A energia elétrica como um direito humano

Por Marcelo Freitas, fundador e CEO da Prospera.

A energia elétrica é direito fundamental para o desenvolvimento social e econômico, contribuindo para a redução da pobreza, do aumento da renda familiar, da qualidade de vida, da educação, do abastecimento de água e saneamento básico, bem como do acesso aos serviços de saúde. Conclui-se, então, que o fornecimento de água e energia elétrica são considerados serviços essenciais, por envolverem a satisfação de necessidades básicas e inadiáveis da população, as quais estão diretamente relacionadas à dignidade da pessoa humana.

Infelizmente, muitas pessoas no país ainda não têm acesso a fontes de energia limpa e segura, o que pode ter consequências graves para sua saúde e qualidade de vida.

De acordo com dados do IBGE, cerca de 1,5 milhão de brasileiros ainda vivem sem energia elétrica em suas casas, principalmente nas regiões Norte e Nordeste do país. Além disso, muitas famílias com acesso à eletricidade ainda dependem de fontes poluentes, como o carvão e a lenha, para cozinhar e aquecer seus lares.

Com isso, a falta de acesso à energia limpa e segura pode ter consequências graves para a saúde das pessoas, incluindo problemas respiratórios, doenças de pele e até mesmo câncer. Além disso, a falta de energia também pode limitar as oportunidades educacionais e econômicas das pessoas, restringindo sua capacidade de estudar à noite ou trabalhar em casa.

Felizmente, existem iniciativas no Brasil que buscam fornecer acesso à energia limpa e segura para comunidades marginalizadas. Uma dessas iniciativas é o programa Luz para Todos, criado pelo governo federal em 2003 com o objetivo de levar eletricidade para áreas rurais e comunidades remotas. Desde então, o programa já beneficiou mais de 16 milhões de pessoas em todo o país.

Além disso, também existem projetos de energia renovável em comunidades indígenas e quilombolas, que buscam não apenas fornecer acesso à energia limpa, mas também promover o desenvolvimento econômico e social dessas comunidades. Esses projetos incluem a instalação de sistemas de energia solar e eólica em áreas remotas, garantindo acesso à eletricidade de forma sustentável.
 

É importante reconhecer a importância do acesso à energia limpa e segura para a igualdade social no Brasil. O acesso à energia é um direito humano básico e deve ser garantido a todos, independentemente de onde vivem ou de sua condição socioeconômica. Investir em projetos de energia renovável e garantir o acesso à eletricidade é essencial para promover o bem-estar humano e construir um futuro mais justo e sustentável.

Enel Trading lança produto para reduzir em até 30% os gastos com a conta de energia de indústrias, empresas de serviço e comércios

A Enel Trading, comercializadora de energia no mercado livre do Grupo Enel, um dos maiores players do setor elétrico, está lançando um produto voltado às empresas que estarão habilitadas a migrar para o Mercado Livre de Energia a partir de 2024.

Atualmente, apenas consumidores com demanda contratada igual ou superior a 500 kW, em geral grandes indústrias, podem comprar energia elétrica de qualquer fornecedor. A partir do primeiro dia de 2024, consumidores conectados em alta ou média tensão com demanda inferior a 500 kW, também poderão escolher diretamente o seu fornecedor de energia, o que abrirá as portas do ambiente de livre negociação para pequenos e médios negócios. O público-alvo do novo produto são empresas de diversos setores da indústria (fabricação de produtos alimentícios, plásticos e químicos, por exemplo), de serviços (captação, tratamento e distribuição de água, condomínios corporativos e hotéis) e do comércio (supermercados, grandes restaurantes, padarias, shoppings e postos de gasolina), entre outros, desde que a demanda contratada seja inferior aos 500 kW.

Estas empresas poderão garantir, desde já, a energia que irão consumir nos próximos anos, com descontos fixos mensais de até 30% nas contas de luz, na comparação com os valores que elas pagariam no mercado regulado, em que a tarifa de energia é definida pela Aneel e praticada pela distribuidora local. Normalmente, os contratos no mercado livre são fechados com pelo menos seis meses de antecedência. Por isso, as negociações com este novo público que poderá migrar para o mercado livre já começaram. Os consumidores interessados em reduzir os custos associados à sua cadeia produtiva poderão contratar energia com valores competitivos, total previsibilidade e segurança.  

O produto lançado pela Enel Trading prevê contratos de, em média, 3 anos, e o processo de adesão é simples, sem burocracia e sem riscos. Com o lançamento, a comercializadora da Enel, que atualmente é um dos três maiores players do mercado livre de energia, planeja dobrar o número total de clientes em sua carteira até o próximo ano.

“Essa é uma solução para negócios de todos os portes e segmentos que querem ser mais competitivos. Nós sabemos como o custo da luz é um desafio para pequenas e médias empresas. Por isso, estamos lançando um produto que garante preços até 30% menores do que os preços no mercado cativo. São valores fixos, garantidos em contrato, sem efeitos de sazonalidade”, afirma Dario Miceli, responsável pelas atividades de Trading e Comercialização da Enel Trading.

Ao contratar energia no mercado livre com a Enel Trading, as empresas ainda podem contar com a energia renovável proveniente das usinas de geração do Grupo Enel. Toda a energia própria produzida pela Enel no Brasil é de fonte renovável. O portfólio nacional da empresa conta com 27 usinas hidrelétricas, 13 parques eólicos e sete parques solares.

Mais de 80% dos consumidores brasileiros pretendem reduzir custo com energia, aponta estudo da EY

Cerca de 50% dos consumidores dizem que gastaram mais com energia elétrica no último ano, e mais de um terço deles acreditam que estão em situação de pobreza energética, o que significa dedicar pelo menos 10% da renda para eletricidade e/ou gás natural. Trazendo para o cenário do Brasil, 85% dos consumidores afirmam que estão tomando medidas para diminuir o consumo de energia. Já 84% priorizam decisões com foco na redução dos custos com energia. Os números fazem parte do Energy Consumer Survey, produzido pela EYuma das maiores empresas de consultoria e auditoria do mundo. Foram entrevistados 70 mil consumidores residenciais de 18 países, como Brasil, China, Alemanha, França, Estados Unidos, Reino Unido e Austrália.
 

Em todo o mundo, apenas 15% dos consumidores estão satisfeitos com o preço da energia e a acessibilidade em termos financeiros. Apenas 22% responsabilizam as tensões geopolíticas, como a guerra entre Rússia e Ucrânia, pelo aumento dos preços de energia. E, para 35% dos respondentes, o motivo está nas fornecedoras de energia, que elevaram os preços para obter receitas maiores.
 

O estudo contou com amostra diversificada em termos de idade e renda, com 18 anos no mínimo e com 75% dos respondentes constando como os pagadores ou titulares da conta de energia. No Brasil, foram entrevistadas pouco mais de duas mil pessoas entre abril e maio do último ano.


Brasileiro entre os mais confiantes no mercado de energia

O levantamento traz o Energy Consumer Confidence Index (ECCI), índice que mensura a confiança do consumidor em relação ao mercado de energia, inclusive na transição energética em curso, e seu otimismo sobre a implementação dessas medidas.


O ECCI fornece um panorama sobre o mercado de energia, seguindo o modelo do Consumer Confidence Index, um índice que ajuda a prever o crescimento ou a recessão da economia. Entre as informações reveladas estão a forma como os consumidores enxergam o mercado energético, o valor entregue pelos fornecedores de energia, o acesso às opções de energia limpa, a acessibilidade financeira e o andamento da transição para uma realidade com baixa ou sem emissão de carbono.


