O data center e a transformação digital: a hora e a vez da refrigeração de precisão

Por Sérgio Ribeiro

A história da tecnologia é repleta de casos em que uma solução era, em seus inícios, aplicada de forma indiscriminada a “n” desafios. Essa regra vale para os sistemas de refrigeração para data centers. Embora ainda existam empresas que prefiram usar sistemas de ar condicionado de conforto para refrigerar seus centros de processamento de dados, esse quadro está mudando. A razão para essa evolução é simples. Os sistemas de ar condicionado de conforto foram desenvolvidos para realizar a climatização de ambientes com pessoas, não com máquinas. Em tempos de transformação digital, em que processos analógicos são aceleradamente substituídos por serviços online, a continuidade dos negócios depende do data center e só pode ser garantida pelo estado da arte em refrigeração: a tecnologia de refrigeração de precisão.

Relatório da empresa de análise de mercado TechNavio mostra que, até 2019, o market share global de sistemas de precisão crescerá 14% ao ano. Por trás desta tendência estão fatores como a valorização do green data center e o uso intensivo de soluções DCIM (Data Center Infrastructure Management) para monitorar e configurar as novas tecnologias de refrigeração.

Em todos os casos, a base para a escolha do sistema de refrigeração de um data center é compreender que os tipos de calor e os índices de umidade gerados por seres humanos não são iguais aos das máquinas.

Pessoas e máquinas: diferentes desafios de climatização

Os data centers não geram umidade e emanam muito mais calor por metro quadrado. É a situação oposta de um ambiente típico de conforto contendo pessoas em interação. Enquanto as máquinas necessitam de sistemas de refrigeração que sejam capazes de vencer uma carga de calor sensível, os ambientes de conforto necessitam de sistemas de refrigeração capazes de vencer uma carga de calor latente. O ar condicionado de conforto tem a missão, também, de combater os altos índices de umidade, visando fazer com as pessoas se sintam confortáveis nos ambientes que ocupam.

Segundo dados da Emerson Network Power, os sistemas de ar condicionado de conforto têm uma taxa de calor sensível de 0,6 a 0,7. Isso significa que, de sua capacidade total, apenas uma faixa de 60% a 70% está dedicada à carga térmica sensível (calor emitido por máquinas e equipamentos). O restante está dedicado para uma carga latente (calor com umidade, gerado por pessoas).

A implementação desse tipo de climatização não seria adequada aos data centers, ambientes que apresentam uma taxa de calor sensível superior à 90% em sua carga térmica total. Nesse sentido, o ar condicionado de precisão oferece benefícios maiores, porque foi projetado para oferecer uma taxa sensível de 0,85 a 1. Isso significa que de 80% a 100% do seu esforço é direcionado ao combate do calor sensível.

O sistema de ar condicionado de precisão é desenvolvido para manter um rígido controle de temperatura e umidade 24 horas por dia, 365 dias por ano.

Se, no entanto, alguém insistir em usar um ar condicionado de conforto para refrigerar um data center, será obrigado a adquirir mais aparelhos deste tipo para atender à demanda das máquinas. Se, em vez disso, esse gestor implementasse um sistema de ar condicionado de precisão, com toda certeza o número de equipamentos ou a capacidade dos mesmos seriam reduzidas consideravelmente. Uma análise de custo/benefício ampla, focada no levantamento do TCO (Total Cost of Ownership) do sistema de refrigeração que será adotado, comprovará essa realidade. Para citar apenas alguns, um sistema de ar-condicionado de conforto tem uma taxa de vazão de ar na faixa de 350 a 400 CFM, enquanto um de precisão circula entre 500 a 600 CFM, o que contribui para maior filtragem e tratamento do ar.

Sistemas de precisão têm operação multimodal

Erros no controle da umidade podem gerar danos substanciais aos equipamentos, causar descargas estáticas, afetar os circuitos e ameaçar os dados disponíveis. Geralmente, os sistemas de ar condicionado de conforto não têm controle de umidade, tornando-se difícil manter uma umidade relativa estável. O ar condicionado de precisão, ao contrário, tem operação multimodal, para fornecer uma gama adequada de resfriamento, umidificação e desumidificação.

