Câmara de Comércio Árabe-Brasileira impulsiona negócios com tecnologias de Cloud e Blockchain da IBM

A Câmara de Comércio Árabe-Brasileira (CCAB) – organização que atua há mais de 68 anos com o propósito de conectar empresas brasileiras e árabes – anuncia a implementação da IBM Blockchain Platform rodando em IBM Cloud para digitalizar, acelerar e trazer mais segurança a processos de exportação entre o Brasil e os 22 países da Liga Árabe e, assim, continuar ajudando no desenvolvimento econômico, social e cultural da relação bilateral. O projeto é parte do sistema Ellos, plataforma desenvolvida pela CCAB para apoiar seus associados e parceiros.

A adoção de tecnologias que possibilitam a transformação digital é chave para diversos modelos de negócio. De acordo com o recente IBV COVID C-Suite Study, 64% dos executivos em todo o mundo reconhecem uma mudança para mais atividades de negócios baseadas na nuvem devido à pandemia (1). Ao mesmo tempo, a IDC espera que os gastos com blockchain na América Latina sejam de USD 200 milhões até 2023.

De acordo com o secretário-geral da Câmara Árabe-Brasileira, Tamer Mansour, a plataforma vai integrar dados de toda cadeia exportadora para os países árabes. Numa fase piloto, o projeto será implementado nos fluxos comerciais envolvendo o Brasil e a Jordânia, país que está fazendo um grande esforço de digitalização governamental e busca se reposicionar como um hub de acesso à região para outros países. “Temos um negócio baseado em relacionamentos e confiança. Oferecer uma experiência melhor e serviços com excelência para facilitar as operações dos nossos clientes é primordial. A IBM nos trouxe uma metodologia e as tecnologias necessárias para darmos um passo além nas operações, com agilidade para fazer a inovação acontecer”, comenta Tamer.

A solução também inclui o desenvolvimento de uma aplicação baseada em IBM Blockchain, oferecendo aos usuários dos serviços da CCAB mais agilidade, praticidade e transparência aos processos de exportação, atendendo os requisitos de qualidade e de compliance das diferentes legislações de importações e exportações de bens vigentes em cada país. A solução vai permitir ao mesmo tempo mais flexibilidade, estabilidade, escalabilidade e segurança para o despacho de cargas.

A CCAB também migrou seu ambiente de TI que, até então, era todo on premise, para a IBM Cloud, o que trouxe mais agilidade para o desenvolvimento de novas aplicações e possibilitou melhorias em manutenção, custos e esforços das equipes, que enfrentavam desafios diários por conta de sistemas legados e complexos.

Para Joaquim Campos, VP de Cloud e Cognitive da IBM Brasil, o acordo com a CCAB traz orgulho e mostra que a organização está avançando em seu processo de transformação digital. “Conseguimos consolidar uma parceria muito forte e próxima com os profissionais da CCAB e reforçar a IBM como um parceiro confiável de tecnologia, capaz de dar suporte aos desafios de forma completa, desde a modernização de infraestrutura em Cloud até o desenvolvimento de aplicações envolvendo Blockchain, Microsserviços e DevOps”, ressaltou o executivo.

A CCAB viu o potencial dessas tecnologias para implementar no seu serviço um processo digitalizado e rápido para os agentes do comércio bilateral entre o Brasil e os países árabes. Com isso, as organizações envolvidas nos processos de importação ou exportação passam a ter mais agilidade sobre as operações em um movimento inovador que fortalece o ecossistema de comércio exterior.

Todo o projeto foi executado pela IBM Garage, usando a metodologia que promove o desenvolvimento e implementação de ideias em conjunto com o cliente para acelerar o processo de transformação digital da CCAB.
(1) https://www.ibm.com/thought-leadership/institute-business-value/report/covid-19-future-business

Cinco tendências que moldarão o blockchain em 2020

O ano de 2019 foi decisivo para o blockchain. A tecnologia foi expandida para incluir organizações que trabalham juntas e, assim, converter rapidamente seu valor em resultados de negócios tangíveis para todo o ecossistema. Mas o que podemos esperar para 2020?

O IBM Institute of Business Value (IBV), por meio do seu Estudo de Economia Blockchain de 2019, realizou entrevistas com mais de 1.000 pessoas de negócios e tecnologia, e reuniu os cinco principais temas para 2020:

1. Surgirão modelos de governança pragmáticos

Com a maior adoção do blockchain, a governança se tornará um fator chave. No entanto, a criação de um modelo de governança no qual todos os participantes concordem pode ser um desafio. De fato, foi visto que 41% das organizações acreditam que a falta de padrões uniformes de governança entre parceiros é o desafio mais importante para avançar sua prova do conceito (PoC) de Blockchain ou ecossistema mínimo viável (MVE).

Em 2020, começaremos a ver novos modelos de governança que permitem que grandes e variados consórcios tratem da tomada de decisões, permitam esquemas e até pagamentos com mais eficiência.

2. A interconectividade está um passo mais perto da realidade

O sucesso do blockchain depende da colaboração de várias partes. Mas, com o potencial de dezenas, centenas ou até milhares de participantes em uma rede, não podemos esperar que cada parte de uma rede use o mesmo provedor ou incorpore um novo ambiente de computação para um único aplicativo. Mesmo assim existe uma necessidade excepcional das empresas de compartilhar dados sem problemas.

Portanto, não é possível pensar em blockchain sem a nuvem. Aliás, sem o uso de uma nuvem que seja híbrida e multi-cloud, o que permite a todos os atores da cadeia selecionar a plataforma blockchain sem depender da infraestrutura na qual seus dados estão hospedados. Hoje, IBM Blockchain está aberta e disponível em qualquer lugar. Blockchain deve permitir a facilidade de utilização de tudo o que as empresas necessitam, em ambientes híbridos de nuvem, multi-cloud e locais; e, desta forma, fazer com que a tecnologia permita a transformação das empresas e indústrias.