No ranking ECCI, a China lidera, com 77,6 pontos, o que faz dos seus consumidores os mais confiantes do mundo em relação ao mercado de energia. Na sequência, aparecem Malásia, com 70,6; Hong Kong, com 69,2; Canadá, com 66,2; Brasil e Austrália, empatados com 65,5; EUA, com 64,8; e Holanda, com 63,2.


A geração Z (menos de 25 anos) tem o maior ECCI dentre os consumidores brasileiros. Por outro lado, os chamados boomers (acima de 57 anos) são os menos confiantes. Mais de dois terços dos respondentes brasileiros dizem que estão interessados em energia renovável, geração doméstica de energia e novos produtos e serviços de energia. Quase metade — 47% — aceita pagar mais por produtos e serviços sustentáveis, mas abaixo da porcentagem registrada no estudo anterior, que foi de 53%.


“O levantamento da EY indica desafios relevantes para o mercado de energia, demonstrando que o Brasil está conectado a uma agenda global, com uma parcela crescente de jovens consumidores que seguirão exigindo serviços inovadores e sustentáveis por parte das empresas”, diz Ricardo Fernandez, sócio responsável pela indústria de Power & Utilities da EY. Para que o país não deixe de ocupar uma posição relevante nas discussões globais, é fundamental, na avaliação de Fernandez, a solidificação do arcabouço regulatório, bem como que os grandes fornecedores de energia estejam atentos às profundas transformações exigidas por essa nova realidade. “Nesse contexto, repensar seus processos de negócio, arquitetura de sistemas e tecnologia, além de estar atento aos aspectos culturais das organizações, será fundamental para operar com sucesso no novo mundo de energia, onde clientes cativos, dificilmente, farão parte do dia a dia”, conclui o executivo.

Geração de energia renovável bateu recorde em 2022, aponta CCEE

Usinas hidrelétricas, eólicas, solares e de biomassa foram responsáveis por 92% do total de eletricidade produzida pelo país, maior porcentual dos últimos 10 anos

O ano de 2022 foi marcado pelo avanço da energia renovável no Brasil. O país ultrapassou o marco de 92% de participação de usinas hidrelétricas, eólicas, solares e de biomassa no total gerado pelo Sistema Interligado Nacional — SIN, o maior percentual dos últimos 10 anos.

O levantamento é da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica — CCEE mostra que as fontes produziram quase 62 mil megawatts médios de energia, um reflexo do cenário hídrico climático mais favorável, que contribuiu para a recuperação dos reservatórios de água, e da expansão das usinas movidas pelo vento e pelo sol.

“Este é o resultado de uma matriz energética diversificada, característica que nos coloca à frente de quase todos os outros países. Além de ser um ganho imensurável para o meio ambiente, essa característica nos traz uma série de oportunidades em novos mercados, como o de créditos de carbono e de hidrogênio renovável, que vão gerar benefícios para a sociedade nos próximos anos”, avalia Rui Altieri, presidente do Conselho de Administração da CCEE.

A geração solar centralizada teve o maior aumento em 2022, de 64,3% na comparação com o ano anterior. Ao todo foram produzidos mais de 1,4 mil MW médios. A chegada de 88 novas fazendas solares ao Sistema Interligado Nacional — SIN fez com que o segmento alcançasse 4% de representatividade na matriz nacional.

Com relação à geração hidráulica, as chuvas de 2022 contribuíram para um aumento de 17,1% na produção das hidrelétricas, para 48 mil MW médios. A reversão do cenário crítico de 2021 deixa o país em uma situação muito mais confortável para 2023. Hoje a capacidade instalada desta fonte é de 116.332 MW.

A geração eólica cresceu 12,6% no comparativo anual, fornecendo à rede elétrica mais de 9 mil megawatts médios. Hoje o país conta com 891 parques eólicos, que juntos somam mais de 25 mil megawatts de capacidade instalada.

A produção de energia a partir da biomassa, que tem como principal matéria-prima o bagaço da cana-de-açúcar, registrou um leve aumento de 0,3%, entregando ao sistema quase 3 mil MW médios em 2022. Atualmente existem 321 usinas deste tipo, com capacidade instalada total de 14.927 MW.

Com preço 51% menor, mercado livre de energia cresce 17% em 12 meses

Em dezembro de 2022, o custo da energia, um dos componentes da tarifa elétrica, foi de R$ 277/MWh no mercado regulado e de R$ 135/MWh do mercado livre, uma diferença de 51%

O mercado livre de energia ganhou 4.497 novas unidades consumidoras nos últimos 12 meses encerrados em novembro, crescimento de 17% no período. Cada unidade consumidora equivale a um medidor de energia elétrica. Essas unidades consumidoras estão agrupadas em 10.865 consumidores. O custo da energia, um dos componentes da tarifa elétrica, foi de R$ 277/MWh no mercado regulado, em média, contra R$ 135/MWh do mercado livre em dezembro de 2022, uma diferença de 51%.

Atualmente, somente grandes consumidores de energia podem escolher o fornecedor e os aspectos do fornecimento, como prazos, fonte energética e outras flexibilidades e serviços associados. Eles correspondem a 0,03% de todos os consumidores de energia no Brasil. São Paulo é o estado com a maior quantidade de consumidores livres, seguido por Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e Rio de Janeiro.

Em janeiro de 2023, a regulação passou a permitir que qualquer consumidor com demanda acima de 500 kW possa participar do mercado livre de energia. Em janeiro de 2024, novo gatilho regulatório permitirá que qualquer consumidor de energia em alta tensão possa escolher o próprio fornecedor, segundo portaria publicada em setembro passado.

A expectativa da Abraceel é que, ainda em 2023, tanto o Congresso Nacional quanto o Poder Executivo avancem nas ações legais e normativas para conceder o direito de escolher o fornecedor e participar do mercado livre de energia a todos os consumidores de baixa tensão, alinhando o Brasil a 36 países que abriram completamente o mercado elétrico.

Crescimento contínuo do mercado livre depende da comercialização varejista e de novas regras para Geração Distribuída, aponta CCEE

Novo estudo da Câmara mostra desaceleração no ritmo de migrações para o ambiente e organização vê oportunidade para expansão da oferta de serviços para pequenos consumidores e melhorias regulatórias

A abertura total do mercado livre de energia tem avançado a passos largos, com as propostas do Poder Executivo para que, nos próximos anos, todos os brasileiros tenham o direito de escolher seu próprio fornecedor e negociar condições personalizadas de contrato. Um levantamento da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica — CCEE, porém, mostra uma desaceleração no ritmo de crescimento do ambiente. Para a organização, os dados comprovam que há uma oportunidade para o fortalecimento da comercialização varejista e para a adoção de melhorias regulatórias que permitam a migração aos consumidores com equipamentos de geração solar distribuída.

De acordo com a CCEE, entre janeiro e setembro deste ano, migraram para o mercado livre 3.064 unidades consumidoras, uma redução de 24% na comparação com o mesmo período de 2021 e um declínio de 17% frente a 2020. A instituição nota que as cargas que têm optado por sair do segmento das distribuidoras estão cada vez menores, aproximando-se ou mesmo ficando abaixo do limite mínimo de 500 kW de demanda contratada, previsto nas regras atuais do setor. Isso faz com que um número crescente de empresas tenha que fazer uma comunhão, ou seja, reunir várias lojas ou fábricas que compartilhem de um mesmo CNPJ ou estejam no mesmo terreno para poderem atingir as exigências regulatórias atuais.

