Fintechs e LGPD: uma oportunidade para aproveitar um mercado exponencial com mais segurança e transparência

Por Nathália Guerra


A transição do cotidiano do offline ao online está mudando radicalmente a forma como o mercado financeiro opera, dando espaço para a oferta de produtos financeiros totalmente digitais. As Fintechs – empresas que desenvolvem produtos financeiros digitais e utilizam a tecnologia como diferencial, têm oferecido inúmeras soluções neste formato, como cartões de crédito, débito, empréstimos, entre outros.

O crescimento deste segmento é vertiginoso, mesmo antes da pandemia do Coronavírus, que acelerou os processos digitais. O relatório da OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, aponta um aumento de mais de 300% na quantidade de Fintechs ativas no Brasil no período entre agosto de 2018 e junho de 2019.

É latente o potencial desta fatia de mercado em ascensão. No entanto, a transição das rotinas financeiras para o ambiente digital móvel, chamado mobile banking, expõe os usuários e os fornecedores de serviços a riscos, como fraudes e golpes de identidade. Tais ameaças não podem ser desconsideradas, principalmente no Brasil, onde vemos ocorrências de mais de três fraudes por minuto com cartão de crédito e roubo de dados de consumidores, segundo os dados do laboratório de cibersegurança da PSafe.

O segmento financeiro, mesmo digital, é densamente regulamentado no Brasil e o tema da segurança das informações já era uma realidade com suas legislações específicas, mas, desde setembro de 2020, com a vigência da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), responsável por equipar os cidadãos com mais controle e autonomia sobre seus dados, ele está sendo impactado com o desafio da adequação.

Indo além da temática de segurança, que já é trabalhada pelas normativas do setor, existem outros pontos críticos da LGPD relacionados às Fintechs que afetarão substancialmente os processos das empresas, tais como o uso da identificação por biometria para a realização de transações financeiras no modelo de mobile banking; o atendimento de diversos direitos dos titulares de dados, em tempo razoável, pelos agentes de tratamento; e o foco no compliance regulatório e documentação.

Com essas imposições, como as Fintechs podem estruturar os processos internos a fim de permitir redução do risco de fraude e aproveitar o potencial deste mercado em conformidade com a LGPD? Seguem algumas dicas:

1) Desenvolver e divulgar de forma ostensiva uma Política de Privacidade clara e transparente, informando os fluxos de uso de dados e suas finalidades, além de definir seu Encarregado de Dados, conhecido como DPO – Data Protection Officer.

2) Disponibilizar, na própria Política de Privacidade, o contato do Encarregado de Dados, detalhar os direitos dos titulares e as formas para exercê-los.

3) Manter à disposição da ANPD – Autoridade Nacional de Proteção de Dados, o registro das atividades de tratamento e elaboração de relatório de impacto de tratamento de dados, necessário em alguns casos.

4) Estruturar processos internos para informar à ANPD e aos titulares de dados nos casos de “ocorrência de incidente de segurança que possa acarretar risco ou dano relevante aos titulares”, situação que merece atenção especial considerando a natureza dos dados financeiros e a extensão dos prejuízos no vazamentos desses dados.

Dado o contexto da LGPD e o aumento crescente do uso de dispositivos móveis para as transações financeiras e os riscos associados, há a necessidade de uma remodelagem de sistemas e processos internos das Fintechs a fim de implementar e, ou, priorizar a proteção de dados por meio da aplicação do conceito de Privacy by Design em sua espinha dorsal e integrar a privacidade à cultura organizacional.

Nathalia Guerra, advogada, especialista em Direito Digital, Compliance, Direito Médico e consultora de Data Privacy na ICTS Protiviti

ABFintechs e Insper firmam parceria para atrair talentos para o mercado empreendedor

A Associação Brasileira de Fintechs e o Insper, instituição sem fins lucrativos de ensino superior e pesquisa, anunciam um acordo que tem por objetivo central aproximar talentos ao mercado empreendedor, principalmente das fintechs. A parceria, iniciada em março deste ano, contempla dois eventos e, ainda, abre espaço para que as fintechs possam cadastrar suas vagas de trabalho no banco de oportunidades da universidade.

“O Insper é um núcleo empreendedor, pois prepara seu aluno para o mercado de hoje. Essa parceria é extremamente valiosa às fintechs, já que teremos acesso a talentos que têm os valores empreendedores que o Insper incentiva e que são muito importantes para nós” pontua Rodrigo Soeiro, diretor-presidente da ABFintechs.

Entre os eventos acordados, o primeiro deles é o Fintech Day, que acontece no dia 18 de abril, em que a ABFintechs levará cerca de 20 fintechs associadas para divulgarem seus negócios no campus do Insper. O segundo evento, que acontece no segundo semestre deste ano, ainda está em desenvolvimento.

Sobre o Fintech Day

O evento irá debater e fomentar temas relacionados ao ecossistema das fintechs, gerando compreensão sobre as mudanças de mercado, tendências e stakeholders importantes. Na ocasião, haverá quatro painéis de debates: regulamentação, criptomoedas, investimento e crédito.

Estarão presentes as fintechs: Acesso, App RF, Atlas Project, Banco de Formaturas, Bancoin, Bene, Biva, DinDin, Exchange Câmbio e Comex, F(x), Foxbit, ISF, Juntos, Kavod Lending, Nexoos, SmartMEI, Urbe.me e Yubb.

A explosão das fintechs e como elas vão agitar o mercado em 2018

Por Marcelo Oliveira

As fintechs estão revolucionando a maneira como as pessoas lidam com seu dinheiro. Elas tornaram esse processo mais rápido, transparente e barato. E o público têm gostado disso. As startups que abusam da tecnologia no setor financeiro representam um desafio e tanto para os bancos.

Os grandes grupos do segmento já acreditam que considerável parte dos lucros estará nas mãos de atores diferentes em um futuro próximo. O banco norte-americano Goldman Sachs estima que 20% de seu mercado pode ser abocanhado pelas fintechs.

