ABES e BrazilLAB fecham parceria para estimular inovação no setor público

A ABES – Associação Brasileira de Empresas de Software anuncia parceria com o BrazilLAB, hub de inovação que acelera soluções e conecta empreendedores com o poder público. A parceria faz parte do ABES Startup Internship Program com objetivo de disponibilizar às startups ligadas ao BrazilLAB, os serviços oferecidos pela ABES a seus associados, sem custo por seis meses, como assessoria jurídica, tributária, trabalhista e regulatória, grupos de trabalho nos mais variados temas, dados de mercado, além de networking e completa estrutura de complaince, essencial para quem interage com órgãos públicos.

De acordo com Jamile Sabatini Marques, Diretora de Inovação e Fomento da ABES, a iniciativa pretende fortalecer o empreendedorismo e atrair talentos para o setor. “A parceria com incubadoras, aceleradoras e fundos de investimento permite que identifiquemos startups que precisam dos serviços que já disponibilizamos aos associados. Queremos contribuir cada vez mais para a competividades das empresas e impulsionar o mercado nacional de tecnologia”.

O objetivo da ação é ajudar as empresas emergentes, que usam intensamente tecnologia e desejam operar ou ampliar suas atividades, a superarem as complexidades presentes no mercado, colocando à disposição das participantes do programa os mais de 30 anos de experiência da associação nas áreas jurídica, regulatória, tributária e mercadológica. O programa tem duração de seis meses e disponibiliza todos esses serviços sem custo às startups.

Rodolfo Fücher, presidente da ABES, complementa: “Muitas empresas iniciantes precisam de suporte e estímulo. Queremos incentivar o empreendedorismo no Brasil e facilitar o acesso a informação e estrutura, por meio de uma rede de serviços essenciais para o sucesso de uma startup”. Para ele, a parceria com o BrazilLAB é fundamental para o propósito da entidade. “Queremos ampliar nosso escopo a empresas brasileiras que atuam com foco no setor público e trazer mais inovação para o segmento, afinal um de nossos pilares é contribuir para a construção de um Brasil mais digital e menos desigual e essa parceria é um dos caminhos para atingir esse objetivo”.

Para startups que têm como propósito gerar inovação para a gestão pública e atuam nos programas do BrazilLAB, esta é a oportunidade de ter acesso não só a serviços e pesquisas oferecidas pela ABES, como também a parcerias e possíveis acordos comerciais. “A parceria entre o BrazilLAB e a ABES é muito importante e estratégica para o avanço da atuação das GovTechs no Brasil. A pauta passa a ganhar ainda mais relevância com o apoio de uma organização que atua há mais de 30 anos promovendo e fortalecendo as empresas de Software no país. Temos a certeza de que essa união abrirá muitas portas para as startups da rede e será um ponto de apoio importante para o avanço do ecossistema GovTech no Brasil”, explica Guilherme Dominguez, cofundador e diretor do programa de aceleração do BrazilLAB.

Para conhecer mais detalhes sobre o ABES Internship Program, e os serviços disponíveis, acesse: https://abessoftware.com.br/associados/programa-startup-internship/

Gove recebe aporte de R$ 8 milhões, maior investimento de venture capital em uma govtech brasileira

Com rodada promovida pela Astella, empresa quer multiplicar por 10 a base de municípios que atende por meio de sua plataforma de inteligência

Gove, a plataforma de inteligência que aumenta a eficiência das finanças municipais, acaba de receber um aporte de R$ 8 milhões realizado pela Astella Investimentos. Essa é a maior rodada seed já levantada por uma govtech no Brasil.

“O investimento é um marco no ecossistema de govtechs, criando melhores condições para destravar um mercado que, por exemplo, nos EUA movimenta R$ 200 bilhões por ano só considerando compras de tecnologia de governos locais – no Brasil, as compras de tecnologia por parte de governos movimentam aproximadamente R$ 25 bilhões por ano. A entrada das govtechs no mainstream de investimentos de Venture Capital facilitará a criação de grandes empresas e tem potencial para aumentar, de maneira muito direta e rápida, a competitividade do país em si”, comenta Rodolfo Fiori, cofundador da Gove.

Para resolver o problema da alta ineficiência das finanças públicas municipais causada por, dentre outros motivos, informações descentralizadas e decisões pouco embasadas em dados e evidências, a empresa lançou, em 2018, uma plataforma de inteligência pioneira que melhora a eficiência das finanças municipais e facilita o dia a dia dos gestores públicos.

Segundo Edson Rigonatti, sócio da Astella, “encontramos na Gove os elementos que tornam as empresas tech grandes ícones da nossa sociedade: um time incrível com muita experiência, um produto dez vezes melhor do que qualquer alternativa e um processo de venda eficiente e escalável”.

Mirando expandir sua atuação, a Gove usará o investimento para aumentar a equipe de vendas em regiões estratégicas para a empresa e triplicar o time como um todo. Com isto, a empresa projeta, até o final de 2022, escalar seu impacto e negócio “multiplicando a quantidade de clientes, as cidades brasileiras, por 10”, sinaliza Fiori.

Segundo dados da startup, as secretarias de finanças municipais relatam, já no primeiro mês de uso do software de inteligência da Gove, uma melhora nas rotinas de gestão das finanças e, principalmente, conseguem identificar e implementar melhorias nas receitas e despesas do municípios. Teve casos, como conta Ricardo Ramos, também cofundador da Gove, em que “o uso da plataforma quadruplicou uma das receitas tributárias municipais”. Ao todo a govtech já contribuiu para o aumento da eficiência financeira de seus clientes em mais de R$ 100 milhões.

Em um momento crucial para o uso inteligente de recursos como é o caso da pandemia da Covid-19, que colocou pressão sobre as finanças públicas, a Gove conseguiu ajudar os municípios que já usam sua plataforma proprietária a administrar os cofres públicos de forma a atender melhor às necessidades da população. Entre alguns exemplos de ineficiências cruciais corrigidas pela Gove estão os preços na aquisição de medicamentos pelos municípios por valores acima do melhor disponível no mercado e identificação e utilização de recursos financeiros municipais esquecidos em contas correntes.

A Gove tem atuação nacional, e já implementa a solução em todas as regiões do país. A plataforma de inteligência auxilia desde municípios pequenos como Cotiporã (RS), São Bonifácio (SC) e Una (BA) até municípios de maior porte, como Blumenau (SC) e Araguaína (TO).

A empresa acredita que gestores públicos empoderados com dados e evidências podem tomar melhores decisões e aumentar a eficiência dos recursos financeiros, melhorando assim a qualidade dos serviços oferecidos ao cidadão.

Valid adquire MITRA e amplia negócios em Gestão de Cidades Inteligentes

A multinacional brasileira Valid, especializada em plataformas para identificação segura, adquiriu 51% de participação na MITRA, empresa que fornece Sistemas Integrados de modernização da gestão municipal, presente em cidades como São Caetano do Sul (SP), Santo André (SP), Vinhedo (SP), Araraquara (SP) e Campos dos Goytacazes (RJ) com soluções que impactam uma população de mais de 1,7 mi de cidadãos atualmente.

A MITRA se desenvolveu sob o conceito do Governo Único para um Cidadão Único e criou uma matriz integrada e estruturadora das informações de Governos Locais. A plataforma da MITRA permite uma gestão moderna e digital para dar respostas mais rápidas e precisas às necessidades sociais e econômicas dos municípios, incluindo Saúde, Educação, Mobilidade e Segurança.

“A aquisição da MITRA fortalece a capacidade da Valid em promover, de forma customizada, a jornada de transformação digital dos nossos clientes. E não se trata apenas de tecnologia: na ponta final, entregamos para os Governos Locais as ferramentas de inclusão digital do cidadão, para uma jornada cada vez mais eficiente e geradora de qualidade de vida” explica Carlos Affonso D´Albuquerque, CEO da Valid.

