Inteligência artificial transforma atendimento ao cliente

“Obrigada, Maria! Você é um amor”. Foi assim que a vendedora Luiza Pereira encerrou sua conversa com a atendente virtual da construtora MRV, após solicitar a segunda via da prestação mensal do seu apartamento novo. A cliente não teve dificuldades para receber seu boleto durante o bate papo que durou pouco mais de quatro minutos repleta de saudações, agradecimentos e gentilezas.

Pelo conteúdo da conversa é provável que Luiza não tenha percebido que seu contato tenha sido feito por uma atendente virtual que atende 24h no Facebook, Portal de Relacionamento, App Meu MRV e WhatsApp. A personagem vem sendo aperfeiçoada há pelo menos dois anos, justamente para se relacionar de modo interativo com os clientes. Assim, Luiza se juntou às outras 500 mil interações virtuais que ocorrem todos os anos com a simpática atendente.

“Assim que assina o contrato de compra e venda com a MRV, o cliente já se conecta com um novo mundo, é a realização de um sonho. Este tipo de interação proporciona mais agilidade às solicitações, de forma que as experiências com o produto e serviços da MRV sejam transformadoras”, explicou Bianca Vargas, gestora executiva de Relacionamento com Clientes da MRV.

Dentre os assuntos mais acionados estão as dúvidas sobre datas de entrega de chaves, senha de acesso, consulta de cronograma de obra e segunda via de boleto. Já as top 10 interações nos chats são cumprimentos e agradecimentos. “Isso nos mostrou que o atendimento está sendo interativo, ou seja, o cliente não entra apenas para solicitar um serviço, ele conversa mesmo quando percebe que é um atendimento virtual”, completou Bianca.

Chatbot comercial se destaca em produtividade

Em um momento tecnológico no qual a comunicação acontece na palma da mão de modo ágil e simplificado, grandes marcas estão apostando na simpatia de personas virtuais para se relacionar e vender. Pioneira com a tecnologia na construção civil, a MRV já conta com chatbots avançados em treinamento e atendimento por meio da tecnologia de inteligência artificial IBM Watson.

Em maio deste ano, a MRV também implementou o bot na área comercial para iniciar o diálogo voltado para vendas com futuros clientes. Em pouco tempo, ele já revolucionou o atendimento online comercial com 650 mil atendimentos e mais de 7 milhões de mensagens trocadas.

A atuação do personagem nesse período já melhorou o fluxo de atendimento. O grande objetivo é concluir as conversas e encaminhar o cliente para um corretor de imóveis. O aproveitamento desta meta aumentou em 24% e o tempo médio de cada conversa diminuiu pela metade, uma melhoria de assertividade com um atendimento mais resolutivo sem perder a qualidade.

Outro dado positivo após o início da atuação da Inteligência Artificial se refere ao Net Promoter Score (NPS), indicador de mensuração do grau de lealdade dos consumidores, que registrou um aumento de 15%. As vendas virtuais também tiveram acréscimo e registraram 6% em relação ao período anterior de atuação do bot.

Todos os questionamentos não solucionados pelos robôs são computados e à medida que a interação evolui, o sistema se aperfeiçoa com os conteúdos que os clientes mais solicitam. De acordo com Rodrigo Resende, diretor de Marketing e Novos Negócios da MRV, a qualidade do atendimento se tornou superior e os personagens trabalham em conjunto com uma equipe que está por traz da ferramenta para trazer a melhor solução para o usuário.

“O chatbot veio para ficar e transformou a produtividade dos atendimentos. O foco sempre é nosso cliente para que sua experiência no sonho da casa própria seja completa. Por trás da inteligência artificial há uma equipe que está sempre pronta para entrar no relacionamento caso algum serviço ou dúvida não possa ser esclarecida automaticamente. Nosso propósito de “Construir sonhos que transformam o mundo” envolve todas as etapas de experiência do cliente e a tecnologia é essencial neste processo”, explica o executivo.

Chatbot: cinco passos para uma jornada realista

Por Daniel Wildt, diretor de Tecnologia da Zenvia

Segundo o Mapa do Ecossistema Brasileiro de Bots de 2019, divulgado pela Mobile Time, a produção de chatbots e voice bots está se massificando no Brasil, como foi com os aplicativos móveis há cerca de 10 anos. Como exemplo, de 2017 a 2019, o número de chatbots desenvolvidos subiu de 8 mil para 60 mil, uma alta de 750%! Além disso, tomando por base os mesmos anos de comparação, o volume de mensagens trafegadas aumentou de 500 milhões para 1 bilhão.

Esses dados fazem as empresas refletirem sobre a necessidade de terem um chatbot para interagirem com seus clientes. Porém, ainda resta a dúvida: será que é a hora certa de investir na tecnologia? Se sim, por onde começar?

Para diminuir as incertezas e trazer decisões mais acertadas para as marcas com relação ao uso de chatbots, indico cinco passos para a sua empresa identificar se o agora é o momento para adotar os chatbots e como iniciar a jornada de adoção:

1. Conhecimento inicial do cliente e da interação da empresa com ele

Antes de implantar o chatbot, a primeira pergunta que precisa ser respondida é: para que a sua empresa precisa ou quer um chatbot? E daí derivam outras: qual o perfil dos seus clientes? Como é a interação com eles hoje? Que opinião eles têm sobre o modelo de interação adotado? Por qual canal eles mais se comunicam com a marca? Sobre qual assunto? Sem esse conhecimento inicial, a sua empresa pode até adotar o chatbot, mas dificilmente terá os resultados imaginados, pois não existe um propósito claro em relação ao uso da tecnologia. Aproveite pesquisas que podem ser automatizadas em sistemas, mas não deixe de falar com profundidade com alguns clientes. Este tipo de pesquisa precisa ir além de classificações e agrupamentos.

2. Iniciar com algo que pode ser testado

Respondidas as perguntas iniciais, que trarão a compreensão necessária sobre a necessidade do chatbot e como ele pode simplificar a relação entre a empresa e seus clientes, é hora de pensar no projeto. Em outras palavras, arregaçar as mangas e partir para o planejamento. No início, é muito comum as marcas desejarem resolver todos os problemas dos clientes com o chatbot, mas o ideal é começar com uma necessidade, até para testar e validar o quanto seu consumidor se adapta a este tipo de jornada.

3. Simplificar e aprimorar

Pronto, o chatbot já está no ar e tem um volume de conversas que já é capaz de mostrar a efetividade? Então, é a hora de medir os resultados e cruzar com as metas estipuladas no planejamento. Não pule essa etapa. É ela que determinará se o modelo adotado foi efetivo, ou mostrará a necessidade de correção de rota. Não ter atingido uma meta significa somente isso: ainda não atingimos a meta. Converse com mais clientes que tenham interagido com o chatbot, obtenha percepções e entenda novas possibilidades de avanço com o serviço. Principalmente entendendo se o público alvo que se busca atingir está correto.

4. Experimentar abordagens

O chatbot deu certo? Está funcionando bem? Os clientes estão gostando? Então é a hora de pensar nos próximos passos. E as perguntas voltam à cena: vale incluir uma outra necessidade do cliente no chatbot? É o caso de testar um novo canal (como Facebook Messenger, WhatsApp, chat no site, etc.)? O chatbot pode ser combinado com outra tecnologia, como o SMS ou voz? Como essa combinação trará benefícios ao cliente e à empresa? As respostas a essas questões vão nortear como a sua empresa caminhará na evolução do chatbot. Uma dica? Ao responder a essas perguntas, não coloque o foco em como a marca pode ter vantagens. O destaque é o cliente. Então, reflita sobre como a nova abordagem pode trazer benefícios a ele. Um consumidor satisfeito impacta positivamente nos negócios e, em muitos casos, torna-se até mesmo um defensor e propagador da marca.