Um estudo feito pela PwC entrevistou 176 presidentes-executivos de instituições financeiras de todo mundo e mostrou que 81% desses líderes acreditam que a velocidade das mudanças tecnológicas ameaça o crescimento de suas companhias.

Segundo último estudo do Radar FintechLab, realizado em novembro do ano passado, o Brasil abrigava 369 fintechs – crescimento de 36% em relação ao levantamento de fevereiro do mesmo ano. O presidente do Itaú, Roberto Setúbal, já afirmou em evento da Febraban que os bancos “têm de correr”.

Esse número, no entanto, não reflete a capacidade máxima desse setor. Há ainda muito espaço para crescimento e surgimento de novos empreendimentos que melhorem a experiência de acesso, informação e uso dos mecanismos financeiros. As oportunidades são muitas, mas mais importante do que enumerá-las, é definir sua essência: “massificação” de oferta e foco absoluto na experiência centrada no cliente. A rentabilidade do negócio, sem dúvida, será uma consequência da gestão benfeita desses dois pilares.

As oportunidades de avanço e surgimento de novas fintechs são infinitas. Elas reinventaram a experiência, o uso e o acesso de serviços em um mercado que era altamente tradicional. E hoje, grandes conglomerados financeiros deixaram de lado a visão de concorrência e abriram suas portas para incubar e investir nessas iniciativas para reinventar os negócios. Um exemplo é o Cubo e a recente inauguração do Habitat do Bradesco.

Além disso, a queda de juros básicos da economia deve refletir nesse mercado de algumas formas. A vasta oferta de capital em busca de maior rentabilidade deve atingir positivamente a captação de recursos para startups, de plataformas digitais de investimento e crédito ao consumidor. Enfim, 2018 será um ano altamente positivo para o mercado de fintechs brasileiro e podemos esperar para ver grandes avanços no setor.

Marcelo Oliveira é Chief Product Officer do Verity Group, ecossistema de empresas que prestam consultoria para transformação digital e gestão de ponta a ponta – verity@nbpress.com

Com aporte de R$ 46 milhões, Banco Central autoriza primeira fintech a criar corretora de valores

Após oito anos de existência, a Toro Investimentos, fintech de investimentos e educação financeira, recebeu um aporte de R$ 46 milhões por cerca de 25% de suas ações. Um dos responsáveis pelo investimento é Eugênio Mattar, atual CEO da Localiza. O valor da transação, equivalente na época a U$ 14,7 milhões, foi maior do que os valores recebidos em 2014 pelos atuais “unicórnios” Nubank e Robinhood, que capitalizaram respectivamente U$ 14,3 mi e U$ 13 mi naquele ano.

No primeiro trimestre deste ano, o Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) autorizaram a companhia a operar como corretora de valores. Com a autorização, a Toro Investimentos se tornou uma das únicas empresas independentes do país (não ligada a um banco) a abrir uma corretora do zero nos últimos 20 anos e a primeira fintech da história do país a fazer esse movimento.

“Vimos que era necessário transformar as bases sobre as quais o mercado de corretoras foi construído para poder revolucionar a experiência do cliente. Por isso decidimos abrir nossa própria instituição financeira” explica Gabriel Kallas, sócio-fundador da Toro Investimentos.

A Toro Investimentos foi fundada em 2010 por jovens de 18 anos que tinham como objetivo aliar tecnologia e educação para ajudar leigos no mercado financeiro a investir melhor. A empresa também foi uma das primeiras companhias a disponibilizar cursos sobre o tema de forma gratuita na internet. O resultado foram mais de 3 milhões de acessos por mês em seu site, 1 milhão de cadastros e mais de R$100 bilhões em investimentos movimentados por meio da sua plataforma online.

Com o lançamento da corretora planejado para os próximos meses, o objetivo da empresa até o fim do ano é se tornar a segunda corretora no país que mais cresce em abertura de contas e ensinar mais de 5.000.000 de pessoas a investir melhor por meio de seu novo produto.

A partir de hoje, a empresa inicia o pré-lançamento da nova corretora no portal da empresa www.toroinvestimentos.com.br, onde as pessoas poderão solicitar um convite para serem os primeiros a utilizar gratuitamente a nova plataforma.

“Acreditamos que a nossa grande missão é criar mercado, ajudando pessoas que as corretoras ainda não conseguem atingir e democratizando o acesso aos melhores investimentos”, afirma Kallas.

GFT apoia fintech conta.MOBI na evolução de sua plataforma de serviços

Com uma meta ambiciosa de chegar a um milhão de clientes até o final de 2018, saindo de uma base atual de 30 mil, a fintech conta.MOBI, provedora do serviço de conta digital de baixo custo voltada a microempreendedores individuais, contratou a GFT, companhia alemã de Tecnologia da Informação especializada em Digital para o setor financeiro, para auxiliá-la nesse desafio.

Com a consultoria, a GFT identificou, em ordem de prioridade, os gargalos relacionados à infraestrutura, ferramentas, automação e processo de desenvolvimento de software. Esse último para elevar o nível de maturidade tanto do lado cultural (Ágil e DevOps) quanto do lado de automação que suporte alta disponibilidade, elevado número de mudanças e, naturalmente, também resguarde possíveis instabilidades ocorridas nos sistemas/integrações de seus fornecedores.

A GFT também orientou a conta.MOBI nos aspectos técnicos da plataforma para a obtenção de melhor experiência visual em termos de User Experience (UX) em seus produtos. “Agora, se o sistema fornecedor apresentar instabilidade, estamos preparados para continuar nosso atendimento, ou seja, o cliente não é penalizado e pode continuar sua movimentação financeira tranquilamente”, explica Ricardo Capucio, CEO da conta.Mobi.

De acordo com Diego Cardoso, arquiteto de software da GFT, a análise de melhorias de produtos e processos desenvolvida buscou oferecer à conta.MOBI os melhores e mais inovadores padrões tecnológicos e de práticas financeiras.

“As principais recomendações foram nos aspectos de arquitetura como, por exemplo, na diminuição do acoplamento de serviços de fornecedores e inclusão de monitoração (logs) mais inteligentes para uma ação ativa diante de possíveis problemas. Como a conta.MOBI já era parceira AWS (Amazon Web Services), montamos um plano combinando contratação de novos serviços da plataforma e melhorias no processo ágil de desenvolvimento e automação, garantindo um ciclo saudável que apoie o crescimento planejado”, comenta.

