Digitalização da Saúde: uma nuvem passageira ou o início de uma nova era?

Por Rafael Moraes, CMIO da Memed

Para nós entusiastas da digitalização da saúde e da consolidação definitiva de um ecossistema digital do setor, 2020 foi sem dúvidas um ano contraditório. Embora muito difícil, caracterizado pelo enfrentamento de uma crise mundial por conta da covid-19, foi também memorável do ponto de vista dos avanços notados através da adoção de novas tecnologias e da digitalização do setor.

Primeiro, a perspectiva pessoal. Em março de 2020, sentimos uma explosão. Fomos procurados por dezenas de instituições e players que queriam aderir à ferramenta de prescrição digital. O telefone tocava a cada 15 minutos.  Quadruplicamos os contratos de integração da nossa plataforma em comparação aos 12 meses de 2019. O número de cadastros mensais de médicos aumentou 12 vezes. O volume de contatos nos nossos canais de atendimento saltou de 100 para 5.000 por mês. Mais de 30 mil drogarias e farmácias nos procuraram para aderir à dispensação eletrônica de medicamentos.  Foram mais de 13 milhões de receitas digitais emitidas, apenas pela plataforma da Memed em 2020, um aumento superior a 100 % do volume do ano anterior.

Aos números “somaram-se” também os aspectos regulatórios. A liberação em caráter de urgência da telemedicina veio juntamente com a regulamentação da prescrição digital para medicamentos controlados (aqueles que necessitam de um receituário de controle especial branco em duas vias); além da extensão da validade das receitas.

Claro que em um mundo ideal, tudo poderia ter sido mais suave. Mas aspectos críticos relacionados à saúde pública (e seu caráter de urgência), mobilizaram e demandaram uma enorme “energia” das empresas do setor. Tivemos que ofertar nossa tecnologia de prescrição digital para responder a esta avalanche de demandas em larga escala, e, literalmente, do dia para noite. Mas não podemos negar que tudo isso propiciou uma evolução da digitalização que o setor nunca havia alcançado antes.  A questão agora é: como seguiremos em 2021? Todo esse movimento foi uma apenas uma nuvem passageira ou veio para ficar?

Bom, antes de falar em pós-pandemia, é importante lembrar que ainda estamos em plena pandemia, infelizmente. Mesmo com as vacinas se tornando disponíveis e iniciando-se a vacinação em massa, o mundo ainda enfrenta um desafio complexo de saúde pública. Há risco de uma segunda onda, da mutação do vírus e existem dúvidas ainda a respeito da reinfecção. O cenário, portanto, ainda é bem incerto, e muito provavelmente teremos que conviver durante o ano de 2021 com a necessidade de isolamento social.

Esse ambiente, acaba impulsionando a organização de diversos serviços oferecidos à classe médica em um verdadeiro ecossistema digital de saúde: consultórios “inteligentes”, prontuários eletrônicos, serviços de telemedicina, plataformas de prescrição digital e e-commerce de medicamentos. A ponto da gigante Amazon anunciar sua entrada no varejo farmacêutico com uma subsidiária, a Amazon Pharmacy, cujo serviço de venda de medicamentos e entrega em domicílio teve início em novembro de 2020 nos Estados Unidos.

Outro indicativo de que a digitalização da saúde está se consolidando, é a possibilidade concreta da telemedicina ser regulamentada em caráter definitivo no Brasil. Segundo a Agência Senado, o Conselho Federal de Medicina (CFM) está em vias de regulamentar as consultas por meios digitais para vigorar também após o período da crise da Covid-19.

Mas, também do ponto de vista econômico, um retrocesso à uma estrutura de saúde fora dos imensos recursos investidos no mundo digital, obviamente, não faz mais sentido. De acordo com a segunda edição do relatório “Inside Healthtech Report”, lançado recentemente, o volume investido nas startups de saúde cresceu  em 2020, durante a pandemia, 68% comparado à 2019. Isso significa a entrada de mais de US $12 milhões nesse mercado, impulsionando um setor que se apresenta cada vez mais aquecido.

Até aqui, nem mencionamos os benefícios do uso da tecnologia para pacientes, médicos e demais profissionais, assim como para toda a cadeia da saúde, seja em termos de eficiência, agilidade, conveniência e segurança. Já publicamos outros artigos nos quais detalhamos as vantagens e conveniências que a tecnologia promove quando aplicada em benefício dos serviços de saúde.

A verdade é que já estamos vivendo uma nova era. O mundo está cada vez mais digital e isso amplia conexões entre pessoas e serviços. Um ecossistema digital de saúde se faz necessário para relacionar, conectar, validar e otimizar serviços digitais, fazendo-os funcionar de forma única, efetiva e transparente para os usuários. A digitalização da saúde não é uma nuvem passageira. Ela veio para somar e se estabelecer definitivamente.

Gartner: 69% dos Conselhos de Administração aceleraram iniciativas digitais por do coronavírus

O Gartner, Inc., líder mundial em pesquisa e aconselhamento para empresas, estima que 69% dos Conselhos de Administração aceleraram suas iniciativas de negócios digitais em função dos impactos causados pela disseminação de COVID-19. De acordo com os analistas do Gartner, quase metade dos boards anteciparam a mudança do modelo de negócios de suas organizações como resultado da pandemia.

A pesquisa Gartner Board of Directors 2021 foi realizada de forma totalmente on-line, de maio a junho de 2020, com 265 membros de Conselhos de Administração de companhias internacionais. O estudo teve como objetivo compreender como os boards estão vendo a evolução dos modelos de negócios em suas empresas para uma nova era de negócios digitais, assim como avaliar qual tem sido o papel dos diretores de TI e de outros executivos líderes diante contexto da crise de COVID-19.

“Os boards desempenham um papel importante em ajudar a equipe de liderança executiva a pensar além dos riscos de curto prazo e associados a pandemia”, diz Partha Iyengar, Vice-Presidente de Pesquisa do Gartner. “A transformação digital impulsionada pela tecnologia pode e deve ser um grande facilitador para ajudar as empresas a saírem ainda mais fortes da crise, revisando de maneira ampla suas abordagens em relação a clientes, colabora dores e cadeia de suprimentos”.

A pandemia de COVID-19 está forçando mudanças nos orçamentos das empresas – A maioria dos boards (67%) espera por aumentos no investimento em tecnologia como resultado direto da pandemia, ao mesmo tempo que áreas como marketing e RH devem sofrer cortes orçamentários no curto prazo. Os entrevistados pela pesquisa projetam um aumento de quase 7% em seus orçamentos de TI para 2020. “A principal demanda dos conselhos administrativos durante a crise do COVID-19 é aprovar investimentos prospectivos, mesmo diante de potenciais quedas nas taxas de receita e lucros”, afirma Iyengar.

Segundo o analista, a expectativa é que as ferramentas de análise de dados e de Inteligência Artificial (IA) ganhem força como tecnologias que permitam a revolução dos negócios a partir dos eventos gerados pela pandemia, à medida que as empresas se apoiam nelas para conduzir a uma melhor tomada de decisões no novo ambiente de trabalho remoto primeiro.

Iniciativas de tecnologia digital no topo da lista de prioridades de negócios dos Conselhos de Administração – Impulsionadas pela crise aberta com a pandemia de COVID-19, as iniciativas de tecnologia digital servirão como a principal prioridade estratégica de negócios para os boards administrativos nos próximos dois anos, seguidas pelo avanço das iniciativas de envolvimento das companhias com os clientes e  de gerenciamento da força de trabalho remota.

A pesquisa indica que 86% dos entrevistados consideram a tecnologia como tendo um papel transformador na abordagem de prioridades estratégicas dos negócios, motivo pelo qual a maioria das organizações deve criar a função de “Diretor Digital” para responder ao COVID-19 a longo prazo.

“Os Conselhos de Administração devem adotar abordagens inovadoras para seus modelos de governança, aproveitando tecnologias e experiência em TI para acomodar os impactos que a pandemia está causando em suas agendas de transformação digital”, acrescenta o analista.