5. Aceitar falhas

Tão importante como todos os passos anteriores, é aceitar que nem sempre o chatbot funcionará em completa sintonia com todos os clientes. Tenha em mente que algo não vai ocorrer como esperado e aí está a oportunidade de aprendizado. O mais indicado é errar e corrigir rápido, ou seja, não tenha medo de errar! Se prepare para este processo de aprendizado e evolução constante. Tenha uma equipe especializada, ou conte com um parceiro experiente na jornada conversacional, para apoiar a sua empresa em todas etapas. Isso com certeza trará maior segurança e demonstra o cuidado da marca com o cliente.

Seguir esses passos significa que a tecnologia pode ser adotada por todas as marcas? Muito possivelmente, não. Mas com essas etapas em mente, se a sua empresa verificar que o chatbot será um grande aliado na conversa com o cliente, o processo será muito mais rápido e eficiente. O esforço vale a pena!

Wavy e CosmoBots oferecem criação de assistente virtual para empresas

Os assistentes virtuais já são uma realidade! Há uma crescente implementação deste tipo de solução nas organizações. De acordo com uma pesquisa do Gartner, até 2020, 85% das empresas utilizarão assistentes virtuais para atendimento ao cliente.

Com o objetivo de tornar a inteligência artificial cada vez mais acessível para empresas brasileiras, a Wavy, empresa do grupo Movile que reúne soluções de customer experience ajudando empresas a fortalecer o relacionamento com seus clientes, e a CosmoBots, empresa que oferece atendimento personalizado por meio de inteligência artificial para assistentes virtuais, desenvolveram uma parceria comercial para oferecer de forma mais completa o produto a seus clientes.

Os assistentes virtuais são robôs que, através de um chat ou aplicativo de mensagens, como Facebook Messenger, WhatsApp, SMS, etc., interagem com usuários finais, em contextos bastante variados. Essas interações podem ocorrer em conversas por voz ou por textos, que tem como destaque a utilização de uma linguagem simples que facilita a comunicação. Com utilização de inteligência artificial, os assistentes virtuais podem interpretar o que o usuário escreve ou fala e prever necessidades e respostas, automatizando a interação.

Com a parceria entre Wavy e CosmoBots, criar um assistente virtual tornou-se algo mais acessível: enquanto a CosmoBots oferece a plataforma para o desenvolvimento de fluxos dos assistentes virtuais, a Wavy agrega grande know how de desenvolvimento de fluxos personalizados, com inteligência artificial, suporte dedicado e até mesmo curadoria de conteúdo.

“Os assistentes virtuais trazem uma grande oportunidade para as empresas otimizarem seus atendimentos, reduzindo a necessidade de mão de obra humana já que, quando bem treinados, podem solucionar dúvidas e resolver problemas de forma rápida e prática. Com isso, empresas se beneficiam com a melhoria da satisfação de seus clientes, retenção e, não menos importante, otimização de custos. Por isso, queremos ampliar e democratizar o acesso a ferramentas como essas nas empresas, sem que necessitem ter um especialista técnico internamente para viabilizar o uso dessa tecnologia. Nós da Wavy oferecemos canais de mensageria para serem integrados ao assistente, todo o suporte na implementação e também consultoria de conteúdo.”, comenta Bruna Maggion, Head de Marketing da Wavy.

A solução oferecida pelas duas empresas possui todas as funcionalidades necessárias para publicar e gerenciar assistentes virtuais nos canais mais utilizados por usuários, como Websites, Facebook Messenger, WhatsApp e Google Assistant.

“A parceria com a Wavy vai trazer, para ambas empresas, maior expertise sobre o assunto, com objetivo de ampliar ainda mais a utilização da tecnologia nas companhias brasileiras. Esse é o nosso grande objetivo”, explica Rafael Pettersen, CEO da CosmoBots.

Os primeiros robôs da plataforma já foram lançados no final de 2018, sempre com objetivo de melhorar e tornar as experiências cada vez mais inteligentes. Antes de fechar a atual parceria comercial, Wavy e a CosmoBots também já haviam trabalhado juntas em testes para o iFood e PlayKids através do WhatsApp Business API.

Chatbots: uma revolução no atendimento ao cliente

Por Yuri Fiaschi

Os chatbots representam uma grande evolução na relação entre pessoas, marcas e tecnologia. Essa tecnologia já está presente em setores da economia como call centers, instituições financeiras, redes sociais e fintechs, de modo a integrar processos de automação, machine learning e inteligência artificial. A constante utilização dessa ferramenta faz com que o processo de atendimento seja personalizado, com respostas direcionadas a diversas áreas e finalidades.

Atualmente, várias empresas utilizam bots em mensagens (SMS/aplicativos de mensageria) e voz. Estamos em uma época de consolidação, em que os mais rápidos e melhores ficarão na frente, e os demais deixarão a cena. Em um exemplo maior, temos as assistentes de voz como Siri, Alexa e Cortana – esta última, aliás, está deixando a cena para começar a integrar as demais. Os bots seguirão o mesmo caminho, por isso o desenvolvimento da inteligência é tão importante, com mais integração. Ao pensarmos no futuro, a aplicabilidade dos bots fica focada no atendimento ao cliente, seu grande potencial e diferencial.

O futuro dos chatbots integrado com outras inteligências em nosso cotidiano está cada vez mais próxima da realidade. Por exemplo, um técnico pode tocar a campainha de sua casa para consertar a geladeira, e você nem sabia que havia um problema, ou um cliente pode receber proposta de um banco para um novo serviço e fechar o negócio. O fato é atribuído por conta de a média de interação crescer mais de 200% quando os bots são integrados a ofertas de produtos e atendimento ao consumidor.

Os setores da economia que já utilizam os bots incluem call center, instituições financeiras, gerenciamento de redes sociais e fintechs. Nesses casos, o uso de chatbots potencializa o atendimento, fazendo com que os colaboradores se concentrem mais em problemas complexos, que dependem da capacidade humana para ser resolvidos. Por exemplo, os bots podem ser usados para checar o saldo em sua conta no fim do mês, mas, ainda assim, os clientes gostariam de ser atendidos por um humano para lidar com situações como
cartões clonados. No primeiro caso, o pedido do cliente pode ser facilmente resolvido pelo robô. No segundo, a empatia e a aproximação com um atendente pode transmitir segurança maior para um cliente que se descobriu vítima de fraude.

A grande questão do momento é como os bots conseguem acessar as informações e por onde. Existem divergências entre diversas áreas, e um tema cada vez mais importante é a segurança dos dados. Com isso, cada empresa deve medir seus riscos e ver até onde permitirá que os dados sejam acessados em suas data bases. Isso demanda não só protocolos mais robustos como também segurança e conexões rápidas, dentro e fora dos data centers, ainda mais em tempos em que os cidadãos se preocupam cada vez mais com sua privacidade e com os dados aos quais as corporações têm acesso.

No âmbito nacional, o Brasil é um early adopter dos chatbots. Assim, todos os mercados olham para nós com atenção para aprender com o que está sendo feito. O mercado de tecnologia brasileiro, na área de banking, é um dos mais avançados do mundo, por exemplo. Quando falamos de ideias e desenvolvimento, o mercado americano sempre é um benchmark, mas em termos de adoção o Brasil é modelo.

Yuri Fiaschi, head das Américas da Infobip, empresa croata que opera uma das maiores plataformas omnichannel do mundo.

O que aprendi com chatbots no mercado B2B

Por Neto Rodrigues, CIO da Linx

Chatbots são uma grande carta na manga para as empresas que buscam evolução no relacionamento com o novo consumidor final ou cliente. Apesar de não parecer uma solução nova, para atingir todo o seu potencial, exige constante manutenção tecnológica e não apenas investimento em dinheiro, mas também de tempo, para que o time amadureça com os erros e acertos ao lidar com essa tecnologia.

A prova que estamos este mercado está constante evolução é um estudo realizado no Brasil pela consultoria Cedro Technologies. O levantamento aponta que 90% dos processos corriqueiros podem ser realizados por chatbots, e 87% dos usuários que passaram pelo atendimento por um robô classificaram a experiência com Inteligência Artificial (AI, na sigla em inglês) como “ótima”. O poder dessa tecnologia dará um grande impulso para as empresas e os mercados que souberem aproveitá-la ao máximo. E estamos falando de qualquer tipo de negócio: pequenas, médias e grandes empresas, tanto do mercado B2B quando do B2C.