Fintech de crédito corporativo F(x) recebe novo aporte de capital

Dan Cohen, da F(x)
Foto: Allan Kirsten

A F(x) – leia-se FdeX, fintech que conecta empresas que buscam crédito a fontes de financiamento, concluiu o aporte de capital junto à gestora de Venture Capital da e.BRICKS Ventures. Com os recursos, a fintech espera aumentar o seu portfólio de produtos e multiplicar a base atual de clientes.

“Com esses recursos iremos lançar a plataforma SaaS (Software as a Service), uma poderosa ferramenta que centralizará o relacionamento das empresas com o mercado financeiro, desenvolveremos mais funcionalidades de maneira mais rápida e ampliaremos a área comercial da empresa”, explica Dan Cohen, CEO da F(x).

Criada em 2016, a fintech oferece uma robusta plataforma online que conta com mais de 150 alternativas de financiamento entre bancos médios, fundos de investimento, financeiras, cooperativas de crédito, entre outros. Através de tecnologia de matching e inteligência artificial, os algoritmos da F(x) não somente identificam as melhores combinações entre a necessidades de financiamento das empresas e os financiadores cadastrados, como também fazem sugestões para que as empresas aumentem as suas chances de sucesso em uma captação.

“Estamos muito entusiasmados com a parceria e vamos trabalhar junto com o time da companhia para acelerar o crescimento e para transformar a F(X) em sinônimo de crédito para médias e grandes empresas no Brasil”, diz Pedro Sirotsky, managing director da e.Bricks Ventures.

A gestora de Venture Capital e.Bricks Ventures foi fundada em 2013 pelas famílias Sirotsky e Szajman, empreendedoras brasileiras conhecidas por seus grupos econômicos, Grupo RBS e Grupo VR, respectivamente. Com um posicionamento diferenciado no mercado de Venture Capital brasileiro, a e.Bricks Ventures trabalha junto aos fundadores para agregar muito mais do que apenas capital às empresas investidas. Como parte se sua estratégia, a gestora reuniu entre seus investidores empresários líderes de diferentes indústrias que estão comprometidos em apoiar o empreendedorismo como um meio de impactar a economia e a vida das pessoas. Desde de sua criação, a e.Bricks Ventures já realizou mais de 20 investimentos no Brasil e América Latina, incluindo algumas das startups de maior sucesso no mercado brasileiro, como Guia Bolso, Contabilizei, Infracommerce, Rock Content e AppProva.

Em franco crescimento

O último ano foi de grande crescimento para a F(x), que superou as previsões, alcançando 593 milhões de reais em propostas de financiamento, com 81 novas listagens em sua plataforma e mais de 150 usuários financiadores. A fintech também manteve seus investimentos em tecnologia e atingiu a versão 373 seu algoritmo core com a capacidade de realizar 30 mil matches por segundo com um índice de acerto de 89%.

A bola da vez no mercado financeiro mundial

Por Maria Teresa Fornea

Recentemente participei do Paris Fintech Forum, um dos maiores eventos de fintehs da Europa, onde tive a oportunidade de acompanhar as principais tendências que vão transformar o mercado financeiro nos próximos anos. Após ouvir CEOs de diversas fintechs, grandes bancos e players de mercado de capitais de todo o mundo sobre as mais diferentes inovações, acredito que os conceitos que se perpetuarão fortemente no mercado de agora em diante são customização, integração e foco no core business.

Dando um passo a frente, a Europa já aprovou o regulamento PSD2 (diretiva revisada sobre os serviços de pagamento), tendência que mudará globalmente o setor bancário da forma como conhecemos hoje. Agora, os clientes dos bancos, tanto consumidores como empresas, poderão contratar outros fornecedores para administrarem suas finanças, o que abre novas oportunidades para os clientes.

Com a diretiva, os bancos europeus serão obrigados a fornecer as informações bancárias de seus clientes via APIs para terceiros. No Brasil, essa inovação do open banking ainda não acontece, principalmente porque os bancos ainda tentam proteger o atual oligopólio, dificultando essa divisão de dados e a integração de outras soluções financeiras na conta do consumidor. Todavia, acredito que nesse sentido o ponto não é se essa mudança regulatória ocorrerá por aqui, mas quando ocorrerá.

Fato é que a forma como as pessoas consomem serviços financeiros está mudando, e tanto bancos quanto empresas terão que se adaptar. Agora, quem decide como quer realizar a contratação de seus diversos produtos financeiros são os próprios clientes e é aí que entra o conceito de customização. O consumidor dessa nova era digital poderá optar por ter conta corrente em um banco, cartão de crédito de outro, pegar empréstimo em uma fintech, e fazer um investimento em outra, e assim por diante, utilizando serviços das mais diferentes empresas de acordo com o que deseja.

Por isso, a questão do compartilhamento de dados bancários é muito importante, pois é essa inovação que vai continuar evoluindo o setor. Até porque, no fim das contas, esses dados não são dos bancos, e sim dos clientes, que podem fazer uso deles da forma como lhe convir, escolhendo o melhor serviço para seu objetivo.

Interligado a esse conceito de customização, vem a outra tendência para o mercado financeiro, que é a de integração. Com os clientes buscando cada vez mais serviços personalizados, as empresas também têm que se ajustar a esse novo cenário, e integrar é a palavra-chave para continuar acompanhando a velocidade com que o mercado está evoluindo.

Para maximizar o valor do serviço entregue ao cliente, as empresas terão que concentrar seus esforços no core business (e aqui chegamos a terceira grande tendência do mercado financeiro), e se integrarem com outros negócios para ganharem expertise e capilaridade em áreas que não são seu foco original. Com isso, as plataformas de serviços financeiros passarão a funcionar como um “LEGO”. Ou seja, os consumidores não vão mais apenas dizer “sou cliente de tal banco”, mas sim “eu utilizo um produto de determinado banco”. Assim, todas essas plataformas financeiras vão se conectar, em um novo universo mais aberto e cooperativo, e o cliente poderá orquestrar a estrutura do seu LEGO de finanças da maneira como desejar.