Boards identificam o diretor de TI como parceiro – Quase todos os entrevistados esperam que os líderes da operação colaborem uns com os outros durante a crise de COVID-19. Mais da metade acredita que os Chief Information Officers (CIOs) atuam como parceiros de líderes de negócios seniores, enquanto mais de um terço procura o CIO para liderar sozinho os problemas de negócios digitais. A renovação de longo prazo é uma área de foco importante para o Conselho, com 28% dos entrevistados se concentrando na fase “Renovar” da retomada. A gestão executiva está menos focada na renovação (18%) e mais focada na fase “Responder”, com pouco menos da metade relatando ser sua área de foco principal.

“Os CIOs e o restante da equipe de executivos devem se envolver com os Conselhos na criação de uma estratégia de longo prazo para renascimento – e até mesmo sobrevivência da companhias- após a crise”, diz Iyengar.

5 formas de se aproximar digitalmente dos seus clientes durante o período da COVID-19

Por Carla Coelho, Vice-presidente IBM Digital Sales América Latina

Com quarentenas vigentes em todo o mundo, as experiências presenciais como eventos ou conferências em que nos encontrávamos com as nossas famílias, colaboradores ou clientes, se trasladaram para o mundo virtual. Essa mudança tem representado desafios para as pessoas e para as empresas de todas as indústrias, que foram forçadas a repensar os seus modelos de negócio, a encontrar maneiras de continuarem a ser relevantes no mercado e interagirem com clientes novos e existentes através de canais digitais. 

A proximidade digital pode ajudar também a diminuir o impacto nas vendas e gerar inovação, mantendo – ou até aumentando – as relações com os clientes onde quer que estejam. Um estudo recente do IBM Institute for Business Value sobre o fortalecimento no relacionamento B2B durante o período da COVID-19, revela cinco aspectos essenciais nos quais as empresas podem construir o seu relacionamento digital com os seus clientes.

1- Manter uma visão de marca constante

Os vendedores personificam a marca, e cada interação pode construir ou destruir o valor de marca e o relacionamento com clientes novos ou existentes. Em um estudo do IBV sobre experiência empresarial, mais de 50% dos executivos entrevistados confessaram que seus empregados somente “entendem de forma geral” a visão de marca de suas empresas. 

Esta lacuna de entendimento pode ser uma oportunidade para aproveitar os dados de marketing, de redes sociais, de sistemas CRM, de satisfação do cliente e de suporte, para reavaliar as experiências com a marca quanto a coerência e eficácia, para encontrar áreas de melhoria e criar estratégias de alcance que permeiem toda a organização.

2- Aproximar o ecossistema para criar valor

As vendas impulsionadas pela pandemia tornaram mais difícil a entrada no calendário de um cliente em potencial. Trabalhar em conjunto com o ecossistema é chave para que as empresas estendam sua rede, se expandam em um novo mercado ou criem alianças que agreguem valor coletivo para todos os sócios participantes. 

Ser uma fonte de apoio, não só para uma solução específica, mas atuando como um sócio comercial confiável que ofereça serviços estendidos que unam diferentes partes do ecossistema, pode ser a chave para se ganhar um novo negócio.

3- Aproveitar os espaços de colaboração virtual

O compromisso digital pode ser muito eficaz quando se centra na colaboração e conexão humana, como em atividades de brainstorms, interações, inícios de projetos e reuniões de equipe. Enviar protótipos ou amostras comerciais, são uma boa forma de incentivar a conversa com clientes ao demonstrar-lhes um produto enquanto eles o têm na mão ou o exploram virtualmente. 

Na IBM, diariamente colaboramos com clientes através do IBM Garage, uma metodologia baseada em uma intensa colaboração que combina práticas agíeis com foco nas pessoas e no resultado desejado, para passar rapidamente das ideias à implementação. Hoje, essa é uma experiência 100% digital.

4- Ter empatia com os desafios de seus clientes

Uma sólida gestão das relações comerciais é essencial. Conectar-se com os clientes digitalmente para saber como eles estão, ser sensíveis aos seus desafios únicos e prestar atenção em seus problemas, pode fazer a diferença.

Como disse Catharine Nixey em seu artigo em The Economist: “O que nos move não é sentar-nos na frente de nossos computadores, é o relacionamento que temos com as pessoas.”

5- Ganhar a confiança de seus clientes

Nenhum dos elementos tradicionais que compõem uma relação B2B de confiança diminuiu com o distanciamento empresarial. Pelo contrário: agora são mais importantes do que nunca. Segundo The CMO Survey, os especialistas de marketing preveem que, após o COVID-19, os clientes darão mais valor do que nunca aos relacionamentos de confiança, com 29% deles afirmando que os relacionamentos de confiança serão sua prioridade.

A confiança é conquistada de várias maneiras. Quando são superadas as expectativas, ou quando os clientes sentem que as empresas com as quais trabalham estão comprometidas com a segurança da informação e estão alinhadas com as regulamentações de privacidade de dados, por exemplo. A confiança também se ganha quando as consultas ou solicitações dos consumidores são respondidas de forma rápida, honesta e transparente, e quando os valores corporativos se alinham com os valores que eles apreciam e praticam.

 O “aperto de mão digital” entre as empresas e seus clientes é possível quando os especialistas em vendas oferecem um compromisso de alta fidelidade. Por isso, as interações digitais devem ter um propósito: estarem centradas nas pessoas e serem efetivas. Ao habilitar digitalmente recursos, sistemas, processos-chave e pessoas, as organizações podem ir além de simplesmente mitigar a interrupção gerada pela pandemia para reconstruir seu momentum no mercado.

Digital: um tema para o amanhã que se tornou uma demanda para ontem

Por Roberto Carvalho, Vice-Presidente da Dynatrace América do Sul

            Durante muito tempo, a Transformação Digital foi considerada uma prioridade para o futuro dos negócios. Não por acaso, segundo diversas pesquisas internacionais, a definição de uma estratégia de digitalização das operações era figura constante como uma das três maiores demandas dos CEOs nos últimos anos. Mas a realidade mudou mais rápido do que qualquer plano, e a urgência para colocar as inovações em prática tomou conta do mercado. Em tempos de pandemia do coronavírus, ser digital deixou de ser um tema para o amanhã para se tornar uma demanda para ontem.

            Para entender esse cenário, basta notar quantas empresas tiveram de mudar seus processos e estruturas de negócios de um dia para o outro. E quantas companhias acabaram ficando na mão no meio dessa migração. Afinal de contas, apesar da Transformação Digital ser há tempos um assunto recorrente no ambiente corporativo, a verdade é que quase ninguém estava pronto para a mudança que aconteceu.

            O fato é que, com a crise do Covid-19, todas as empresas tiveram que, de algum modo, acelerar suas jornadas de digitalização. A condição atual, todavia, tem trazido à tona uma série de novos paradigmas em relação ao uso da tecnologia. Um deles, sem dúvida, é de que sem visibilidade não há transformação digital.

            Evidentemente, não se trata apenas de conferir dashboards com números sobre o funcionamento da infraestrutura de hardware e software nas áreas de TI. É preciso ir além, com o que o chamamos de Observability, que nada mais é do que elevar a inteligência prática para monitorar e gerenciar a performance real das aplicações, avaliando proativamente as ferramentas, de acordo com a real necessidade das operações.

            É bom deixar claro, contudo, que o Observability não é uma questão que surge no mundo pós-pandemia. Há alguns anos, pesquisas do Gartner já indicavam que cerca de 60% das empresas poderiam sofrer algum tipo de falha grave em suas operações digitais até este ano, justamente por conta da incapacidade de mapear, identificar e gerenciar potenciais riscos e problemas. Ou seja, não é a disseminação do vírus que torna o Observability realmente imprescindível. É a própria aceleração da Transformação Digital que exigirá das companhias essa capacidade de observação aprimorada.

            De todo modo, é inevitável dizer que as restrições impostas pela disseminação do coronavírus ampliaram ainda mais a pressão sobre as equipes de TI, colocando praticamente todos os resultados das companhias em cima de serviços digitais – que, portanto, precisam ser entregues sempre com máxima performance. Exatamente por isso, é bastante claro que o monitoramento se tornará ainda mais relevante para o sucesso dos negócios já em curto prazo, antecipando e mitigando qualquer tipo de incidente.