Atualmente, várias instituições financeiras globais como os bancos Bank of America e Capital One, investem em chatbots para realizar tarefas corriqueiras a seus clientes, como transferências bancárias, consultas de saldo em conta, localização da agência mais próxima, entre outros. De acordo com o relatório Customers 2020: The Future of B-to-B Customer Experience, produzido por outra consultoria, a norte-americana Walker, o atendimento automatizado eficiente será a primeira opção para diferenciar uma empresa de seus competidores em apenas dois anos, até 2020.

Quando o assunto é atendimento ao consumidor final, os bots já facilitam a comunicação entre as marcas e as pessoas. Agora, como fica o atendimento entre empresas? As possibilidades continuam sendo muitas e difusas. Por meio de um software que gerencia as trocas de mensagens de forma automatizada, estes robôs conseguem realizar pedidos de segunda via, solicitações de acessos e, dependendo da complexidade do pedido, até sabem quando acionar um profissional do time de suporte, porque entende que a resolução da demanda exige o trabalho de um humano. Tudo isso, de forma extremamente rápida, o que melhora consideravelmente a experiência de quem está do outro lado da linha (ou da tela).

Aqui na Linx, líder e especialista em software para varejo, o lançamento dessa tecnologia aconteceu em 2018 com a LAIS, acrônimo para Linx Artificial Intelligence Service. Ela é uma assistente de atendimento virtual, que em apenas oito meses de uso, já resolveu 96 mil chamados, o equivalente a cinco pessoas de um time trabalhando full time.

Durante implantação e piloto, iniciamos o mapeamento dos casos de maior recorrência nas operações de Suporte da Linx aos clientes. A LAIS, então, foi treinada para atender sete tipos de serviços prestados pelas áreas administrativa e financeira. De um universo de 110 mil chamados por mês, atualmente a robô tem potencial de solucionar ao menos 30% deles.

Mesmo com números bastante expressivos, todo tipo de investimento na ferramenta precisa ser constante, para que ela atinja seu potencial. Uma das primeiras lições aprendidas depois da implantação da inteligência artificial foi a importância da escolha do fornecedor, pois esse é um caminho sem volta e trocar no meio do caminho sem gerar indisponibilidade é um trabalho muito preciso e complexo.

Para o futuro, a Linx planeja transformar a LAIS em um canal de vendas mais direto e prático para seus clientes. Para isso, estuda aplicar técnicas de AI em conjunto com as metodologias de Robotic Process Automation (RPA) e Digital Twin of an Organization (DTO) integradas com meios de pagamento, para aperfeiçoar a produtividade de diversas áreas dentro da companhia, como faturamento, contratos, financeiro e contabilidade. Dessa forma, os times poderão investir seu tempo em tarefas menos repetitivas e mais desafiadoras.

Atualmente, os bots já não seguem exatamente o script de um atendimento engessado e artificial, e se aproximam cada vez mais de um atendimento humano. A evolução da tecnologia deve ser acompanhada, para que a evolução e os frutos desse atendimento sejam cada vez melhores. Os chatbots não podem parar.

Revolução dos chatbots deve transformar o planejamento das viagens

Para os viajantes de negócios que sempre estão indo de um lugar para outro, os chatbots vinculados aos operadores de viagens e provedores de acomodação são ferramentas que têm cada vez mais valor, permitindo que eles obtenham vantagens do uso de chats de voz ou mensagens instantâneas operados por Inteligência Artificial (AI) para solucionar diversas dúvidas de viagem – tais como, verificar o clima e procurar opções de transporte pela cidade – além de receber rápido apoio ao cliente. Gartner, uma empresa líder na área de consultoria e pesquisa de mercado, previu em 2011 que até 2020, 85% das interações dos clientes ocorreriam via chatbot, e que até 2021, 50% das empresas gastariam mais com os bots do que com aplicativos[1]. Isso significa que o mercado de viagens deve adotar esta tecnologia em um ritmo acelerado para satisfazer a demanda crescente.

Pesquisas mostram que os clientes já estão aceitando a ideia. Uma pesquisa recente da Booking.com revelou que uma grande maioria dos viajantes (80%) prefere utilizar serviços autônomos[2] para obter as informações de que precisam, e metade deles (50%) não se incomoda se estão lidando com uma pessoa de verdade ou com um computador[3], contanto que as perguntas sejam respondidas. Para consultas sobre os planos de viagem feitos com a Booking.com, a demanda está sendo atendida com o Booking Assistant, ativado por AI, para quem os viajantes podem fazer perguntas pós reserva sobre a acomodação ou sobre qualquer coisa que vai de pagamentos a transportes, horários de chegada e partida, alterações de datas e disponibilidade de internet, tudo através do dispositivo e plataforma de interesse. O Booking Assistant agora pode lidar com quase 50% dessas dúvidas de hospedagem dos clientes automaticamente. Isso significa um aumento na comodidade, confiança e velocidade para os viajantes de negócios, cujas agendas ocupadas exigem suporte imediato e correto.

Ao planejar uma viagem de negócios em particular, os viajantes querem garantir que não enfrentem nada desconhecido, então, garantir que quaisquer dúvidas possam ser respondidas rapidamente deixará o viajante tranquilo, e isso minimizará qualquer stress adicional.

Além da velocidade e simplicidade, os chatbots oferecem a contínua oportunidade de melhorar a experiência do cliente com a habilidade de ir além em uma vasta quantidade de informações, que um humano demoraria muito mais para processar. Ainda há lugar para a interação com humanos, apesar de tudo – se o Booking Assistant identificar uma questão que não pode solucionar sozinho, ele chama o suporte da equipe de apoio ao cliente ou da propriedade, dependendo de qual for mais adequado. AI não se trata de substituir a interação humana, mas sim um veículo para facilitar uma experiência ainda mais personalizada, gratificante e sem atritos para o cliente. A combinação vencedora de interação humana e AI está alimentando uma experiência de viagem mais personalizada, recompensadora e sem atritos.

[1] Gartner – CRM Strategies and Technologies to Understand, Grow and Manage Customer Experiences

[2] Pesquisa encomendada pela Booking.com e conduzida de forma independente entre uma amostra de adultos que viajaram nos últimos 12 meses/planejam viajar nos próximos 12 meses. No total, 18.509 pessoas foram entrevistadas (mais de 1.000 do Reino Unido, EUA, Brasil, China, Alemanha, Itália, Espanha, França, Índia e Rússia e mais de 500 da Austrália, Argentina, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Hong Kong, Croácia, Indonésia , Japão, México, Países Baixos, Nova Zelândia, Suécia, Tailândia e Taiwan). Os entrevistados responderam uma pesquisa on-line em agosto de 2017.

[3] Idem informação acima

Stefanini e CNH Industrial desenvolvem solução de inteligência artificial

Parceiros de longa data, a Stefanini, uma das mais importantes provedoras globais de soluções de negócios baseadas em tecnologia, e a CNH Industrial, uma das líderes globais de bens de capital, desenvolveram uma solução de inteligência artificial (IA) para atender as áreas de service desk e field services da multinacional italiana. A plataforma tecnológica concentra os atendimentos mais simples, reduzindo a quantidade de chamadas recebidas pelos agentes de suporte ao usuário. O resultado já é visível: houve redução de cerca de 10% no volume de ligações para o help desk e de 80% no tempo de resposta de abertura de chamados.

A implementação da solução levou oito meses e contou com uma equipe de 12 funcionários da Stefanini, que hoje atuam no processo de melhoria contínua da ferramenta. “Os maiores desafios até o momento foram gerar conteúdo para a plataforma de IA, fazer a integração do robô com sistemas existentes e incentivar as pessoas a usarem a solução”, afirma Érico Beghini, gerente de negócios da Stefanini.