Na Bcredi, por exemplo, trabalhamos com crédito imobiliário e oferecemos um produto de ciclo longo, que vai desde a originação até a gestão da carteira do crédito. Dentro disso, é difícil desenhar todo o serviço de ponta a ponta, por isso também precisamos integrar para ganhar mais expertise. Então a ideia é focar nos diferenciais, que ninguém mais oferece no mercado, e buscar o conhecimento de outras soluções para englobar na nossa plataforma com o objetivo de sempre entregar o melhor serviço.

Com essa movimentação constante do mercado, daqui para frente o diferencial das fintechs também se dará através do processo criativo. Isso porque, na era da inteligência artificial, qualquer processo repetitivo que possa ser aprendido por um robô, será substituído por um robô. Com isso, o capital humano intelectual de pessoas que pensam “fora da caixa” será cada vez mais fundamental.

Diante de todo esse cenário, a conclusão que fica é que a coleta de dados para entender o comportamento e as necessidades do cliente ao longo de toda a cadeia é a grande inovação para os próximos anos. O mercado está se transformando e o avanço da tecnologia será o principal fator para, no final do dia, entregarmos a melhor experiência para o cliente.

Maria Teresa Fornea é cofundadora da Bcredi, fintech que oferece crédito imobiliário de forma rápida e descomplicada em um processo 100% online.

Fintech usa tecnologia blockchain para remessas internacionais

A BeeTech, startup brasileira provedora de infraestrutura para pagamentos internacionais, é a primeira fintech brasileira a entrar para a RippleNet – a principal rede de blockchain da Ripple, que permite às instituições financeiras realizarem remessas internacionais de forma rápida e com baixo custo. As transações chegam a ser 50% mais baratas e os pagamentos podem ser realizados em apenas segundos – até então, o tempo médio era de dois dias úteis.

Com a parceria, a BeeTech alcançará um novo passo para atender as necessidades dos clientes, reduzindo os custos e liquidando as remessas no mesmo dia. “A parceria da BeeTech com a Ripple nos dá um vislumbre do futuro que vem sendo desenhado para as transferências internacionais. Com o uso de tecnologias como o blockchain e a conexão de players do mundo todo com filosofias semelhantes, as fronteiras para uma vida global estão cada vez menores. A rede da Ripple proporciona uma solução escalável, segura e de alta velocidade para movimentação de valores, algo que vem se tornando fundamental para facilitar a vida de empresas e pessoas a nível global. Acreditamos que essa parceria nos deixa mais próximos de alcançar a nossa missão de criar um mundo sem fronteiras financeiras”, diz Fernando Pavani, CEO da fintech.

A Ripple fornece uma experiência sem atrito para envio de dinheiro internacional. Ao se juntar a crescente rede global, as instituições financeiras podem processar os pagamentos de seus clientes em qualquer lugar do mundo com a segurança da tecnologia blockchain, que garante o registro total de todas as transações, utilizada pelo novo parceiro da BeeTech. Além disso, os bancos e provedores de pagamentos podem usar a ferramenta digital XRP para, futuramente, reduzir seus custos e alcançar novos mercados.

Open Banking é alvo de fintechs nacionais

Com a revolução das fintechs à pleno vapor no Brasil, o movimento do open banking – a abertura pelos bancos de seus sistemas para conexão direta por terceiros – chega para acelerar ainda mais o potencial para cooperação entre fintechs e bancos. Neste cenário o open banking é tratado como uma das principais tendências de impacto no mercado bancário.

Com isso, algumas fintechs tem mirado e desenvolvido suas soluções diretamente para este setor, como é o caso da Quanto. Trazendo uma solução plug-and-play de open banking para bancos e fintechs, a empresa possui uma plataforma na qual, entre outras funcionalidades, é possível movimentar contas em vários bancos por meio de um único Internet Banking ou até mesmo contratar um financiamento imobiliário em poucos cliques.

A empresa surgiu em outubro de 2015, após a aprovação na Europa de uma lei—a Payment Services Directive 2 (PSD2)—que obriga bancos a abrirem suas APIs para terceiros. “A lei está provocando um terremoto na competitividade do setor bancário europeu. Já no Brasil, com um mercado bancário muito mais concentrado sabíamos que, mesmo sem a lei, quando a tendência chegasse aqui seu impacto poderia ser exponencialmente maior. Foi um longo período de gestação da tecnologia para o Brasil sem comprometer a segurança e privacidade do usuário final”, afirma Ricardo Taveira, CEO da fintech.

Por que as Fintechs são a bola da vez

Especialista aponta oportunidades e desafios para essas empresas

Em meados dos anos 1960, o Banco Bradesco investiu em um computador da última geração, um IBM 1401, com apenas 4k de memória. Logo após unificou sua rede de agências com telex. Já nos anos 70 e 80 os mainframes eram caríssimos, mas lá estava o Banco investindo na sua implantação. Chegou a década de 90 e vieram investimentos em fibra óptica, laser e rede de alta velocidade em longas distâncias. Tudo isso para preparar o terreno do que aconteceria nos anos 2000: o primeiro Internet Banking do hemisfério sul. “Enquanto muitos achavam aquilo tudo um desperdício de dinheiro, os fundadores Amador Aguiar e Lázaro Brandão já enxergavam o que hoje se tornou óbvio: ganhos de escala só combinam com automação de processos e somente a tecnologia é capaz de suprir essa necessidade”, comenta Pedro Paulo Moraes, sócio da Organica, empresa focada na aceleração de negócios e pessoas dentro da lógica da Nova Economia. “Graças a essa ousadia, o Brasil se consolidou como referência mundial em inovação e segurança bancária.”, complementa.

Durante algumas décadas, as grandes instituições bancárias navegavam em um mercado de baixíssima concorrência e de uma barreira de entrada praticamente intransponível, mas hoje em dia esse cenário mudou. Bancos gigantes e tradicionais enfrentam a concorrência acirrada com empresas fundadas por jovens, enxutas e ofertantes de serviços e soluções diferenciadas, são as chamadas fintechs. Mas, como isso foi possível de uma hora para outra?