A sinergia entre Valid e MITRA pode ser notada pela solução em funcionamento na cidade de São Caetano do Sul (SP). Ali foi implantado em conjunto – mesmo antes do acordo de aquisição – um extenso programa de recadastramento biométrico dos cidadãos, com integração de diferentes bases de dados do Governo Local e culminando com a entrega de um Certificado do Cidadão e o “Cartão São Caetano”, uma espécie de passaporte de acesso ágil aos serviços públicos municipais com facilidade e segurança. Este sistema permitiu, por exemplo, que durante a crise do Covid-19, a Administração Pública Local gerasse respostas mais rápidas no controle e gestão da pandemia através de um sistema de tratamento de dados espacializados com indicadores de incidência da doença por bairros e regiões.

Outro caso de sucesso de gestão inteligente acontece em Vinhedo (SP) com a ferramenta SIM Empresa Fácil, aplicada na desburocratização do processo de abertura alteração cadastral e encerramento de empresas. A solução disponibiliza a abertura de empresas de forma online e analisa automaticamente o pedido. Com um processo totalmente desburocratizado o alvará provisório é concedido em até 24 horas. Estima-se que em 67% dos casos essa abertura é aprovada instantaneamente.

Com a aquisição, a Valid amplia seu portfólio de produtos e serviços para a vertical de Cidades Inteligentes, com soluções dedicadas à qualificação da gestão pública através da tecnologia e inclusão digital. A aquisição da Mitra se soma à recente compra da Estacionamento Digital, também presente em importantes cidades como Belo Horizonte (MG), Salvador (BA) e Fortaleza (CE). Ao todo, as soluções de Cidades Inteligentes Valid já estão presentes em 34 municípios brasileiros.

4ª edição do Programa de Aceleração do BrazilLAB define selecionadas

O BrazilLAB, hub de inovação que conecta startups ao poder público, revela as 28 startups selecionadas para a 4º edição do seu Programa de Aceleração. O objetivo do programa, que nesta edição contou com mais de 300 inscrições, é apoiar os empreendedores no desenvolvimento e adaptação de suas soluções para o modelo B2G, ou seja, Business to Government.

A principal novidade deste ano foi que o BrazilLAB considerou projetos capazes de atender, além do executivo, o judiciário e o legislativo, cujo potencial de economia de recursos é de cerca de 600 milhões de reais. Além disso, o programa também buscou soluções voltadas para as temáticas de smart cities e novos profissionais, esse último pensando nos novos empregos que surgirão a partir da transformação digital. “Unimos empreendedores e governos em prol da melhoria dos serviços públicos e pensamos em como eles podem impactar diretamente a população, principalmente quem mora em áreas mais carentes”, comenta Letícia Picolotto, presidente e fundadora do BraziLAB.

Destaque para projetos como os das startups Colab (São Paulo, SP), que apostou no desenvolvimento de um canal de comunicação e relacionamento direto entre governo e cidadão. A RevelaGov (Ribeirão Preto, SP), por sua vez, trabalha na criação de uma solução que combina inteligência artificial e denúncia anônima para divulgar casos de corrupção social no Brasil. Outro exemplo é a a Wifi.fi – Midia Digital Signage, de João Pessoa (PB). A startup criou uma multiplataforma de mobiliários urbano inteligentes que fornecem Wi-Fi Grátis.

De janeiro a março de 2020, o Programa de Aceleração do BrazilLAB vai apoiar as startups a validar seus modelos de negócio para trabalhar diretamente com governos. Os empreendedores vão passar por mentorias e capacitações, farão visitas a municípios parceiros do BrazilLAB, e poderão se conectar com gestores públicos e investidores. Os empreendedores podem ainda ter a certificação do Selo Govtech, que funciona como uma vitrine para facilitar negócios com governos.

Ao final dos três meses da aceleração, os empreendedores serão avaliados por uma banca composta por líderes públicos, parceiros e especialistas, que identificarão as melhores soluções. Os três primeiros colocados ganharão horas de assessoria jurídica dedicada e poderão participar de eventos com gestores públicos. O grande vencedor ganhará um contrato de investimento de até 250.000 reais e uma missão ao Vale do Silício, nos Estados Unidos.

Segundo dados do Relatório Estratégia Brasileira de Transformação Digital, uma boa estratégia digital pode trazer ao Brasil um aumento de 5,7% do Produto Interno Bruto (PIB) e economizar até 97% dos custos de atendimento e serviços públicos. Além disso, a contínua digitalização do atendimento pode representar uma economia para o governo brasileiro de R﹩ 663 milhões ao ano, e, para a sociedade como um todo, a economia alcança a casa de R﹩ 5,6 bilhões. “A sociedade está passando por uma grande mudança na sua relação com a Gestão Pública, e as lideranças do setor precisam responder a esses novos de forma eficaz. Soluções que priorizem a automatização e digitalização de processos se fazem necessárias em todas as esferas, Executivo, Legislativo e Judiciário, e têm grandes chances de aplicabilidade.”, finaliza Letícia.

GovTech: 5 áreas que podem ser exploradas pelas startups

A digitalização de serviços públicos vem se tornando cada vez mais relevante na pauta dos governos. E não é à toa: dados do Relatório “Estratégia Brasileira de Transformação Digital” revelam que uma boa estratégia digital pode trazer ao Brasil um aumento de 5,7% do Produto Interno Bruto (PIB) e economizar até 97% dos custos de atendimento e serviços públicos.

Isso mostra uma enorme possibilidade para startups que desejam trabalhar com o governo. Só na esfera federal, as compras em TI movimentaram cerca de cinco bilhões de reais em 2012.

Nesse cenário, o BrazilLAB, principal hub de inovação que conecta startups ao poder público, destaca cinco áreas a serem exploradas por empreendedores e que podem gerar grande impacto nesse contexto de transformação digital.

• Digitalização de processos

O Brasil tem 107,9 milhões de usuários de Internet, dos quais 61% (aproximadamente 65,8 milhões de pessoas) procuraram informações de governo ou realizam serviços públicos online.

A contínua digitalização do atendimento pode representar uma economia para o governo brasileiro de R$ 663 milhões ao ano. Para a sociedade como um todo, a economia alcança a casa de R$ 5,6 bilhões ao ano. Ou seja, uma economia total de R$ 6,3 bilhões ao ano.

A startup “Fábrica de Negócio”, por exemplo, conseguiu, através de sua solução de auditoria em folhas de pagamento, economizar cerca de oito milhões para a prefeitura em despesas com folha.

Dessa forma, soluções que priorizem a automatização e digitalização de processos se fazem necessárias em todas, Executivo, Legislativo e Judiciário, e têm grandes chances de aplicabilidade.

• Transparência

A sociedade está passando por uma grande mudança na sua relação com a Gestão Pública, e as lideranças do setor precisam responder a esses novos de forma eficaz.

Entre as principais necessidades estão a redução da burocracia, aperfeiçoamento de gestão de pessoas e, em especial, a ampliação da transparência das ações do governo.

“O cidadão anseia que a sua interação com o governo seja uma experiência positiva e que a participação na vida pública seja mais simples e rápida, ao mesmo tempo em que quer ter confiança de que os recursos públicos são utilizados com eficiência. Por isso, ações que privilegiem a transparência de dados são fundamentais”, explica Letícia Piccolotto, fundadora do BrazilLAB.

• Smart Cities e Urban Techs

No Brasil, mais de 80% da população brasileira vive em cidades. E, apesar de ocuparem apenas 2% do espaço, elas são responsáveis por consumir entre 60% a 80% da energia e gerar 75% da emissão de carbono.

Um grande exemplo de Smart City é Barcelona, que, por meio de projetos em Internet das Coisas (IoT), conseguiu criar 47 mil empregos, além de economizar 42 milhões de euros em apenas um ano. No Brasil, já vemos alguns exemplos, como Curitiba, considerada a cidade mais inteligente e conectada em 2018.