Rogério Pazini, gerente de ICT End User da CNH Industrial para a América Latina, concorda que traduzir os processos diários para a linguagem da solução foi o mais desafiador. “Recentemente, implementamos uma cota de impressão por pessoa e todos aqueles que queriam aumentar esse total tinham de direcionar os pedidos para a plataforma. No primeiro mês, foram registradas 700 solicitações, liberando o time do help desk para outras atividades”, conta Pazini.

O atendimento do personagem virtual Ceni – uma referência ao nome da companhia – é feito principalmente por Skype for Business, e a plataforma leva em consideração a forma como os usuários escrevem. “A ferramenta é capaz de interpretar as perguntas e tem, inclusive, um dicionário de sinônimos”, afirma Beghini. O próximo passo será integrar a solução a uma plataforma omnichannel, de modo que o usuário possa transitar de um atendimento virtual para um realizado por um agente sem que precise repassar todas as informações já enviadas. “A ideia é que o agente que assumir a demanda tenha acesso ao histórico do diálogo até aquele momento, para que não haja interrupção no atendimento”, explica Beghini.

Os chatbots, que tiveram uma posição de destaque no ano passado, deverão continuar avançando como uma das principais interfaces de comunicação entre marcas e consumidores em 2018. De acordo com a empresa de pesquisas Gran View Research, o mercado de chatbots deve crescer 24% anualmente até 2025. Isso porque, segundo o Gartner, 85% das interações dos consumidores serão conduzidas por um mecanismo automático até 2020.

A solução de IA faz parte do projeto de transformação digital da CNH Industrial. “Os modelos e práticas de atendimento também devem ser estabelecidos compreendendo as necessidades e superando as expectativas do usuário”, diz Beghini. “Por isso, elaboramos com o cliente um mapa de iniciativas de inovação e de transformação dos serviços de suporte, baseadas em tecnologias de IA e multicanalidade, de maneira a fortalecer a parceria estratégica entre nossas organizações”, complementa o executivo.

Globo Play aposta em robôs de chat para apoiar sua nova estratégia

O ano era 2013 e ainda pouco se falava em atendimento via bots de chat. Mas se o cliente estava lá, no universo digital, por que não o atender ali mesmo, ao invés de direcioná-lo para um telefone, dando-lhe mais autonomia e agilidade? Assim, como parte de uma mudança estratégica no atendimento aos seus clientes, a então globo.com (agora Globo Play) tornava-se uma das primeiras empresas no país a implementar um chatbot.

Na época, o call center era quase que inteiramente voltado ao atendimento via telefone, porém a maior parte dos clientes já estava conectada à internet via computador ou smartphones. Ainda assim, não se sabia como esses clientes, ainda que digitais, reagiriam ao não ter mais o telefone como principal meio de contato com a empresa para resolver questões diversas como assinatura, cobrança, informações sobre a programação, problemas técnicos, entre outros.

“Nós desejávamos manter o cliente mais na web, afinal, era essa a principal característica da Globo Play: um produto digital. Além disso, notamos que muitas das perguntas feitas para nossas centrais de atendimento eram básicas e demandavam respostas simples. Estava faltando um canal para que o cliente pudesse realizar seu autoatendimento, ganhando, assim, agilidade, e consumindo o mesmo meio online que estava usando”, explica Alecsandro Cavalcante, gerente de atendimento da Globo Play.

“Por outro lado, os atendentes poderiam se tornar mais estratégicos, prestando um serviço mais dedicado e personalizado para quem, com questões mais complexas, de fato necessitasse do contato telefônico”, completa o executivo.

Assim, a empresa contratou a BlueLab, e, entre os anos de 2013 e 2014, realizou sua primeira virada estratégica no atendimento ao privilegiar os canais digitais e não os convencionais (telefonia e e-mail).

Ao longo de 2014 foi realizada uma importante preparação do conteúdo, com revisão de 81% das FAQs e mudança nos scripts de atendimento, direcionando para uma linguagem mais afinada ao universo digital. “Também tivemos um grande desafio em relação à integração, em virtude da complexidade da infraestrutura de TI da Globo Play, necessária para a segurança da informação”, afirma Marcelo Arakaki, sócio e responsável pelas Operações da BlueLab.

O bot, chamado DOT, ganhou uma linguagem flexível, criando mais empatia com o cliente. Em outubro de 2015, iniciou-se um período de ajustes do robô e o índice de insatisfação com o atendimento caiu de pouco mais de 2% para menos de 0,5% um ano depois. O índice já era baixo, mas com os ajustes atingiu um patamar jamais conquistado nem no atendimento humano, que costuma girar entre 3 e 5%, segundo estimativas da BlueLab. Consolidado o primeiro chat, a parceria aumentou e a BlueLab implementou também robôs para os chats dos produtos Cartola FC, Globosat Play e, mais recentemente, Combate Play e Premiere Play.

Além da implementação do robô, a nova estratégia de atendimento englobava revisão do escopo do SAC, reforço de conceitos de um bom atendimento, reformulação da equipe de chat, revisão da monitoria de qualidade e revisão dos sistemas. A empresa também apostou em um importante plano de endomarketing para reter seus melhores talentos de atendimento, diminuindo, assim, o turnover. “As ações renderam resultados extremamente positivos e conseguimos formar times engajados, pois desejávamos manter o atendimento humano para as questões de maior complexidade”, avalia Cavalcante.

A média de contatos recebidos pelas centrais de atendimento saltou de 2 mil por mês para 60 mil entre 2014 e 2017, sendo que o maior volume é no robô, mostrando a relevância do chat para o cliente. “Já vamos para o quarto ano da operação do robô, com uma retenção acima dos 72%, além de 87% de responsividade do robô. Esse índice só não é ainda maior porque algumas operações são realizadas via atendimento humano, como parte da nossa estratégia”, completa Cavalcante. Entre os assuntos tratados pelo atendimento humano estão: reativação de assinatura, mudança de plano, dificuldades com a programação ao vivo, entre outros.

O executivo destaca ainda que quando o robô não entende a pergunta do cliente, por algum motivo, o cliente é estimulado a falar com um humano. Além disso, o cliente pode falar com um humano a qualquer momento, mesmo que a resposta do robô não o oriente a fazer isso. De acordo com a empresa, o importante é o relacionamento com o cliente e o bom atendimento e não falar com o robô a qualquer custo.

“A aposta nos canais digitais e o investimento no atendimento humano para os temas mais complexos mostrou-se uma estratégia assertiva. Os clientes estão satisfeitos e nós também. Vamos seguir trabalhando na melhoria contínua do nosso atendimento”, conclui o executivo.

Inteligência Artificial transforma a maneira de fazer negócios

Por Alexandre Winetzki

A Inteligência Artificial começou a transformar o modo como as organizações fazem seus negócios no dia a dia. A tecnologia traz mais agilidade para processos internos dentro das empresas, incentivando uma verdadeira transformação digital e cultural em busca de mais eficiência e satisfação no atendimento aos clientes.

O mercado disponibiliza inúmeras soluções de Inteligência Artificial, mas uma ferramenta que vem sendo muito aplicada pelas corporações é o atendimento via chatbot. A criação de um assistente pessoal ajuda a resolver tarefas simples do cotidiano de uma empresa, como, por exemplo, lembrar as tarefas do dia, agendar reuniões, buscar telefones ou endereços.

O chabot é um software de computador que simula ser um atendente na interação com as pessoas. A finalidade é responder perguntas de forma simples, para que os usuários tenham a impressão de estar dialogando com outra pessoa e não com um programa de computador. Após o envio de perguntas, o algoritmo consulta uma base de conhecimento e, em seguida, providencia uma resposta que atenda às expectativas do usuário.

O avanço dessa tecnologia tem sido rápido e há previsões de que ela substitua cada vez mais as atividades repetitivas dentro de uma organização. Com plataformas de inteligência cognitiva, as interações passam a seguir fluxos de conversas simples e naturais. Caso uma grande empresa queira instalar a ferramenta para facilitar a troca de informações internamente, a solução permite a busca de dados de maneira dinâmica nos sistemas, solucionando um problema ou elucidando uma dúvida.Tudo de forma integrada e intuitiva.

