempre online. É necessário, ainda, que os fundadores estejam sempre presentes nesses encontros.
“Estamos muito felizes e esperançosos com essa parceria com a BlackRocks. Ficamos bastante satisfeitos com o número de inscrições e com a qualidade das startups escolhidas. Nossa expectativa é que este tipo de iniciativa motive cada vez mais empreendedores negros a lançarem novos projetos, com a certeza de que iremos apoiá-los em conjunto com a BlackRocks.”, afirma Roberto Sallouti, CEO do BTG Pactual.
O impacto da Inteligência Artificial no processo de inovação das empresas



Por Evandro Abreu
De acordo com pesquisa do Gartner, realizada em setembro de 2020, com cerca de 200 profissionais de negócios e de tecnologia, 24% das organizações aumentaram seus investimentos em aplicações relacionadas à Inteligência Artificial (IA), e 42% das empresas mantiveram seus projetos inalterados, mesmo depois da pandemia originada pelo COVID-19. O estudo destaca ainda que as áreas com maior concentração são relacionadas à experiência e retenção de clientes, que incluem novas formas de crescimento de receitas e de otimização de custos. Neste cenário, a grande questão é: qual é o verdadeiro impacto da inteligência artificial nas empresas durante a pandemia?
É fato que a tecnologia potencializa a capacidade racional do ser humano de simular situações e resolver problemas práticos. Quando falamos sobre inteligência artificial, muitos ainda pensam em robôs substituindo o ser humano em uma determinada atividade, o que não é verdade, já que sua importância vai além da automação. A inteligência artificial permite que sistemas simulem uma inteligência similar à humana, ultrapassando a programação de ordens específicas para a efetiva tomada de decisão de forma autônoma, precisa e apoiada em dados digitais. Hoje, a IA está mais relacionada à produtos que já fazem parte do nosso cotidiano do que vendida como algo individual. Portanto, esta tecnologia está em todos os lugares e presente mais do que nunca na indústria, nas redes sociais, nos dispositivos móveis e buscadores de internet.
Com a pandemia, muitas empresas depararam-se com a necessidade de digitalizar seus processos para sobreviver. Aquelas que não estavam adequadas às novas demandas, correram atrás do prejuízo e investiram em novas tecnologias. No entanto, muito antes da pandemia, o mercado já enxergava a inteligência artificial como um pilar fundamental para os negócios, por conta do volume de informação disponível e impossível de ser processada por qualquer humano: são toneladas de dados e a serem analisados, e isso só é possível com máquinas especializadas. Do corretor ortográfico às análises da bolsa de valores, os recursos de inteligência artificial precisam fazer parte da rotina das empresas que querem se destacar frente a concorrência.
Afinal, onde se aplica a inteligência artificial?
Uma das aplicações mais perceptíveis da IA está relacionada ao atendimento ao cliente, principalmente neste momento de isolamento social. O surgimento dos chatbots permitiu a resolução de problemas de modo fácil e descomplicado, aumentando a satisfação dos clientes e promovendo maior agilidade e facilidade na comunicação, agora à distância. Entretanto, empresas mais maduras tecnologicamente optam por oferecer uma solução mais personalizada do que o chatbot, como um assistente de voz que reproduz perfeitamente a linguagem humana. Além de ser uma solução omnichannel, a implantação é praticamente plug and play (tecnologia ligar e usar).
A inteligência artificial também está nas lojas virtuais quando oferece recomendações personalizadas de produtos para clientes de acordo com suas pesquisas e seus hábitos de consumo. Além disso, o mercado já oferece tecnologias especializadas na gestão do estoque e layout dos sites. Existem até mesmo recursos capazes de negociar variações de preço com os clientes direto do site. Encontramos também sistemas que utilizam a IA como recurso de automação e análise, atuando de maneira objetiva e precisa na avaliação de crédito automático de consumidores ou até em diagnósticos de exames clínicos. As aplicações da inteligência artificial são inúmeras. No segmento bancário, por exemplo, esta tecnologia permitiu que vários bancos digitais passassem a ser completamente virtuais e de fácil acesso.