Dessa forma, tecnologias para apoiar o uso estratégico de recursos, gerar economia, desenvolvimento e qualidade de vida nas cidades são imprescindíveis, e ganham cada vez mais espaço, inclusive, nas esferas públicas.

• Habilidades na Sociedade 5.0

Cerca de 65% das crianças que estão no ensino primário terão empregos que hoje nem sequer existem. Além disso, estima-se que, em 2019, haverá 161 mil vagas abertas e não preenchidas para profissionais de TI, segundo estudo promovido pelo BrazilLAB em conjunto com o Centre for Public Impact, da consultoria BCG.

O desafio da transformação digital no Brasil passa pela educação e formação das competências necessárias para interagir com a tecnologia, tanto para consumi-la, quanto para produzi-la. Pensar em soluções que priorizem habilidades para uma sociedade 5.0 deve ser a tônica da agenda de desenvolvimento do Governo nos próximos anos.

• Gestão de Pessoas

A liderança tem um papel fundamental no que se refere à visão de longo prazo, enquanto a governança determina a capacidade de concretizar tal visão. Do ponto de vista tecnológico, a transformação digital de um país pode ser feita em apenas alguns meses. No entanto, do ponto de vista político, pode levar anos de articulação.

Por isso é necessário que se criem agendas claras e que se determinem as atribuições de cada agente para que seja possível garantir que funcionários públicos sintam-se empoderados, e não ameaçados pelas mudanças.

É necessário incentivar o avanço de ferramentas e métodos que busquem a qualificação e desenvolvimento desses profissionais.

Programa de Aceleração

O BrazilLAB tem como missão fomentar a inovação dentro do setor público, por meio da mobilização, conexão e empoderamento de diferentes atores da sociedade. Para isso, promove um programa de aceleração focado em conectar startups a governos.

As inscrições para a 4ª edição do Programa de Aceleração do BrazilLAB estão abertas e podem ser realizadas pelo link http://inscricao.brazillab.org.br/ até o dia 18 de novembro. Qualquer startup com soluções que possam ser adotadas pelo poder público pode participar – não é necessário que a solução tenha sido desenvolvida especificamente para esse fim. Os 25 empreendedores selecionados serão anunciados no dia 19 de dezembro.

A principal novidade desta edição é que o BrazilLAB considerará projetos capazes de atender, além do executivo, o judiciário e o legislativo – poderes que não costumam ter foco das startups.

Ao final dos três meses da aceleração, os empreendedores serão avaliados por uma banca composta por líderes públicos, parceiros e especialistas, que identificarão as melhores soluções. Os três primeiros colocados ganharão horas de assessoria jurídica dedicada e poderão participar de eventos com gestores públicos. O grande vencedor ganhará um contrato de investimento de até 250 mil reais e uma missão ao Vale do Silício, nos Estados Unidos.

Startup leva inteligência artificial para acelerar aprovação de alvarás pelas prefeituras

Com o objetivo de levar mais inovação às prefeituras do País, a 1Doc, startup que oferece uma plataforma em nuvem de comunicação, atendimento e gestão documental, uniu forças com a Softplan, empresa pioneira na área de simplificação e automatização de processos para gestão pública, setor de construção e justiça, na oferta de uma solução que automatizará todo o processo de validação e aprovação de alvarás. Com isso, as gestões municipais terão muito mais eficiência na tramitação do documento.

Baseada em conceitos de inteligência artificial e machine learning, a 1Doc implantou a inovação a partir da expertise em tecnologia e conhecimento da Softplan, que com uma estratégia de investimentos em pesquisa e inovação, estruturou laboratórios de ciência de dados para o desenvolvimento da solução. Com isso, implantou o recurso em sua plataforma de gestão pública, possibilitando análises prévias, validação e classificação de documentos e encaminhamento de processos de forma automática e ágil.

Presente em cerca de 60 municípios brasileiros, a 1Doc oferecerá inicialmente a tecnologia nas cidades catarinenses de Schroeder e de Biguaçu. Com o recurso em funcionamento, estima-se uma redução significativa no tempo de tramitação desses processos, que hoje levam em torno de 60 dias para serem concluídos. Ou seja, todo o processo de análise e aprovação de projetos para construção de residências, comércios e indústrias será feito de forma totalmente digital.

De acordo com Jéferson de Castilhos, fundador da 1Doc, o grande diferencial será em permitir que os próprios técnicos das prefeituras possam realizar a geração de documentos específicos para cada contexto com o benefício da criação de modelos a partir da tecnologia de machine learning. “Isso ocorrerá sem a necessidade de possuir conhecimentos em desenvolvimento de sistemas ou inteligência artificial, ocorrendo de forma intuitiva”, afirma.

Atualmente, a plataforma 1Doc garante celeridade dos atos administrativos e permitindo transparência e acesso à informação para todos os cidadãos. Isso é possível por oferecer resposta aos pedidos e requerimentos, nos prazos estabelecidos em lei, via internet. Tanto o profissional responsável pelo projeto quanto os proprietários podem acompanhar o processo de aprovação e liberação da obra ou outra solicitação por SMS ou por um e-mail previamente cadastrado no sistema.

Castilhos diz que existe uma procura constante por parte da gestão pública em buscar mecanismos que aperfeiçoem os processos dentro do órgão. “Para sair da era da burocracia e da morosidade, cada vez mais as Prefeituras têm buscado a tecnologia como solução para digitalização dos processos e, mais recentemente, investido em tornar os processos realmente inteligentes”, afirma.

Com a nova solução, a partir do uso da inteligência artificial, as gestões municipais poderão ter agilidade em análises prévias, validação e classificação de documentos e encaminhamento de processos de forma automática e ágil. “Tudo isso tornará o trabalho dos servidores públicos ainda melhor, uma vez que este profissional ficará dedicado à parte nobre das atividades, deixando a parte chata à cargo dessas novas tecnologias, o que torna célere a tomada de decisão e o atendimento aos cidadãos”, diz o fundador da 1Doc.

Como essa startup quer aproximar as prefeituras dos cidadãos com a tecnologia

Quando Jéferson de Castilhos e Jaison Niehues assumiram cargos comissionados na área de tecnologia da prefeitura de São José, na grande Florianópolis, se depararam como uma realidade obsoleta e morosa. “A minha primeira dificuldade foi conseguir uma caneta para escrever. Para obter esse simples objeto eu precisei enviar um memorando físico, assinado e carimbado para a diretoria de compras providenciar a aquisição”, relembra Jaison.

A mesma dificuldade com os empecilhos burocráticos e consequente falta de agilidade na resolução das demandas era compartilhada por Jéferson. De acordo com ele, muitas repartições públicas -principalmente na esfera municipal- ainda dependem totalmente do papel para se comunicar. “Elas [prefeituras] praticamente obrigam o cidadão a ir sempre presencialmente ao órgão para ter sua resolução concluída”, afirma.

Foi com esse cenário que os dois decidiram criar uma solução que agilizasse esse processo por meio de uma plataforma digital. Assim ambos criaram, em 2014, a 1Doc. A ideia foi desenvolver uma solução que oferecesse transparência para a população nas demandas municipais, além de reduzir custo com a papelada gerada pelas prefeituras. A plataforma permite que o cidadão tenha comunicação direta via internet com a prefeitura do seu município para a resolução de problemas da cidade.

A ideia dos fundadores era desenvolver uma tecnologia em nuvem capaz de acabar com a tradicional morosidade dos processos, repletos de empecilhos burocráticos, e diminuir a dependência do papel nos atendimentos. “As repartições são lotadas de softwares projetados no fim dos anos 90 e a metamorfose para os dias atuais é lenta. Essas condições obrigam o cidadão a ir sempre presencialmente ao órgão para ter sua resolução concluída”, afirma Jaison. De acordo com os fundadores, poucas startups no País se propõem a criar soluções voltadas exclusivamente para o setor público.