Com algumas fintechs aceleradas pela Organica, Pedro Moraes separou alguns fatores que explicam esse fenômeno:

Paradoxo da Abundância

Antigamente os recursos (humanos e financeiros) eram escassos e caros. Apenas grandes bancos dispunham de tais recursos para investir, tornando uma barreira praticamente impenetrável para novos entrantes no mercado. Hoje, tais recursos se tornaram baratos e abundantes: energia elétrica se consegue de graça (através do sol e do vento, por exemplo), conexões de redes e acesso à internet estão cada vez mais rápidas e baratas, grandes servidores podem ser compartilhados por várias empresas na nuvem, altos custos de aquisição foram substituídos pelo pagamento mensal em valores muita mais baratos (SaaS, por exemplo), os algoritmos e linguagens se tornaram populares e amplamente difundidas, as tecnologias de telecomunicações permitem que diversos colaboradores estejam alinhados e participativos mesmo a quilômetros de distância, sem a necessidade de um espaço físico. O próprio blockchain, tecnologia por trás do bitcoin, traz oportunidades de ganho de escala a custos baixíssimos. Isso tudo eliminou a barreira de entrada.

Explorando ineficiências

Como o mercado bancário era praticamente impenetrável, as grandes instituições se acomodaram. O foco no cliente não era tão profundo. A cultura de gestão ficou ultrapassada enquanto as fintechs com pouquíssimos funcionários eram capazes de entregar mais rápido e melhor através de metodologias agile, scrum, squads, OKRs, entre outras. Um modelo de negócio de uma fintech que não demonstra o resultado esperado é rapidamente alterado (ou pivotado, como se diz) e as probabilidades de êxito aumentam imediatamente.

Mercado

O mercado brasileiro é enorme e pouco explorado. Existe uma parcela gigantesca da população considerada ” esbancarizada”, que foram esquecidos pelos bancos tradicionais e estão sedentos por ofertas de soluções a baixo custo de forma personalizada, gerando uma oportunidade para as fintechs..

Marketing

Assim como metodologias de gestão mencionadas anteriormente, as startups já nascem com DNA de Marketing, seja de performance (aquele que visa divulgar a marca através das redes sociais) ou de branding (aquele que desenvolve o branding, storytelling, cultura, etc.). Uma boa estratégia de Marketing diferencia a empresa e atrai os clientes dos bancos tradicionais.

Foco e Verticalização

Diferentemente dos bancos tradicionais, que tem sua estrutura horizontalizada, as fintechs preferem dar foco a nichos ou verticais: algumas são especializadas apenas em crédito, outras em seguros, ou apenas em investimentos, etc. O resultado disso é maior agilidade e velocidade na criação de novos produtos e identificação das necessidades dos clientes.

Por outro lado, as fintechs tem como principal desafio vencer a regulamentação de mercado. No Brasil (e no mundo), existem órgãos como Banco Central, Susep, CVM que olham para essas empresas com certa desconfiança, por isso não dão as permissões legais para atuação. Importante que haja uma união das fintechs para criarem órgão que os representem e facilitem no processo de incorporação para que o país não deixe de estar na vanguarda da tecnologia bancária.

Agibank adota padrão de criptografia do blockchain

O Agibank está sempre investindo em novas tecnologias e buscando o que há de mais moderno e atual para garantir total segurança e agilidade para os seus clientes. O padrão de criptografia utilizada no Blockchain está sendo implantado pelo Banco nas transações financeiras realizadas pelos canais digitais.

O modelo de criptografia do Blockchain funciona como um registro de informações digitais que atua de forma descentralizada. Os elementos armazenados são distribuídos entre todos os pontos da rede, tornando-se quase impossível apagar ou modificar as informações isoladamente.

“Ao contrário dos Bancos tradicionais que investem altos valores em tokens físicos, optamos por desenvolver internamente uma solução muito mais sustentável, moderna, prática que utiliza uma tecnologia de ponta. Estamos implantando um segundo fator de autenticação, desenvolvido internamente, utilizando o QRCode, para transações pelo internet banking e troca de chaves criptográficas para transações realizadas pelo aplicativo” explica Fernando Castro, CIO do Agibank.

Ao realizar uma transação no internet banking, a própria aplicação irá gerar um QRCode, que será capturado pelo aplicativo para autorização das transações. Quando se trata das operações realizadas no mobile, a autorização será realizada através de criptografia assimétrica com geração de par de chaves criptografadas para cada usuário.

Desta forma as transações realizadas através dos canais digitais serão assinadas digitalmente de forma transparente para o usuário.

“O QR Code já é uma tecnologia utilizada pelos nossos clientes que tem no seu aplicativo um meio de pagamento inovador. Agora também será utilizado para garantir ainda mais segurança nas transações, tudo na palma da mão e primando pela facilidade de uso aos nossos clientes”, destaca Castro.

Cards Future Payment 2018 debate a disrupção e as oportunidades na Cadeia de Pagamentos

Principal evento de meios de pagamento e identificação do Brasil reúne os principais players e profissionais do mercado financeiro, meios de pagamento, tecnologia, identificação e varejo em maio

O sistema financeiro e empresas de todos os segmentos passam por momentos de adaptação a novas formas de fechar negócios devido aos movimentos de disrupção. Nesse contexto da transformação digital pela qual passamos, a Cards Future Payment, que acontecerá entre os dias 15 e 16 de maio, reunirá os principais players da cadeia de meios de pagamentos e de identificação.

Serão demonstradas na área de exposição as novas tecnologias, soluções, serviços, além do lançamento de produtos. No tradicional congresso serão realizados debates com profissionais expoentes dos setores de finanças, meios de pagamento, tecnologia, identificação e do varejo.