3. Outras tecnologias serão combinadas com blockchain para criar uma vantagem competitiva ainda maior

Agora que as soluções blockchain estão capturando milhões de pontos de dados e fazendo sentir sua presença em todo o mundo, elas estão abrindo a porta para novas capacidades. Tecnologias adjacentes como internet das coisas (IoT), 5G, inteligência artificial (IA) e Edge Computing, para citar algumas, irão combinar-se com blockchain para gerar valor agregado para os participantes da rede. Por exemplo, espera-se que as soluções blockchain se combinem com Internet das Coisas e IA para se tornarem os principais aceleradores dos mercados habilitados para blockchain no futuro.

Desta forma, os dados mais confiáveis de blockchain irão informar melhor e fortalecer os algoritmos. Blockchain ajudará a manter esses dados seguros e auditará cada etapa do processo de tomada de decisão, permitindo uma visão mais precisa, impulsionada pelos dados confiados pelos participantes da rede.

4. As ferramentas de validação começarão a combater fontes de dados fraudulentas

De acordo com o estudo, 88% das instituições acreditam que garantir padrões de comunicação de dados para as redes blockchain é um fator importante para que toda a indústria se junte a uma rede blockchain. Sendo assim, não há dúvida de que confiança e transparência são essenciais, mas em um mundo onde os dados são coletados e transferidos mais rápido do que nunca, entende-se que haverá inconsistências nesses dados, seja devido a erro humano, seja por causa de pessoas mal-intencionadas.

Com a necessidade de mais mecanismos de proteção de dados, este ano as soluções de blockchain usarão ferramentas de validação junto com os mecanismos de criptografia e IoT, que ligam os ativos digitais ao mundo físico injetando dados externos nas redes. Isto melhorará a confiança e eliminará a dependência da inserção manual de dados, que muitas vezes são propensas a erros e fraudes.

5. As moedas digitais regulamentadas continuarão a avançar

Tokens, moedas digitais e moedas digitais respaldadas pelo Banco Central têm sido um tema de crescente interesse para os mercados de capitais. Tokenizar ativos e títulos, convertendo-os em fichas digitais e depois negociar, trocar e resolver a custódia desses ativos digitais está transformando a eficiência, segurança e produtividade dos mercados de capitais. De fato, 58% das organizações pesquisadas concordam que podem obter novas fontes de receita ao tolkenizarem os ativos trocados em um mercado habilitado para blockchain.

Além disso, novas organizações e regulações foram implementados para facilitar a criação, gestão, comercialização e liquidação de tais fichas digitais e moedas.

Embora passar tempo antecipando o futuro desta tecnologia inovadora seja extremamente emocionante, reconhecemos que estão continuamente a entrar no mercado novas dinâmicas que podem desafiar estas tendências como as vemos hoje. No entanto, uma coisa é certa: blockchain continuará a romper, transformar e melhorar o mundo em que vivemos.

5 tendências de blockchain para 2020

Considerada uma das tecnologias mais importantes e disruptivas que surgiram nos últimos anos, o blockchain já teve o seu impacto comparado a fenômenos como a revolução industrial e o surgimento da internet. Apesar disso, os registros em cadeia de blocos ainda se encontram em estágio embrionário se considerarmos todo o seu potencial de aplicação. Para mostrar as principais tendências no desenvolvimento e efetivação da tecnologia em 2020, a Blockum, primeiro ecossistema sem fins lucrativos do segmento, mostra cinco aspectos que devem ser observadas neste ano. Confira:

Avanço da Internet das Coisas

Umas das principais tendências é a utilização do blockchain para garantir que os dados coletados pelos dispositivos que alimentam a Internet das Coisas (IoT) não sejam alterados. Após coletadas, as informações podem ser editadas e até apagadas, perdendo a confiabilidade necessária. Já com a coleta de dados associada ao blockchain, a tecnologia assegura que as informações não sejam alteradas em função do seu funcionamento descentralizado por meio da criptografia. Grandes provedores de tecnologia já estão de olho no poder dessa integração, que promete reinventar negócios e levar o poder da IoT ainda mais adiante.

Consórcios independentes

Ao fomentar o desenvolvimento do setor e oferecer um ambiente tecnológico independente de cooperação entre empresas, entidades governamentais e pessoas, a expectativa é que 2020 seja o ano do crescimento de associações sem fins lucrativos do setor. No sistema de compartilhamento da Blockum, por exemplo, cada membro do ecossistema disponibiliza sua infraestrutura de computadores e hardware, para receber em troca uma plataforma em nuvem de blockchain pronta e regulamentada para transações de valor jurídico.

“É uma forma das organizações competirem e colaborarem ao mesmo tempo. Diferente do que acontece com o bitcoin, onde todas as informações são públicas, neste modelo de ecossistema existem chaves privadas e públicas funcionando em conjunto, processo que conferem agilidade em casos de emergência e privacidade quando for preciso”, explica Guilherme Canavese, diretor de operação da Golchain, empresa idealizadora da Blockum.

Adesão governamental

Um segmento inesperado que deve aderir ao blockchain em maior escala em 2020 é o governamental. A expectativa é ver projetos neste setor ganhando destaque e impulsionando iniciativas federais futuras. A China, por exemplo, divulgou que deve aumentar os investimentos na área para resolver problemas técnicos e acelerar o desenvolvimento do blockchain e inovações industriais, além de lançar um criptoativo próprio.

Tokenização se fortalece

A tokenização de um ativo nada mais é do que transformar em uma fração digital chamada token um contrato, um imóvel, uma obra de arte ou até mesmo parte de uma empresa. Utilizando o blockchain, o contrato digital é emitido e o documento representa um ativo real. Essa fração tem valor de mercado e pode ser negociado de forma rápida, com menos burocracia e validação jurídica.

Por meio da tokenização, uma empresa pode fazer a captação de recursos com a transferência de um ativo digital de valor nominal ao proprietário dentro de um smart contract. “Com o crescimento e valorização dessa companhia, seu token consegue ser negociado dentro da própria empresa ou com outro investidor, semelhante ao que acontece na bolsa de valores, mas de forma mais simples e inclusiva”, diz Canavese.

Meios de pagamento

Mesmo dependendo de algumas regulamentações, as criptomoedas devem ganhar mais espaço no comércio, como já ocorrem em algumas lojas e restaurantes no próprio Brasil. Segundo o diretor de operações da Goldofir, o blockchain deve crescer significantemente como meio de pagamento em 2020. “A expectativa é que neste ano a tecnologia ganhe a maturidade necessária para ser algo tão corriqueiro como usar um cartão de crédito ou débito”, aponta o executivo.