A Inteligência Artificial está cada vez mais inserida nas organizações. De acordo com uma pesquisa da Salesforce realizada com mais de oito mil líderes de vendas e sete mil clientes, os números são relevantes para as empresas que adotam algum tipo de IA para análise de vendas. Mais de 80% das empresas perceberam uma considerável ampliação na retenção de clientes, enquanto 74% destacaram o crescimento na velocidade das vendas.

Esses números mostram que os chatbots chegaram para ficar, trazendo mais agilidade, dinamismo e interatividade nesse mundo volátil em que vivemos.

Alexandre Winetzki, diretor de P&D da Stefanini

10 vantagens do uso de chatbots no varejo

Cada vez mais presentes em todos os setores da economia, as inovações envolvendo inteligência artificial já são familiares para os consumidores, seja para auxiliar durante uma compra, sanar uma eventual dúvida sobre determinado produto ou receber atualizações no pós-venda. Uma pesquisa da consultoria PointSource mostra que, em 2017, 54% dos consumidores utilizaram aplicações envolvendo IA em algum momento da jornada de compra. A pesquisa também perguntou se o auxílio de um chatbot os faria comprar com mais frequência, e metade (49%) dos entrevistados respondeu que sim.

Outra pesquisa, divulgada pela Accenture, no Fórum Econômico Mundial deste ano, projeta que, entre 2018 e 2022, o faturamento do varejo no mundo cresça 41% em decorrência da adoção da Inteligência Artificial. Para os varejistas brasileiros que desejam seguir essa tendência já incorporada pelas principais empresas do varejo mundial, a Nama – startup brasileira que oferece uma plataforma de chatbots baseada em linguagem natural -, preparou uma lista com 10 vantagens da aplicação de chatbots no varejo.

1) Oferecer atendimento 24/7

Apenas varejistas gigantes conseguem atender seus clientes a qualquer hora do dia e em todos os dias da semana. Manter uma equipe tão numerosa de funcionários pesa no orçamento de qualquer empresa. Esse desafio pode ser solucionado com o uso de chatbots, que não descansam nunca e trabalham 24h por dia, 7 dias por semana.

2) Atender em todos os canais

Colocar em prática o conceito de omnichannel, descrito como o atendimento dos clientes em todos os canais disponíveis de maneira idêntica e complementar, talvez seja um dos maiores desafios do varejo. Um chatbot robusto é capaz de começar o atendimento via Facebook Messenger e continuá-lo no portal da empresa, sem prejuízo de informação. Chatbots funcionam no Facebook Messenger, Skype, Telegram, no portal da loja e no smartphone por meio de mensagens SMS. O consumidor pode estar em qualquer um desses canais ou em todos eles, e sua marca também estará lá.

3) Auxiliar na jornada de compra

Nos Estados Unidos, a Whole Foods colocou em funcionamento um chatbot que ajuda os consumidores a encontrarem os alimentos mais indicados para cada receita. Pelo Messenger do Facebook, o cliente insere uma palavra-chave ou um emoji de um alimento, e recebe como resposta uma dica culinária. A funcionalidade de reconhecer emojis também está disponível nos chatbots desenvolvidos pela Nama.

4) Fornecer respostas em tempo real

Chega de clientes estressados pelas músicas intermináveis que tocam durante a espera dos atendimentos via telemarketing. Os clientes estão ansiosos para uma resposta rápida. Um assistente virtual inteligente responde em segundos a demanda já com a solução ou seu encaminhamento.

5) Demonstrar empatia com diferentes perfis de público

Os avanços na compreensão e no processamento de linguagem natural tornaram esse fenômeno factível. Os chatbots que utilizam Deep Learning (conjunto de técnicas mais avançadas que o machine learning) conseguem entender a comunicação humana, mesmo com erros de português. Esse fenômeno possibilita que pessoas de diferentes classes sociais, idades e níveis educacionais sintam-se compreendidas pelo atendente virtual.

6) Abordar o consumidor de maneira proativa

Chatbots podem abordar os consumidores de maneira proativa a partir de condições pré-definidas. Um assistente virtual de uma farmácia ou de um supermercado, por exemplo, pode ter seu gatilho interativo configurado para, sempre que o clima estiver muito quente, indicar aos consumidores que estão na loja uma promoção de protetor solar.

7) Fidelizar seu cliente

Clientes mal atendidos migram para marcas concorrentes. Fornecer um atendimento cordial em tempo real, com detalhes técnicos e informações adicionais para aquele produto pesquisado deixará o cliente muito mais satisfeito com sua marca.

8) Melhorar os processos internos

O chatbot pode ser usado também de maneira interna pelo varejista, como forma de orientar funcionários e melhorar processos. O bot se integra com os sistemas de gestão, CRM e de estoque dos produtos, norteando, por exemplo, o abastecimento de acordo com a frequência que aquele produto vai sendo vendido.

9) Aprimorar a logística

Os chatbots podem servir para cancelar pedidos ou levantar informações sobre seu status, emitir números de protocolo ou segunda via de boleto/nota fiscal, rastrear produtos e calcular o tempo de entrega.

10) Fortalecer a marca no pós-venda

Há outros usos possíveis para os chatbots no setor varejista. Ele pode ser utilizado para fazer pesquisas de pós-venda para coletar insights sobre a experiência de compra e fornecer feedbacks detalhados sobre a maneira como o cliente enxerga a marca.

Robôs de atendimento ultrapassam a barreira do texto e chegam ao entendimento de áudio

A Hi Platform, player no mercado de plataformas digitais para o relacionamento ao consumidor, anuncia novas funcionalidades ao seu produto carro-chefe, o chatbot. Uma delas é o Speech To Text.

Já aberta ao mercado, a novidade permitirá ao consumidor enviar qualquer pergunta no formato de áudio, que será convertido em texto pelo robô. Dessa forma, o cliente não precisará digitar a pergunta durante o atendimento, assim como acontece com as interfaces que são ativadas via voz, como Apple Siri e Amazon Echo.

“Estamos permitindo que as empresas tenham a sua própria “Siri” nas plataformas de atendimento ao consumidor. A interação homem-máquina por meio da voz já é uma tendência de futuro. As pessoas usam cada vez mais esse recurso para interagir com os aplicativos. Segundo o Google, mais de 20% das buscas feitas em smartphone são realizadas pela voz. Isso aproxima mais as empresas de seus clientes e fornece um canal muito confortável de resolutividade para as demandas”, explica Alexandre Bernardoni, diretor de produto e sócio-fundador da Hi Platform, também membro da Associação Brasileira de Inteligência Artificial (ABIA).

A Hi Platform é uma empresa oriunda da fusão entre a Direct Talk (existente há 16 anos no mercado brasileiro de tecnologia para atendimento ao consumidor) e a Seekr (especializada em monitoramento de redes sociais). A companhia é a maior plataforma de relacionamento com o consumidor, contabilizando mais de 800 clientes, e pioneira na implantação da tecnologia de chatbots no Brasil. Em 2017, contabilizou 150 milhões de atendimento via chatbot para mais de 70 clientes. Hoje, a empresa desenvolve um motor próprio de processamento de linguagem natural que opera em três línguas para duas áreas principais: atendimento, para desafogar o SAC tradicional por telefone e chat humano; e vendas. A expectativa é quadruplicar o faturamento nos próximos quatro anos.

Flex adquire startup especializada em Bots Cognitivos

Buscando ganhar ainda mais expertise em seus serviços, com foco nas novas demandas dos consumidores por diversos canais digitais de comunicação, a Flex Relacionamentos Inteligentes, uma das maiores empresas de gestão de relacionamento do país, que oferece soluções completas para atender as necessidades de interação empresa–cliente, com plataformas multicanais e alta tecnologia, adquiriu a iopeople, startup paulistana especializada em Bots Cognitivos.