            Hoje, tão importante quanto ter uma loja virtual, por exemplo, é garantir que ela esteja em funcionamento ininterrupto, com uma experiência excelente para os usuários. Você já sentiu aquela frustração de tentar falar com o suporte de uma marca e descobrir que o sistema está off-line? É essa a sensação que todas as marcas têm de evitar provocar.

            Isso porque, no fim das contas, não se trata do funcionamento de um ou outro sistema de TI, mas sim do resultado entregue às pessoas. Com os usuários (clientes ou colaboradores) cada vez mais dependentes do mundo on-line, o objetivo dos líderes e equipes de TI precisará ser o de entender, mitigar e prever problemas para garantir a oferta da melhor experiência possível.

            O problema, por sua vez, é que prever quando as coisas vão sair errado não é uma tarefa simples. Com sistemas e aplicações mais complexas surgindo a cada dia, monitorar as entregas e entender as diretrizes de cada área ou unidade de negócios tem se tornado uma tarefa humanamente impossível.

            É disso que se trata o Observability. A gestão de serviços de TI não pode ser mais reduzida às métricas e logs. É preciso também avaliar o contexto, as demandas e os processos exigidos pelas pessoas. A partir dessa análise é que se deve perguntar o que está atrapalhando a melhor performance para o usuário e o que está impedindo que as aplicações sejam realmente eficazes. De nada adianta conhecer as configurações de um sistema, sem a visão completa do ambiente – incluindo quem está usando a tecnologia.

            Em um mundo cada vez mais marcado pelo distanciamento e pelas incertezas, a pandemia do coronavírus acabou acelerando a digitalização de nossas vidas, ressignificando a hiperconexão como um ponto imperativo para empresas e clientes. No entanto, estar conectado é apenas um detalhe para a conclusão dos negócios em uma jornada efetivamente bem-sucedida. É hora, portanto, de garantir que tudo está realmente funcionando e entregando que nossas conexões estejam realmente entregando o melhor. Somente assim, executivos, técnicos e clientes poderão ter dias melhores nessa nova fase que será o ‘Next Normal’.

boostLAB, do BTG Pactual, lança estudo sobre bancos digitais

O boostLAB, programa de potencialização de startups e hub de negócios para empresas tech do BTG Pactual, lança hoje o estudo “A Revolução dos Bancos Digitais 2020”, em parceria com a empresa de inovação ACE.

Trata-se de um retrato sobre a atuação e desenvolvimento dos bancos digitais. O setor bancário vem passando por uma verdadeira transformação, alavancada pelo incentivo dos órgãos reguladores de diversos países, alinhados à digitalização e ao maior acesso à internet via smartphones.

Avanço dos bancos digitais

No Brasil, o número de bancos digitais cresceu 147% entre 2017 e 2018.

O público mais jovem é um dos principais alvos para os serviços dos bancos digitais. 32% das pessoas com idade entre 18 e 35 anos utiliza cartões de bancos digitais ou fintechs. Os millenials também têm baixo índice de fidelidade em relação aos bancos, e mudam de instituição 2,5 vezes mais do que baby boomers (geração nascida entre 1946 e 1960).

Mesmo os usuários que estão em bancos tradicionais passaram a priorizar os meios digitais para efetuar suas transações. Hoje, 60% delas são feitas on-line, sendo 40% via telefone celular e 60% via internet banking. Entre as transações via celular, o número saltou de 1,7 milhão para 3 milhões no mesmo período – um aumento de 76%. No total, as transações digitais aumentaram 32,69% entre 2017 e 2018.

Bancos digitais x bancos tradicionais

A pesquisa aponta que os bancos tradicionais ainda dominam o mercado, tanto em tamanho, quanto em confiança. 63% têm como primeira opção tais bancos na hora de confiar seus dados financeiros, enquanto 12% preferem os bancos digitais. Apesar disso, os players digitais vêm ganhando cada vez mais espaço no mercado. O Nubank, por exemplo, já tem quase um terço do número de clientes (15 milhões) de um dos cinco maiores bancos tradicionais (46,3 milhões).

Os bancos digitais se destacam pela facilidade no processo de abertura de contas, maior escalabilidade e, principalmente, por suprir necessidades, até então, não oferecidas pelos bancos tradicionais. Eles atraem clientes principalmente por oferecerem economia com taxas de manutenção de contas, como apontado por 53,7% dos que já adotaram contas digitais.

Próximos passos

O próximo passo dos bancos digitais é se firmarem como instituições confiáveis e passarem a gerar lucro. Afinal, mesmo com muitos aportes e um crescimento acelerado, algumas fintechs ainda estão em prejuízo, num estágio de agregar clientes massivamente, oferecer novos serviços e consolidar o seu atendimento antes de se tornarem rentáveis.

Estudo completo em: http://conteudo.btgpactualdigital.com/boostlab-bancos-digitais

Gartner alerta que a maioria das empresas não conseguirá implementar novas formas de trabalho digital até 2021

O Gartner Inc., líder mundial em pesquisa e aconselhamento para empresas, alerta que, até 2021, apenas um quarto das organizações de médio e grande porte conseguirá implementar novas formas de trabalho em pelo menos 80% de suas iniciativas e projetos. Entre os modelos de trabalho incluem processos de tomada de decisão distribuída, trabalho virtual e remoto e espaços de trabalho físicos redesenhados.

“As iniciativas digitais no local de trabalho não podem ser tratadas exclusivamente como uma iniciativa de tecnologia”, afirma Carol Rozwell, Vice-Presidente de Pesquisa do Gartner. “Quando as ações são executadas como uma série de lançamentos de tecnologia, o envolvimento dos funcionários e a abordagem da mudança cultural associada são deixados para trás. O sucesso do local de trabalho digital é impossível sem isso”.

Mudança Emergente das Lideranças – Uma nova abordagem para lidar com as demandas de transformação constante dos negócios está surgindo para os líderes, com a expansão do trabalho digital – o que tem mudado a forma de liderança. Para o Gartner, “os líderes do trabalho digital devem perceber que seu papel de orquestrador da mudança está se afastando de práticas de liderança previamente arraigadas, que viam os funcionários como um grupo resistente à mudança. Em vez disso, é preciso envolvê-los na cocriação deste novo caminho”.

Trabalho Digital e a formação de uma “Equipe nível A” – À medida que os líderes dessa nova era de trabalho digital mudam seus pensamentos e ações em direção a projetos orientados para as pessoas, eles podem inspirar e engajar uma “equipe” interdisciplinar para ajudar a criar estratégias para impulsionar os novos modos de trabalho dentro das empresas. Essa “equipe” – extraída das áreas de TI, gerenciamento de instalações, recursos humanos e partes interessadas nos negócios – serão a base para o líder entender como as novas tecnologias, processos e estilos de trabalho melhorarão a experiência geral dos funcionários e permitirão que eles realizem um trabalho de missão crítica com mais eficiência. No final, as organizações que reservam tempo para investir na experiência dos funcionários obterão uma melhoria de 10%, em média, nos índices de engajamento de suas equipes.

O Papel da Unidade de Negócios – Os programas bem-sucedidos da nova era de trabalho digital falam menos de tecnologia e mais sobre o que afeta a experiência do funcionário e as mudanças necessárias no ambiente de trabalho. “O líder da unidade de negócios é o defensor de uma nova maneira de trabalhar no ambiente de trabalho digital. Essa é a pessoa que identifica os resultados de negócios desejados, desenvolve o caso de negócios e estabelece as medidas pelas quais o sucesso é determinado. Sem envolver os líderes das unidades de negócios, será impossível lidar com o escopo das mudanças necessárias”, diz Rozwell.

Bancos e seguradoras ficam para trás na corrida da transformação digital, aponta relatório da Capgemini

Um novo relatório do Instituto de Pesquisas da Capgemini revela que as empresas de serviços financeiros estão ficando para trás na transformação digital em comparação com outros setores da economia. Afinal, as companhias financeiras reportaram uma queda da confiança em suas capacidades digitais e a falta de habilidade, liderança e visão coletiva necessárias para moldar o seu futuro digital.

O relatório, parte do Global Digital Mastery Series da Capgemini, examina o sentimento sobre as capacidades de liderança e digital entre executivos de bancos e seguradoras comparando com um estudo equivalente de 2012. Mais de 360 ​​executivos de 213 empresas, cuja receita combinada em 2017 representa aproximadamente US$ 1,67 trilhão, foram entrevistados.