Adoção de blockchain cresce, mas falta estratégia, diz estudo da Accenture e do Fórum Econômico Mundial

No contexto atual de negócios, as organizações estão tentando entender qual o papel das tecnologias emergentes, como inteligência artificial (IA), Internet das Coisas (IoT), realidade imersiva e até computação quântica. Um estudo conduzido pela Accenture em parceria com o Fórum Econômico Mundial indica que as organizações em alto crescimento estão investindo agressivamente e adotando uma abordagem distinta da inovação, orientada para a mudança, orientada a resultados e com foco em interrupções.

Estudo global do Fórum Econômico Mundial e da Accenture:

– 550 líderes dos setores público e privado entrevistados;
– 13 principais indústrias globais identificadas como prioritárias;
– 79 projetos Blockchain desconstruídos e examinados.

De acordo com a pesquisa “Construindo Valor com Blockchain” da Accenture, atualmente mais de 64% das iniciativas de blockchain estão sendo financiadas por verbas de TI ou de pesquisa / inovação – o que implica que o foco está na tecnologia, e não no alinhamento quanto às oportunidades com as principais áreas da empresa.

Quando perguntados sobre o que levou as organizações a investirem em tecnologia blockchain, 75% mencionaram a prioridade de suas empresas para a inovação. As três principais áreas de interesse dos setores pesquisados ​​foram: 1) rastreabilidade total das informações sobre o blockchain; 2) a capacidade de verificar se os dados não foram adulterados; e 3) a maneira como a tecnologia é distribuída.

Notavelmente, poucas organizações selecionaram “novos produtos ou serviços para negócios” – que ficou em último lugar entre as opções de investimento. Isso sugere que o foco atual das organizações é melhorar os produtos e serviços existentes antes de considerar investir em novas oportunidades.

Recomendações para a implementação de blockchain

O estudo traz em sua conclusão uma série de recomendações para os gestores alcançarem um investimento positivo ao implementar blockchain em suas organizações. Dentre elas:

Tire um tempo para entender a tecnologia

Cada organização deve ter um líder sênior responsável por entender e rastrear o que está acontecendo com a tecnologia e dentro das indústrias.

Alinhar prioridades estratégicas

O processo de mudança deve ser resultado da identificação de uma vantagem competitiva na construção de redes blockchain e da aplicação da tecnologia.

Defina expectativas realistas

Garantir que todos estejam na mesma página desde o início, tanto na organização como em parceiros externos, oferece a maior chance de superar a impaciência e suposições irreais.

Tenha uma abordagem ágil

Embora possa não haver uma proposta clara de valor agora, será importante que as organizações monitorem e se preparem se estiverem interessadas em participar potencialmente.

Pense além da sua empresa

Ao avaliar o valor, é importante considerar os efeitos de rede e de escala, principalmente nos resultados da colaboração com diferentes partes internas e externas.

Brasil tem primeiro bebê registrado por meio de Blockchain a partir de tecnologia IBM

A IBM anuncia que o primeiro registro de recém-nascido no Brasil por meio da tecnologia Blockchain ocorreu no Rio de Janeiro. O processo pioneiro, que seguiu normas e procedimentos legais, foi possível pela rede Notary Ledgers da Growth Tech, que fornece serviços cartoriais digitalmente usando o IBM Blockchain Platform na IBM Cloud.

“Embora algumas maternidades já possuam unidades de cartório, a emissão não é algo simples. Em muitas, o pai precisa enfrentar filas que chegam a durar 4 horas, principalmente em hospitais públicos, com grandes números de nascimentos por dia”, afirma Hugo Pierre, CEO e fundador da Growth Tech, acrescentando que o registro por meio de blockchain traz inúmeros benefícios, como a facilidade e rapidez na entrega do documento.

A iniciativa, fruto também de uma parceria entre o 5º Registro Civil de Pessoas Naturais da Cidade do Rio de Janeiro e a Casa de Saúde São José, onde o bebê Álvaro de Medeiros Mendonça nasceu no dia 8 de julho, fez parte de um projeto piloto que teve duração de três dias. O objetivo era analisar os registros emitidos durante o período para estudar possibilidades de ampliação de sua adoção não apenas no hospital, mas em outras maternidades.

“No momento do nascimento, um dos membros da equipe de parto faz a declaração de nascido vivo diretamente em nossa ferramenta. Em seguida, quem for registrar a criança cria sua identidade digital com base na validação de dados pessoais junto a órgãos oficiais, além de um poderoso reconhecimento biométrico facial e, finalmente, as informações entram na plataforma do cartório, que gera a certidão totalmente válida em, no máximo, 15 minutos”, ressalta Hugo Pierre.

Outras vantagens do blockchain para registros de recém-nascidos vêm com o fato de que, a partir da ampliação de sua adoção, dados importantes e de várias naturezas começarão a trafegar dentro de uma mesma rede, trazendo agilidade a processos normalmente burocráticos, como a confecção de registro de imóveis ou certidões de casamento, que muitas vezes exigem solicitações feitas a diferentes cartórios.

“O registro do bebê Álvaro é um importante passo para o Blockchain no Brasil e mostra sua relevância em um cenário cada vez mais digital. Outro ponto é que esta é uma tecnologia que pode ser aplicada em diferentes segmentos, transformando a maneira como as empresas e os cidadãos se relacionam”, comenta Carlos Rischioto, líder técnico de Blockchain da IBM Brasil.

Cartórios virtuais

A rede Notary Ledgers, sistema por trás do registro de nascimento dos recém-nascidos, é uma plataforma que permite realizar serviços cartorários em ambiente virtual, no qual todas as transações são validadas e registradas em uma blockchain permissionada, formada por diversos cartórios brasileiros. A partir da rede é possível lavrar procurações, além de registros de óbito e união estável, escritura de compra e venda e registro de imóveis.

Para usar a tecnologia, pessoas físicas e jurídicas devem acessar o endereço eletrônico www.notaryledgers.com, escolher o tipo de serviço que precisam, preencher as informações e assinar o documento digitalmente. Quando todos os requisitos para a transação são validados, o pagamento é realizado e tudo é registrado na rede blockchain, que forma um livro-razão único, contendo os registros de todas as transações que ocorrerem na rede.