A migração mais intensa de grupos de pequeno e médio porte, em oposição às grandes redes industriais e de varejo que eram os principais interessados no mercado livre, traz uma série de complexidades para o processo. O presidente do Conselho de Administração da CCEE, Rui Altieri, destaca a importância do comercializador varejista nesse cenário, figura criada para fazer a gestão dos contratos e dos riscos desse novo público no ambiente. Hoje, já existem 53 habilitadas para atuar na categoria, mas ainda falta uma base consistente de clientes.

“Estamos em um momento de extrema importância, em que já temos uma proposta de cronograma para a liberalização para todos os brasileiros até 2028. O Ministério de Minas e Energia — MME colocou os prazos para serem debatidos pela sociedade em uma Consulta Pública e, de maneira muito acertada, determinou que os consumidores menores serão atendidos pelo varejista, que é quem conhece o setor elétrico a fundo e poderá dar todo o apoio para sua operação”, explica Altieri.

No caso da geração distribuída, a Câmara de Comercialização aponta a necessidade de que sejam aprimoradas as regras atuais, para que quem já tem equipamentos solares fotovoltaicos em sua casa ou seu negócio possa também ter o mercado livre como uma alternativa. Hoje, a regulação não permite a migração das unidades que participam do sistema de compensação com as distribuidoras, que são aquelas que entregam a energia própria produzida para a rede elétrica e ganham créditos.
 

“Existem mais de 60 mil cargas nessa situação só entre os clientes da alta tensão, no chamado grupo tarifário A. Precisamos, em conjunto com todos os órgãos do setor, estudar a melhor maneira de acomodar as necessidades desse grupo. É importante retomarmos o debate sobre a possibilidade da venda de excedentes da geração solar no ambiente livre”, avalia Rui Altieri.

Abertura do Mercado Livre

A Câmara de Comercialização tem atuado diretamente no processo de liberação total do ambiente de contratação livre, com contribuições junto ao MME e a Agência Nacional de Energia Elétrica — ANEEL. O objetivo é garantir que a abertura seja sustentável, contínua e previsível, com uma transformação que venha acompanhada de aprimoramentos regulatórios, como no caso da geração distribuída, e da criação ou o amadurecimento de novos serviços, a exemplo da categoria de comercializador varejista.

Em setembro, o Ministério publicou a Portaria 50/2022, que permite que, a partir de janeiro de 2024, todos os consumidores ligados na alta tensão, como indústrias e médias empresas, possam operar no mercado livre independentemente do volume demandado. Na ocasião, a pasta considerou a proposta da CCEE, de instituir que aqueles com carga menor que 500 kW obrigatoriamente sejam representados por um comercializador varejista.

A pasta também abriu uma Consulta Pública para contribuições do mercado sobre o cronograma para liberação para os ligados na baixa tensão, sendo unidades comerciais e industriais a partir de 2026 e as residências e estabelecimentos rurais a partir de 2028. Os prazos foram sugeridos pela Câmara em estudos enviados pela organização para o Poder Executivo.

Para a ABRASOL, ampliar fontes renováveis de energia deve ser meta do novo governo

Segundo dados da 2ª Revisão Quadrimestral das Previsões de Carga para o Planejamento Anual da Operação Energética — 2022-2026, o aumento previsto para este ano é de 2% na carga, atingindo 70.948 megawatts médios, considerando um incremento do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,9%. De 2022 a 2026, a previsão é de um crescimento médio anual da carga de 3,4%, atingindo 81.032 megawatts médios ao final do período.
 

A demanda poderá ser ainda maior se o país retomar patamares de produção industrial similares ao de 2008, quando o setor representava cerca de 25% do PIB. Hoje, sua participação é de apenas 11,3%, conforme os dados mais recentes. Se isso ocorrer sem que se aumente a oferta de energia, é imenso o risco de vermos fábricas paradas, quedas do sistema elétrico provocadas por sobrecarga e a volta dos apagões.
 

“Tecnologia eficiente, socialmente inclusiva e renovável por inteiro, a energia termossolar precisa entrar de imediato na pauta dos que serão empossados em janeiro próximo”, diz Luiz Antonio dos Santos Pinto, presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Térmica (ABRASOL).
 

Em termos globais, conforme os dados do Solar Heat Worldwide 2022, que usa a base de dados de 2021, o Brasil ficou em segundo lugar entre os países onde o uso de energia termossolar mais cresceu, com 28% de aumento, atrás apenas da Itália, com 83%, e à frente dos Estados Unidos (19%), Grécia (18%), Polônia (17%), Índia (16%) e México (7%).
 

Ainda de acordo com o Solar Heat Worldwide 2022, em termos da capacidade instalada de coletores planos, o Brasil aparece em 5º lugar, mas apenas em 31º quando se fala na capacidade instalada por 1.000 habitantes (dados de 2020).
 

“O potencial brasileiro é imenso, considerando que o país tem a presença da luz solar, com as maiores intensidades do mundo praticamente o ano inteiro, em todo o seu território, tecnologia própria avançada na área e um parque industrial com capacidade imediata para atender a um crescimento expressivo da demanda”, ressalta o presidente da ABRASOL.  
 

A capacidade instalada de 14,7 gigawatts (GW), com os 21 milhões de metros quadrados de aquecedor solar instalados nas últimas décadas até 2021, pode ser multiplicada por mais de 15 vezes se considerarmos o potencial para atender a todos os domicílios, estabelecimentos comerciais e industriais, como já ocorre em muitos países, gerando centenas de milhares de empregos — a atividade mantém atualmente 42 mil postos de trabalho, com o crescimento de 22% no ano de 2021.   
 

“Além disso, a tecnologia fortalece a cultura em favor do meio ambiente. Com o atual parque instalado, é possível evitar anualmente a emissão de mais de 4 milhões de toneladas de CO₂, com o potencial para chegar a mais de 60 milhões de toneladas de CO₂, o que reduziria em mais de 13% as emissões anuais e honraria o Acordo de Paris, de 2015”, acrescenta Santos Pinto.

Projetos de Geração Distribuída devem se concentrar na baixa tensão por conta da abertura do Mercado Livre

A GD (Geração Distribuída) ficará ainda mais focada nos consumidores de baixa tensão com a abertura do ACL (Ambiente de Contratação Livre ou Mercado Livre) para toda a alta tensão, prevista para janeiro de 2024, conforme portaria do MME (Ministério de Minas e Energia). Contudo, o novo cenário trará novas oportunidades de negócios para as energias renováveis no Mercado Livre, devido à tendência de os novos consumidores livres optarem pela energia mais limpa e à necessidade de diversificação das fontes energéticas, avalia a Turiya Renováveis, braço de geração de energia renovável do Grupo Indra.


“Com a nova portaria, espera-se que aqueles que não poderiam migrar para o mercado livre, optem por entrar no mercado. Principalmente pela liberdade de escolha e pela possibilidade de negociar os prazos dos contratos. Ou seja, a perspectiva é de que os novos consumidores de alta tensão, que poderão ingressar no mercado livre de energia a partir de 2024, voltem-se mais à migração para o mercado livre do que em permanecer em um sistema de Geração Distribuída”, explica Ingrid Santos, CEO da Turiya. “Desta maneira, a GD estará mais direcionada ainda para o atendimento dos consumidores residenciais e comerciais da baixa tensão, que conseguem contar com um desconto na conta de luz e consumo de energia limpa, sem a necessidade de investimentos em equipamentos.”


É esperado que a demanda máxima de classificação do consumidor especial abaixe, e por essa razão, alguns que já estão no ACL poderão se tornar consumidores livres.