As principais constatações incluem:

Confiança nas capacidades de liderança e digital afundou desde 2012

Em comparação com 2012, uma proporção menor de executivos de serviços financeiros disse que suas organizações tinham as capacidades digitais necessárias para serem bem-sucedidas – com aqueles com “confiança” caindo de 41% para 37%. Desmembrando esse dado, embora mais executivos sentissem que tinham as capacidades digitais necessárias na experiência do cliente (40% em comparação com 35%), a confiança nas operações teve uma queda significativa. Apenas 33% dos executivos disseram que tinham as capacidades operacionais necessárias, em comparação com os 46% de 6 anos atrás.

Um déficit na questão da liderança também foi citado, com apenas 41% dos executivos dizendo que suas organizações têm a capacidade de liderança necessária, abaixo dos 51% de 2012. Em algumas áreas específicas, a confiança na liderança caiu significativamente, incluindo governança (de 45% para 32%), engajamento (de 54% para 33%) e na relação entre TI e negócios (de 63% para 35%).

O domínio digital mostra-se ilusório

No framework de “digital mastery” (“domínio digital”), da Capgemini, apresentada no relatório, apenas 31% dos bancos e 27% das seguradoras são considerados “digital masters” ou “mestres digitais”, enquanto 50% e 56%, respectivamente, são classificados como iniciantes.

Os executivos também criticaram a falta de uma visão convincente para a transformação digital dentro de suas organizações. Apenas 34% dos entrevistados nos bancos e 24% nas seguradoras concordaram com a afirmação de que “nossa visão de transformação digital se alinha com o das unidades organizacionais internas”, enquanto apenas 40% e 26%, respectivamente, falam que “há um roadmap de alto nível para a transformação digital”.

A transformação bancária tomou o centro do palco, enquanto o mercado de seguros coloca o foco na automação

Embora as jornadas de transformação digital dos bancos estejam bem encaminhadas, o setor chegou a uma encruzilhada, cita o relatório, ao tentar atender às crescentes expectativas digitais dos clientes, gerenciar as pressões de custo e competir com as novas empresas de tecnologia. Menos da metade dos bancos (38%) afirmam ter as capacidades digitais e de liderança necessárias para a transformação digital. Mas o setor de seguros está se recuperando, com apenas 30% reivindicando ter os recursos digitais necessários e 28% admitindo ter os recursos de liderança necessários.

O setor bancário, no entanto, ultrapassa os setores de serviços não financeiros em recursos como experiência do cliente, capacitação da força de trabalho e alinhamento da tecnologia com os negócios. Dentre as empresas bancárias, 56% delas disseram que usam analytics para um marketing mais eficaz – em comparação com 34% de seguros e 44% do setor de serviços não financeiros. Mais da metade (53%) das organizações bancárias também afirma que o aprimoramento e a reciclagem de suas habilidades digitais são uma prioridade para elas, comparado com 32% para seguros e 44% para serviços não financeiros.

Um ponto de vantagem para as seguradoras é a automação operacional, com 42% dos executivos afirmando que usaram RPA (automação de processos robóticos, na tradução), contra 41% dos bancos e 34% relatando o uso de inteligência artificial nas operações – em comparação com 31% dos executivos de bancos.

Mais desafios à frente

Por outro lado, a inovação do modelo de negócios, definição de uma visão e propósito claros, cultura e engajamento são alguns pontos que são desafiadores tanto para o setor bancário quanto para o de seguros. Apenas 33% das seguradoras e 39% das organizações bancárias lançaram novos negócios baseados em tecnologias digitais, enquanto 41% do setor de serviços não financeiros o fizeram.

Enquanto o setor bancário está em linha com a média dos serviços não financeiros, apenas cerca de um terço (34%) dos bancos tinham uma visão digital alinhada com suas unidades organizacionais. O seguro está ainda mais atrasado, com apenas um quarto (24%) tendo uma visão abrangente. Também em termos de aspectos culturais, apenas 33% dos bancos e 25% das organizações de seguros acreditavam que seus líderes estavam adotando novos comportamentos necessários para a transformação digital, em comparação com os 37% nas organizações de serviços não financeiros.

“Esta pesquisa mostra que uma verificação da realidade ocorreu em todo o mercado de serviços financeiros, já que os executivos agora entendem a verdadeira extensão do desafio da transformação digital. Em um ambiente de crescente competição e expectativa do consumidor, a visão é muito diferente da de alguns anos atrás, e não surpreende que grandes organizações tenham se tornado mais realistas sobre suas capacidades”, disse Anirban Bose, CEO da Capgemini’s Financial Services e membro da Conselho Executivo do Grupo.

“Ao mesmo tempo, esse é um alerta para que bancos e seguradoras reexaminem seus modelos de negócios. O modelo operacional do futuro é colaborativo, inovador e ágil. Os “digital masters” que analisamos estão trabalhando com um ecossistema de parceiros terceirizados, desenvolvendo e testando ideias mais rapidamente sob um modelo de MVP (Model View-Presenter) e alimentando uma cultura de inovação e experimentação de baixo para cima. A maioria das empresas de serviços financeiros precisa aprender com o pequeno grupo de inovadores genuínos em seu campo”, concluiu Bose.

O relatório pode ser baixado aqui.

Metodologia

O Instituto de Pesquisa da Capgemini entrevistou 1.338 líderes empresariais no nível de gerentes ou acima de 757 organizações, com 71% das organizações relatando receitas de mais de US$ 1 bilhão no ano fiscal de 2017. No setor de serviços financeiros, pesquisou 369 líderes empresariais no nível de gestores ou acima, em 213 organizações de serviços financeiros. Além disso, o setor bancário representa 200 entrevistados em 125 organizações e o de seguros inclui 169 entrevistados em 88 organizações.

Sistema Financeiro do Futuro: nova onda Banktech

Por Rodrigo Pimenta, CEO da HubChain Technologies

Em seu pronunciamento na Sabatina do Senado Federal para Apreciação da indicação ao Cargo de Presidente do Banco Central, no último dia 26 de Fevereiro, Sr. Roberto Campos Neto ressaltou a importância do sistema financeiro do futuro e disse que pretende preparar o BACEN para desempenhar apropriadamente o seu papel nesse novo ecossistema, que é baseado em tecnologia e enorme fluxo de informações.

É evidente que especialistas do setor e até o próprio BACEN observaram que, com as tarifas bancárias variando entre R$ 2 a R$ 145 para o cliente final e bancos batendo recordes de bilhões de lucro todos os anos, nasce uma grande oportunidade para grupos de pessoas e empresas que hoje trocam recursos e serviços entre si. Nesse cenário, criar uma fintech ou criar uma “banktech” própria – que constitui um ecossistema mais completo -, provavelmente será a grande tendência nos próximos anos.

A transformação de custos de operação bancária em oportunidades de aumento de receitas tem feito empresas visionárias, tanto startups quanto as de médio ou grande porte, buscar o seu próprio DigitalBank, para contar com integração bancária, emissão de boletos, gerenciamento de folhas de pagamento de funcionários (e até mesmo de funcionários de fornecedores), emissão de cartões de crédito com bandeira própria, máquinas de POS, meios de pagamento, ATMs para saques e depósitos, além de uma completa gama de serviços como antecipações, empréstimos pessoais, seguros, entre outros. Tudo isso com alto nível de segurança, governança, compliance e auditoria que a tecnologia blockchain já proporciona quando é bem gerida e utiliza as melhores práticas.

Com a constante onda de avanços tecnológicos, ter o seu próprio DigitalBank em “DLT (blockchain privado)”, já é uma realidade, pois proporciona acesso a um nível diferenciado de excelência em compliance e governança para onboarding/KYC – com validação de documentos e selfies com prova de vida como, por exemplo, piscar ou sorrir, através do uso do reconhecimento facial com inteligência artificial – e “identidade digital” – pré-validação de identidade para diminuir fraudes em compras -, incluindo carteiras digitais integradas a blockchain para “pagamento instantâneo” e APIs para “open bank”. Esta nova realidade está alinhada com a política do Banco Central e as intenções declaradas por Roberto Campos Neto.