O primeiro teste da plataforma foi na prefeitura que ambos trabalhavam. “Esse teste deu muito certo, pois diminuiu o tempo de resposta e aumentou a eficiência e engajamento das pessoas que utilizavam a ferramenta”, conta Jéferson. A solução passou a ser apresentada a outros órgãos públicos, que foram fazendo a adesão, por meio de compra direta ou por licitação. “Nosso primeiro cliente comercializado foi a Prefeitura de Biguaçu, seguida pela de Palhoça e de Itapema, todas de Santa Catarina”, relembra o empreendedor.

Jéferson conta que de início, como em qualquer mudança de rotina, houve um pouco de resistência dos servidores, mas depois de verem a melhoria no dia a dia, a segurança que a ferramenta lhes proporcionaria, e o aumento da eficiência, os servidores e gestores apoiaram o uso. “Tanto que não tivemos até o momento qualquer cancelamento de contrato. E os gestores indicam a ferramenta para seus colegas de cidades próximas, trazendo a transparência como um dos pilares da ferramenta”, diz.

De acordo com os dois, o diferencial da 1Doc é que a plataforma conecta todos os servidores públicos em somente um local, com transparência a partir do registro oficial de quem leu e resolveu. Não é necessário investimento em infraestrutura, já que a plataforma é 100% na nuvem. “Por ser web, integra os processos de comunicação interna, atendimento ao cidadão e gestão documental, trazendo transparência para a administração”, conta Jaison. Outro diferencial seria o baixo custo de implantação, custando em média R$ 20 por usuário ativo.

Além de substituir o papel com a digitalização dos documentos e processos externos e internos, a ferramenta, utilizada atualmente em 33 prefeituras, monitora o andamento das tarefas por servidores ao registrar o responsável por cada etapa, mensurando taxas de engajamento e de resolução, mais ou menos como o site “Reclame Aqui” faz com as empresas que lidam com o consumidor.

Os empreendedores contam que a partir do uso da plataforma já foram atendidas mais de três milhões de pessoas, mais de cinco milhões de documentos foram gerados e mais de 200 árvores poupadas, com a diminuição e eliminação do uso de papel. Outro ponto é o potencial de economia alcançado pelos clientes a partir da comunicação digitalizada. O montante ultrapassa os R$500 mil, de acordo com eles.

O investimento inicial dos empreendedores na criação da solução foi de aproximadamente R$ 150 mil. Após o lançamento, a startup atraiu a atenção da empresa de tecnologia catarinense Softplan, que realizou um novo aporte. O valor não foi divulgado. A empresa possui sede em Florianópolis, com um escritório localizado no prédio da Softplan. Possui 16 colaboradores. A plataforma hoje conta com aproximadamente 5,5 mil usuários ativos, com 38 clientes localizados em diferentes Estados do País. De 2016 para 2017 a startup cresceu 36%. “Nos primeiros quatro meses de 2018 já faturamos 50% do faturado em 2017, e pretendemos chegar a 145% deste total”, afirma Jéferson.

Os empreendedores acreditam que cada vez mais as prefeituras do Brasil irão buscar soluções como a desenvolvida por eles. “Com os movimentos anticorrupção e o apelo da população por mais transparência nos atos públicos, torna-se o momento ideal para os governantes aderirem à soluções tecnológicas que atendam aos princípios da administração pública e alie transparência e eficiência à gestão”, diz Jéferson.

Calculadora interativa estima economia de todas as prefeituras do País com informatização dos processos

Estimar quanto a prefeitura do seu município poderia estar economizando com recursos públicos caso a tramitação de processos e de comunicação fossem feitos digitalmente. Este é o objetivo de uma calculadora de economia online que mostra ao cidadão o quanto os municípios poderiam economizar se eliminassem completamente o uso de papel na rotina diária de trabalho, no conceito conhecido como papel zero.

A iniciativa foi desenvolvida pela1Doc, startup que fornece uma plataforma que informatiza processos e aumenta a eficiência na comunicação interna e externa de diversas prefeituras de pequeno e médio porte do País, eliminando o uso do papel. A calculadora consegue fazer a estimativa dos mais de cinco mil municípios existentes no Brasil.

De acordo com Jaison Niehues, sócio-fundador da 1Doc, a principal missão da calculadora é abrir os olhos, não só da população, mas dos próprios gestores municipais com o alerta de que boa parte do custo originado com a impressão de trâmites poderia ser evitado com o uso da digitalização. “A questão fundamental é que se o órgão público não se modernizar, buscando ferramentas que auxiliem nesse processo, não é só o dinheiro público que será cada vez mais desperdiçado, mas também a responsabilidade com o próprio meio ambiente que é colocada em risco”, diz.

A 1Doc conseguiu criar critérios de cálculos de economia a partir dos indicadores obtidos na base da sua plataforma com as prefeituras que utilizam a solução. Com isso foi possível replicar o mesmo modelo e prever a economia para todos os munícipios do País, cruzando com informações do IBGE. A calculadora analisa os custos diretos, que envolvem as impressões e cópias dos processos, como memorandos e ofícios, e os custos indiretos, como gasto de combustível e deslocamento para entrega dos documentos.

Para ter uma ideia, a cidade de Ouro Preto, no interior de Minas Gerais, que possui cerca de 74 mil habitantes e aproximadamente 2,4 mil servidores na prefeitura, poderia economizar diretamente R$7,3 mil e indiretamente, R$ 48 mil, por mês, com a eliminação do uso do papel. Já uma cidade de 6,5 milhões de habitantes, como o Rio de Janeiro, que tem cerca de 117 mil servidores alocados, poderia economizar diretamente R$3,2 milhões e indiretamente, R$ 16 milhões, por mês, com esse mesmo processo de digitalização.

A intenção com a iniciativa, de acordo com Niehues, é também alertar e conscientizar o cidadão da importância de se ter processos mais eficientes na gestão pública, de modo que ele também possa exercer essa reivindicação para mudanças junto ao seu governante local. “A iniciativa de cobrar o poder público para que esse possa ser mais ágil no atendimento de demandas, reduzindo assim a burocracia, precisa vir também da população”, afirma.

De acordo com Fernando Paladini, Gerente de Tecnologia da 1Doc e um dos responsáveis pelo desenvolvimento da calculadora online, a modernização das prefeituras brasileiras é questão de sobrevivência, e que se nada for feito nesse sentido, cada vez mais o recurso público será desperdiçado. Para ele, esse convencimento deve ser cada vez mais forte, e que a iniciativa da calculadora é também jogar luz nessa questão. “É inaceitável que em pleno 2018, a gestão municipal ainda aconteça de maneira morosa quando há tecnologia disponível e acessível para tornar processos públicos menos burocráticos e mais baratos para os cofres públicos”, complementa.

T-Systems Brasil apresenta sua visão de cidade inteligente

A T-Systems Brasil, provedora alemã com amplo portfólio digital de soluções e serviços de TI, foi um dos destaques do Smart City Business America 2018. A companhia participou em duas frentes: na área de exposição, apresentou as soluções de logística inteligente desenvolvidas em parceria com a Roambee; e, entre os palestrantes, contou com o head de Digital Transformation, Luis Fernando Tadei, falando sobre tecnologia para cidades inteligentes.

“Uma cidade se torna inteligente quando conta com um ecossistema suportado por soluções baseadas em Tecnologia da Informação que ajudam a digitalizar seus serviços públicos”, afirma Tadei. O executivo ressalta, no entanto, que a transformação digital não é um fim. Ao contrário, o objetivo final de uma cidade inteligente deve ser ampliar a qualidade de vida de seus cidadãos, atrair visitantes e suportar o desenvolvimento econômico.