“Tão dificil quanto empreender, foi buscar parceiros que estivessem alinhados aos nossos objetivos de negócio. Encontramos na Flex um ambiente ideal, com uma equipe motivada, focada na experiência dos clientes e alinhada a uma estratégia agressiva de aplicar inovações nas operações da empresa”, afirma o empreendedor Ricardo Mimura, fundador da iopeople.

Utilizando as mais avançadas tecnologias de inteligência artificial e sistemas cognitivos, a iopeople trabalha no desenvolvimento dos peoplebots, assistentes virtuais que ajudam a resolver tarefas repetitivas do dia a dia. No relacionamento entre empresas e consumidores, os bots agilizam o processo, realizando tarefas e solucionando problemas de forma prática, simples e efetiva, 24 horas por dia. Com isso, as marcas aumentam sua capacidade de entrega e ainda reduzem custos.

“A Flex já oferece o serviço de ChatBots, mas com essa aquisição, além de acelerarmos a startup, também ganhamos conhecimento. Ou seja, agora teremos ainda mais expertise para aprimorar a integração e usabilidade da tecnologia”, comenta Kleber Bonadia, diretor de Tecnologia e Inovação da Flex Relacionamentos Inteligentes.

Os peoplebots realizam atendimento de forma automática tanto por texto, quanto por voz, e também podem ser customizados de acordo com a necessidade de cada cliente. A tecnologia de inteligência artificial ainda disponibiliza integração omnichannel, reconhecimento facial, análise de sentimentos e aprendizado automático. “Outro benefício é que não requer instalação, já que a tecnologia utiliza ferramentas de comunicação que já estão presentes na rotina das pessoas, como Facebook, Messenger, Telegram e Whatsapp”, explica Mimura.

“Já temos clientes utilizando os ChatBots e tendo um retorno positivo. Agora, estamos em fase de expansão da tecnologia, escalando os algoritmos para outras verticais e ampliando a gama de clientes atendidos”, finaliza Bonadia.

E-mail vai se juntar ao fax – Por Mateus Azevedo

Sabe quando você acessa um site e vê lá “número do fax”? Pois esta vai ser a mesma sensação ao visualizarmos um endereço de e-mail!

O WhatsApp Business chegou para melhorar a comunicação entre as pequenas e médias empresas e logo vem a versão para grandes empresas, a Enterprise. A proposta das duas versões do app é uma comunicação mais rápida, segura e em uma única plataforma, sacramentando que não dá mais para ficar esperando pelo e-mail pra fechar negócio.

A “formalização” do app no mundo corporativo (pois sabemos que há tempos empreendedores usam o WhatsApp para falar com clientes, vender produtos e serviços) é reflexo da entrada no mercado de trabalho das novas gerações (Millennials e geração Z). Nós não nos comunicamos ou consumimos mídia mais da forma tradicional. Os vídeos no YouTube ganham da televisão aberta, os filmes e séries no Netflix, a locomoção via bike ou aplicativos como Uber e Cabify, as listas de música no Spotify. É uma mudança natural, de comportamento, que veio para “ficar” – e cabem as aspas aqui porque nada em comportamento, geração, ou tecnologia é estático. As coisas permanecem enquanto fazem sentido. A mudança é inevitável e nos cabe extrair o melhor dela, usando as novidades ao nosso favor.

As novas gerações já vinham matando os e-mails no universo corporativo com uso de outras soluções de mensageria. Empresas como a Slack e a Wrike oferecem plataformas internas, blogs e interação entre os funcionários de uma companhia por meio de canais, grupos, chat e vídeo chamada em contexto empresarial. Criam-se canais sobre temas específicos, documentação centralizada, sem aquela longa troca de e-mails.

Agora, as novas versões do WhatsApp combinadas aos Bots vêm para efetivar uma mudança já anunciada, da Era App para a Era Bot. Segundo o estudo Digital in 2017, feito pelo instituto We are Social, são 139 milhões de usuários da Internet no Brasil e pelos dados do app de chat,120 milhões deles usam o Whatsapp. Por ser um canal livre de spam (uma das maiores preocupações da empresa foi crescer sem nunca deixar isso mudar), já estar nos nossos celulares e não demandar aprendizado de uso. A dupla deve sacramentar a morte do e-mail mais rápido que esperamos.

O motivo para tal mudança é bem claro, o consumidor/cliente quer ser atendido a qualquer momento e espera conseguir as informações que deseja (principalmente o preço) no momento em que saca seu smartphone do bolso. Em vários casos no Google Trends a busca por “preço de produto” está acima de “onde comprar o produto”: pense em você buscando um produto na internet, quer saber o preço e quanto tempo demora para chegar. As pessoas desejam pronto atendimento, informações claras, objetivas, rápidas.

Os bots integrados ao WhatsApp desempenharão esse papel muito bem. Neste sentido, também se espera, evidentemente, uma mudança no mercado de trabalho. O vendedor que só sabe tirar pedido também irá para o mesmo caminho fatal dos e-mails. Vai morrer. Perder seu lugar para o vendedor consultivo.

Em resumo, as novas versões de WhatsApp integradas aos Bots – a API ainda não foi liberada, mas olhando para o histórico da empresa, é mais provável que após o lançamento do Entreprise, ela seja liberada para alguns clientes de alto volume de interações escolhidos a dedo no início – vem sacramentar uma nova Era. Uma Era em que uma nova geração, com comportamentos nitidamente distintos da geração anterior, vem mudar as relações de trabalho, a forma como negociamos e nos comunicamos.

Estamos saindo da “Era dos Apps” para a “Era dos Bots” para manter um diálogo mais dinâmico com o cliente e também e possibilitando o acesso dele aos serviços de forma muito mais ágil. A tecnologia muda em uma velocidade cada vez maior e nós não conseguimos prever o que virá, mas me arrisco a fazer uma previsão de curto a médio prazo: o e-mail vai morrer e o “Botzapp” será, ao que tudo indica, o seu substituto.

Mateus Azevedo, Sócio da BlueLab e responsável pela Diretoria de MKT e Vendas

Chatbot realiza 70% dos atendimentos do BB em rede social

O Banco do Brasil agora tem atendimento por chatbot em redes sociais. A solução foi testada entre os funcionários da empresa em meados de 2017 e, aos poucos, os principais assuntos demandados por clientes foram incluídos na ferramenta que é baseada em inteligência cognitiva, com interação automática aos clientes que entram em contato com o Banco pelo Messenger. O chatbot inicia 2018 atendendo a 70% dos assuntos tratados no canal.

O assistente virtual do BB é o único do mercado bancário brasileiro baseado em conversação. A apresentação de botões ocorre apenas em ações específicas, como avaliar se uma resposta está correta ou para solicitar atendimento humano.

Atualmente, o chatbot atende aos temas relacionados a cartão, conta corrente, operações de crédito e Ponto pra Você, o programa de relacionamento do Banco. Investimentos e suporte técnico estarão disponíveis aos clientes ainda no primeiro bimestre deste ano. O objetivo é que o bot responda a 100% das perguntas realizadas no Messenger do Banco do Brasil ainda em 2018.

As melhorias e atualizações são realizadas constantemente, de acordo com as interações e com as percepções coletadas pela equipe de curadoria da ferramenta. Desde agosto de 2017, quando a solução começou a ser disponibilizada para os clientes, o chatbot realizou mais de 320 mil interações.

A acurácia, ou seja, o percentual de respostas corretas às perguntas dos clientes, é de 77%. O mercado considera muito bom uma acurácia entre 70 e 80%. Quando é necessário algum tipo de interação humana, o atendimento é encaminhado para funcionários do BB que atuam no atendimento em redes sociais.

Como o mercado de seguros ganha com a robotização do atendimento?

Por Daniel Moretto

As seguradoras e a indústria de serviços financeiros estão inseridas em um ambiente complexo de sistemas legados, que além de poderem se tornar um grande risco para as empresas, também são um tópico cada vez mais presente na agenda dos CIO’s: como navegar ou substituir sistemas que carregam consigo uma diversidade enorme de informações sobre clientes, mercados, perfis de consumo e informações históricas?