Nestlé abre plataforma piloto de blockchain para consumidor rastrear a cadeia de suprimentos

A Nestlé abrirá novos caminhos na transparência da cadeia de suprimentos através de uma parceria com o OpenSC – uma plataforma inovadora de blockchain que permite aos consumidores rastrear sua comida de volta à fazenda. Por meio da parceria, anunciada hoje, a Nestlé se torna a primeira grande empresa de alimentos e bebidas a divulgar que pilotará a tecnologia blockchain aberta dessa maneira. O anúncio faz parte da jornada da Nestlé em direção à total transparência.

Fundada pelo WWF-Austrália e pelo Boston Consulting Group Digital Ventures, o OpenSC desenvolveu uma plataforma que dará a qualquer pessoa, em qualquer lugar, acesso a dados de sustentabilidade e cadeia de suprimentos que podem ser verificados de forma independente.

O programa piloto inicial irá rastrear o leite de fazendas e produtores na Nova Zelândia para as fábricas e armazéns da Nestlé no Oriente Médio. Mais tarde, a tecnologia será testada usando óleo de palma proveniente das Américas. Esses pilotos permitirão à Nestlé entender como o sistema é escalável. “Queremos que nossos consumidores tomem uma decisão informada sobre sua escolha de produtos, ou seja, escolher produtos produzidos com responsabilidade. A tecnologia Open Blockchain pode nos permitir compartilhar informações confiáveis com os consumidores, um caminho acessível”, destaca Magdi Batato, vice-presidente executivo e head de Operações da Nestlé.

A Nestlé vem testando a tecnologia blockchain desde 2017, em especial com a IBM Food Trust. Em abril, ela deu aos consumidores acesso a dados de blockchain pela primeira vez, através do purê Mousline, na França. O blockchain permite o registro da origem e destino de um produto, desde a produção até a chegada ao consumidor final, de forma inalterável.

“Essa tecnologia blockchain aberta permitirá que qualquer pessoa, onde quer que esteja, avalie nossos números e informações de fornecimento responsável”, explica Benjamin Ware, diretor global de Fornecimento Responsável da companhia. “Acreditamos que é mais um passo importante para a divulgação completa de nossas cadeias de fornecimento, anunciada pela Nestlé em fevereiro deste ano, elevando o nível de transparência e produção responsável globalmente”, conclui.

FEBRABAN e CIP anunciam primeira rede de blockchain do setor financeiro nacional

A FEBRABAN – Federação Brasileira de Bancos e a CIP – Câmara Interbancária de Pagamentos anunciaram na manhã desta quarta-feira, 12, o lançamento da Rede Blockchain do Sistema Financeiro Nacional, a primeira rede blockchain para o setor. Divulgada durante o Ciab, principal evento de TI para o sistema financeiro da América Latina, que acontece até amanhã no Transamérica Expo, em São Paulo, a iniciativa permite o compartilhamento de informações entre as instituições parceiras protegendo dados de forma acessível, ágil e segura, desde o primeiro acesso. A iniciativa, implementada pela CIP, utiliza plataforma Hyperledger Fabric, da IBM, projeto colaborativo baseado em código aberto, e conta com a participação do Banrisul, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa, Itaú, JP Morgan, Original, Santander e Sicoob. O primeiro caso de uso da rede de blockchain é o device ID. O projeto foi apresentado durante o CIAB FEBRABAN do ano passado como um protótipo desenvolvido de forma colaborativa por bancos e instituições financeiras. O projeto foi coordenado pelo trabalho (GT) Blockchain FEBRABAN, criado em 2016 para estudar a tecnologia.

Do final do CIAB de 2018 até a edição deste ano, o protótipo foi refinado e validado pelos bancos que integram o GT Blockchain FEBRABAN. As instituições financeiras também trabalharam para estabelecer a rede, cujas estruturas de governança, de instrumentos jurídicos e de segurança estão a cargo da CIP e da FEBRABAN. O device ID usa blockchain para compartilhar identificações de dispositivos móveis. A partir dessas identificações, as instituições financeiras poderão enriquecer seus sistemas antifraude para verificar se um dispositivo específico é confiável ao avaliar, por exemplo, se é um aparelho perdido, furtado ou roubado. Assim evita-se que o cliente bancário seja alvo de fraudes.

Setor de segurança eletrônica viverá uma revolução com o uso do Blockchain

O setor de segurança eletrônica deve passar por uma revolução com a apropriação do blockchain, que foi criado para gerenciar criptomoedas (como por exemplo o bitcoin), mas ganha cada vez mais espaço nos diversos segmentos do mercado. A opinião é do especialista em segurança e privacidade, Emílio Nakamura, que acredita ser este um dos assuntos que estarão em evidência durante a Exposec 2019 – Feira Internacional de Segurança, que acontece em maio, em São Paulo.

O processo ainda está no início, mas já configura uma tendência. “No Brasil não há nenhuma empresa de segurança eletrônica usando o blockchain”, acredita. “Mas tenho visto algumas implementando sua utilização no exterior e isso chegará aqui com certeza”, afirma o especialista, responsável por seminários promovidos pela Abese (Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança), realizadora da Exposec 2019, tema difundido pelo país, alertando os associados para a nova realidade.

Os dados que as empresas de segurança eletrônica manipulam, sejam na parte de identificação, autenticação, controle de acesso, ou mesmo imagens de circuitos fechados estão muito mais protegidos no blockchain, acredita Nakamura. Bem diferente da situação atual, em que as informações são armazenadas em um servidor central e uma pessoa detém seu controle.

Em linhas gerais, pode-se dizer que se trata de um sistema de base de dados distribuído em algoritmo, mantido e gerido de forma compartilhada e descentralizada por meio de uma rede ponto a ponto (P2P), que se assemelha a blocos encadeados, cada um com uma impressão digital. Todos os participantes são responsáveis por armazenar e manter a base de dados. A tecnologia foi construída tendo em mente quatro principais características: segurança das operações, descentralização de armazenamento/computação, integridade de dados e imutabilidade de transações.