O monitoramento do entorno é uma variável interessante a destacar entre os sistemas de conforto e os de precisão. Os primeiros se caracterizam por apresentar procedimentos precários e limitados, trabalhando dentro de faixas de temperatura muito mais amplas e menos precisas.

Os sistemas de precisão, por outro lado, contam com plataformas de controle térmico que permitem aos gerentes de data centers monitorar remotamente as instalações em tempo real. Essas soluções de software não só ajudam a economizar energia como, também, aumentam significantemente o Tempo Médio Entre Falhas (em inglês, MTBF) e a capacidade de redundância de fontes de energia elétrica.

Quanto à eficiência no tempo, o ar condicionado de precisão também é superior. Isso acontece porque seus componentes são projetados para atender à demanda e operar continuamente 8.760 horas por ano.

Free Cooling reduz consumo de energia em 40%

Outra diferença notável é que, atualmente, os equipamentos de ar condicionado mais modernos contam com técnicas muito avançadas, conhecidas como Free Cooling. A prática da Free Cooling consiste em aproveitar temperaturas externas favoráveis para reduzir o funcionamento do compressor. Isso diminui o consumo de energia em até 40%, garantindo a climatização adequada sem consumir água, mesmo em climas quentes. Isso faz com que o Free Cooling seja uma alternativa amigável ao meio ambiente. Por exemplo, um data center de médio porte, que consome 500 KW/hora, pode economizar até USD 131.400 adotando as melhores práticas de eficiência energética. Isso se considerado um custo médio de USD 0,10 por KW/h.

É importante reconhecer que alguns data centers mantem-se fieis ao ar condicionado de conforto devido ao preço inicial dessa tecnologia. Em longo prazo, no entanto, o sistema de conforto incorrerá em maior dispêndio de dinheiro, não somente pela quantidade de energia consumida – uma despesa crítica de qualquer data center –, mas, também porque seu sistema de regulação pode afetar a vida útil dos equipamentos. Neste sentido, se um ar condicionado de conforto danificar um dispositivo/máquina de um data center, não só será necessário investir dinheiro em reparos, mas também pagar pela perda de dados e pela interrupção de serviços.

A criticidade de um data center exige a presença de uma solução de refrigeração que contribua para a continuidade dos negócios do data center e de seus clientes. O tempo não para, e a evolução da tecnologia, também.

Eng° Sérgio Ribeiro, consultor em sistemas de gerenciamento térmico da Vertiv.

Honeywell apresenta sistema operacional para internet das coisas durante a Greenbuilding Brasil

A Honeywell (NYSE:HON) apresentará seu sistema operacional para Internet das Coisas (IoT), o Niagara 4, durante a “Greenbuilding Brasil – Conferência Internacional e Expo”, que acontece de 9 a 11 de agosto em São Paulo (no São Paulo Expo). A companhia também terá palestras de especialistas, workshops e estudos de caso sobre eficiência energética e sustentabilidade.

O Niagara 4, que inclui recursos avançados para ajudar desenvolvedores, integradores e usuários a aumentar a eficiência energética, reduzir custos e aprimorar a segurança de equipamentos conectados diretamente à internet, oferece um framework de primeira geração para Internet das Coisas que estabelece conectividade entre máquinas e pessoas.

No evento, a Honeywell também apresentará duas palestras sobre o tema eficiência energética, foco de discussões recorrentes em empresas no Brasil, principalmente após as recentes elevações das tarifas em 2015, que chegaram a 50%.

A Honeywell inicia o primeiro dia com uma palestra de Cintia Sanches, Gerente de Negócio, que apresentará um caso de sucesso do setor de varejo sobre o investimento em soluções de automação para reduzir gastos de energia elétrica. Já Igor Nakamura, Gerente de Conta, destacará quatro passos importantes da automação como resultado para o sucesso da eficiência energética.

Saiba mais na agenda abaixo:

Caso de sucesso do GPA: eficiência energética em Hipermercado

Palestrantes: Cintia Sanches, Honeywell, e Pierre-Yves Mourgue, GreenYellow Brasil

Data: 9/8 (terça-feira) das 16:00 às 17:00 horas

Quatro passos fundamentais para a obtenção de uma real eficiência energética

Palestrantes: Igor Nakamura, Honeywell; Leonilton Tomaz Cleto, Yawatz Engenharia Ltda; Jayme Spinola Castro Neto, SI 2 – Soluções Inteligentes Integradas Ltda.