“Para nós, significa que queremos ser o melhor parceiro das cidades que estão se movendo nesse processo, e é sobre isso que vamos falar em nossa palestra”, adianta. Tadei lembra que a T-Systems vem ajudando administrações municipais de vários países a endereçar e gerenciar pressões econômicas e ambientais, assim como as necessidades de transformação urbana que garantam crescimento e avanço tecnológico. “Com a qualidade de vida das pessoas em mente, temos trabalhado para garantir conectividade e soluções de TI que façam a diferença no dia-a-dia dessas cidades”, reforça.

Soluções

Exemplo disso são algumas das soluções que foram apresentadas pela T-Systems Brasil na área de exposições. Uma delas é a BeeBeacon, lançada recentemente em parceria com a Roambee. A solução é a primeira tecnologia de monitoramento móvel que combina as tecnologias BLE/Wi-Fi/GSM com os Beacons para fornecer visibilidade ao conteúdo do pacote e gerenciamento de ativos.

Trabalhando com a plataforma IoT Honeycomb (Colmeia) da Roambee e aplicativo móvel para smartphones, o novo BeeBeacon e o Bee, hardware que atua como ponto de acesso, fornecem inteligência em tempo real para empresas globais monitorarem condições físicas de mercadorias e seus ativos em locais fechados, abertos e em trânsito. A Roambee transforma a cadeia de suprimentos em um negócio completamente digitalizado com uma abordagem pay-as-you-go, que elimina investimentos iniciais pesados e habilita a utilização em grande escala.

O evento

O Smart City Business America 2018 ocorreu entre os dias 16 e 18 de abril, no Expo Center Norte, em São Paulo. O evento reuniu os principais líderes dos setores público e privado, além de especialistas em soluções tecnológicas, planejamento, gestão pública, segurança, mobilidade, conectividade e sustentabilidade, criando um ambiente propositivo de negócios e de diálogo sobre o desenvolvimento das metrópoles.

Além disso, o evento contou com um espaço de 6000m2 para exposição e 200m2 na praça da tecnologia, além das áreas dos eventos paralelos. O Congresso teve mais de 50 painéis, nos quais profissionais, pesquisadores, empresários e representantes do poder público, nacionais e internacionais, apresentaram suas ideias e discutiram os principais pontos em torno das cidades inteligentes, de modo a criar o mercado de Smart Cities.

Capgemini apoia Governo do Reino Unido na robotização de processos

A Capgemini anuncia um acordo de 2 anos com o Governo Britânico para desenvolver um Centro de Excelência (CoE) em Robotização de Processos (RPA-Robotic Process Automation). O CoE, pronto e em pleno funcionamento, ajudará a acelerar a adoção da RPA em todo o Governo Central, prestando suporte a diversos departamentos no desenvolvimento de planos específicos para automatizar alguns de seus processos administrativos e documentais.

Considerado o maior facilitador da transformação do setor público, o RPA é uma metodologia na qual o software é programado para realizar tarefas básicas de forma autônoma em todas as aplicações, reduzindo a carga de tarefas repetitivas e simples executadas pelos funcionários. Capaz de ser desenvolvida e implementada em questão de semanas, a RPA tem ótima relação custo-benefício e, geralmente, pode apresentar ROI (retorno sobre o investimento) em poucos meses. Conhecida por melhorar drasticamente a velocidade e a precisão do processamento, ela resultará em um serviço rápido e de qualidade superior para a população.

O RPA ajudará os departamentos governamentais a utilizarem a tecnologia para executar tarefas repetitivas, que podem envolver informações de diferentes bancos de dados – como, por exemplo, para verificar um pedido de serviço, concessão ou benefício. O novo CoE reúne um time de profissionais especializados e experientes em tudo o que está na vanguarda desta tecnologia, aplicada para os setores público e privado. Servindo como uma vitrine para atividades de RPA, ao fornecer treinamentos e demonstrações, e também auxiliando departamentos a identificarem potenciais iniciativas de RPA e a realizar uma análise detalhada dos benefícios potenciais antes da decisão de implementação.

“A automação é um elemento-chave da solução de transformação digital da Capgemini. Estamos muito satisfeitos por termos sido selecionados para trabalhar com o Gabinete do Reino Unido em um projeto tão estratégico”, comentou Christine Hodgson, presidente da Capgemini UK. “O RPA abre uma excelente oportunidade para que as organizações do setor público conquistem ganhos significativos de produtividade e para que se concentrem em serviços de valor agregado. Com base nos trabalhos realizados para o setor público do Reino Unido e em nossa experiência global em RPA, estamos confiantes de que o Centro de Excelência terá um papel fundamental no apoio à transformação dos serviços públicos”.

Estudo da Capgemini aponta avanços em e-Government

A Europa continua a amadurecer nas práticas de “governo eletrônico”: os serviços públicos migrados para os dispositivos móveis estão aumentando, e a prestação de serviços públicos pela Internet segue avançando. São algumas das principais conclusões do estudo 14th Benchmark Measurement of European eGovernment Services (14ª Medida de Referência dos Serviços Europeus de Governo Eletrônico). A Comissão Europeia publicou o documento, criado pela Capgemini e por outros parceiros líderes do consórcio de inovação digital, que prega o foco na ampliação da transparência e no investimento em facilitadores digitais-chave – tais como a identificação eletrônica –, que são agora cruciais para o fortalecimento do eGovernment e para a criação de um Digital Single Market (ou Mercado Digital Único) nos próximos anos.

O relatório 2017 Benchmark eGovernment lança luz sobre o status atual da transformação digital das administrações públicas europeias e questiona até onde elas realmente estão “no caminho certo”, no que diz respeito à realização desses objetivos. O relatório deste ano, que pesquisou mais de 10 mil websites nos países que compõem a EU28+ (conjunto de portais que agregam informações de todos os 28 países europeus associados), avaliou a quantidade e a qualidade dos serviços digitais com base em quatro importantes eventos da vida: começar um negócio, perder e encontrar um emprego, estudar e vida familiar.

O relatório mostra que o setor público europeu continua a oferecer mais serviços pela Internet. Se por um lado os países aumentaram quantitativamente a disponibilidade online de seus serviços públicos, por outro ainda são necessárias medidas qualitativas, como, por exemplo, procedimentos de entrega mais transparentes e formulários online pré-preenchidos com dados pessoais, para melhorar a experiência geral do serviço digital.

Amplo espaço para incrementar a transparência e promover viabilizadores digitais

Em geral, o desempenho do eGovernment na Europa está indo na direção certa. Por exemplo, um bom progresso foi feito na dimensão da “friendly mobility”, com mais da metade dos serviços (54%) já sendo amigáveis para os dispositivos móveis – contra 27% em 2015. Já o foco no usuário dos serviços públicos europeus atingiu a média de 85%, o que indica um nível maduro de disponibilidade online dos serviços, de interação e das possibilidades de resposta entre cidadãos e administrações públicas. No entanto, a mobilidade cross-border aumentou modestamente. A implementação ampliada da Diretiva eIDAS[1] provavelmente aumentará ainda mais a disponibilidade de informações e serviços para os cidadãos da União Europeia quando abrirem uma empresa ou decidirem estudar no exterior.

Para o próximo passo, as medidas de transparência e os investimentos em facilitadores digitais-chave, tais como a identificação eletrônica (eID) e autenticação das fontes para reutilizar dados são prioridades. Em termos de transparência, as autoridades públicas precisam recuperar o atraso na divulgação de informações sobre o processo de entrega de serviços, suas próprias responsabilidades e desempenho, bem como sobre o uso de dados pessoais. Além da transparência, o uso de pré-condições tecnológicas (facilitadores-chave) como eID e autenticação das fontes ainda tem espaço para acelerar. Melhorias foram observadas em 2016 em relação à disponibilidade de cada um deles. No entanto, o progresso ainda é modesto, dado o prazo de 2 anos entre as medidas. Como exemplos, o uso da identificação eletrônica só foi possível em um entre cada dois serviços públicos europeus (52%), assim como o preenchimento prévio de formulários online com dados que o governo já detém sobre o usuário está em 47%.