No formato de feira e congresso, o evento tem no networking e no conteúdo inédito e isento o objetivo de apontar as tendências tecnológicas e de gestão à toda a cadeia do sistema de pagamentos. Segundo Maria Juliana do Prado Barbosa, diretora de portfólio da Informa Exhibitions e responsável pela Cards Future Payments, “a revolução digital significa novas oportunidades e novos desafios para bancos, fintechs, redes de cartões e processadores”. “Já para varejo e e-commerce, é uma oportunidade de oferecer uma melhor experiência ao usuário, fidelizar clientes, reduzir custos e maximizar ganhos. E para os consumidores, o movimento oferece mais opções, segurança e praticidade.”

São esperados mais de 3.000 visitantes, 60 empresas expositoras, 400 congressistas e mais de 150 palestrantes nacionais e internacionais durante os dois dias do evento.

Empresas como Clearsale, Perto, NewPos, NexGo, Soluti, Skytef, Grand-Tag, startups e outras empresas demonstrarão tudo o que podem oferecer a seus clientes, e de que forma vêm contribuindo para o desenvolvimento desse mercado, que é de extrema importância e representatividade para a economia nacional e mundial.

Os visitantes do evento também terão a oportunidade de conhecer e interagir com as Fintechs, startups financeiras que estão revolucionando o setor financeiro e de meios de pagamento em um espaço dentro da área de exposição da Cards Future Payment.

A Arena do Conhecimento será dividida em três pontas. Uma ponta terá o Congresso Future Payment, que debaterá as inovações para adquirentes; bandeiras; administradoras; bancos tradicionais e digitais; questões regulatórias, políticas e econômicas; estratégias para o varejo e e-commerce; moedas virtuais; fintechs; e segurança da informação; certificação e autenticação digital e outros temas.

Em parceria com a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), o Fórum de Varejo e Consumo ocupará uma ponta e discutirá a perspectiva do varejo, suas práticas, cases de sucesso e experiências. Na última ponta será realizado o Fintech Show, congresso para fintechs realizado pela Cantarino Brasileiro, e o Seminário Nacional de Certificação Digital realizado pela ABRID-Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia em Identificação.

Estarão em pauta na agenda do congresso Internet das Coisas (IoT), tecnologia blockchain e moedas digitais, sistema financeiro global e descentralizado, regulamentação de marketplaces, abertura de API´s, entre outros assuntos.

Cards Future Payment 2018

Quando: 15 e 16 de maio de 2018, das 9h às 19h
Onde: Transamérica Expo Center – Avenida Doutor Mário Vilas Boas Rodrigues, 387
Informações: https://www.cards-expo.com.br/pt/home.html

‘Blockchain e Criptomoedas: o Futuro das Transações Digitais’ é tema de Seminário LIDE Next Solutions

Executivos de empresas proeminentes do segmento debaterão, na capital paulista, as tendências dessas tecnologias, em 21 de fevereiro

“Blockchain e Criptomoedas: o Futuro das Transações Digitais” é o tema do Seminário LIDE Next Solutions, promovido pelo LIDE – Grupo de Líderes Empresariais. Alan Chusid, sócio-fundador do Banco Neon; Fabio Silva, CEO da Latoex; Fernando Ulrich, economista-chefe de Criptomoedas da XP Investimentos; Joel de Souza, fundador e CEO da BRE Coins; Thiago Augusto, CEO da Transfero Swiss/Bit.One; Ricardo Guimarães, sócio-fundador da BIT Capital e Hélio Moraes, sócio da Pinhão e Koiffman Advogados, irão debater o assunto sob a liderança de Luiz Fernando Furlan, chairman do LIDE. O evento será realizado na quarta-feira, 21 de fevereiro, das 19h às 21h30, no Auditório da Sociedade Brasileira de Coaching (SB Coaching), Vila Olímpia, na capital paulista.

O evento reunirá altos executivos das principais empresas do segmento. A XP Investimentos é considerada a maior corretora independente do Brasil, com mais de 15 anos de experiência no mercado, 450 mil clientes ativos e R$ 90 bilhões sob custódia. Dentro do mercado de moedas digitais, a Bit Capital foi formada pela união de quatro alunos das melhores faculdades de administração do país, FGV e INSPER, e encontrou a oportunidade em atuar no mercado em ampla expansão de moedas digitais alinhando a formação acadêmica junto ao aprendizado dentro de renomadas instituições do mercado financeiro nacional e internacional. O crescimento se tornou exponencial e hoje a Bit Capital se tornou incubada do maior escritório de advocacia da América Latina, Pinheiro Neto Advogados.

Outra empresa presente no debate, com seu principal executivo, é a BRE Coins, que atua no mercado de moedas digitais, com o objetivo de se tornar a principal referência na comercialização e produção de conteúdo no seguimento de criptomoedas da América Latina. Fintech com sede em Belo Horizonte, o Banco Neon é totalmente on-line, com foco no público jovem. Além dessas, a Latoex é a primeira plataforma de tokenização e negociação de ativos da América Latina usando blockchain.

Ainda dentro do segmento de bitcoins, a Transfero Swiss AG é especializada em produtos de investimento em criptografia e ativos digitais, incluindo a guarda de tokens digitais. A Bit.One, subsidiária brasileira da Transfero Swiss AG, é responsável pelo desenvolvimento e venda do gateway de pagamento bitcoin. Com mais de 90 mil clientes diretos e indiretos, a Bit.One é o principal processador de pagamento de bitcoin no Brasil.

No segmento de assessoria às empresas interessadas nesse mercado, o escritório Pinhão & Koiffman Advogados, fundado há 16 anos em São Paulo, atua na consultoria em legislação de Tecnologia da Informação e Telecomunicações.

Anfitrião do encontro – ao lado de Silvio Genesini, presidente do LIDE Tecnologia -, Luiz Fernando Furlan destaca o quanto é imprescindível atualizar-se sobre as novas tecnologias, que desempenham um grande papel na mudança dos negócios. “Estamos passando por uma revolução nesse campo, com impactos importantíssimos para a economia brasileira e mundial. Neste momento sensível que enfrentamos no País, é fundamental conhecer o potencial das novas tecnologias como aliadas para o desenvolvimento dos negócios”, afirma o chairman do LIDE.