Data: 10/8 (quarta-feira) das 14:30 às 15:30 horas.

Intel provê solução de gerenciamento térmico e energético para Mandic Cloud Solutions

A Intel foi escolhida pela Mandic Cloud Solutions, uma das principais empresas brasileiras de computação em nuvem com mais de 20 anos no mercado, para ajudar a resolver um problema comum nas empresas: reduzir os altos custos com energia elétrica. A solução encontrada foi a ativação do Intel® Node Manager, um recurso disponível nos servidores baseados na família de processadores Intel® Xeon®, que tem como principal funcionalidade a optimização do uso de cada watt consumido pelo parque instalado, e do software OMPC (Open Manager Power Center), da Dell, que gerencia o consumo de energia e temperatura dos servidores. Isso permitiu à Mandic Cloud Solutions balancear o uso dos equipamentos, reduzindo o consumo de energia e ampliando a capacidade de uso de seus servidores. O resultado foi uma diminuição de 30% no consumo de energia elétrica e um aumento em até 40% da capacidade de ocupação nos racks de servidores da Mandic.

Acompanhando esta redução no consumo, também foi possível um maior controle e monitoramento das temperaturas dos servidores, diminuindo consideravelmente o risco de paradas inesperadas. Além disso, a Mandic Cloud Solutions minimizou o impacto ambiental de sua operação.

“Aperfeiçoar a gestão do consumo de energia elétrica sempre foi um aspecto de grande importância para empresas competitivas. Com o passar do tempo, a elevação no preço da energia e um mundo que caminha cada vez mais rápido para favorecer empresas com um perfil sustentável, fez com que este tipo de gestão se tornasse imperativo. Deixou de ser uma opção e se tornou uma das principais obrigações dos gestores. E isto vale para as companhias de todos os tamanhos”, explica Fábio Iunes de Paula, Diretor da Área de Negócios da Intel.

“Oferecendo soluções de IaaS (Infrastructure as a Service) e SaaS (Software as a Service) para seus clientes, a Mandic Cloud tinha um desafio no gerenciamento de consumo de energia elétrica. Estamos muito satisfeitos em contribuir para os bons resultados obtidos”, conclui.

Na visão de Diego Morgado, gerente de operações da Mandic Cloud Solutions, a solução foi além da superfície do problema. “ O projeto trouxe visibilidade de algo que não era perceptível a olho nu. Energia também exige gestão, que por sua vez traz aumento de eficiência”. Como a Mandic tem 100% de seu negócio baseado em data centers e servidores, Morgado explica que o grande foco da companhia é oferta de alta disponibilidade, qualidade e desempenho. “Algo muito alinhado a isso é o preço. Temos vários concorrentes fortes no mercado e por isso precisamos de uma estrutura tão boa quanto e com preço competitivo”, completa.

Para colocar toda a operação de pé, foram necessárias apenas duas semanas. Assim que a solução entrou em funcionamento, a área de operações da empresa dedicou os 30 dias seguintes à coleta das primeiras informações que permitiram fazer a análise técnica. A partir dos resultados desta análise foi possível estabelecer os parâmetros para o gerenciamento de toda a infraestrutura. Através disto, foi possível fazer um balanceamento eficiente de todo o data center.

“Isso é extremamente importante para nós, uma vez que conseguimos evitar a criação de zonas quentes e reduzir o consumo de ar condicionado”, afirma o Morgado. “Essa inteligência só é possível graças ao fornecimento de informações em tempo real. Se a equipe recebe o alerta de que um servidor está consumindo demais, o balanceamento de carga é feito na hora, estabilizando o ambiente”. Hoje 100% do parque de data centers é monitorado de forma centralizada, permitindo identificar rapidamente quais máquinas estão consumindo mais energia do que deveriam, e porquê.

Para mais informações sobre o Intel Node Manager, acesse http://www.intel.com/content/www/us/en/data-center/data-center-management/node-manager-general.html.