Niels van der Linden, consultor e líder de projetos da Capgemini, afirmou: “A pesquisa 2017 eGovernment Benchmark mostra sinais positivos e a recente Declaração Ministerial de Tallinn[2] é um testemunho de que o setor público leva a sério a transformação digital. Os governos, agora, precisam desafiar a forma como são organizados, aprimorar os conhecimentos de seus funcionários públicos e, em geral, aumentar sua abertura, para que realmente se beneficiem do valor público que pode ser criado por meio dos serviços digitais”.

O Mercado Digital Único se avizinha?

O Digital Single Market pode contribuir com 415 bilhões de euros ao ano para a economia europeia, criando empregos e melhorando significativamente os serviços públicos. As descobertas do eGov Benchmark deste ano revelam que a visão do Digital Single Market está tomando forma. O abismo entre a prestação de serviços para usuários nacionais e estrangeiros está se tornando cada vez menor, já que 60% ou três entre cinco serviços online estão, agora, disponíveis em todas as fronteiras do país. A facilidade de utilização dos serviços cross-border também melhorou (em 78%). Isso mostra que tanto os cidadãos quanto as empresas dispõem de acesso a funcionalidades avançadas de ajuda, suporte e reclamações online. A continuidade no compartilhamento das melhores práticas permite que as autoridades públicas em toda a Europa continuem aprimorando seus serviços online. A persistente inovação do eGov comprovará os benefícios do Digital Single Market e mudará para melhor a relação entre as organizações públicas e os cidadãos.

Dinand Tinholt, vice-presidente e diretor global de conta da União Europeia da Capgemini, afirmou: “A tecnologia oferece as administrações públicas grandes oportunidades para criar valor público. É mais do que o eGovernment – trata-se de uma estratégia digital para atender essas oportunidades. Uma estratégia que também pode atingir a integração de novas tecnologias, como a Inteligência Artificial, na prestação de serviços públicos”.

Para obter mais informações ou para baixar o relatório, entre aqui.

Unisys apresenta novo Vice-Presidente para o Setor Público na América Latina

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A Unisys Corporation(NYSE: UIS) anuncia a nomeação de Alejandro González Estrada como Vice-Presidente para o Setor Público na América Latina de Enterprise Solutions.

Alejandro fica baseado na Cidade do México e sob sua responsabilidade está a liderança da estratégia de crescimento para o setor de governo em toda a região. Além disso, na função de líder do país, Alejandro será responsável por conduzir as operações e dar suporte aos clientes existentes no México e apoiar a geração de novos negócios.

“Chego à Unisys em um momento muito importante, onde estamos renovando a nossa marca e fazendo investimentos em novos serviços e soluções em diferentes verticais de negócios, em busca de um crescimento sustentável na região. Para o setor público existe um grande desafio de transformação digital em vários países e estou certo de que vamos contribuir para que as entidades públicas possam cada vez mais mover-se em direção ao conceito de governo digital, para fornecer serviços mais eficientes aos cidadãos”, afirma González.

Alejandro tem mais de 20 anos de experiência na indústria de tecnologia, atuando em posições de destaque em empresas como IBM, Microsoft, Lenovo e SAP. Sua experiência de trabalho mais recente foi como Partner na empresa HOLIS – Soluções de TIC. O executivo é graduado em Administração de Empresas pela Universidade de Tecnologia do México (UNITEC) e tem especialização em Finanças pela mesma universidade.

Microsoft abre Centro de Transparência no Brasil para atender aos governos da América Latina

A Microsoft inaugura, em Brasília (DF), o seu 1º Centro de Transparência da América Latina. O espaço foi construído para promover a computação confiável e segura, um fator crítico para a transformação digital, e atender a necessidades específicas de segurança do setor público. Existem Centros de Transparência da Microsoft em quatro regiões do mundo. O primeiro deles foi lançado em 2014, na sede da empresa, em Redmond, Washington, na América do Norte. No ano seguinte, na Europa, foi inaugurado o de Bruxelas, Bélgica, e no início de outubro, o de Singapura, para apoiar a Ásia. Agora, no Brasil, o novo Centro de Transparência atenderá aos governos de vários países da América Latina, incluindo Argentina, Chile, Colômbia e México. Também foi anunciado neste ano que será aberto o da China, em Beijing.

Participaram da cerimônia de abertura do Centro de Transparência, em Brasília, o Presidente da Câmara dos Deputados e Presidente do Brasil em exercício, Deputado Rodrigo Maia; o Ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab; o Secretário de Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Marcelo Pagotti; o Governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg; o ministro substituto do Tribunal de Contas da União, Weder de Oliveira, e o Diretor de Operações do SERPRO, Iran Martins Porto Jr, representando a Diretora-Presidente do SERPRO, Maria da Glória Guimarães dos Santos.

Os Centros de Transparência são uma extensão do histórico Programa de Segurança de Governo da Microsoft e um pilar fundamental do compromisso de integridade da empresa em relação a seus produtos e serviços. Cerca de 40 países e organizações internacionais já participam do programa, incluindo o Brasil, que proporciona aos participantes a oportunidade de revisar o código-fonte dos produtos Microsoft para atestar sua segurança e confiabilidade. O programa também permite que os governos tenham acesso a importantes informações relacionadas à segurança cibernética de programas da Microsoft com foco em inteligência, proteção contra malwares (ameaças online) e segurança para combater os crimes cibernéticos.

No Brasil, a parceria será estendida com a adesão ao Programa de Segurança do Governo pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, em protocolo de intenções assinado pelo Secretário de Tecnologia da Informação, Marcelo Pagotti.

“O nosso Centro de Transparência no Brasil atenderá a toda a região da América Latina e aos países do Caribe e amplia a nossa responsabilidade e o nosso compromisso de levar transparência, privacidade e controle, segurança e conformidade para nossas tecnologias. Ele faz parte do nosso Programa de Segurança de Governo, o qual visa colaborar na proteção de cidadãos, serviços públicos e da infraestrutura nacional contra ameaças cibernéticas, além de exercer um papel importante na proteção, detecção e resposta a ameaças digitais”, afirma Toni Townes-Whitley, vice-presidente corporativa de Setor Público da Microsoft.

Antes dos Centros de Transparência, a Microsoft já fornecia informações sobre segurança cibernética por meio de algumas iniciativas, como o Cyber Threat Intelligence Program (CTIP), o Security Cooperation Program (SCP), o Microsoft Malware Protection Center, e o Microsoft Security Response Center, que agora estão reunidas no Programa de Segurança de Governo (GSP). O compromisso da Microsoft com a transparência e a segurança de seus produtos e serviços é fundamental para construir e manter a confiança dos clientes.

“Governos, empresas e cidadãos da América Latina estão adotando a transformação digital e, diante da crescente sofisticação dos ataques cibernéticos, a segurança cibernética torna-se uma missão crítica. A nossa missão é empoderar cada usuário e organização no planeta para alcançar mais, e, para isso, precisam confiar na tecnologia que usam. A Microsoft está comprometida em fornecer uma nuvem segura e confiável, nossas inovações para combater ameaças inteligentes e um confiável ecossistema de nuvem com forte proteção contra ameaças de segurança. Nós também os capacitamos para investigar, eliminar e processar redes mundiais de cyber criminosos”, afirma Cesar Cernuda, presidente da Microsoft para a América Latina.