Em um futuro breve surgirão novos segmentos personalizados para cada cliente das “banktechs” como SoccerBank (para times de futebol), AgroBank (para cooperativas agropecuárias), MutualBank (para Associações/ONGs), SocialBank (para Prefeituras, Municípios e entes públicos), LoyaltyBank (para programas de fidelidade e programas de recompensas), FranchiseBank (para franquias, franqueados e royalties), CustodyBank (para custódia e garantia de grandes operações), CaptiveBank (para instituições financeiras que desejam administrar contas digitais de clientes internas), entre diversos outros, os quais poderão também desenvolver ou não sua própria moeda interna, seus tokens e smart contracts .

Muitos executivos já buscam empresas especializadas para ajudá-los a desenvolver seu próprio “banktech”, com um ecossistema gigantesco 24h/7, custos reduzidos e alto retorno de receita. Esta forte tendência de utilização de grandes ecossistemas já tem sido observada nas mega empresas chinesas AliPay e WeChat, que movimentam R$ 11,2 trilhões ao ano.

Sendo o sistema financeiro brasileiro considerado um dos mais seguros e eficientes no âmbito mundial, será um desafio, em se tratando de regulação (BACEN, COAF, CVM), criar de novas regras de governança e compliance para manter a saúde econômica e coibir atos ilícitos. Em contrapartida, aparecerá uma nova gama de oportunidades e de posições no mercado de trabalho como – por exemplo – consultores, auditores, especialistas em produtos e know how, cientistas de dados, governança e compliance.

Se você é executivo, disposto a inovar, pensar fora da caixa e quer diminuir seus custos, aumentar suas receitas e otimizar seu engajamento com seus clientes e fornecedores, a sua própria “Banktech” ou o seu próprio “DigitalBank” já é uma realidade e pode estar ao seu alcance. Vai um SocialCard aí?

*Rodrigo Pimenta é engenheiro elétrico formado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), Mestre em Administração, Economia, Finanças e Operações pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Autor de publicação de Inteligência Artificial e Algoritmos Genéticos, com experiência de mais de 10 anos no Banco Itaú – onde atuou como um dos primeiros Arquitetos de TI Corporativo, CEO e fundador da empresa HubChain Technologies, criada em 2017, cujo trabalho pioneiro dedica-se a oferecer soluções inovadoras em blockchain, inteligência artificial, open bank e criptomoedas para startups, médias e grandes empresas. Rodrigo participou de algumas grandes discussões com blockchain, inteligência artificial e criptoativos e é atualmente um dos maiores especialistas do segmento.

Os desafios do varejo na Era Digital

Por Gustavo Pipa

Quantas vezes você já ouviu alguém falar que o varejo físico vai morrer? Muitas, não é? A meu ver, mesmo as previsões mais pessimistas não fazem sentido. Enquanto, de fato, algumas lojas de varejo estão fechando suas portas, grandes varejistas abrem novas unidades todos os meses. Os números apresentados na NRF 2019, maior feira de varejo do mundo realizada em janeiro em Nova York, evidenciam essa tendência de crescimento de lojas físicas e seu papel no centro do comércio varejista no futuro. As lojas físicas não vão morrer. Pelo contrário, serão cada vez mais fortes e com papel relevante no processo de venda e captura do consumidor.

Mas então o que diferencia aqueles que fecham dos que seguem em expansão? A tecnologia deu ao varejo uma nova cara. A evolução contínua das realidades virtual e aumentada, internet das coisas e blockchain permite aos varejistas analisar dados de suas vendas quase em tempo real e investir em soluções, produtos e distribuição de forma cada mais vez mais eficiente e eficaz.

O desafio é que a maior parte das tecnologias aplicadas ao varejo ainda está em experimentação. É difícil encontrar cases de sucesso 100% prontos e comprovados em que se inspirar. Estamos em construção dessa vitrine, ou seja, ainda é difícil escolher onde investir, e a disposição de correr algum risco pode ser fundamental. A disrupção desse mercado e a velocidade com que ele muda desafiam as capacidades analíticas dos varejistas conservadores. Construir uma plataforma que conecte diferentes dispositivos em um único ecossistema, trazendo melhor leitura dos dados, permitirá que os varejistas criem e sustentem uma proposta única de valor agregado para os consumidores.

Mas por que ainda existe uma dificuldade tão grande na adaptação dos varejistas a essa Era Digital?

O maior desafio é definir a “mistura” ideal de inovações humanas e tecnológicas, tendo em vista sempre a experiência 360 graus do cliente. Oferecer tecnologia suficiente para atender às expectativas dos consumidores sem deixar de lado o contato com o cliente, fortalecendo a proposta de valor final do varejista.

É necessário juntar as conexões humanas com a funcionalidade de robôs, inteligência artificial e análise de dados. E é preciso criatividade para combinar o aspecto físico e o digital – Phygital, como dizem –, para criar uma experiência de consumo personalizada nas lojas físicas, tanto quanto já ocorre nas lojas on-line, mas com a vantagem do olho no olho.

É hora de esquecer a forma antiga de trabalhar! Para os varejistas sobreviverem, terão de adotar mudanças na forma de pensar, testar, arriscar, estimular, desenvolver novas experiências para atrair e reter os consumidores. Terão de oferecer com agilidade oportunidades capazes de mudar o dia a dia do consumidor.

Até 2025 teremos uma transformação consolidada no varejo. Com o avanço da Era Digital, a forma de o consumidor final comprar será diferente, e então os varejistas que oferecerem a combinação exata de experiências, com ambientes convidativos, fidelizando a marca e colocando o cliente no centro de tudo, e em meio a uma experiência humanizada, conseguirão firmar uma posição de mercado singular em um cenário tão disputado que temos nessa Era Digital.

Gustavo Pipa, Client Service Executive de varejo e consumo da Cognizant

40% dos internautas brasileiros tem conta digital

Você possui uma conta digital? 40% dos internautas brasileiros dizem que sim em uma pesquisa do IBOPE Conecta. Apesar desse valor ser representativo, ainda há espaço para crescimento, tendo em vista que 46% não possuem e 14% nunca ouviram falar nisso.

Os que mais possuem essas contas são os jovens de 25 a 34 anos. Já os que não possuem são principalmente os internautas com 55 anos ou mais e os da classe B.

Sobre a pesquisa

A pesquisa foi realizada de 10 a 14 de dezembro de 2018, com 2.000 internautas das classes A, B e C, de todas as regiões do Brasil.

Banco Original reforça estratégia de alianças e firma parceria com PicPay

O Original, primeiro banco no Brasil a proporcionar abertura de conta corrente 100% digital, anunciou uma parceria com o PicPay, para oferecer a opção de pagamento via cartão de crédito de forma totalmente digital. O acordo faz parte da estratégia de crescimento do Original, que visa adotar uma posição pioneira no modelo de integração entre bancos e fintechs.

“Acreditamos que esse é o futuro. Por isso, estamos construindo os alicerces com parcerias sólidas que nos ajudarão a viabilizar cada vez mais uma experiência completa para o consumidor. Acreditamos que a convergência com as fintechs é a forma mais rápida de nos conectar com essas comunidades nativas digitais, independente se esses usuários possuem ou não conta no Banco”, ressalta Alexandre Abreu, Presidente do Original.

A solução de pagamento por cartão de crédito do PicPay será oferecida por meio da plataforma de cartões digitais do Original. O usuário do aplicativo não precisará possuir conta no Banco Original e será convidado a aderir ao cartão virtual diretamente na sua carteira digital.

A nova plataforma também servirá para realizar compras nas redes PicPay e máquinas da Cielo, com pagamento por meio da tecnologia de QRcode, bem como transferências instantâneas de recursos (peer-to-peer), que poderá ser feita entre os milhões de participantes da carteira digital do aplicativo de pagamento, a partir das contas correntes do Banco.

Qual é a diferença entre banco digital e open banking?

Sciensa explica o que separa os modelos de negócio mais comentados em tecnologia para o setor financeiro

Unir as palavras “tecnologia” e “bancos” na mesma frase quase sempre provoca a consequência de presenciar, em seguida, os termos “Bancos Digitais” e “Open Banking”. Em ascensão nos últimos tempos, as expressões trazem à tona a necessidade de instituições financeiras se modernizarem e garantirem uma nova atuação diante do inegável avanço das fintechs em âmbito global. Apesar de similares, as expressões trazem significados distintos: você sabe o que significa cada um deles?