Eficiência energética, segurança da informação e desafios diante da crise são temas de destaque no DCD Converged Brasil 2015

A DatacenterDynamics, empresa com atuação global no mercado de datacenters, promoveu nos dias 10 e 11 de novembro a sétima edição do DCD Converged Brasil, principal evento do segmento no País. As conferências de 2015 se destacaram por colocar em pauta temas como eficiência energética, segurança da informação e desafios diante da crise econômica. A programação reuniu mais de 80 especialistas do Brasil e do exterior, com um total de 70 sessões de debates.

O DCD Converged foi realizado no Transamerica Expo Center, em São Paulo, e integrou a programação da primeira Brasil Datacenter Week, também organizada pela DatacenterDynamics. Na abertura do evento, o Diretor de Conteúdo da empresa, José Monteiro, expressou o objetivo de “fazer desta semana a mais importante do setor de datacenters no Brasil”.

Em seguida, a conferência inicial reuniu especialistas da Natura, Ascenty e Google para debater questões relacionadas à manutenção de datacenters no próprio ambiente das empresas (in-house) ou externamente (outsorcing). Os convidados concluíram que, independente do modelo escolhido, é preciso entender a necessidade do cliente.

Felipe Caballero, Diretor da Ascenty, chamou a atenção para a importância de expandir a disponibilidade dos datacenters para além do eixo Sul-Sudeste, a fim de melhor atender à demanda de outras regiões do País. Fábio Andreotti, do Google, completou destacando a necessidade de que os responsáveis por datacenters também estejam preparados para oferecer soluções a clientes de menor porte, inclusive em regiões que carecem de redes mais potentes para o tráfego de dados.

Soluções para reduzir custos com energia

Apontada como uma das principais geradoras de custos em datacenters, a energia elétrica teve especial atenção nas palestras do DCD Converged 2015. Diferentes especialistas discutiram soluções para melhorar a gestão desses recursos. Alan Satudi, Gerente de Produtos da Schneider Eletctric Brasil, ressaltou a necessidade de observar três pontos: entender o perfil de consumo do datacenter; desenvolver sistemas modulares, cuja capacidade aumenta ou diminui de acordo com a necessidade do cliente; e investir em sistemas de “FreeCooling”, tecnologia que faz com que a potência de aparelhos de ar-condicionado se “ajuste” à temperatura externa, o que, consequentemente, reduz o consumo e os custos com energia.

Satudi acrescentou que, no Brasil, o custo médio da energia elétrica para a indústria já chega a R$ 459 por megawatt/hora (Mw/h). A tendência para 2016 é de aumento, devendo atingir R$ 493 o Mw/h.

Informação segura e integrada

As conferências sobre segurança da informação realizadas durante o DCD Converged apontaram para a necessidade de que os datacenters garantam o tráfego de dados de forma segura e integrada. O General Antonino dos Santos Guerra, vice-chefe de Tecnologia da Informação e Comunicações do Estado Maior do Exército (EME), abriu o ciclo de palestras sobre o tema com uma apresentação detalhada do Sistema Nacional de Comunicações Críticas – SISNACC, que visa unificar os sistemas provedores de informação de diferentes agentes públicos, como Polícias, Defesa Civil, Bombeiros, Secretarias de Saúde, entre outros.

O militar evidenciou que essa integração é necessária para garantir uma atuação mais coordenada e ágil no atendimento à população, seja em questões de segurança ou em ações humanitárias que contam com a participação do Exército. Para exemplificar, o general falou sobre situações em que ambulâncias são enviadas rapidamente para atender pacientes e, ao chegarem aos Hospitais, deparam-se com a falta de vagas. Uma informação coordenada evitaria esse “desencontro”.

Em outro momento, o Diretor da Ustore, Rodrigo Assad, destacou que, apesar de não estar na “rota das ciberguerras mundiais”, o Brasil precisa evoluir no desenvolvimento de tecnologias voltadas à segurança da informação. Para o especialista, “é fundamental avançar na compreensão do funcionamento de sistemas, já que, hoje, ‘computação é conexão’”, em uma referência à crescente mobilidade com o que os dados “circulam” atualmente – sobretudo, por meio de smartphones, que já chegam a 8 bilhões em todo o mundo.

Outra apresentação de destaque no âmbito da Segurança da Informação foi conduzida por Mário Rachid, Diretor Executivo da Embratel, que falou sobre os preparativos da empresa para atender à demanda dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro: serão mais de 1.000 servidores, distribuídos em dois datacenters de classe mundial, além de dois satélites de alta capacidade.