O grande foco do blockchain é a possibilidade de gerenciar dados de forma segura. “Os dados que você utiliza dentro do blockchain têm característica de imutável, não consegue alterar isso, mexer em sua integridade”, afirma Nakamura, lembrando que o sistema não foca na confidencialidade de dados. “As informações são disponíveis, mas ninguém pode mudá-la”.

Para o especialista, outra vantagem do blockchain é que “adiciona uma camada de segurança quanto à integridade e a disponibilidade dos dados. E o fato de ser distribuído e descentralizado também atende à lei de proteção de dados (LPD). “O sistema em si não é suficiente, mas se for misturado à criptografia ajuda com certeza as empresas a atenderem à LPD”, garante.

Exposec – 22ª Feira Internacional de Segurança

Data: 21 a 23 de maio de 2019

Horário: 13h às 20h

Local: São Paulo Expo Exhibition & Convention Center

Rodovia dos Imigrantes, Km 1,5 – São Paulo/SP

www.exposec.com.br

Carrefour é a 1ª varejista no Brasil a utilizar blockchain para rastrear alimentos da fazenda até a gôndola

O Carrefour avança no uso de tecnologia para rastreamento dos produtos comercializados em suas lojas e lança sua primeira linha de produtos com blockchain. A partir desta semana, a linha de Suíno Sabor & Qualidade, disponíveis em 18 cortes, chega a todas as lojas da rede no Estado de São Paulo. Com a tecnologia, inédita no varejo brasileiro, os clientes da rede poderão acessar informações detalhadas de todas as etapas de produção e distribuição, desde a fazenda até a chegada em loja. Até o fim desse ano, a expectativa é incluir mais quatro produtos nesse rastreamento. Trata-se do primeiro passo da rede para ter, até 2022, 100% dos produtos Sabor & Qualidade utilizando a tecnologia de rastreio. A iniciativa conta com parceria da empresa Safe Trace.

Com o objetivo de armazenar e transmitir a informação, a plataforma blockchain permite rastrear todo o histórico de um produto, atingindo os níveis máximos de segurança alimentar e transparência. Por meio da leitura de uma etiqueta com QR Code, o consumidor poderá conhecer informações específicas de cada lote, como o modo de criação, nome do criador, localização da fazenda, alimentação dos animais, cuidados veterinários, condições de transporte até os frigoríficos e dados sobre bem-estar do animal até chegar às gôndolas das lojas do Carrefour.

Segundo Paulo Pianez, diretor de Sustentabilidade do Grupo Carrefour Brasil, o lançamento da tecnologia blockchain para a cadeia alimentar brasileira marca um passo importante na implantação do plano de transformação Carrefour 2022. “Esta primeira cadeia de rastreamento deverá ser seguida de outras, cobrindo todos os produtos Sabor & Qualidade até 2022. Com isso, atenderemos uma prioridade absoluta: garantir aos consumidores total transparência na rastreabilidade de nossos produtos”, destaca o executivo.

A plataforma blockchain também traz vantagens importantes para toda a cadeia produtiva. Para o Carrefour, a tecnologia proporciona total controle e eficiência em casos de bloqueio e recall, além de assegurar que os rigorosos padrões de segurança alimentar exigidos pela rede são atendidos. Já para os fornecedores, permite uma visão 360º sobre todo o processo de distribuição e valorização da qualidade do produto.

A colaboração entre o Carrefour e a Safe Trace, líder na rastreabilidade da cadeia produtiva de alimentos e pioneira no Brasil na aplicação da tecnologia blockchain, permitiu apoiar tecnicamente os parceiros para mapear seus processos e interligar seus sistemas de informações ao blockchain, além de permitir o uso das etiquetas com QR Code nas bandejas de suínos Sabor & Qualidade.

A aplicação pioneira do blockchain no varejo alimentar no Brasil é mais uma iniciativa importante que faz parte do Act For Food – movimento global lançado pelo Grupo Carrefour em 2018 com o objetivo de estimular uma mudança positiva nos hábitos alimentares, ampliando o acesso do consumidor a alimentos saudáveis com maior qualidade, seguros, produzidos com responsabilidade socioambiental e a preços justos.

Blockchain e as diversas áreas de aplicação

Por Paulo Asterio, CTO e co-founder da Rebel

O blockchain, uma das tendências do momento, ainda gera dúvidas com relação ao seu uso. Uma parte das pessoas ainda acha que a tecnologia é usada apenas para meios de pagamentos, mas, embora uma rede blockchain sempre tenha uma criptomoeda ou um token envolvido, ela pode ser utilizada em diversas áreas.

Atualmente, existem redes blockchain sendo utilizadas para as mais diversas finalidades, tais como contratos inteligentes, comercialização de ativos, votos eletrônicos, previsões descentralizadas, segurança computacional e muito mais. Uma das principais vantagens da utilização dessas redes é a possibilidade de prescindir de uma entidade centralizadora para validar transações e a imutabilidade dos registros confirmados através de processos de mineração.

Dessa forma, apresenta uma série de benefícios para as empresas, como por exemplo a redução de custos das transações, sejam elas quais forem. Além disso, é uma eliminação de fronteiras, afinal, toda a comunicação é feita por meio da internet e qualquer indivíduo pode ser tanto um validador de transações, quanto transacionar de fato.

Outro ponto que merece atenção é a segurança oferecida pela imutabilidade do passado, ou seja, uma vez que determinada informação é inserida na cadeia de registros, a chance de que um indivíduo consiga alterá-la é mínima.

Como toda novidade tecnológica, o assunto gera muita curiosidade e grandes expectativas. Acredito que como tecnologia ainda existem alguns desafios a serem superados, mas sem dúvidas teremos cada vez mais processos utilizando e se beneficiando de redes blockchain. A reflexão de quais segmentos poderão utilizar essas redes no futuro é similar ao questionamento na década de 1980 sobre quais setores utilizariam mensagens eletrônicas, ou seja, não é trivial dizermos se determinada rede blockchain, seja ela bitcoin, ethereum, monero, tron, cardano, neo etc, vai prosperar ou não, mas a tecnologia em si estará presente nos mais diversos segmentos.