Para Davi Cunha, head de Digital Banking da Sciensa, consultoria de Transformação Digital, os Bancos Digitais são uma etapa de evolução necessária dentro da jornada para o Open Banking, que representa uma verdadeira transformação do setor financeiro. “A digitalização de instituições financeiras, caracterizada pela estruturação dos bancos digitais, está ligada a um modelo de negócio preparado para apresentar conteúdo on-line, com flexibilidade de interação via canais digitais e ampla conveniência para o usuário, enquanto o Open Banking abrange um cenário maior, e que habilita novos modelos de negócio proporcionados por meio de APIs abertas e novos ecossistemas de negócios”, explica.

Na prática, o último termo pressupõe uma mudança na mentalidade dos executivos: menos competição com fintechs e mais cooperação para proporcionar uma experiência do usuário mais satisfatória, ágil e eficiente. “Abrir-se para novas parcerias e ecossistemas significa oferecer uma oportunidade única de, em longo prazo, reter e conquistar clientes com eficiência e velocidade”, destaca Cunha.

Chegar até lá, entretanto, não é uma tarefa fácil. De acordo com a Big Data Executive Survey 2018, 99% dos executivos no setor financeiro dizem que suas empresas estão tentando se tornar mais ágeis, a exemplo das start-ups (“orientadas por insights”), mas apenas um terço deles relata ter sucesso nessa operação.

“Muitos executivos ainda não sabem por onde começar ou como adaptar sua operação atual aos novos modelos. Mexer na estrutura de grandes instituições financeiras envolve diversos estudos e tentar fornecer o maior número de serviços por conta própria pode surtir o efeito contrário do esperado. Nessa nova era, saber como se posicionar e quais parcerias fazer é um aspecto primordial para o sucesso”, afirma o executivo.

O banco como plataforma: novo modelo para clientes cada vez mais exigentes

Para a Sciensa, ter sucesso nesse novo ambiente depende de um olhar relacionado a facilitar a troca entre consumidores e fornecedores de serviços financeiros, movido pela forte colaboração. Nesse caso, grandes instituições financeiras podem tornar-se um verdadeiro marketplace de serviços financeiros e, indo além, terão a capacidade oferecer e inclusive monetizar uma série de serviços adicionais, como verificação de identidade, Know Your Customer (KYC), identificação de fraudes, entre outros.
“Vale a pena participar desse momento de mudança. O Open Banking e seu modelo baseado em APIs abertas representam uma oportunidade única para as instituições financeiras tornarem mais rápida a oferta de novos produtos e serviços, permitindo às instituições financeiras retomar o controle da jornada do cliente, oferecendo novas experiências com extrema personalização”, finaliza Cunha.

Banco Original lança funcionalidade de pagamento por QR Code

O Original, primeiro banco no Brasil a proporcionar abertura de conta corrente 100% digital, dispolibiliza para seus clientes, a partir de 18 de outubro, o serviço de pagamento com cartão de crédito por meio da tecnologia QR Code. Com a nova funcionalidade, o cliente Original consegue realizar pagamentos direto pelo celular, sem tirar o cartão de crédito da carteira.

Para utilizar a funcionalidade é simples: basta o cliente acessar sua conta e habilitar a funcionalidade no app e quando for efetuar um pagamento em estabelecimentos com terminais Cielo, informar que a transação será feita por QR Code. O terminal irá gerar um código, com o qual o usuário realiza a leitura por meio do aplicativo do Banco Original, com a câmera do smartphone, e o pagamento do serviço ou produto será debitado diretamente do cartão.

A nova ferramenta traz ainda mais agilidade e comodidade para os clientes do Banco Original, que são pessoas que buscam, cada vez mais, por serviços que estão na palma de suas mãos. “O uso de smartphones já faz parte de nossa rotina e com o pagamento por meio da tecnologia do QR Code permite que os nossos clientes façam suas compras sem precisar estar com o cartão de crédito em mãos. Com isso, buscamos melhorar cada vez mais a agilidade e a experiência do cliente em tarefas do cotidiano”, afirma Guilherme Oliveira, Superintendente de Produtos do Original.

A solução permite que o pagamento com celular por meio da leitura de QR Code seja feito por meio de uma transação autenticada. Isso significa que ela é confirmada pelo próprio usuário, por meio de biometria ou com a inserção da senha. “O pagamento por meio do QR Code ™ Pay é prático, ágil e seguro tanto para o varejista quanto para o consumidor. Não será mais preciso levar a carteira para almoçar, ir à academia, ou à balada, basta estar com o smartphone”, explica Danilo Caffaro, vice-presidente de Produtos, Novos Negócios, Marketing e Inovação da Cielo.

Nesse primeiro momento, a funcionalidade está disponível apenas para compras realizadas na função Crédito. A expectativa é que em breve a opção débito também esteja disponível.

Agibank PayCar transforma a placa do carro em uma conta bancária e revoluciona a forma de pagar por serviços

O Agibank, banco 100% digital, está lançando o Agibank PayCar – funcionalidade que oferece uma nova experiência em transações financeiras para seus clientes. A solução de pagamento para postos de gasolina, pedágios e estacionamentos conveniados ao Agibank utiliza a leitura da placa do automóvel antes da confirmação da operação – que pode ser realizada tanto por uma notificação de push no celular do cliente, quanto pelo reconhecimento facial, sem necessidade de sair do carro. A tecnologia já foi validada em testes piloto pelos laboratórios do Agibank, e está pronta para ir às ruas.

“Por meio de uma solução de IoT (Internet of Things) conectamos a placa do carro dos nossos usuários às suas contas digitais, utilizando a tecnologia de OCR (Optical Character Recognition). O cadastro da conta digital combinado ao segundo fator de autenticação – pelo app ou pelo reconhecimento facial – garante total segurança aos nossos clientes”, explica Marciano Testa, Fundador e CEO do Agibank.

O Agibank PayCar está integrado ao aplicativo do banco, o que permite o débito em conta do cliente e crédito na conta do posto parceiro de forma rápida e transparente. “A solução utiliza IoT nos estabelecimentos auditados por geolocalização e demais camadas de controles de segurança.As tecnologias de reconhecimento de imagens através de OCR operam em conjunto com Machine Learning, sendo ambos os serviços em nuvem”, detalha o CIO do Agibank, Fernando Castro. “No futuro, qualquer eletrodoméstico poderá ter sua conta própria no Agibank, enquanto o cliente apenas aprova as transações de maneira rápida e simples”, projeta Castro.

100% Digital e crédito imediato

O Agibank é um banco 100% digital fundado e liderado por Marciano Testa. Seu propósito é fazer o dia a dia das pessoas melhor, proporcionando a inclusão financeira para milhões de pessoas que não se sentem representadas pelo modelo bancário atual. Primeira e única instituição financeira do mundo a transformar o número do celular no número da conta corrente do cliente, permite que qualquer pessoa com um smartphone se torne correntista Agibank – uma inovação que facilita a usabilidade e conectividade com milhões de pessoas para pagamentos P2P. A possibilidade de enviar dinheiro com a facilidade de se enviar uma mensagem fez com que fosse considerado o “WhatsApp dos bancos”.

Único banco em que o cliente recebe uma oferta de crédito online já na abertura da conta, o Agibank mostra sede por desafiar o estabelecido e construir o que é visto como impossível. Com seu mindset jovem e cultura de startup, desenvolveu o próprio método de transformação digital, o ASA – Agile Scale Agibank – e utiliza o mais moderno conceito de arquitetura de tecnologia omnichannel and open API, que possibilita escalabilidade com baixos custos de infraestrutura. Além disso, a plataforma permite que o cliente acesse os serviços de maneira completa por diversos pontos de contato – aplicativo, terminais de autoatendimento, internet banking e pontos de experiência.