Quando este cenário é projetado em um ambiente onde as pessoas – que utilizam e manipulam dados dentro destes sistemas – se encontram preenchendo lacunas entre sistemas legados, processos de negócios e legislação, a complexidade e a percepção de que o serviço pode ter falhas, é ainda maior. Por isso, é muito comum hoje perceber que dentro da indústria de seguros, muitas vezes, os serviços possuem um prazo muito longo, justamente pela amplitude de sistemas, telas, comandos e consultas, que devem ser decifrados pelos analistas. E ainda quando novas versões de sistemas são colocadas no ar, acontece toda uma movimentação das áreas de TI e gestão de mudança, e uma exposição à riscos financeiros não controlados.

Desta forma, a velocidade com que os executivos de seguradoras desejam que os processos de negócio atendam às necessidades do mundo de seguros nem sempre é acompanhada na prática, dada à complexidade deste emaranhado de sistemas, processos de negócio, e pessoas.

Então, como encontrar o equilíbrio em uma equação difícil como esta, e adaptar os elementos de negócio, considerando a sensibilidade, o risco financeiro e diversidade das informações dentro destes sistemas? A resposta é que uma nova abordagem – conceitual e prática – precisa ser adotada.

É o que acontece com o uso da solução de Automação Robótica de Processo (RPA), que troca os esforços manuais por um atendimento robotizado. O conceito é utilizar a programação para serviços básicos, e, para os mais complexos, continuar com o atendimento efetuado por pessoas. Isso ajuda a substituir áreas e departamentos de esforços repetitivos e manuais, que consomem tempo e recursos, deixando de agregar valor ao negócio.

No universo das seguradoras, por exemplo, existe uma grande demanda de atendimento em casos de segunda via de boletos, carnês e extratos, assim como, em períodos sazonais de declaração de imposto de renda, picos de chamadas para resolução de casos de informe de rendimentos. O atendimento de todos estes setores envolve a manipulação de diversos sistemas e muitas etapas manuais, que podem alcançar patamares equivalentes a 30% ou 40% do volume total de acionamentos. Desta forma, o processo acaba requerendo muitos agentes tratando um volume alto de casos, que ocupam tempo e impactam a capacidade do agente em dar uma melhor experiência ao cliente do outro lado da linha, afetando a percepção dos consumidores sobre a qualidade do serviço prestado.

Diante desse cenário, a robotização do atendimento é uma saída para as empresas do mercado de seguros que buscam melhorar seus processos. Na Concentrix, por exemplo, realizamos um papel consultivo, mapeando os principais gargalos nesses processos com o propósito de desenvolver um serviço de automação “end to end”, no qual robôs executam todo o processo, tal qual um humano faria. Assim, é possível eliminar o esforço humano desnecessário em tarefas repetitivas, empregando a robotização e o conceito da força de trabalho virtual para atingir altos níveis de produtividade e escala.

Desenvolvemos esse trabalho em uma das maiores companhias de seguros privados do País e, como resultado, tivemos, em um período de um mês, uma melhoria de aproximadamente 40% de eficiência no TMA (Tempo Médio de Atendimento), comparado aos períodos anteriores, e a força de trabalho total conseguiu ser economizada em cerca de 20%. A capacidade desta operação em absorver futuras demandas e picos sazonais também aumentou consideravelmente sem a necessidade de grandes contratações, proporcionando mais tempo disponível para novos atendimentos que demandavam mais complexidade dos atendentes. De modo geral, a implantação desta nova ferramenta de atendimento reduz de 70% a 80% o custo fixo desta unidade de negócio, assegurando um retorno sobre o investimento perene em aproximadamente 4 meses.

Já sendo uma realidade, a automação robótica promete grandes mudanças para o setor de contact center, que está se adaptando e readequando seu formato, sem perder a essência. É fato que muitas pessoas ainda preferem o contato humano na hora do atendimento, mas otimizar processos que demandam menos complexidade é um ganho para ambos os lados. Além disso, com estas inovações, teremos uma nova demanda de profissionais – aqueles responsáveis pela programação dos robôs. O importante é lembrar que, com estes novos processos robotizados, o ideal é sempre atingir o equilíbrio entre humanos e máquinas, tornando o negócio robusto, eficaz e adequado aos dias de hoje.

Daniel Moretto é presidente da Concentrix, multinacional especializada em soluções de outsourcing.

Criando um bot: como desenvolver a persona do robô

Os bots vem ganhando cada vez mais importância nas centrais de atendimento ao cliente. Na China, o número de chatbots no WeChat já é maior que a soma dos aplicativos das lojas de Google e Apple (5 milhões x 4,2 milhões). No Brasil, os exemplos começam a surgir: a Meka, do MeCasei auxilia os noivos com questões do enxoval, o Zak, do Superplayer sugere músicas conforme ritmo e cantores escolhidos. Mais recentemente, o Bradesco anunciou a BIA (Bradesco Inteligência Artificial), robô que começa a ser liberado aos poucos para os clientes Prime e terá um caráter mais informacional, tirando dúvidas de correntistas e futuros clientes. Mas o que deve ser levado em consideração na hora de criar um bot e quais são os passos para o desenvolvimento da persona do robô?

A BlueLab, empresa de automação de atendimento, indica como deve ser a criação da persona do robô. Segundo o sócio e diretor de Vendas e MKT, Mateus Baumer Azevedo, o primeiro passo a ser considerado é sempre pensar no perfil do cliente e a estratégia da companhia, isso vai ajudar na naturalidade da “relação” entre o cliente e o bot. “Focar na boa experiencia do cliente é pensar no todo, as personas que vão realizar o atendimento, o canal de atendimento mais adequado, na linguagem dos agentes e no conjunto de tecnologias. Pensar isoladamente no bot ou em qualquer outra tecnologia é um erro, o importante é a experiência total do cliente no canal”, explica o executivo.

De acordo com Mateus, para o desenvolvimento do robô, é preciso seguir alguns passos e realizar os seguintes questionamentos:

1) Defina o propósito. Qual é o tipo de problema que o robô deverá resolver? Ele passará informações somente? Dará instruções? Levantará dados?

2) Desenvolva a personalidade do bot. Para isso é preciso delimitar seus padrões de comportamento. Quais são as preferências do robô? Se ele fosse uma pessoa, qual seria o seu estilo de vida, o que gostaria de fazer? Qual será o tom das suas mensagens? Ele terá uma linguagem formal? Ou será mais informal, aberta, inclusive, a expressões próprias de uma faixa etária? Uma dica para ajudar a desenhar a personalidade é realizar entrevistas com possíveis usuários da solução. Isso ajudará a criar uma identificação com os usuários futuramente, tornando o diálogo natural.

3) Defina o script. Quais são as perguntas que o robô deverá responder, que serviços ele deverá entregar? Simule diálogos e possíveis fluxos para as conversas, a chamada “árvore de conversas e decisões”. Aqui vale lembrar que há dois tipos de robôs: o que aprende com as interações como usuário, por meio de inteligência artificial e o que segue o roteiro preestabelecido. “O empreendedor precisará definir, junto com o parceiro de tecnologia, o que pretende com o robô e quanto pode investir para escolher a solução para seu caso”, explica.

4) Grave as mensagens. Isso, claro, no caso do voicebot. Um diretor de arte deverá ser escalado para dar o suporte necessário a quem fizer a voz do robô, de modo que o diálogo se desenvolva de forma natural.

5) Faça um piloto. Para isso, o mais indicado é fazer um protótipo simples para ajustar rapidamente, e também já avaliar quanto tempo a empresa contratada leva para realizar os ajustes que forem necessários. “O robô fica pronto em apenas cinco dias e é possível fazer um teste gratuito. Se a operação for pequena, isto é, com poucas perguntas e respostas, o piloto pode ser completo. Caso contrário, o indicado é que responda a pelo menos 30% das questões do script”, indica.

Segundo o executivo, o custo da criação da persona do robô nem sempre está embutido no preço da solução, então, na hora de negociar, é preciso checar este ponto. Também é preciso checar se a evolução da tecnologia faz parte do contrato no caso dos bots que “aprendem” com inteligência artificial.