Fonte: http://news.microsoft.com/pt-br/microsoft-abre-centro-de-transparencia-no-brasil-para-atender-aos-governos-da-america-latina/#io1o8VF83wrmmaqW.99

Aplicativo mobile de consulta a benefícios previdenciários vence a primeira Hackathon Dataprev

Um aplicativo inovador para dispositivos móveis (smartphones, tablets etc.), que permitirá ao trabalhador verificar os benefícios previdenciários a que tem direito (inclusive aposentadoria), foi o grande vencedor da primeira Hackathon Dataprev, maratona de desenvolvimento de software que aconteceu de 13 a 15 de setembro no Rio de Janeiro. Intitulado “Expectativa de Direito aos Benefícios Previdenciários”, o aplicativo será agora desenvolvido pela Dataprev como um novo produto a ser oferecido à Previdência.

O autor do projeto vencedor foi o analista de TI Fabrício Vicente, da Unidade de Desenvolvimento de Software da Dataprev na Paraíba. “Hoje não existe nenhum sistema online aonde o trabalhador possa verificar se tem direito ao auxílio-doença, ou saber quantas contribuições ele precisa para poder se aposentar, ou ainda se algum vínculo dele está com pendência no INSS e o que ele precisa fazer para receber esse benefício”, conta Fabricio. “Minha ideia foi justamente criar um sistema aonde o trabalhador veja a Previdência como se fosse uma conta-corrente, verificando, por exemplo, quantas contribuições faltam para obter a aposentadoria”.

Para o INSS, acrescenta o vencedor da Hackathon, o aplicativo também deverá ser muito vantajoso: “Atualmente, uma parte grande dos atendimentos é apenas para informar se o trabalhador tem algum direito previdenciário”. O uso do aplicativo, prevê, deverá reduzir as idas de beneficiários às Agências da Previdência Social e as ligações para o telefone 135 (Central de Atendimento da Previdência).

Além do aplicativo de Fabricio, outros quatro projetos disputaram a final da Hackathon Dataprev, cujo desafio era o desenvolvimento de sistemas para plataformas móveis que atendessem a necessidades da Dataprev e de seus clientes. Os demais finalistas foram:

• “Atendimento Cognitivo na Dataprev”, de Luciano da Silva Figueiredo, do Departamento de Gestão do Planejamento e Suporte do Atendimento – Aplicativo multiuso que utiliza o reconhecimento de voz, para ser usado no atendimento de serviços públicos em geral.

• “e-CTPS – Carteira de Trabalho e Previdência Social Digital”, de Wallace Roque de Figueiredo, da Divisão de Arquitetura de Software (RJ) – Permite ao trabalhador a consulta a todo o seu histórico trabalhista e outras informações do Ministério do Trabalho.

• “Emprego Aqui”, de Carlos David Ribeiro Pasco, da Divisão de Arquitetura de Software (RJ) – Permite a busca por vagas de emprego de acordo com a região (usando a localização do usuário através do GPS do celular) e acesso a várias outras informações sobre o mercado de trabalho, como, por exemplo, a remuneração média regional de determinada ocupação.

• “Perícia Fácil”, de José Felipe Ribeiro Araújo, da Unidade de Desenvolvimento de Software Ceará – Aplicativo para orientar o segurado do INSS sobre elegibilidade e como proceder para obter a perícia médica, além de permitir o agendamento de consulta e a visualização de todo o histórico do processo pericial.

A maratona durou 43 horas em sistema de imersão, onde os cinco finalistas ficaram fechados em uma casa no Rio de Janeiro, cada um contando com uma equipe de 3 analistas de TI da Dataprev para ajudar a desenvolver seu projeto.

No último dia, cada finalista apresentou o aplicativo desenvolvido para uma Comissão Julgadora de cinco membros: o secretário de Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Marcelo Daniel Pagotti; executivos das empresas de TI Gartner Research (Luis Claudio Mangi, vice-presidente) e Accenture Digital (Vinicius Fontes, senior manager); a doutoranda em Ciência Política pela UFRGS Nazareth Lopes Bretas; e o superintendente de Desenvolvimento de Software da Dataprev, Diogo Costa Martins Pizaneschi. Os critérios de avaliação foram: Ideia inédita; Inovação; Relevância da solução; Viabilidade comercial; e Público-alvo.

Rogério Mascarenhas, diretor de Relacionamento, Desenvolvimento e Informações da Dataprev, fez a entrega do prêmio, que inclui a participação de um integrante da equipe no Mobile World Congress 2017, que será realizado em Barcelona, entre 7 de fevereiro e 2 de março, e participações para os demais integrantes da equipe no Congresso Agile Brazil 2016, que ocorrerá em Curitiba, entre 7 e 9 de novembro.

Sobre o Hackaton

O Hackathon é uma maratona de programação que reúne programadores, analistas de sistemas e outros profissionais de TI para desenvolver, num trabalho intensivo em curto espaço de tempo, uma ideia ou projeto de software inovador e que tenha viabilidade e utilidade comprovadas. O termo Hackathon resulta da combinação das palavras em inglês “hack” (que significa programar de forma excepcional) e “marathon” (maratona).

Todos os empregados da Dataprev foram convidados a concorrer e o resultado foi expressivo: 35 projetos apresentados, oriundos de técnicos de vários estados, especialmente das cidades aonde a empresa mantém Unidades de Desenvolvimento de Software (Rio de Janeiro/RJ, Florianópolis/SC, João Pessoa/PB, Natal/RN e Fortaleza/CE).

Em seguida, foram feitas apresentações de cada projeto para que todos os empregados da Dataprev pudessem escolher, em votação, os 20 melhores. Na etapa seguinte, uma comissão de técnicos da empresa selecionou os cinco finalistas.

Empresas precisam adotar modelo de gestão com foco em compliance tributário, aponta consultor

“O modelo tributário brasileiro exige uma gestão empresarial consciente e atenta à dinâmica legislativa e capacitada para rapidez na tomada de decisões. É relevante que as empresas adotem um modelo de gestão com foco no compliance tributário, que envolva toda sua cadeia de operações e os respectivos tributos, para mitigar possíveis riscos”. A afirmação é do consultor Carlos Nascimento, especialista em soluções fiscais e tributárias da Thomson Reuters.

Dia 14 de julho, Carlos Nascimento vai participar de um Café da Manhã Fiscal, em Curitiba, organizado pela empresa de tecnologia 4Results em parceria com o Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças – IBEF PR. Com o Tema “Cenário Fiscal Atual e as Projeções Futuras”, o palestrante vai falar sobre um cenário fiscal em transição, que impõe forte mudança cultural com a quebra de paradigmas. “Vamos compartilhar nossa visão do modelo de gestão do governo digital e o impacto sobre as empresas. Estamos em um processo de reconstrução sob vários aspectos com relação à questão tributária”, explica.

Café da Manhã Fiscal
Data: 14 de julho de 2016
Horário: 8h30
Local: Palacete dos Leões
Av. João Gualberto, 570 – Curitiba – Paraná

Saiba mais em http://www.4results.com.br

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Presidente do ICI é eleito Personalidade mais Influente no CIO Brasil GOV

Luís Mário recebe Prêmio Notabile 2016. Foto: IT4CIO
Luís Mário recebe Prêmio Notabile 2016. Foto: IT4CIO

O diretor-presidente do ICI, Luís Mário Luchetta, recebeu o prêmio Notabile na categoria Personalidade mais Influente, durante o evento CIO Brasil GOV 2016, em Mogi das Cruzes/SP.

“Ficamos agradecidos pela homenagem, pois esse é o reconhecimento de um trabalho sério e comprometido que estamos realizando à frente do ICI”, comentou Luchetta. “Os resultados positivos são fruto de todo o esforço da nossa equipe, que dia a dia está focada em nosso propósito de contribuir com o desenvolvimento da administração pública.”

O prêmio Notabile é concedido aos CIOs considerados como mais atuantes nas categorias Personalidade mais Influente e Personalidade mais Inovadora. Os ganhadores são eleitos em duas fases: indicação pela internet e votação presencial entre os cinco CIOs finalistas de cada categoria, eleitos na primeira etapa.