*Paulo Astério é desenvolvedor de software desde os 14 anos, tem mais de 20 anos de experiência profissional na área e, atualmente, é CTO e co-fundador da Rebel, plataforma online de empréstimos pessoais

IBM Blockchain World Wire, nova rede global de pagamentos, dará suporte a pagamentos e câmbio de moedas em mais de 50 países

A IBM (NYSE: IBM) anunciou durante o Money 20/20, em Singapura, que o IBM Blockchain World Wire, rede global de pagamentos em tempo real para instituições financeiras regulamentadas, está oficialmente disponível em um número crescente de mercados.

Projetado para otimizar e acelerar os serviços de câmbio e remessa de pagamentos internacionais, o World Wire é a primeira rede de blockchain a integrar serviços de mensagens e confirmações de pagamento, compensação e liquidação de ativos em uma única rede, além de possibilitar que os participantes escolham, de forma dinâmica, a oferta que melhor atenda sua necessidade para liquidação de ativos entre uma variedade de serviços digitais.

“Criamos um novo modelo de rede de pagamentos desenvolvido para acelerar a remessa e transformar a forma como realizamos pagamentos internacionais, facilitando a movimentação de dinheiro nas regiões mais necessitadas do mundo”, disse Marie Wieck, Gerente Geral de IBM Blockchain. “Ao criar uma rede na qual as instituições financeiras suportam múltiplos ativos digitais, esperamos impulsionar a inovação e melhorar a inclusão financeira em todo o mundo”.

Hoje, o IBM World Wire disponibiliza pagamentos em 72 países, em 47 moedas distintas de 44 instituições financeiras. Regulamentações locais continuarão a conduzir as ativações e a IBM estará, de forma constante e ativa, aumentando a rede com a adição de novas instituições financeiras globais.

A rede global de blockchain fornece um modelo direto para pagamentos entre países que utiliza o protocolo Stellar, que realiza transferências de dinheiro ponto-a-ponto em vez de utilizar o modelo bancário tradicional. Esse sistema reduz intermediários e permite que os usuários conduzam processos de liquidação financeira em apenas alguns segundos pela transmissão do valor monetário na forma de ativos digitais, por exemplo, como criptomoeda ou moeda estável. Esta abordagem aumenta a eficiência operacional e o gerenciamento de liquidez, simplificando a reconciliação de pagamentos e reduzindo os custos totais com transações para as instituições financeiras.

O World Wire já permite a liquidação utilizando Stellar Lumens em moeda estável baseada em dólar americano por meio da recém-anunciada colaboração entre IBM e Stronghold. Pendente de aprovações regulatórias e outras análises, seis bancos internacionais, entre eles Banco Bradesco, Bank Busan e Rizal Commercial Banking Corporation (RCBC), assinaram cartas de intenção para participar do projeto piloto no World Wire. A IBM irá continuamente expandir o ecossistema de liquidação de ativos de acordo com a demanda dos clientes.

“O Bradesco adota continuamente a inovação que aprimora a experiência de nossos clientes e melhora nossa eficiência”, diz Luca Cavalcanti, Diretor Executivo de Inovação e Canais Digitais do Bradesco. “A Rede World Wire endereça esses dois aspectos e, portanto, representa uma oportunidade para o Bradesco e seus clientes”.

“O RCBC está muito satisfeito em ser um dos primeiros a inovar com planos de emitir o Peso, nossa própria moeda estável, na Rede Global, pendente de aprovação final pelos nossos órgãos reguladores”, disse Manny T. Narciso, Primeiro Senior Vice-Presidente do RCBC. “Estamos focados na inovação que agrega valor para nossos clientes e a World Wire representa uma grande oportunidade para transformar e aprimorar nossa infraestrutura de pagamento”.

Atualmente, a World Wire está em produção limitada e disponível em um número crescente de países. Organizações interessadas podem obter mais informações em http://www.ibm.com/blockchain/solutions/world-wire.

Paraná aposta em rede de blockchain para gestão pública desburocratizada

Na última semana, representantes do setor de TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação) do Paraná se encontraram em Curitiba para lançamento do programa Paraná Hub Blockchain, promovido pela Celepar. A Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná é uma sociedade de economia mista do governo do Estado do Paraná, e lançou o programa em parceria com a empresa canadense de soluções e inovação ‘Blockchain Research Institute’ (BRI).

O objetivo é criar uma gestão pública desburocratizada, ágil e, acima de tudo, com transparência baseado na tecnologia blockchain para agilizar processos e impedir desvios de recursos públicos. Carl Amorim, executivo da BRI Brasil explicou como o Paraná pode evoluir com o blockchain e se tornar um centro de atenção com a criação de políticas públicas, controle de gastos, orientação estratégica e abertura de novos mercados. “Vamos oferecer as condições para que o Paraná se transforme em um hub de tecnologia blockchain no Brasil, exportando essa expertise e servindo de referência para outros estados da federação”, disse.

O diretor-presidente da Celepar, Allan Costa, ressaltou a importância dessa parceria na desburocratização e inovação no serviço público. “Somos pioneiros no Brasil nessa iniciativa, quebrando paradigmas, colocando todos os órgãos do governo para conversar, e transformando a maneira de entregar serviços ao cidadão”, destacou.

Allan Costa enalteceu ainda “vamos levar a Celepar a um novo patamar, respeitando a história da tecnologia da informação, mas sendo protagonista no papel de inovação para que o Paraná se torne o estado mais inovador do país”.

Recentemente a Software by Maringá, entidade que reúne mais de 100 empresas de TI e startups, também anunciou a criação da Rede Maringaense de Blockchain que visa estimular a aquisição de conhecimento, pesquisa e desenvolvimento da região. De acordo com Luis Marcos Campos, presidente da entidade, “a ideia é escalar o faturamento do setor por meio da aquisição de conhecimento, pesquisa e desenvolvimento locais. Maringá tem grande tradição cooperativista, e a blockchain tem tudo a ver com cooperativismo e inclusão. É exatamente sobre esta visão que o sistema nasceu e guarda grande potencial de gerar riqueza e bem-estar social”, explica.

Guilherme Furlaneto, V.P. de Qualidade, Diretor Adjunto da Câmara de negócios financeiros (Fintech) da Software by Maringá e especialista em blockchain pela Oxford University, esteve presente no evento e participou de um painel sobre Blockchain.