“A nossa avaliação é que haverá uma demanda superior por energias renováveis por conta da maior entrada de consumidores especiais no ACL. Com isso, a tendência é provável que se abram mais oportunidades de investimentos neste tipo de fonte, principalmente devido à necessidade da diversificação energética e busca por incentivo às renováveis”, afirma a CEO da Turiya. Para ela, a tendência é que o consumidor livre opte por energia limpa também em função da competitividade dessas fontes e para alinhamento aos princípios ESG.


O novo cenário também faz com que os players do setor se adaptem às novas necessidades dos consumidores. O Grupo Indra, por exemplo, já se mobilizou para atender todos os tipos de consumidores. Com a Indra Comercializadora de Energia, oferece serviços para consumidores de alta tensão, por meio do mercado livre de energia, enquanto a Turiya Renováveis está focada em consumidores de baixa tensão, que conseguem usufruir dos benefícios da economia por meio da GD.


Com a possível migração de clientes para o ACL a partir de 2024, a Turiya tem ajudado a orientar e esclarecer as dúvidas daqueles que estão nesse processo. A empresa realiza análises aprofundadas a fim de evidenciar qual a melhor opção, permanecer na GD ou migrar para o Mercado Livre de energia.

Abertura completa do mercado de energia pode gerar até R$ 25 bi de redução de custos por ano até 2035

Para a Abraceel, com portarias para universalizar acesso ao mercado livre, Ministério de Minas e Energia direciona setor elétrico em três meses para modernização esperada há três décadas

O Ministério de Minas e Energia (MME) publicou hoje, dia 30 de setembro, no Diário Oficial da União, a Portaria 690/2022, que abre a Consulta Pública 137/2022, que propõe o acesso ao mercado livre de energia elétrica para os consumidores brasileiros, incluindo residenciais e rurais, em um cronograma até dia 1 de janeiro de 2028.

A medida tem potencial para reduzir custos dos consumidores com energia elétrica da ordem de até R$ 25 bilhões ao ano, totalizando R$ 210 bilhões no total até 2035, segundo estudo realizado pela Abraceel este ano para subsidiar as discussões em torno da universalização do acesso ao mercado livre de energia no Brasil. Com a economia de gastos, 642 mil empregos podem ser gerados no período, além de promover um desconto médio de 27% na compra de energia. Essa redução de custo no preço da energia, um dos componentes da tarifa, permitirá uma redução média na conta de luz de 15%, benefícios que contribuirão para desacelerar em 0,61 ponto percentual o IPCA. “Esse é o caminho para reduzir o preço da elétrica de forma estrutural no Brasil para todos os 90 milhões de consumidores ”, reforça Rodrigo Ferreira, presidente-executivo da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel).

Para a Abraceel, em três meses, o MME direciona setor elétrico para modernização esperada há três décadas com portarias para universalizar acesso ao mercado livre. A associação vai participar da consulta pública e oferecer contribuições, atualizando estudos já entregues ao poder concedente ao longo dos últimos anos.

A Abraceel, com base nos estudos já realizados, vem defendendo a abertura do mercado de energia em baixa tensão a partir de janeiro de 2026, com segurança jurídica, estabilidade regulatória e respeito aos contratos. A Abraceel apresentará, durante a Consulta Pública, estudos que demonstram claramente a possibilidade da abertura integral do mercado em 2026, com segurança jurídica, respeito aos contratos e com possibilidade de reduzir custos e subsídios inclusive para os consumidores cativos.

Segundo o presidente-executivo da Abraceel, as discussões para conceder o direito de o consumidor de energia escolher o fornecedor, aumentando a competição e a qualidade no atendimento, começa no início dos anos 90 no Brasil, em paralelo com outras regiões globais, como a Europa e Estados Unidos.

“De lá para, houve alguns avanços, mas muito tímidos, com alguns atos ampliando marginalmente os consumidores aptos a serem livres e reduzindo algumas reservas de mercado, enquanto 36 países completaram a jornada e levantaram completamente as barreiras para todos os consumidores poderem usufruir do direito de escolher de qual fornecedor vai comprar energia elétrica, dando início a uma espiral de modernização, inovação tecnológica e eficiência nos mercados elétricos e nas economias como um todo”, disse. “Sem dúvidas, a abertura completa do mercado de energia no Brasil representará um choque de eficiência na economia brasileira, elevando a produtividade, gerando mais empregos e renda e acelerando um processo de inovação tecnológica que ainda é tímido por aqui”, completou o presidente-executivo da Abraceel.

Além das iniciativas conduzidas pelo MME, a Abraceel tem expectativa positiva com relação à definitiva aprovação do PL 414/2021 no Congresso Nacional, que moderniza o marco regulatório do setor elétrico e traz regras para a abertura completa do mercado de energia para todos os consumidores, incluindo os residenciais. A Associação tem expectativa que o PL 414 seja votado e aprovado em outubro desse ano. “Esse projeto de lei (PL 414) propõe um prazo final para a abertura completa do mercado e vai demandar, quando aprovado, que o MME faça o que está fazendo hoje, que é publicar portarias para definir datas. Para nós, essa consulta pública de hoje reforça esse caminho que o MME começou a trilhar nestes últimos três meses”, disse Ferreira.

Alguns números da abertura:


O Brasil tem quase 90 milhões de unidades consumidoras (apenas 205 mil na alta tensão).

  • Os consumidores de energia em baixa tensão representam 54% do consumo elétrico do país.
  • A classe residencial soma quase 78 milhões de unidades consumidoras no Brasil (87% do total).
  • A classe rural soma 4,5 milhões de unidades consumidoras no Brasil (5% do total), com consumo de 1,7 GW médios.
  • Segundo a proposta do MME, com abertura do mercado de energia para os consumidores de baixa tensão, exceto residenciais e rurais, um grupo adicional de 7,6 milhões de unidades consumidoras (8% do total) passará a ter direito de escolher o fornecedor de energia.
  • Atualmente, o mercado livre de energia soma 30 mil consumidores (0,03% do total)
  • Em termos de volume, em 2026, o mercado livre abre para mais 6,4 GW médios, o correspondente a aproximadamente 10% do consumo de energia elétrica no país.
  • Com a proposta do MME, 56% do consumo elétrico do país ficará elegível para migrar para o mercado livre em 2026
  • Em 2028, de acordo com a proposta do MME, o mercado livre passará a estar acessível para mais 82,5 milhões de unidades consumidoras, o correspondente a 92% do total. Passam a ser elegíveis 100% dos consumidores, agregando os 44% restantes do consumo nacional.
  • O mercado livre de energia tem sido o principal indutor da expansão da oferta de energia elétrica no Brasil. Do total de 45 GW de energia elétrica centralizada que estão em fase de construção para entrar em operação até 2026, 83% estão sendo viabilizados pelo mercado livre, o que representa mais de R$ 150 bilhões de investimentos nos próximos cinco anos.

Três startups brasileiras estão na final global do Starter Business Acceleration

Depois do recorde de candidaturas em 2020, o Starter Business Acceleration, programa mundial de aceleração de negócios com startups que oferecem soluções aplicáveis ao setor de energia, selecionou as nove finalistas globais. Idealizado pela EDP, empresa que atua em toda a cadeia de valor do setor elétrico, o concurso terá três representantes brasileiras na final: Energy Source, Nuveo Technologies e Plataforma Verde. A final do concurso acontece no próximo dia 18 em formato virtual e a startup vencedora garante um prêmio de 50 mil euros.

Neste ano, o programa recebeu 820 candidaturas de 74 países, sendo o Brasil um dos países com maior número de inscrições, com mais de 120 candidatos. Além das brasileiras, são finalistas as seguintes startups: Aerones (Letônia), Aplanet (Espanha), ClimaCell (Estados Unidos), EET (Dinamarca), YData (Portugal) e Yotta Energy (Estados Unidos). O Starter Business Acceleration teve módulos na América Latina, Europa e América do Norte.