O aplicativo de conta corrente está disponível gratuitamente no sistema Google Android e Apple iOS. Não há a cobrança da taxa de manutenção de conta, tão comum nos bancos tradicionais. Além da sua plataforma digital, o Agibank tem presença em todo o país. Sua estratégia de atuação é omnichannel, com 575 pontos físicos de atendimento em mais de 440 municípios, em todos estados da Federação. Reportando um lucro líquido de R$ 110 milhões no primeiro semestre de 2018, o banco oferece operações de crédito, serviços de conta corrente, cartões, investimentos, consórcios, seguros e meios de pagamento para mais de 1 milhão de clientes.

Agibank é o grande campeão do Prêmio Empresa +Digital 2018

O Agibank, banco 100% digital, foi o grande vencedor do prêmio Empresa + Digital, na categoria Grande Empresa. O evento de premiação ocorreu nesta quarta-feira (05), em São Paulo, durante o Expo Fórum Digitalks. Elaborada pelo +Digital Institute, a pesquisa busca reconhecer as empresas mais bem posicionadas para enfrentar os desafios e colher as oportunidades do mundo digital.

“É uma satisfação ver que nossa estratégia de inovação ágil e disruptiva, e de resolução de desafios que parecem impossíveis, está mostrando resultados cada vez mais expressivos e reconhecidos. Isso é bom não só para o Agibank, mas também para a construção e expansão de um ecossistema de inovação sustentável”, comemora o CCO do Agibank, Glauber Corrêa.

Francisco Gioielli, CEO & Co-Founder do +Digital Institute, destaca a importância de identificar as companhias que atuam na vanguarda digital em seus respectivos setores. “A transformação digital é um caminho sem volta, e as companhias enfrentam o desafio de reavaliar suas práticas para absorver mercados e consumidores cada vez mais conectados. O Agibank mostra estar em um patamar adiantado nesse aspecto, mesmo atuando em um mercado tão acirrado e vinculado à tecnologia”, avalia Gioielli.

Com base em entrevistas e em respostas de colaboradores, a pesquisa calcula automaticamente notas em quatro dimensões: mobilidade, social, gestão de informação e fator exponencial. Para cada dimensão, são calculados dois componentes: intensidade e governança no uso de tecnologia. A média entre dimensões corresponde ao Índice de Maturidade Digital (DMI) da empresa. A empresa com a maior nota é a vencedora, e em casos de empate técnico, a nota de governança é prioritária.

100% Digital e crédito imediato

O Agibank é um banco 100% digital fundado e liderado por Marciano Testa. Seu propósito é fazer o dia a dia das pessoas melhor, proporcionando a inclusão financeira para milhões de pessoas que não se sentem representadas pelo modelo bancário atual. Primeira e única instituição financeira do mundo a transformar o número do celular no número da conta corrente do cliente, permite que qualquer pessoa com um smartphone se torne correntista Agibank – uma inovação que facilita a usabilidade e conectividade com milhões de pessoas para pagamentos P2P. A possibilidade de enviar dinheiro com a facilidade de se enviar uma mensagem fez com que fosse considerado o “WhatsApp dos bancos” (http://www.istoedinheiro.com.br/o-whatsapp-dos-bancos/).

Único banco em que o cliente recebe uma oferta de crédito online já na abertura da conta, o Agibank mostra sede por desafiar o estabelecido e construir o que é visto como impossível. Com seu mindset jovem e cultura de startup, desenvolveu o próprio método de transformação digital, o ASA – Agile Scale Agibank – e utiliza o mais moderno conceito de arquitetura de tecnologia omnichannel and open API, que possibilita escalabilidade com baixos custos de infraestrutura. Além disso, a plataforma permite que o cliente acesse os serviços de maneira completa por diversos pontos de contato – aplicativo, terminais de autoatendimento, internet banking e pontos de experiência.

O aplicativo de conta corrente está disponível gratuitamente no sistema Google Android e Apple iOS. Não há a cobrança da taxa de manutenção de conta, tão comum nos bancos tradicionais. Além da sua plataforma digital, o Agibank tem presença em todo o país. Sua estratégia de atuação é omnichannel, com mais de 550 pontos físicos de atendimento em 440 municípios, em todos estados da Federação. Reportando um lucro líquido de R$ 110 milhões no primeiro semestre de 2018, o banco oferece operações de crédito, serviços de conta corrente, cartões, investimentos, consórcios, seguros e meios de pagamento para mais de 1 milhão de clientes.

NelsonHall nomeia Capgemini líder em Serviços Digitais para Bancos

A Capgemini foi nomeada líder em Serviços Digitais para Bancos, dentro do segmento financeiro, pela consultoria NelsonHall. O reconhecimento foi anunciado com a publicação do estudo NelsonHall’s Evaluation & Assessment Tool (NEAT) Report (em livre tradução: “Relatório da Ferramenta de Análise e Avaliação da NelsonHall”), no qual a Capgemini se destacou pela ampla capacidade de atender aos futuros requisitos dos clientes, além de entregar benefícios imediatos às organizações de serviços bancários digitais.

“Este reconhecimento é a realização de nossa visão sobre como entregar de uma melhor forma resultados significativos para os clientes, permitindo-lhes atingir suas aspirações digitais”, afirmou Anirban Bose, membro do Conselho Executivo do Grupo e Head da Unidade de Negócios Estratégicos Globais de Serviços Financeiros da Capgemini. “Não basta fornecer uma performance superior em tecnologia da informação, a chave é fazer com que o sistema e a estratégia de TI ofereçam benefícios capazes de atender às necessidades dos nossos clientes, agora e no futuro, à medida que as organizações se transformam digitalmente”.

A experiência da Capgemini em implementação e execução de tecnologias digitais em diversas localidades em todo o mundo, juntamente com as parcerias firmadas com os principais fornecedores de produtos digitais para bancos, levaram a companhia a ocupar uma posição de destaque no quadrante dos líderes. Além disso, sua extensa base de clientes na Ásia, onde muitas tecnologias digitais inovadoras vêm sendo adotadas, cria uma base fértil para o desenvolvimento da expertise em tecnologias emergentes.

“O posicionamento da Capgemini como líder em Serviços Digitais para Bancos é impulsionado por sua experiência em implementação e operação de tecnologias digitais, de forma bem-sucedida, em múltiplos mercados”, apontou Andy Efstathiou, diretor de operações bancárias e pesquisa de transformação da NelsonHall. “A Capgemini se concentra em customizações individualizadas para cada cliente, realizadas por uma pequena equipe, que se utiliza de um vasto conjunto de habilidades e conhecimentos”.

A ferramenta NEAT, da NelsonHall, é baseada em uma metodologia que ajuda gestores a avaliarem fornecedores de serviços como parte da iniciativa NelsonHall’s Speed to Source. A ferramenta NEAT avalia os provedores de serviços em relação à sua capacidade de oferecer benefícios imediatos às organizações compradoras, assim como sua competência em atender aos requisitos futuros do cliente. Trazendo uma avaliação pragmática da capacidade dos provedores de serviços em guiar empresas por uma jornada de inovação ao longo de toda a vigência de seus contratos.

Como sobreviver profissionalmente na Era Digital?

Por Luiz E. Buccos, coordenador na Digital House

Um estudo realizado pela BSA The Software Alliance sobre a importância dos dados aponta: atualmente, 90% dos líderes empresariais citam dados como um dos recursos essenciais e como um diferenciador fundamental para os negócios, no mesmo nível de recursos básicos como terra, mão de obra e capital. Em um mercado de trabalho que se transforma constantemente, a capacidade de adaptação e até mesmo a antecipação de tendências vem se tornando cada vez mais um diferencial competitivo dentro das empresas. É então que surge um desafio que pode tirar o sono de muitos executivos: por onde começar? Como tomar uma atitude para se atualizar?

Primeiramente, é necessário criar uma mentalidade digital, desenvolvendo competências que acompanhem as necessidades do mercado e adquirindo uma nova linha de raciocínio. Isso gera uma rotina de busca constante por novidades, que torna mais fácil o processo de compreensão das ferramentas que surgem diariamente. Em uma sociedade baseada em dados, é importante ter em mente que a inteligência artificial já é corriqueira. Compreender que é algo que faz parte do dia a dia das pessoas é essencial. Então, o próximo passo é se perguntar: onde isso se encaixa na empresa em que trabalho?