Esta edição do Seminário LIDE NEXT SOLUTIONS contará com o patrocínio de grandes empresas: BIT CAPITAL, BIT.ONE, BRE COINS, LATOEX, LTX CAPITAL e WALLTIME. O apoio é da PINHÃO E KOIFFMAN ADVOGADOS, SOCIEDADE BRASILEIRA DE COACHING e WEWORK. Como fornecedores oficiais estão CDN COMUNICAÇÃO, CORPORATE IMAGE e ECCAPLAN. REVISTA LIDE, LIDE PLAY e PR NEWSWIRE são mídia partners do evento.

Organica se torna referência na aceleração de fintechs

As fintechs, startups inovadoras do mercado financeiro, são as preferidas dos investidores brasileiros. É o que mostra um levantamento da Tirple Seven Investiments que também revela que, apesar de terem interesse, eles ainda não querem apostar valores elevados nesses novos nichos. Segundo a empresa que realizou o estudo, esse receio dos investidores acontece porque existem outras opções mais atrativas e menos arriscadas no Brasil. A Organica, empresa que lidera o crescimento acelerado de negócios, vem sendo reconhecida pelo mercado como uma especialista no desenvolvimento deste tipo de negócio – tanto por grandes bancos como por pequenas startups do setor.

“Nosso mercado é altamente complexo e competitivo e a Organica conseguiu construir alicerces importantes para dar suporte e acelerar o crescimento da ModalMais”, diz Rodrigo Puga, CEO do ModalMais.

O ModalMais, fintech do mercado de capitais criada pelo Banco Modal é apenas uma das empresas que trabalharam junto da Organica. Além dela, fazem parte desta lista o Mercado Bitcoin, instituição financeira dedicada à intermediação de compra e venda de moedas digitais, o Banco Olé Consignado, joint-venture dos bancos Santander e Bonsucesso focada em crédito consignado, Empiricus Research, empresa que oferece análises e relatórios sobre mercado financeiro e investimentos, Bom pra Crédito, empresa que disponibiliza empréstimos pela internet, BeeTech, focada em soluções cambiais totalmente online e a F(x), plataforma de busca por crédito para médias e grandes empresas. As duas últimas foram aceleradas pelo programa da Visa, em 2017.

Segundo Renato Mendes, sócio da Organica, o setor financeiro reúne características que o torna extremamente atraentes para a entrada de startups. “Por um lado, os grandes bancos são lentos e engessados e têm um histórico de mau atendimento aos clientes. Por outro, o setor passou por diversos movimentos de concentração, o que diminui sensivelmente as alternativas dos clientes. Essa combinação é perfeita para fintechs que, com uso de tecnologia, têm sido capazes de oferecer produtos melhores e desburocratizar a vida dos consumidores”, explica. Para serem competitivas diantes de players tão tradicionais, a saída encontradas pelas startups está em focar em nichos de atuação. “Elas entenderam que não podem bater de frente com os grandes bancos, por isso direcionam sua atuação na resolução de necessidades específicas”, completa Renato.

O objetivo da Organica é auxiliar empresas em busca de crescimento exponencial em um ambiente cada vez mais desafiador. A equipe estuda as dores da empresa, desenha o planejamento estratégico e acompanha toda a execução juntos dos clientes.

Bcredi expande serviços em plataforma de open banking

Em um cenário no qual o open banking – a abertura pelos bancos de seus sistemas para conexão direta por terceiros – é tratado como uma das principais tendências de impacto no mercado bancário, as fintechs Bcredi e Quanto se unem para disponibilizar um novo canal de análise de dados para que pequenos e médios empresários acessem crédito com melhores condições do que as tradicionalmente oferecidas no mercado.

Com a revolução das fintechs à pleno vapor no Brasil, o movimento do open banking chega para acelerar ainda mais o potencial para cooperação entre fintechs e bancos. Trazendo uma solução plug-and-play de open banking para bancos e fintechs, a Quanto torna concreta a promessa de um setor mais competitivo e com produtos customizados para o usuário final por meio de uma plataforma segura para conexão, gestão e contratação de serviços financeiros, com a qual é possível, por exemplo, movimentar contas em vários bancos por meio de um único Internet Banking.

Já no âmbito do crédito, o usuário pode contratar um crédito imobiliário em poucos cliques. Através da parceria entre a Quanto e a Bcredi, fintech de crédito com garantia de imóvel e financiamento imobiliário online do Grupo Barigui, o open banking permite a desburocratização e análise de dados, com a Quanto funcionando como canal de onboarding do cliente.

“Quem nunca fez um cadastro na Quanto pode usar o app para preencher os seus dados em um ambiente seguro. Para quem já fez o cadastro, basta ler um QR Code no site para nos dar acesso temporário a seus dados, tornando possível a análise de crédito na Bcredi em minutos. Essa parceria vai permitir oferecer aos pequenos e médios empresários uma opção de crédito com garantia de imóvel com juros menores e prazos mais longos, e que ainda é pouco conhecida e explorada no Brasil” explica Maria Teresa Fornea, cofundadora da Bcredi.

“A Quanto reúne de forma segura dados dos vários bancos fornecidos pelo cliente, além de informações como as NF-es de uma empresa. Nosso impacto na hora da concessão de crédito é claro: informações melhores significam menos incerteza para o credor e juros mais justos para o tomador” finaliza Ricardo Taveira, CEO da Quanto.

Fintechs criam manifesto de apoio ao Projeto de Lei sobre Cadastro Positivo

A Nexoos – fintech líder de mercado na modalidade Peer to Peer Lending (P2P) – empréstimo coletivo – que conecta pequenas e médias empresas que necessitam de empréstimos a potenciais investidores, está entre as empresas da Associação Brasileira de Crédito Dgital (ABCD) que manifesta seu apoio ao Projeto de Lei Complementar sobre Cadastro Positivo.