Para Mateus, empresas de todos os portes e de qualquer segmento podem aderir aos bots. “As grandes companhias têm como principal vantagem atender em larga escala, sem perder qualidade. Para as pequenas e médias, também é possível atender mais gente a um custo reduzido: contratar atendentes em uma escala 24×7 poderia ser impeditivo para o negócio. Com o bot, a questão está resolvida e o profissional contratado pode ficar focado em um atendimento mais qualitativo, de curadoria, por exemplo”, afirma.

Grupo New Space anuncia parceria com a Superare para oferta de chatbots

O Grupo New Space, um dos líderes em serviços de tecnologia para o setor financeiro no Brasil, anuncia a sua entrada no mercado de chatbots, com o lançamento de uma aplicação que oferta financiamentos de veículos de forma 100% digital. A ampliação do portfólio de serviços é propiciada pela parceria da companhia com a Superare, empresa brasileira pioneira na oferta de soluções conectadas com plataformas de notificações via redes sociais, como Messenger Bots do Facebook, Google e Twitter.

“Ficamos bastante interessados nas soluções apresentadas pela Superare e fechamos a parceria para lançar esse chatbot. Trata-se de uma plataforma de conversação integrada diretamente ao Facebook Messenger que utiliza as tecnologias Cognitive Services e o Serviço de Linguagem Natural e Machine Learning (LUIS), ambas da Microsoft”, afirma Fernando Adriano, Diretor de TI do Grupo New Space.

Rômulo Barbosa, Gerente de Desenvolvimento de Negócios da Superare, demonstra uma expectativa muito positiva com a parceria: “O Grupo New Space conhece com propriedade as operações e processos no mercado financeiro. Juntando isso à nossa capacidade de desenvolvimento de bots, tenho certeza que o acordo será muito benéfico para ambos. Em pouco tempo, já desenvolvemos uma ferramenta inovadora, que agrega inteligência de coleta de informações com um canal de interação para possíveis novos clientes”.

Destinado a instituições financeiras, o primeiro produto fruto dessa parceria vai muito além da simples troca de informações sobre valores e modelos de carros. O processo se inicia com a ativação do bot, que pode acontecer através de voz, imagem, texto, QR code, entre outros. Conforme a interação ocorre, a solução passa a ofertar as melhores propostas de financiamento, de acordo com o perfil do interessado, que tem à disposição uma ferramenta totalmente interativa de suporte para a conclusão do seu negócio. Além do Facebook, o bot pode ser instalado em diversos outros canais, como aplicativos, Skype, site e Telegram.

A novidade é integrada com o Fraud Monitor e o Dossiê Digital, dois produtos da NS Prevention, unidade do Grupo New Space especializada em inteligência cibernética, prevenção a fraudes e análise de riscos. Ambos são responsáveis pela checagem de possíveis irregularidades, trazendo mais segurança durante as negociações. Por conta dessa análise prévia, a instituição financeira recebe um “score” (nota) do possível novo cliente. Assim, consegue repassar as melhores condições de financiamento e de outras ofertas que podem ser agregadas.

“A instituição financeira pode, por exemplo, oferecer cotações de seguro para o veículo. Caso o interessado já seja cliente, é possível até aproveitar um desconto ou uma condição específica. Esse processo já consta no protótipo da nossa solução”, completa Adriano. Outros benefícios destacados pelo executivo são economia com funcionários, agilidade e assertividade para o atendimento aos clientes da instituição financeira.

Chatbots em alta

Pesquisas globais mostram que 75% das empresas planejam construir um bot inteligente para o seu negócio ainda esse ano. Além disso, 67% dos entrevistados acreditam que o uso dos chatbots irão superar o uso de aplicativos móveis nos próximos 5 anos. Outro levantamento de mercado também evidencia o bom momento vivido pela tecnologia de inteligência artificial: até 2020, as pessoas conversarão mais com os chatbots do que com seus próprios cônjuges.

Estácio aposta em inteligência artificial para elevar qualidade no atendimento

Criada em 1970, a Estácio possui unidades em todos os estados do País, o que requer atendimento ainda mais ágil e eficiente para a alta demanda gerada por seus mais de 500 mil alunos e prospects.

No passado, a Estácio contava com um assistente virtual destinado ao atendimento de candidatos e alunos. Entretanto, o serviço atingia a uma taxa de automação de menos de 30%, gerando grandes demandas para a central de atendimento, trazendo deficiências na comunicação com seus usuários, o que difere de nossa premissa de atendimento ágil e linear.

Para sanar toda a situação, em janeiro de 2016, a Estácio contratou a Bluelab, empresa especializada em automação de atendimento com o uso de inteligência artificial. Após avaliar as necessidades da instituição de ensino, a Bluelab iniciou o processo de criação do avatar para o chatbot, que deveria transparecer jovialidade e seriedade, possuindo uma imagem robótica, mas amigável, além de apontar para um consciente coletivo de atendimento virtual, agregando os valores da Estácio.

“Optamos por deixar claro que o atendimento é realizado por chatbot para manter a transparência que aplicamos em nossos serviços educacionais e na relação com nossos alunos”, explica Bruno Pessanha, Gerente de Canais Digitais da Estácio. A universidade também possui chat humano, atendimento via formulário no portal e call center.

Batizado como Tácio, nome escolhido por votação dos funcionários da área de relacionamento, o robô teve sua base de conhecimento criada do zero. O ponto de partida foram as 20 dúvidas mais respondidas no atendimento telefônico, pois como disse Pessanha “Preferimos criar uma nova base a fim de atualizar e aperfeiçoar o atendimento, pautado na própria fraseologia de nosso candidato e aluno”. Com a implementação da base de conhecimento, o Tácio atingiu uma taxa de automação de 70% no primeiro mês.

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Como o acesso ao Tácio é realizado por candidatos e alunos, foi necessário enriquecer a base de perguntas com informações que atendessem aos dois grupos. Para isso, a Estácio criou um sistema de comunicação interna para coletar e manter as questões atualizadas, o que possibilitou a Bluelab atualizar constantemente a base de conhecimento do robô.

Com o chatbot consolidado, a Bluelab e a Estácio iniciaram o processo de melhorias no atendimento. A exclusão do cadastro prévio para acessar o chatbot elevou a adesão ao serviço, atingindo 90% de taxa de automação. A pesquisa de satisfação também foi otimizada com a inclusão de estrelas que aparecem logo no início da conversa. Atendimentos com uma ou duas estrelas contam com formulário para que o usuário descreva o motivo da sua insatisfação, a fim de atender suas necessidades e avaliar outras possibilidades de melhoria. Atualmente, a taxa de satisfação média é de 98%.

Além disso, foi implementada a co-navegação, que traz a página do site correspondente à dúvida do usuário como plano de fundo da tela do chat. Entre os conteúdos disponíveis estão: busca por tipo de curso e localização, contendo todas as informações dos mesmos, incluindo grade curricular, preços e muitas outras informações. “Esta melhoria ajuda muito os futuros alunos e reduz bastante o envio de formulários para a central de atendimento, pois até pouco tempo, esta era a única maneira de saber os detalhes dos cursos. Isso também elevou a busca pelos nossos serviços, possibilitando o aumento do número de alunos”, afirma Juliana Cunha, uma das idealizadoras do projeto.

Em março de 2017, o Tácio registrou atendimento em mais de 97 mil chats, chegando a atender 25 pessoas simultaneamente, com taxa de automação média de 95%. Com o sucesso da solução, a Estácio pretende implementar novos recursos a partir de outubro deste ano, como serviços integrados à área logada, além da publicação nas redes sociais.

“A nossa missão é oferecer um serviço ágil e eficiente, que atenda ao maior número possível de usuários e solicitações, sem impactar bruscamente as finanças de nossos clientes. A Estácio é mais uma prova de que estamos no caminho certo”, comemora Mateus Azevedo, sócio da Bluelab.

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