Segundo dados da consultoria Allied Market Research, o setor de reconhecimento facial está em rápida evolução e deve crescer cerca de 21,3% ao ano, movimentando US$ 9,6 bilhões em 2022. Nesse sentido, um modelo de inteligência artificial muito utilizado em empresas aéreas é a biometria facial, que captura mais de mil pontos da face humana e permite a identificação e criação de um “CPF facial” de cada pessoa, facilitando assim o embarque de passageiros e acabando com a necessidade de apresentar o cartão de embarque impresso ou na tela do celular para entrar na aeronave.
Inteligência artificial é o caminho para a inovação nas empresas
Muitos especialistas acreditam que estamos entrando na quarta revolução industrial, caracterizada pela convergência de tecnologias digitais, físicas e biológicas. Nesse contexto, a inteligência artificial tem papel protagonista nesta próxima onda de inovação, trazendo grandes mudanças na maneira como pessoas e empresas se relacionam com tecnologia. Segundo a consultoria PricewaterhouseCoopers (PWC), os investimentos estimados nessas tecnologias atingirão US $ 70 bilhões, ainda em 2020.
A inteligência artificial tornou-se possível por meio da união de big data, computação em nuvem e bons modelos de dados. Sem dúvida alguma, essa tecnologia nunca foi tão real quanto presenciamos hoje. A inteligência artificial combinada com a capacidade humana, pode impulsionar pessoas e empresas a fazerem coisas incríveis. Desta forma, é importante salientar que, no mundo dos negócios, se você não está sendo disruptivo em seu setor, certamente alguém está. E a IA pode ser a maior parceira para contribuir com a transformação digital que as empresas tanto almejam, especialmente neste momento delicado que o mundo enfrenta.
Grupo Boticário cria uma aceleradora de startups
O Grupo Boticário abre em novembro as inscrições para o GB Ventures, programa de aceleração de startups que tenham soluções para otimizar processos e reinventar a indústria da beleza. Serão selecionadas startups de base tecnológica em fase inicial, mas que já tenham suas soluções sendo testadas no mercado. As empresas selecionadas terão um acompanhamento dos times de inovação do Grupo Boticário para acelerar e escalar o seu negócio.
O GB Ventures vai propor três pilares com vários desafios para os quais as candidatas devem apresentar suas soluções: beautytech (que podem ser desde tecnologia de skincare, produtos customizáveis, até embalagens sustentáveis, entre outros); retailtech (soluções de canais de venda, omnichannel, indústria 4.0, social commerce, processos de crédito, antifraude, entre outros); e trendsetter (novos serviços, inteligência artificial adaptada para experiências sensoriais, ou ideias que ressignifiquem e que tragam disrupção para o mundo da beleza).
As inscrições acontecem de 15 de novembro a 18 de dezembro e estão abertas para startups de todo o Brasil. A partir do dia 21 de dezembro a 8 de janeiro o Comitê de Inovação do Grupo vai avaliar as candidatas, considerando quais soluções apresentadas melhor se encaixam aos desafios propostos. A partir de 11 de janeiro acontecem as entrevistas com os responsáveis pelas startups e a partir de fevereiro, os selecionados já terão a oportunidade de acelerar seus negócios. O programa será 100% online, permitindo a construção da sua startup de qualquer lugar e sem gastos adicionais. As inscrições serão pelo site www.gbventures.com.br.
As startups selecionadas receberão mentoria do Comitê de Inovação do Grupo Boticário, estrutura para desenvolvimento dos seus produtos com know-how das equipes técnicas, acesso às plantas industriais e aos laboratórios de experimentação, prototipação e design. Tudo para facilitar a construção e testes da sua solução. Ao final do programa, um eventual investimento poderá ser negociado, caso haja interesse do Grupo Boticário e da startup acelerada em continuarem a parceria.
“Por acreditar que a beleza está em todo lugar, o Grupo Boticário busca inovar a maneira que ela está nas nossas vidas de forma responsável e sempre resolvendo as dores dos nossos consumidores e parceiros de negócios. Por isso trazemos o GB Ventures, uma maneira de desenvolver a nova geração da beleza por meio da aceleração de startups”, disse Daniel Knopfholz, CIO do Grupo Boticário.