Na grande final, as startups apresentarão suas soluções para as empresas do Grupo EDP, que detém uma capacidade instalada de 27GW – 74% dela provenientes de energias limpas (eólica, solar e hídrica)— e 12 milhões de clientes, e para duas utilities parceiras que integram o programa: a Verbund, maior fornecedora de eletricidade da Áustria; e a Turning Tables, empresa de inovação do grupo espanhol Cuerva.

As finalistas oferecem soluções alinhadas com temas prioritários para as utilities: energias limpas, soluções com foco no cliente, inovação digital, armazenamento de energia, redes inteligentes, inovação em processos internos e inovação de impacto.

“Tivemos um ano desafiador em todos os sentidos e, mesmo assim, podemos ver uma edição de excelência em nosso programa de aceleração. Além do recorde de inscrições, o nível e maturidade das startups participantes impressionou. Teremos uma final com soluções de alto nível e com alta aplicabilidade para o setor elétrico”, destaca Andrea Salinas, diretora de Inovação e Ventures da EDP Brasil.

EDP Ventures Brasil investe na startup Clarke Energia

A EDP Ventures Brasil, veículo de investimento de capital de risco do Grupo EDP, participou da rodada de R$ 3 milhões, liderada pela Canary, na Clarke Energia. A startup, criada em dezembro de 2019, orienta empresas a economizar na conta de energia por meio de estudos tarifários, eficiência energética, monitoramento de consumo ou compra de energia no mercado livre.

A Clarke Energia proporciona, em média, uma redução de 10% a 20% na conta mensal de luz, identificando ineficiências tarifárias e apresentando soluções. A startup simula quanto a empresa economizaria se migrasse para a modalidade de Tarifa Branca e orienta sobre eficiência das operações da empresa.

“O trabalho da Clarke tem grande importância para médias e pequenas empresas especialmente. Além disso, os serviços oferecidos têm sinergia com algumas áreas da operação da EDP, como a comercialização e serviços de energia. Como Corporate Venture Capital, nosso objetivo é apoiar as startups do nosso portfólio com know how do mercado de energia e o suporte das nossas Unidades de Negócio, para que possam escalar rapidamente”, destaca Carlos Andrade, Vice-Presidente de Estratégia, Inovação e Novos Negócios da EDP Brasil.

“A missão da Clarke é mudar a forma como as empresas se relacionam com a energia. A gente entende que a conta de luz é complexa, mas se você entende um pouco consegue economizar bastante e reduzir o seu impacto ambiental. O apoio da EDP Ventures é fundamental para trazer a bagagem do setor elétrico europeu para o Brasil e fazer com que o nosso setor seja modernizado”, disse o CEO da Clarke Energia, Pedro Rio.

Ecossistema de inovação

Criada em maio de 2018, a EDP Ventures Brasil é o primeiro veículo de investimento do setor elétrico brasileiro, com R$ 30 milhões em recursos a serem destinados a startups que atuam em seis verticais: energia renovável, redes inteligentes, armazenamento de energia, inovação digital (blockchain, IoT, big data, realidade virtual), soluções com foco no cliente e áreas transversais (legaltechs, fintechs, HRtechs). Interessados podem acessar o site www.edpventures.vc para obter mais informações.

“Acreditamos no potencial de crescimento da empresa, especialmente pela tração comercial apresentada em poucos meses de operação e pela maneira transparente como conseguem se comunicar com seus clientes e ajudá-los a ter mais autonomia para gerir seus custos com a energia elétrica. O apoio da Canary também sinaliza a atratividade do investimento e o grande potencial da startup”, explica Rosario Cannata, gestor de Investimento da EDP Ventures Brasil.

Além da Clarke, já receberam investimentos no Brasil as startups Voltbras, Colab, Dom Rock, Delfos e Fractal Engenharia e Sistemas. Desde 2008, os veículos de Venture Capital do Grupo EDP já aplicaram globalmente 38 milhões de euros em 33 startups, que juntas empregam mais de 1.200 colaboradores e têm mais de 140 milhões de euros de receita por ano.

Eficiência energética e mercado livre

A ONU busca dobrar a taxa global de melhora de eficiência até 2030 porque entende a prática como um dos principais pilares para gerar energia sustentável e ajudar os países a minimizarem os preocupantes reflexos do aquecimento global. No Brasil, a meta estabelecida após o Acordo de Paris, de 2016, visar reduzir o consumo de energia elétrica em 10% e ainda reduzir os gases poluentes em 43%.

Por determinação do Governo Federal, Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) estão realizando estudos sobre como abrir o mercado livre de energia a consumidor residencial. A medida do governo ainda define que haverá redução gradual, a partir de 2021, de requisitos para que empresas passem a operar com maior flexibilidade no mercado livre de eletricidade.

Starter Business Acceleration: programa mundial para startups do setor elétrico abre inscrições para edição de 2020

A EDP, empresa que atua em toda a cadeia do setor elétrico, está com as inscrições abertas para o Starter Business Acceleration, programa mundial de aceleração de negócios com startups que oferecem soluções aplicáveis ao setor de energia. O programa receberá inscrições de startups de todo o mundo, que serão selecionadas para participação em um dos módulos: América Latina, em São Paulo, no Brasil; América do Norte, em Houston, nos Estados Unidos; e Europa e Ásia, em Viena, na Áustria.

As trinta startups selecionadas terão a oportunidade de apresentar as suas soluções para as empresas do Grupo EDP, que detém uma capacidade instalada de 27GW, 74% dela provenientes de energias limpas (eólica, solar e hídrica), e 12 milhões de clientes, além de outras três utilities parceiras que integram o programa: a American Electric Power, com mais de cinco milhões de clientes em 11 Estados norte-americanos; a Verbund, maior fornecedora de eletricidade da Áustria; e a Turning Tables, empresa de inovação do grupo espanhol Cuerva.

Os dez projetos com maior potencial serão posteriormente selecionados para participar da final e o vencedor será anunciado em Lisboa, em novembro, durante o Web Summit, garantindo um prêmio de 50 mil euros.

As sete categorias disponíveis para candidatura estão alinhadas com as áreas de negócio prioritárias para as utilities: energias limpas, soluções com foco no clientes, inovação digital, armazenamento de energia, redes inteligentes, inovação em processos internos e inovação de impacto. As inscrições podem ser realizadas pelo site www.theenergystarter.com.

“A transformação do setor elétrico já é uma realidade e as startups têm um papel fundamental nesse processo. Através da colaboração entre startups e utilities podemos acelerar a adoção de novas tecnologias capazes de suportar a geração de novos modelos de negócio, além da melhoria da experiência junto aos consumidores. Apostamos no Starter Business Acceleration para seguir na vanguarda do segmento e apoiar o desenvolvimento do ecossitema empreendedor”, afirma Livia Brando, diretora de Inovação e Ventures da EDP Brasil.

Na última edição, o Starter atraiu cerca de 500 startups e selecionou um total de 30, vindas de 13 países, para trabalhar diretamente com a EDP e as utilities parceiras do programa. Isso resultou num pipeline de 50 projetos-piloto e 10 potenciais investimentos.

Programa de aceleração global para startups de energia, o Free Electrons, está com inscrições abertas

O Free Electrons, programa global de aceleração focado em startups de energia em fase de scale up em mercados internacionais, está com inscrições abertas até 31 de janeiro de 2020. A iniciativa, que está na quarta edição, busca apresentar as mais promissoras startups do setor elétrico em todo o mundo às 10 utilities líderes do setor. Ao todo, o programa vai selecionar 30 empresas que terão a oportunidade de apresentar suas ideias em um Bootcamp que acontece em março, em Singapura, e apenas 15 passarão para a fase seguinte.