É preciso entender que nem todas as tecnologias têm sua aplicação economicamente viável em qualquer negócio. Entretanto, atualmente todas as empresas têm implementada algum tipo de tecnologia, mesmo que não tenham se dado conta disso. Uma lavanderia, por exemplo, pode simplesmente lavar as roupas que recebe. Mas também pode criar uma base de informações sobre seus clientes (como marca, tamanho, estampa, cor, tipo de roupa que é lavada e com qual frequência), por meio da qual será capaz de oferecer um serviço customizado e muito mais eficiente. Profissionais de dados pensam muito além de lavar roupas, podem capturar informações e fazer parcerias com marcas que desejam atingir o público target da sua concorrência com mais assertividade.

Desse modo, com base no conhecimento das metodologias existentes, o próximo passo é a ação: como tirar um projeto do papel? É aqui que as empresas podem contar com parceiros e fornecedores. A implementação de mudanças no ambiente profissional é algo que demanda especialistas que têm experiência no assunto. Para mudanças efetivas, profissionais certeiros: com uma equipe qualificada e fornecedores atualizados no mercado, fica mais fácil compreender sua posição no jogo e como sua empresa pode se atualizar perante as concorrentes.

Por fim, o ponto crucial é estar ciente de que nunca se sabe de tudo: a qualificação constante e atualização dentro do mercado de trabalho não são apenas necessidades – se tornaram obrigações. A tarefa não é fácil e com toda essa transformação, o mundo do aprendizado não poderia ser diferente. Hoje é possível encontrar locais em que se aprende e se aplica novas ferramentas e metodologias de maneira prática e rápida. Esse conhecimento permite que executivos em busca de liderar a empresa nesse desenvolvimento digital consigam incorporar a mudança na essência do negócio, mantendo seu lugar no mercado.

Cisco apresenta estudo global sobre preparação digital dos países

Brasil está no estágio intermediário, denominado “Acelerar”, que inclui países que estão aproveitando a tecnologia digital e que devem continuar a investir no desenvolvimento de capital humano para aumentar o ritmo de inovação

Estamos imersos em um mundo onde o progresso tecnológico é uma constante que pode alterar o modo de fazer negócios e a vida da sociedade. Nesse contexto, a digitalização é um aspecto fundamental que permite que os países mantenham a competitividade global, aumentem o PIB, incentivem a inovação e criem empregos. Mas quão preparados estão os países para se aventurarem nesse desafio?

Esta questão deu origem ao Cisco Digital Readiness Index, estudo desenvolvido em conjunto com o Gartner Research, que mediu a preparação digital de 118 países, sendo 19 da América Latina, a partir de componentes como insfraestrutura tecnológica, capital humano, necessidades básicas e investimento governamental e empresarial.

Em geral, os países da América Latina estão em um estágio entre a preparação digital básica, denominada Ativar, e intermediária, chamada Acelerar. O Brasil está na 10ª colocação entre os países pesquisados na América Latina, no estágio Acelerar, que inclui os países que devem continuar investindo no desenvolvimento do capital humano para aumentar o ritmo e o alcance da tecnologia digital dentro e fora de suas fronteiras.

Os países no estágio Ativar estão iniciando sua jornada digital e incluem muitos países da África e alguns do Oriente Médio e Ásia. Os países no estágio Acelerar obtiveram uma pontuação intermediária, com algumas pontuações de componentes com margem para melhorias. Os países nesse estágio intermediário incluem muitos da América Latina, Europa Oriental e alguns da Ásia. Um terceiro estágio, Amplificar, dos países com o mais alto nível de preparação digital, inclui os Estados Unidos, muitos países da Europa Ocidental e alguns na Ásia, como Cingapura, Japão e Austrália.

O valor de preparação digital foi calculado com base em sete componentes fundamentais para criar um ambiente com oportunidades econômicas para todos em um mundo cada vez mais digital:

Infraestrutura tecnológica: telefonia fixa e assinaturas de banda larga; servidores de Internet, serviços de rede, gastos estimados em TI;

Adoção de tecnologia: difusão de dispositivos móveis, uso da Internet, serviços em nuvem (estimativa de gastos com TI);

Capital humano: força de trabalho total, taxa de educação de adultos, índice de escolaridade (anos de estudo), população prospectiva da futura força de trabalho (de 0 a 14 anos);

Necessidades básicas: esperança de vida, taxa de mortalidade (abaixo dos 5 anos), acesso à eletricidade;

Facilidade de fazer negócios: estado de direito e ambiente regulatório, logística e infraestrutura, serviços;

Investimento Governamental e Empresarial: investimento estrangeiro direto, exportação de alta tecnologia, sucesso do governo na promoção de TI;

Empreendedorismo: força dos direitos legais, tempo necessário para iniciar um negócio, disponibilidade de capital.
América Latina e Brasil

Segundo o estudo, a média da América Latina foi de 11,78. A média global de preparação digital é 11,96. As pontuações globais de preparação digital para os países no estágio mais alto (Amplificar) tiveram uma média de 16,83. Aqueles no estágio intermediário de preparação digital (Acelerar) tiveram uma média de 12,49, e aqueles no estágio inferior de preparação digital (Ativar) tiveram uma média de 7,91.

Neste cenário, o Brasil obteve uma média geral 11,80. Isso coloca o país 2,7 pontos abaixo da média que o classificaria na categoria Amplificar. Quando analisados os resultados de componentes específicos, o Brasil obteve resultados variados. O país tem a melhor colocação da América Latina em Investimento Governamental e Empresarial e está bem colocado na Adoção de Tecnologia e Infraestrutura Tecnológica, sendo 7º e 5º na América Latina, respectivamente. O país ocupa a oitava posição na região em Empreendedorismo, mas apenas o 17º lugar em Facilidade para se fazer negócios. Com relação ao Capital Humano, o país é o 13º na região.

“A transformação digital vai ser fundamental para inclusão social no Brasil. Saber analisar os gaps e oportunidades de melhorias é crítico para que os governos possam concentrar os esforços para acelerar essa transformação. Este estudo pretende apoiar os governos e recomendar quais as áreas prioritárias para uma economia digital inclusiva”, afirma Laercio Albuquerque, presidente da Cisco Brasil. “Os resultados apontam que o Brasil ainda tem muito potencial de desenvolvimento em seu ambiente digital e, embora sejam necessárias melhorias em alguns componentes, o país se destaca em áreas importantes, como adoção e infraestrutura tecnológica e investimento empresarial”.

Outros destaques do estudo

A partir do Digital Readiness Index, foi descoberta uma relação entre a preparação digital e o PIB per capita de cada região pesquisada. Estes índices revelam quais países estão bem preparados digitalmente e os que são menos preparados, bem como os que têm oportunidades para que os governos locais, indústria, instituições de ensino e organizações comunitárias possam trabalhar juntos e colaborar a fim de aumentar a preparação digital.

O estudo revelou que são necessárias diferentes atividades específicas, investimentos e intervenções, dependendo do estágio de preparação digital de um país, como segue:

Os países em estágio intermediário (Acelerar), como o Brasil, beneficiariam-se mais do desenvolvimento do capital humano, melhorias nas necessidades humanas básicas e avanços na facilidade de fazer negócios no país.

Países que estão iniciando sua jornada digital (Ativar) se beneficiariam principalmente a partir de intervenções voltadas para a melhoria das necessidades humanas básicas e desenvolvimento do capital humano, especialmente o aumento do conhecimento fundamental de TI.

Os países em estágio mais elevado (Ampliar) se beneficiariam mais com o desenvolvimento do capital humano, especialmente um foco em habilidades tecnológicas emergentes e especializadas.

A metodologia

A Cisco desenvolveu juntamente com o Gartner um modelo para medir a preparação digital dos países e descobrir as principais intervenções que podem ajudá-los a mover em direção à preparação digital. Este modelo, de essência holística, também pode ser aplicado aos níveis regional e estadual usando as métricas correspondentes.

Para ter pontuações comparáveis em cada país, foi essencial usar pontos de dados padronizados disponíveis para cada um deles. Usando os sete componentes, cada país recebeu uma classificação com base em pontos de dados padronizados de fontes de dados, como Banco Mundial, Fórum Econômico Mundial, Nações Unidas e Gartner, adicionadas para se criar uma pontuação total de preparação digital.

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