CIO Brasil GOV

A 14.ª edição do CIO Brasil GOV aconteceu de 25 a 29 de maio, em Mogi das Cruzes/SP. Com o tema “Experiência Cognitiva”, o evento promovido pela IT4CIO reuniu importantes executivos do setor público brasileiro, que discutiram experiências e tecnologias como big data, mobilidade, cloud computing, internet das coisas.

O ICI também participou com uma palestra sobre a utilização da tecnologia da informação e comunicação para a construção das cidades inteligentes, além de um estande comercial.

Fonte: ICI

Compras governamentais: como participar deste universo? – Por Daniela Triñanes

Está no pensamento de muitos empreendedores que vender para o governo, seja na esfera federal, estadual ou municipal, não é vantajoso e tampouco seguro. Entretanto, é preciso sair do achismo de que “o governo não pagará à minha empresa; vamos arcar com um calote”, instaurado por antigos casos, enquanto não existia uma lei de amparo aos credores, e ainda pela falta de gestão e conhecimento do mercado de compras governamentais.

Primeiramente, é preciso saber que toda compra governamental é protegida pela Lei de Responsabilidade Fiscal. É esta que garante mais controle em contas públicas e age com rigor para que nenhum governo contraia empréstimos ou dívidas fora de seu alcance. A Lei, criada em maio de 2000, dita a obrigação de que todas as finanças governamentais sejam detalhadamente apresentadas para o Tribunal de Contas da União, do Estado e dos Municípios.

Além disso, há diversos mecanismos que contribuem para um maior índice de resultados positivos ao se vender por meio de concorrência pública. A adoção de um software de obtenção, gestão e inteligência de mercado, que amplie a visão sobre os interesses de empresas e também estude o comportamento de compra do governo e últimos preços praticados, pode ser o principal passo rumo às vitórias em licitações públicas.

Segurança em vender para o governo

A garantia de venda e desenvolvimento interno, por exemplo, estão entre os principais prós para quem entra no mundo das compras públicas. O governo pode pedir ampliação de prazo e até atrasar, mas não dará calote nos produtos ou serviços fornecidos por sua empresa, fique tranquilo.

Outro ponto positivo para quem está amparado por dados exatos e informações que ampliem sua visão neste mercado é que a história e o medo de margens espremidas e preços mais baixos não são verdadeiras. Com uma solução inteligente, é possível praticar preços mais justos e competitivos, mas sem reduzir drasticamente a rentabilidade.

Para concorrer com propriedade e hipóteses de vencer, basta estruturar bem sua empresa – pequena, média ou grande –, deixar toda a documentação em ordem e iniciar o acompanhamento das ofertas de compras públicas. Segundo o Ministério do Planejamento, somente as pequenas e médias empresas movimentaram no primeiro semestre de 2015 mais de R$ 10 bilhões.

Sem dúvidas, sua empresa pode estar entre esse montante, ainda mais que, no início de 2016, entrou em vigor um decreto do Governo Federal que determina exclusividade às pequenas e médias em compras públicas de até R$ 80 mil, em todas as esferas.

Documentação sempre em dia

Inicialmente, é necessário entender que processos para compras públicas geralmente funcionam por licitação. Trata-se do método usado por qualquer entidade que use o dinheiro arrecadado em impostos ou taxas para contratar serviços e adquirir qualquer produto. Tudo é amparado por lei.

Quatro documentos são os mais importantes para começar a participar dos pregões: habilitação jurídica, qualificação técnica, qualificação econômico-financeira e regularidade fiscal.

A habilitação jurídica verifica a legalidade da empresa, o ramo de atividade e a situação dos sócios. Já a qualificação técnica é o que comprova que sua empresa tem capacidade de fornecer o produto ou serviço negociado. Para atestar que a saúde financeira de sua empresa é capaz de fornecer o que propõe, é solicitada a qualificação econômico-financeira. Por fim, e de extrema importância, está a regularidade fiscal.

Regularidade fiscal

Trata-se da reunião de documentos de cadastramento e certidões que comprovam que tudo em sua empresa está dentro da lei. Esta parte toda é atestada pela apresentação de cartão do CNPJ, regularidade com a Fazenda em todas as esferas, certidões que comprovem estar quite com INSS (Instituto Nacional de Seguro Social) e FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).

Para obtê-los, basta comprovar que impostos e encargos sociais estão pagos. Só tome cuidado para não perder o prazo. É melhor providenciar a documentação assim que souber da licitação para não correr o risco de não dar tempo de estes serem analisados.

Cuidados essenciais

A documentação foi providenciada e tudo está mais do que certo com a contabilidade de sua empresa? Então é hora de prestar atenção em alguns detalhes antes mesmo de se empolgar a participar de algum processo de compra governamental.

Desta forma, para a fase de competição, leia com atenção o instrumento ou contrato, analise as condições para a competição por meio da habilitação do edital, nunca reduza o preço ao patamar que impeça a execução do trabalho, esteja atento e acompanhe todos os passos da licitação.

Minha empresa ganhou a licitação! E agora?

Sua empresa tem motivos de sobra para comemorar: ganhou a licitação e fornecerá seu produto ou serviço a um órgão governamental. Nesta fase é importante atentar aos prazos do contrato e cumpri-los à risca. Todos os pedidos e formas de entrega devem estar protocolados. Além disso, saiba que sua empresa terá que ter capital de giro para arcar com o prometido.

É fundamental que este processo seja feito antes do início da prestação de serviço ou fornecimento de produto. Sua empresa deve começar com tudo em ordem, assim, problemas e preocupações podem ser evitados em compras governamentais. Reveja os prazos sempre que preciso e analise como o órgão paga a seus fornecedores.

Pode até demorar, mas qualquer órgão público também tem que cumprir rigorosíssimas normas, regidas por leis, prazos de pagamento, bem como valores acertados no empenho. Então, boa sorte!

*Daniela Triñanes é diretora da IBIZ Tecnologia, co-criadora do IBIZ Licita, serviço pioneiro e único em obtenção, gestão e análise de dados para empresas que participam de processos de compras públicas e governamentais.

Vencedora do programa Pitch Gov SP, GetNinjas divulgará serviços profissionais do Fundo Social do Governo de São Paulo

O Governo do Estado de São Paulo assina nesta quarta-feira, 4 de maio, convênio com a startup GetNinjas, a maior plataforma de contratações de serviços do país, para que os alunos dos cursos do Programa Escola de Qualificação Profissional, do Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo – FUSSESP, divulguem seus serviços na plataforma virtual de oportunidades da empresa. Após a formação, o aluno terá acesso gratuito durante 6 meses na promoção e na intermediação dos serviços prestados. Nos primeiros 45 dias, cerca de 200 alunos já poderão se cadastrar na plataforma.

A parceria é resultado do Programa Pitch Gov SP, realizado em novembro do último ano, que desafiou novas empresas a pensar soluções para os desafios da administração pública, com 12 selecionadas em quatro áreas. A proposta da GetNinjas se enquadrou na categoria Facilidades ao Cidadão e beneficiará os cursos das Escolas da Moda, Beleza e Construção Civil, oferecidos gratuitamente pelo Governo do Estado.

O convênio entre a GetNinjas e o Governo do Estado facilita tanto o acesso da população aos serviços especializados prestados pelos profissionais formados pelo programa da FUSSESP, quanto a inserção dos alunos no mercado de trabalho. Ao final dos seis meses, a startup entregará um balanço com as informações das oportunidades que cada usuário recebeu ao longo do período teste. Dessa forma, o Fundo de Solidariedade poderá aprimorar seus cursos com base na avaliação dos resultados, pois o governo paulista está atento às soluções tecnológicas desenvolvidas para contribuir ou resolver os diversos problemas e necessidades da sociedade e a GetNinjas tem interesse em difundir soluções para questões de interesse público, para melhorar a vida do cidadão.