Como nos três anos anteriores, o programa será divido em três módulos. O primeiro acontecerá em junho em Sydney, na Austrália; o segundo acontecerá pela primeira vez em São Paulo, no mês de setembro; e o último será em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, onde será anunciada a grande vencedora, que receberá o prêmio de 200 mil dólares.

O programa tem como membros a EDP, American Electric Power (EUA), AusNet Serviços (Austrália), CLP (Hong Kong), DEWA (Dubai), ESB (Irlanda), innogy (Alemanha), Origin Energy (Austrália), SP Group (Cingapura) e Tokyo Electric Power Company (Japão). O Free Electrons é apoiado pela Beta-i (Portugal).A cada ano, o Free Electrons recebe perto de 500 candidaturas de startups de todos os continentes, que se propõem a criar um projeto-piloto nas áreas da mobilidade, energias limpas, redes inteligentes, digitalização e serviços de apoio ao cliente. Nas últimas três edições, mais de mil startups de 65 países se inscreveram e foram investidos cerca de US$ 11 milhões pelas companhias envolvidas. Só na edição deste ano, foram criados 59 pilotos.

As inscrições podem ser realizadas até 31 de janeiro no link http://freeelectrons.org/.

Maior programa global de aceleração do setor elétrico

O Free Electrons é conhecido como o programa de aceleração mais relevante do mundo no setor de energia e permite a startups maduras do setor terem acesso a parceiros mundiais, que podem ajudá-las a se expandir para novos mercados. As 10 utilities que fazem parte do programa têm, juntas, cerca de 80 milhões de clientes e estão presentes em mais de 40 países.

Em 2019, o prêmio de melhor startup foi concedido à Ev.energy. A empresa está desenvolvendo pilotos focados em soluções para clientes com AEP (EUA), innogy (Alemanha) e ESB (Irlanda). As três edições anteriores do Free Electrons geraram um montante total de cerca de US$ 10 milhões de dólares nos contratos firmados entre as startups e as 10 utilities. Em três edições, o programa recebeu inscrições de mais de 1.400 startups de 75 países.

Exemplos disso são o Loqr, provedor de segurança de autenticação que recebeu investimento da EDP Ventures, em Portugal; a Kisensum, fornecedora de software de gerenciamento de frota adquirida pela ChargePoint (EUA); e a Fresh Energy, que também se tornou parte do hub de inovação da alemã Innogy por conta do medidor inteligente para clientes domésticos de grandes fornecedores de eletricidade.

Provider IT fecha contrato com a TAESA para implementar solução de governança de TI

Otimizar a performance de seus ambientes de TI e melhorar o tempo de resposta para as demandas. Com esses objetivos, a Transmissora Aliança de Energia Elétrica S.A. – TAESA, um dos maiores grupos concessionários de energia elétrica do país, acaba de investir na implementação de uma solução de governança de TI, que permitirá melhorar seus processos, reduzir custos, além de garantir maior segurança, conformidade com normas regulatórias e manutenção e disponibilidade dos serviços de TI. O projeto será conduzido pela Provider IT, uma das principais consultorias e provedoras de serviços de TI com 20 anos de existência. Este primeiro contrato firmado com uma empresa do setor de energia é decorrente da estratégia de expansão da consultoria com presença consolidada em mercados como financeiro e de seguros.

“É de importancia estratégica para as companhias de capital aberto, sobretudo as que atuam em mercados com regulação, a ampliação dos seus sistemas de controles em todos os âmbitos corporativos, inclusive na área de TI. A adoção dessa plataforma permitirá à Taesa configurar e controlar todas as demandas operacionais que chegam à área de TI oriundas dos diferentes setores da empresa, inclusive os processos que entram em produção”, explica Evandro Abreu, diretor executivo da Provider IT.

A ferramenta adotada para governança de TI, SAP Solution Manager, apoia a gestão de projetos SAP e processos de negócios, monitora sistemas, interfaces e processos, além gerenciar incidentes e problemas no dia a dia. Com a implementação da plataforma, a TAESA terá benefícios como a melhor visibilidade, execução, alinhamento e melhorias nos processos de negócios, harmonizando e administrando os dados empresariais, além de fortalecer a governança empresarial, garantindo a conformidade, segurança e controle de riscos.

O projeto terá duração de quatro meses, além de um mês adicional de operação assistida pelo time de especialistas da Provider IT. Parte da equipe da consultoria realiza as operações remotamente e, outra, tem atuação presencial na TAESA.

A Transmissora Aliança de Energia Elétrica S.A. – TAESA – é um dos maiores grupos privados de transmissão de energia elétrica do Brasil em termos de Receita Anual Permitida (RAP). A companhia é exclusivamente dedicada à construção, operação e manutenção de ativos de transmissão, com aproximadamente 10 mil Km de linhas de transmissão em operação, mais sete concessões adquiridas em leilão, que somam um total de 2.099 km de extensão em construção. Além disso, a TAESA possui ativos em 70 subestações em operação com nível de tensão entre 230 e 525kV, presença em todas as regiões do país e um Centro de Operação e Controle localizado em Brasília. Atualmente a companhia detém 34 concessões de transmissão, possuindo 100% dos ativos de quinze concessões, participação na ETAU, Brasnorte, Paraguaçu e Aimorés, ERB1 e em 14 concessões da TBE.

Ataques cibernéticos poderão causar interrupção no fornecimento de energia elétrica nos próximos cinco anos, diz Accenture

Quase dois terços (63%) dos executivos de concessionárias entrevistados pela Accenture em todo o mundo acreditam que seus países enfrentarão ao menos um risco moderado de interrupção no fornecimento de energia elétrica por ataque cibernético em suas redes de distribuição, ao longo dos próximos cinco anos. O número é um dos achados do novo relatório da Accenture (NYSE:ACN), Outsmarting Grid Security Threats, parte do programa de pesquisa Digitally Enabled Grid, e chega a 76% entre executivos de concessionárias norte-americanas.

A pesquisa realizada com mais de 100 executivos de concessionárias de mais de 20 países mostra que interrupções no fornecimento de energia elétrica por conta de ataques cibernéticos são a principal preocupação, citada por 57% dos entrevistados. Ameaças físicas à rede de distribuição são igualmente um problema. Para 53% dos executivos, o principal receio é a segurança de funcionários e/ou clientes e, para 43%, a destruição de bens físicos.

Interrupções no fornecimento de energia são principal preocupação em relação à segurança cibernética, para executivos e distribuidoras

“Os negócios de distribuição estão cada vez mais expostos a crimes cibernéticos por conta do desenvolvimento de malwares altamente sofisticados e letais, que podem ser usados por criminosos virtuais”, diz Stephanie Jamison, diretora executiva de Transmissão e Distribuição da Accenture.
“Ataques a sistemas de controle poderiam prejudicar a confiabilidade da rede e a segurança e o bem-estar de funcionários e do público em geral. Não conseguir endereçar esse tipo de ameaça a tempo pode prejudicar a marca, bem como ser uma ameaça real a um país ou comunidade”.

Embora a maior conectividade dos sistemas de controle habilitados nas redes inteligentes possa gerar benefícios significativos sob a forma de segurança, produtividade, qualidade de serviço aprimorada, e eficiência operacional, 88% concordam que a segurança cibernética é uma grande preocupação na implantação destas redes inteligentes. Concessionárias de distribuição também estão cada vez mais expostas por conta do aumento de aparelhos domésticos conectados via Internet das Coisas (IoT), como plataformas domésticas e eletrodomésticos inteligentes. Isso traz um novo risco às empresas de distribuição, ainda difícil de quantificar, com 77% dos executivos de concessionárias indicando IoT como risco potencial à cibersegurança.