O Cadastro Positivo é uma alternativa aos problemas enfrentados pelo setor de crédito e às altas taxas de juros praticadas na concessão de crédito, com base no Cadastro Negativo – que considera apenas as informações de inadimplência ou atrasos de pagamentos e não as informações positivas, mesmo quando o cliente possui um bom histórico de pagamentos – e aplica taxas de juros mais altas, de acordo com o teor negativo do histórico. Por ser a única fonte de informações utilizada pelas empresas e instituições financeiras, o Cadastro Negativo é uma das razões que contribuem para que o spread bancário seja alto.

De acordo com a Nexoos, o compartilhamento de informações positivas pode modificar este cenário e beneficiar todos os envolvidos, como já foi comprovado com base nos 120 países que adotam o cadastro positivo e praticam taxas de juros muito inferiores às praticadas no Brasil, como Estados Unidos, Inglaterra e países da América do Sul. “Apoiamos e acreditamos na importância desse manifesto. Essas mudanças irão ajudar os consumidores a terem muitos ganhos, como juros mais adequados a seu perfil”, explica Daniel Gomes, CEO da Nexoos.

Em parceria com a Associação Brasileira de Crédito Dgital (ABCD) e as demais fintechs associadas, a Nexoos declara apoio tanto ao conceito de cadastro positivo quanto ao Projeto de Lei Complementar (PLS 212/2017) atualmente em tramitação na Câmara dos Deputados e Senado Federal.

Fintech brasileira de câmbio entra no mercado de criptomoedas com comparativo de preços

Um marketplace multimoedas, que permite comparar preços e comprar de dólares a coroas dinamarquesas e até bitcoins. Essa é a nova plataforma da Câmbio Store, fintech de câmbio on-line criada em 2015, que também tornou possível fazer troca direta entre moedas estrangeiras. As novidades têm por objetivo facilitar a experiência dos usuários e devem resultar em uma movimentação de R$ 1,2 bilhão em 2018.

Para implementar as mudanças, a Câmbio Store desenvolveu uma nova tecnologia de integração com as corretoras parceiras de câmbio e criptomoedas. Essa teia permite fazer qualquer comparação de moedas físicas ou virtuais. No caso de movimentações que não envolvem o real, o cliente tem a opção de levar o valor até um parceiro da fintech.

O plano é tornar factível a troca de criptomoeda por moeda em espécie e vice-versa. Caso deseje adquirir bitcoins com euros, por exemplo, a Câmbio Store se encarregará da tarefa. Quando registrar o depósito, a empresa repassará, por meio de outra corretora, o valor equivalente para a carteira virtual dele. “Assim, nos tornarmos a primeira plataforma de câmbio on-line a oferecer tanto moedas físicas quanto virtuais com o mínimo de fricção possível para nossos clientes e com uma usabilidade mais acessível”, explica José Marques da Costa, COO da Câmbio Store.

Além disso, a partir de agora as corretoras responsáveis por cada transação de câmbio serão identificadas para o cliente final, que poderá avaliá-las. “Dessa forma, além do preço em si da moeda, fazemos com que as corretoras também comecem a investir em atendimento, de maneira a se destacar”, afirma José Marques. Não que a comparação entre preços tenha saído de foco: no caso do bitcoin, por exemplo, a fintech estima que seja possível encontrar variações de até 10% no valor de compra.

Por enquanto, a Câmbio Store suporta apenas o bitcoin, além de 22 moedas utilizadas ao redor do mundo. Aos poucos, a plataforma deve integrar Ethereum, Litecoin e outras criptomoedas. Com isso, a expectativa da empresa é atingir 500 mil clientes até meados de 2018 e chagar a um faturamento de R$ 15 milhões no próximo ano.

Serviço de robô advisor é aposta de corretora de valores mais antiga do mercado

Fundada em São Paulo (SP), em 1927, a Magliano desafia os estereótipos de uma corretora independente com 90 anos de história e aposta nos serviços de robô advisor para ganhar eficiência.

Para trazer a novidade, a corretora fechou uma parceria com a Allgoo, fintech especializada em inteligência artificial para o setor financeiro. A startup foi responsável por desenvolver o novo site e a plataforma de investimentos digital, na qual o cliente poderá ter acesso a diversos produtos, como estrutura de fundos e simulador de carteiras.

“Utilizando uma definição rápida, os robôs advisors são sistemas capazes de fazer planejamento financeiro de uma maneira automatizada. Isso tudo sem intervenção humana e baseado em algoritmos”, conta Luiz Claudio Macedo, CEO da Allgoo.

A partir de um questionário, os robôs automatizados traçam o perfil, os objetivos de curto, médio e longo prazo e a disposição ao risco dos investidores. Além disso, os sistemas são atualizados periodicamente para se adequar aos cenários econômicos, considerando diferentes riscos e prazos de acordo com o objetivo do usuário.

“Utilizando inputs do usuário, esses robôs se tornam capazes de gerar recomendações, balanceamento de portfólio de investimentos e até um planejamento financeiro completo, onde é possível incluir despesas, crédito, poupança, entre outros”, explica.

Tecnologia promissora

Segundo o CEO da Allgoo, os investimentos em tecnologia por parte das corretoras têm sido realmente consideráveis. “As facilidades implementadas pela Magliano Invest são uma forte evidência do quão importante é o uso de canais eficientes de monitoramento de dados, atendimento mais intuitivo, rápido e personalizado, que ofereça mais segurança e confiabilidade para os clientes em um mundo cada vez mais globalizado”.

A partir de 2006 e, desde então, os robôs de investimento vêm ganhando cada vez mais relevância, por ser tratar de um serviço independente. Raymundo Magliano Neto, presidente da Magliano Invest, afirma que a adoção da tecnologia propiciou um grande diferencial para corretora.

“Nosso principal objetivo é transformar a complexa linguagem do mercado financeiro em algo simples, que qualquer potencial investidor que acesse o site consiga entender”. Tendo em vista esse movimento, outro importante passo dado pela corretora foi o novo posicionamento de marca, que passou a receber o nome de Magliano Invest.

O valor inicial de aplicação é de 15 mil reais. Além disso, os investidores da corretora já podem acessar as áreas de cadastro, sugestões de fundos, análises, entre outros.

Se você ficou interessado em conhecer a nova plataforma digital da Magliano Invest, clique aqui.