Crise e econômica e gestão

Os desafios impostos às empresas de datacenter diante da atual crise econômica também estiveram na pauta do DCD Converged 2015. Para o Professor Renato Lima, da FIA, o cenário de desaceleração deve desenvolver nos profissionais de TI a habilidade de atuarem também como gestores, pensando em investimentos e projetos de forma estratégica.

O segmento de TI deve encerrar 2015 com uma participação de 5% no total do PIB, ante 7% em 2014. “A crise também pode ser a oportunidade para que as empresas revejam seus processos e estratégias, buscando a otimização de recursos”, explicou Fabio Andreotti, do Google.

Futuro

Um debate sobre o futuro do mercado de datacenters reuniu especialistas da Amazon, Odata Colocation, Itaú Unibanco, Strohl Brasil e Google no final do DCD Converged Brasil 2015. Sidney Mondenese, da Strohl, iniciou sua abordagem afirmando que “a tendência é que tudo já ‘nasça’ conectado à internet”, em uma alusão à crescente conexão de pessoas e dados. Ressaltou, porém, que “as empresas de TI precisam estar sempre preparadas para a ocorrência de falhas, a fim de minimizar o seu impacto”.

A qualificação dos profissionais de TI também foi apontada como item fundamental ao desenvolvimento do mercado, “pois o fator humano jamais sairá completamente de cena”, conforme explicou Bruno Pagliaricci, da Odata.

A necessidade de aliar sustentabilidade e negócios de TI também foi discutida. Luís Fernando Quevedo, estrategista do setor, apontou sobretudo para a urgência de encontrar novas fontes de energia para os datacenters, que diminuam a dependência da energia gerada pelas hidrelétricas.

Concluindo dois dias de intensos debates, José Monteiro destacou a importância de eventos que favoreçam o encontro contínuo de especialistas da área de TI, já que o setor e suas demandas estão sempre em constante evolução.

Datacenters precisam buscar novas fontes de energia, alerta especialista

Tendência de menor oferta de matrizes tradicionais, como a hidrelétrica, deve motivar a busca por alternativas como termoelétricas e sistemas de cogeração, analisa diretor da DatacenterDynamics

Os datacenters precisarão, cada vez mais, recorrer a fontes alternativas para o fornecimento de energia, a fim de diminuir a dependência de matrizes convencionais, como a energia gerada por usinas hidrelétricas. A análise é do especialista José Monteiro, Diretor de Conteúdo da DatacenterDynamics, provedora global de conteúdos e informações sobre o mercado de centros de dados.

Para Monteiro, entre as opções a serem consideradas estão a implantação de centrais termoelétricas ou de sistemas de cogeração (que aproveitam o potencial energético de outras fontes, como o gás natural). O especialista explica que a necessidade de buscar novas soluções para atender à demanda energética de datacenters é gerada, entre outros fatores, pela tendência de redução no potencial de oferta de fontes que dependem da água, como as usinas hidrelétricas.

O especialista da DatacenterDynamics acrescenta ainda que a atenção à eficiência energética precisa estar mais presente no dia a dia dos responsáveis pela operação de centros de dados, que chegam a comprometer 44% de seu orçamento com eletricidade e resfriamento da estrutura. “Uma vez que estes custos sejam lidos e computados dentro dos custos totais relacionados com a operação do negócio, isso vai, por um lado, conduzir a que a eficiência energética se torne a preocupação máxima dos gestores dessas infraestruturas”, explica Monteiro.

O diretor lembra que as principais multinacionais da área de Informática – Yahoo, Facebook, Google e Amazon – são exemplos de empresas que estão na “linha de frente” em termos de datacenters que aliam eficiência energética e redução de consumo. Essas e outras questões, inclusive, serão objeto de debates durante a primeira Brasil Datacenter Week, evento que será realizado de 9 a 13 de novembro, em São Paulo.

Agenda

Primeira Brasil Datacenter Week
Quando: 9 a 13 de novembro
Onde: Transamérica Expo Center – São Paulo (SP)
Mais informações: www.brasildatacenterweek.com / e-mail: brasil@datacenterdynamics.com /Fone: (11) 3711-9202