Nas regiões da Ásia-Pacífico e da Europa, criminosos cibernéticos são vistos como o maior risco para os negócios de distribuição por quase um terço dos respondentes. Contudo, na América do Norte, ataques por governos são considerados um risco maior do que em outras regiões (32%).

“A implantação das redes inteligentes poderia abrir novos vetores de ataque se a segurança cibernética não for uma preocupação central do projeto”, completa Jamison. “Contudo, as redes inteligentes também podem trazer proteção sofisticada para ativos que antes eram vulneráveis por meio de uma melhor conscientização da situação e controle da rede.”

As concessionárias precisam aumentar suas capacidades de cibersegurança e desenvolver um sistema de entrega resiliente

Um número significativo de concessionárias de distribuição ainda tem muito a fazer para desenvolver capacidades de resposta cibernética robusta. Mais de 4 em 10 respondentes afirmam que os riscos de cibersegurança ainda não estavam, ou estavam apenas parcialmente, integrados a seus processos de gestão de riscos mais amplos.

Além disso, a crescente convergência de ameaças físicas e cibernéticas exige o desenvolvimento de capacidades que vão muito além dos requisitos simples de conformidade com normas nacionais ou internacionais de segurança. As concessionárias devem investir na resiliência de suas redes inteligentes, bem como em recursos eficazes de resposta e recuperação.

A proteção adequada representa um desafio por conta da complexidade das redes de distribuição elétrica e de agressores cada vez mais sofisticados e bem-financiados, e muitas concessionárias de distribuição ainda não estão protegidas ou preparadas adequadamente. Quando o assunto é restaurar a operação da rede ao estado normal após um ataque cibernético, apenas 6% dos entrevistados acreditam estar extremamente bem preparados e 48% afirmam estarem preparados.

No Brasil ainda não há registros públicos precisos de invasões ou tentativas de invasões a sistemas de controle das redes elétricas. Entretanto, o aumento dos dispositivos inteligentes implantados pelas diferentes concessionárias visando a migração para redes mais inteligentes traz a preocupação com o aumento da probabilidade de acontecimentos tais como observados recentemente em outros países.

Apenas 48% dos executivos de concessionárias acreditam estar bem preparados para os desafios de uma interrupção por ataque cibernético

“A cibersegurança precisa se tornar uma competência central do setor, protegendo toda a cadeia de valor e seu ecossistema, de ponta a ponta. As concessionárias, experientes na entrega confiável e na restauração de energia, precisam ser ágeis e rápidas para criar e alavancar a consciência situacional para que possam reagir rapidamente e intervir a tempo para proteger a rede”, diz Jim Guinn, diretor geral que lidera a prática de segurança para indústrias de recursos naturais na Accenture. “O desenvolvimento dessa nova capacidade exigirá inovação contínua, uma abordagem prática para dimensionamento e colaboração com parceiros para gerar o máximo de valor.”

Ações para construir e escalonar a defesa cibernética

Embora não haja um caminho único a seguir, existem alguns movimentos que qualquer negócio de distribuição deve considerar para fortalecer a resiliência e a resposta a ataques cibernéticos, tais como:

• Integrar a resiliência no desenvolvimento de ativos e processos, incluindo segurança cibernética e física;

• Compartilhar inteligência e informações como uma atividade crítica que poderia ajudar a criar consciência situacional sobre o cenário de ameaças mais recente e como se preparar de acordo;

• Desenvolver modelos de governança para gerenciamento de segurança e emergência.

Para mais informações sobre como as concessionárias de distribuição podem gerenciar efetivamente a cibersegurança, acesse o novo relatório da Accenture – Outsmarting Grid Security Threats.

Metodologia

O estudo anual da Accenture – Digitally Enabled Grid – avalia as implicações e oportunidades de redes cada vez mais digitais. O estudo 2017 inclui entrevistas com mais de 100 executivos de concessionárias de mais de 20 países. Todos os executivos entrevistados estavam envolvidos no processo de tomada de decisão para questões relacionadas a redes inteligentes. Os países representados incluem África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Austrália, Bélgica, Brasil, Canadá, China, Emirados Árabes Unidos, Espanha, EUA, Filipinas, Holanda, Itália, Japão, Malásia, Noruega, Portugal, Reino Unido, Suíça e Tailândia.

Startup lança plataforma gratuita que ajuda a reduzir em até 35% a conta de energia

A conta de luz não para de subir e é um dos maiores vilões do orçamento doméstico e de pequenas empresas. Ajudar brasileiros a reduzir seus gastos com energia elétrica por meio de uma consultoria gratuita e personalizada sobre os equipamentos utilizados é a proposta do recém-lançado EnGuia (enguia.eco.br/) – uma consultoria em eficiência energética on-line capaz de analisar a conta de luz e equipamentos instalados nos imóveis, e gerar – sem custos – um Plano Personalizado de Redução do Consumo (PPRC) – aplicável em residências e pequenas e médias empresas com economias de até 35%.

“Existe muita desinformação sobre o consumo de energia e alguns mitos também. A nova moda, por exemplo, é trocar as lâmpadas por LED, mas tem muita gente comprando lâmpada errada e gastando mais no final do mês”, explica Rodrigo Thedim, um dos fundadores do EnGuia e responsável pelo Marketing da empresa. “A plataforma irá fornecer gratuitamente um diagnóstico detalhado e personalizado sobre o consumo de energia, para consumidores que não podem arcar com os custos de uma consultoria presencial em eficiência energética ou não sabem como colocar os projetos em prática. O EnGuia irá ajudar a priorizar os investimentos em eficiência energética”, explica Rosana Correa, fundadora e CEO da empresa.

Iniciativa da Casa do Futuro, empresa de tecnologia e sustentabilidade na construção civil, certificada B (http://sistemab.org/), e com 11 anos de história, o EnGuia já coleciona prêmios e reconhecimentos: foi selecionada pelo Ministério de Ciência e Tecnologia da China para participar do International Technology Transfer and Innovation Collaboration Session, além de ser finalista em premiações como o “Smart City Business”, em Curitiba e terceira colocada no “Connected Smart Cities”, em São Paulo.

Como funciona?

Funciona da seguinte forma: o usuário realiza um rápido cadastro no site (http://enguia.eco.br) e, em poucos cliques, a plataforma já consegue informar o cliente sobre seus dados de consumo de energia. Entre ar-condicionado, iluminação, chuveiro elétrico, equipamentos, eletrodomésticos e outros, ele poderá saber onde gasta cada quilowatt consumido e quais ambientes de sua casa ou escritórios consomem mais energia.

Em seguida a plataforma já demonstra seu Plano Personalizado de Redução do Consumo (PPRC), sob medida para cada imóvel, negócio ou família. Este plano pode ser personalizado e atualizado imediatamente, desta forma cada um pode priorizar os gastos e saber a economia e o retorno sobre cada investimento.

Primeiro marketplace de energia limpa do Brasil

A rede criada através do PPRC ajudará o EnGuia a formar um banco de dados que impulsionará melhorias no mercado e dará origem ao primeiro marketplace de energia limpa do Brasil. “A ideia é conectar pessoas, produtores de energia e concessionárias para vender e trocar energia limpa. Para o sistema dar certo, no entanto, é importantíssimo que o uso de energia esteja eficiente entre os usuários. O Plano Personalizado de Redução do Consumo (PPRC) é essencial para este projeto”, explica Rosana. O Plano também ajudará a coletar dados do setor para projetos de inteligência.