De acordo com Fulaneto, a SbM está focada em trazer novas tecnologias de produção de software para empresas de TIC da região e auxiliar no desenvolvimento de um ecossistema regional especializado. “Maringá acaba de anunciar a criação de uma infraestrutura blockchain local, a criação de uma rede maringaense de blockchain com participantes das mais diferentes esferas. Com isso, queremos potencializar negócios de blockchain em nível nacional, em especial para as empresas voltadas ao agronegócio, contando com empresas especializadas em agrotech (tecnologia de agricultura). O objetivo é criar soluções para rastreabilidade de produtos agropecuários, em conjunto com a CELEPAR e a iniciativa blockchain do estado do Paraná para fomento a políticas públicas”, explica. Além de agrotech, está no radar da entidade aplicações de blockchain para construção civil (construtech), saúde (healthtech) e para o setor público.

Sistema Financeiro do Futuro: nova onda Banktech

Por Rodrigo Pimenta, CEO da HubChain Technologies

Em seu pronunciamento na Sabatina do Senado Federal para Apreciação da indicação ao Cargo de Presidente do Banco Central, no último dia 26 de Fevereiro, Sr. Roberto Campos Neto ressaltou a importância do sistema financeiro do futuro e disse que pretende preparar o BACEN para desempenhar apropriadamente o seu papel nesse novo ecossistema, que é baseado em tecnologia e enorme fluxo de informações.

É evidente que especialistas do setor e até o próprio BACEN observaram que, com as tarifas bancárias variando entre R$ 2 a R$ 145 para o cliente final e bancos batendo recordes de bilhões de lucro todos os anos, nasce uma grande oportunidade para grupos de pessoas e empresas que hoje trocam recursos e serviços entre si. Nesse cenário, criar uma fintech ou criar uma “banktech” própria – que constitui um ecossistema mais completo -, provavelmente será a grande tendência nos próximos anos.

A transformação de custos de operação bancária em oportunidades de aumento de receitas tem feito empresas visionárias, tanto startups quanto as de médio ou grande porte, buscar o seu próprio DigitalBank, para contar com integração bancária, emissão de boletos, gerenciamento de folhas de pagamento de funcionários (e até mesmo de funcionários de fornecedores), emissão de cartões de crédito com bandeira própria, máquinas de POS, meios de pagamento, ATMs para saques e depósitos, além de uma completa gama de serviços como antecipações, empréstimos pessoais, seguros, entre outros. Tudo isso com alto nível de segurança, governança, compliance e auditoria que a tecnologia blockchain já proporciona quando é bem gerida e utiliza as melhores práticas.

Com a constante onda de avanços tecnológicos, ter o seu próprio DigitalBank em “DLT (blockchain privado)”, já é uma realidade, pois proporciona acesso a um nível diferenciado de excelência em compliance e governança para onboarding/KYC – com validação de documentos e selfies com prova de vida como, por exemplo, piscar ou sorrir, através do uso do reconhecimento facial com inteligência artificial – e “identidade digital” – pré-validação de identidade para diminuir fraudes em compras -, incluindo carteiras digitais integradas a blockchain para “pagamento instantâneo” e APIs para “open bank”. Esta nova realidade está alinhada com a política do Banco Central e as intenções declaradas por Roberto Campos Neto.

Em um futuro breve surgirão novos segmentos personalizados para cada cliente das “banktechs” como SoccerBank (para times de futebol), AgroBank (para cooperativas agropecuárias), MutualBank (para Associações/ONGs), SocialBank (para Prefeituras, Municípios e entes públicos), LoyaltyBank (para programas de fidelidade e programas de recompensas), FranchiseBank (para franquias, franqueados e royalties), CustodyBank (para custódia e garantia de grandes operações), CaptiveBank (para instituições financeiras que desejam administrar contas digitais de clientes internas), entre diversos outros, os quais poderão também desenvolver ou não sua própria moeda interna, seus tokens e smart contracts .

Muitos executivos já buscam empresas especializadas para ajudá-los a desenvolver seu próprio “banktech”, com um ecossistema gigantesco 24h/7, custos reduzidos e alto retorno de receita. Esta forte tendência de utilização de grandes ecossistemas já tem sido observada nas mega empresas chinesas AliPay e WeChat, que movimentam R$ 11,2 trilhões ao ano.

Sendo o sistema financeiro brasileiro considerado um dos mais seguros e eficientes no âmbito mundial, será um desafio, em se tratando de regulação (BACEN, COAF, CVM), criar de novas regras de governança e compliance para manter a saúde econômica e coibir atos ilícitos. Em contrapartida, aparecerá uma nova gama de oportunidades e de posições no mercado de trabalho como – por exemplo – consultores, auditores, especialistas em produtos e know how, cientistas de dados, governança e compliance.

Se você é executivo, disposto a inovar, pensar fora da caixa e quer diminuir seus custos, aumentar suas receitas e otimizar seu engajamento com seus clientes e fornecedores, a sua própria “Banktech” ou o seu próprio “DigitalBank” já é uma realidade e pode estar ao seu alcance. Vai um SocialCard aí?

*Rodrigo Pimenta é engenheiro elétrico formado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), Mestre em Administração, Economia, Finanças e Operações pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Autor de publicação de Inteligência Artificial e Algoritmos Genéticos, com experiência de mais de 10 anos no Banco Itaú – onde atuou como um dos primeiros Arquitetos de TI Corporativo, CEO e fundador da empresa HubChain Technologies, criada em 2017, cujo trabalho pioneiro dedica-se a oferecer soluções inovadoras em blockchain, inteligência artificial, open bank e criptomoedas para startups, médias e grandes empresas. Rodrigo participou de algumas grandes discussões com blockchain, inteligência artificial e criptoativos e é atualmente um dos maiores especialistas do segmento.

Transformação Blockchain: conheça o futuro das criptomoedas nas transações bancárias

Por Rodrigo Pimenta, CEO e fundador da HubChain Technologies

Estamos na era da maior transformação que o mundo já conheceu. Estas mudanças estão acontecendo nas mais diversos áreas de interesse público como: tecnologia, educação, alimentação, entre outros. No entanto, o setor bancário também apresenta os primeiros sinais de uma mudança que pode transformar permanentemente seu sistema atual: a introdução das criptomoedas, por meio da tecnologia blockchain, nas transações bancárias.