Outra evolução do EnGuia será o recurso que vai gerenciar o consumo de energia residencial, usando internet das coisas (IoT) para fazer o uso inteligente de equipamentos e iluminação, o EnGuia Home. Antes mesmo do lançamento, a startup já atendeu mais de 130 clientes e pretende alcançar até 10 mil usuários até o final do ano em todo o Brasil.

Além destes, estão no Plano de Negócios da empresa, o EnGuia Cidades e o EnGuia Social. Aplicações voltadas à gestão energética urbana e em comunidades carentes.

Grupo CPFL unifica banco de dados de mais de 8 mil funcionários com sistema “Primeiro as Pessoas”

Com o intuito de compilar informações e indicadores dos seus mais de 8 mil funcionários em um mesmo banco de dados, o Grupo CPFL Energia, maior empresa privada de energia do País, implementa a solução Sistema Primeiro as Pessoas (SPAP), desenvolvida pela Resource, uma das principais e mais bem-sucedidas multinacionais brasileiras de serviços de TI e Integração Digital. “Decidimos investir nessa ferramenta porque necessitávamos de uma estrutura única para inclusão, edição e acesso às informações de nossos funcionários. Antes do SPAP, havia muitos processos manuais, dados desatualizados e não tínhamos integração com o nosso sistema de gestão empresarial”, explica Frederico Raperger, Gerente de Projetos de TI da CPFL Energia. Outros destaques da solução, segundo o gestor, são a interface amigável e a questão de ser uma ferramenta totalmente personalizada.

O projeto foi dividido em duas fases. Nessa primeira etapa, além de unificar os dados, o software permite acesso rápido aos registros que auxiliam na tomada de decisões estratégicas relacionadas à saúde, segurança e qualidade de vida dos colaboradores. Durante o desenvolvimento, a Resource focou exatamente na usabilidade do sistema. Era necessário criar um programa que fosse fácil de inserir e extrair os dados. Ao mesmo tempo, a ferramenta precisava ter interfaces gráficas simples e intuitivas. Cada tela, segundo Jose Zuhlke, Diretor Executivo de Operações e Serviços da Resource, foi cuidadosamente projetada para ser autoexplicativa, uma vez que a diversidade de perfis dos usuários é enorme.

Outro destaque do projeto entregue pela Resource é a interface desenvolvida com o eSocial, projeto do Governo Federal que unifica o envio de informações pelo empregador em relação aos seus empregados. O sistema tem como objetivo facilitar os diálogos de segurança nos departamentos, os alertas para possíveis situações de risco dentro da empresa e o reporte de incidentes e acidentes, além de integrar todos os dados geridos pela área de saúde. A solução segue todas as obrigações legais e dezenas de interfaces de comunicação foram criadas para garantir que cada dado seja enviado de maneira consistente e em conformidade com todas as regras do Governo.

“Estamos orgulhosos com a entrega de um projeto dessa magnitude. Foram mais de 10 mil horas destinadas à criação do programa, com 30 interfaces com a SAP geradas, mais de 300 mil linhas de código-fonte produzidas e mais de 800 funções e métodos implementados. São quase dez anos de parceria com a CPFL Energia, então estamos felizes com o resultado da primeira fase do projeto e entusiasmados para a próxima etapa”, comenta o executivo da Resource.

A união e o bom relacionamento entre as empresas também foram destacados positivamente por Luiz Rodrigues Kisch, Engenheiro de Segurança do Trabalho da CPFL Energia. “Foi uma satisfação muito grande e houve uma grande sinergia entre os times. A interação entre as empresas foi perfeita da etapa inicial até a entrega do projeto e fator determinante para o sucesso do SPAP”, completa Kisch. Para a segunda fase, o objetivo é fazer a integração com os programas de saúde e qualidade de vida promovidos pela CPFL Energia, como o Corrida e Caminhada e o Alimentação Saudável.

O desenvolvimento do projeto também envolve controles de entregas e recebimento de EPIs, calibração, inspeção de segurança, aferição de equipamentos, treinamentos e outros módulos que permitem a interação dos colaboradores com os programas de segurança no ambiente de trabalho e de promoção da saúde. Isso valoriza o capital humano e influencia positiva e diretamente o clima organizacional do Grupo CPFL Energia.

Estão abertas as inscrições para o EDP Open Innovation 2017

Já estão abertas as inscrições para o EDP Open Innovation 2017. O concurso global, que no ano passado já teve como vencedora uma equipe brasileira, está em busca de projetos inovadores que possam transformar o mercado de energia elétrica e, novamente, vai premiar a melhor startup com um prêmio de 50 mil euros.

Os interessados de qualquer localidade podem se candidatar até o dia 23 de agosto, por meio do site edpopeninnovation.edp.pt. Em seguida, os grupos serão avaliados por um júri formado por representantes da EDP e do Grupo Impresa, empresa de comunicação parceira da companhia na edição deste ano. Os 15 melhores serão levados para um programa de aceleração em Portugal, no qual terão a chance de desenvolver e testar a solidez e a viabilidae dos seus negócios.

Esta segunda fase ocorre durante o mês de outubro e será decisiva para que sejam escolhidas as três startups finalistas. As equipes terão, então, que apresentar suas soluções diante de um novo juri em um evento que acontece em 26 de outubro, em Lisboa, na qual também será definida a Grande Vencedora. Além do prêmio em dinheiro, o EDP Open Innovation dará aos finalistas a oportunidade de apresentarem seus projetos no Web Summit, principal evento europeu de inovação.

“O Brasil já venceu a competição no ano passado e temos toda a confiança de que as equipes do País estão preparadas para propor excelentes projetos em 2017”, avalia a gestora da área de Inovação da EDP, Lívia Brando.

Brasileiros vencedores

Vencedora do EDP Open Innovation em 2016, a startup brasileira Delfos Predictive Maintenance, de Fortaleza, surpreendeu os juízes por ter apresentado uma solução que prometia responder ao grande problema da energia eólica: como aumentar a produtividade e o ciclo de vida das turbinas sem aumentar os custos de operação e manutenção. Para isso, criaram um sistema que monitora, analisa e antecipa possíveis problemas nos equipamentos em tempo real.

Atualmente, a equipe colabora com a EDP Inovação e com a EDP Renováveis no desenvolvimento de um projeto piloto para testar em ambiente real a aplicação.

“O EDP Open Innovation nos concedeu um selo de qualidade e credibilidade que abriram muitas portas”, afirma Guilherme Studart, um dos sócios da Delfos. “O aprendizado do processo de aceleração e a oportunidade de interagir com um grande player com certeza foi essencial para ajustar a nossa proposta com a realidade do mercado”, completa.

EDP e Inovação

O EDP Open Innovation é uma iniciativa que tem como objetivo impulsionar o desenvolvimento de startups que contribuam para a constante transformação e evolução do setor energético. Esta é a segunda edição do concurso, que no ano passado selecionou cinco brasileiros entre os quinze finalistas.

Recentemente, a EDP também se juntou a outras sete utilities mundiais para organizar um dos maiores programas de aceleração de startups mundial: o Free Electrons Global Accelerator. O concurso recrutou projetos ligados à energia que serão importantes para a próxima geração de ideias em energia limpa, eficiência energética, mobilidade elétrica, digitalização e serviços de apoio ao cliente.

Para saber mais, acesse: http://edpopeninnovation.edp.pt/wp-content/uploads/edp-open-innovation-regulation.pdf