De acordo com o Banco Central do Brasil, as criptomoedas possuem a classificação de “moedas virtuais” ou “moedas criptográficas” e não são emitidas ou controladas pelo Banco Central do Brasil (BACEN), o que faz com que o valor de conversão para o valor em real (R$) seja ditado pelo mercado – sujeito aos riscos de perda de todo o capital investido, além da variação de seu preço – e quase sempre anônimas. Existe também outra categoria, chamada “moeda eletrônica”, da qual trata a Lei nº 12.865, de 9 de outubro de 2013, que corresponde a um modo de expressão de créditos denominados em reais, com um responsável legal pelo seu lastro.

No contexto de uma “moeda eletrônica” representada em real (R$), construída com a mesma tecnologia de uma “moeda criptográfica” em Blockchain/DLT e com alguma governança de permissionamento, entramos numa subcategoria de blockchain permissionado (conhecida como DTL). Atuando como “stablecoin” no fator de conversão de 1 “stablecoin” para R$ 1, poderíamos observar um grande primeiro salto no entendimento entre Banco Central e sua aprovação como transação bancária.

Para que seja possível compreender e analisar todas as vertentes desta possível mudança, primeiramente é necessário apontar as principais vantagens e desvantagens:

– Principais vantagens de uma “stablecoin” para transações bancárias:

– Envio com taxas mais baratas que bancos (dependendo da criptomoeda);

– Envio e validação com tempo menor que uma remessa internacional (30 minutos à 1 hora, ou menos);

– As informações são imutáveis, auditáveis e transparentes;

– Baixíssimo custo para operação para criptomoedas com blockchain privado (DLT) em comparação a um sistema bancário;

– Novas áreas de estudos, pesquisas e de mercado de trabalho podem surgir, como o Auditor de Blockchain/DLT, por exemplo.

– Principais desvantagens de uma “stablecoin” para transações bancárias:

– Grande esforço para educação e conscientização da sociedade;

– A complexidade no entendimento leva a abertura de possibilidades de golpes e fraudes;

– A anonimização (não identificação eficiente dos participantes e suas operações), pode favorecer a lavagem de dinheiro, assim como incentivo ao tráfico e ao terrorismo.

Além das vantagens e desvantagens da implementação das criptomoedas no sistema bancário, outros dois aspectos também chamam a atenção acerca deste tema: regulamentação e segurança. Na prática, regulamentar o uso de criptomoedas como Bitcoin, Ethereum, Ripple, entre outras, implica em classificá-la ou categorizá-la em uma série de regulamentações, leis, regimentos e resoluções para se manter o máximo de segurança jurídica.

No quesito segurança, falar em transações bancárias com “moedas eletrônicas” em Blockchain/DLT, implica numa eficiente Gestão de Governança em Blockchain/DLT. É fato que qualquer que seja a inovação, é preciso atender as exigências de alguns órgãos reguladores (BACEN, COAF, CVM, entre outros), além de, é claro, estabelecer proteções tecnológicas dos participantes. Com este processo sendo realizado de maneira transparente e eficiente, a implementação das criptomoedas no sistema bancário, ainda que não transforme totalmente o modelo atual, não deixa de representar inovação, avanço e o que a tecnologia tem de melhor a oferecer para a sociedade.

Blockchain vai turbinar o supply chain global até 2025

Um novo relatório do Instituto de Pesquisa Capgemini revela que o blockchain pode se tornar onipresente até 2025, entrando nos negócios tradicionais e apoiando práticas de supply chain em todo o mundo. Por meio de investimentos e parcerias, a tecnologia distribuída dominará o setor de manufatura, bem como as áreas de produtos de consumo e o varejo, trazendo uma nova era de transparência e confiança.

O relatório “Does Blockchain Hold the Key to a New Age of Supply Chain Transparency and Trust?” (em tradução livre, “O Blockchain tem a Chave para Uma Nova Era de Transparência e Confiança na Cadeia de Suprimentos?”) fornece uma visão abrangente dos negócios e geografias que estão pavimentando sua migração para blockchain e prevê que a tecnologia se tornará mainstream na prática de supply chain até 2025. Atualmente, apenas 3% das organizações que estão investindo em blockchain o fazem em escala e 10% têm um projeto-piloto implementado, com os restantes 87% dos entrevistados relatando estar nos estágios iniciais no uso da tecnologia.

O Reino Unido (22%) e a França (17%) lideram atualmente com a implementação em escala e pilotos de blockchain na Europa, enquanto os Estados Unidos (18%) são líderes em termos de financiamento de iniciativas da prática. Estes precursores estão otimistas quanto ao potencial da tecnologia, com mais de 60% deles acreditando que blockchain está transformando a maneira como eles colaboram com seus parceiros.

O estudo também apontou que a redução de custos (89%), a rastreabilidade aprimorada (81%) e a transparência aprimorada (79%) são os três principais impulsionadores dos atuais investimentos em blockchain. Além disso, a tecnologia permite que as informações sejam entregues com segurança, rapidez e transparência, e pode ser aplicada as funções críticas de supply chain, do acompanhamento a produção passando pelo monitoramento das cadeias de alimentos e a garantia da conformidade regulatória. Entusiasmados pelos resultados que estão vendo, os precursores identificados no estudo devem aumentar seu investimento em blockchain em 30% nos próximos 3 anos.

Apesar do otimismo em torno das implementações de blockchain, permanecem as preocupações em torno de estabelecer um retorno claro sobre o investimento e as barreiras de interoperabilidade entre os parceiros de supply chain. A maioria (92%) dos precursores aponta que estabelecer o ROI é o maior desafio para a adoção, e 80% citam a interoperabilidade com os sistemas legados como um grande desafio operacional. Além disso, 82% apontam para a segurança das transações como inibidor na adoção pelos parceiros de seus aplicativos blockchain, prejudicando o status da tecnologia como uma prática segura.

Sudhir Pai, CTO para Serviços Financeiros da Capgemini, disse: “Existem alguns casos de uso realmente interessantes no mercado que estão mostrando os benefícios do blockchain para melhorar o supply chain, no entanto, a tecnologia não é a “bala de prata” para solucionar todas as questões da cadeia de fornecimento de uma organização. O ROI da blockchain ainda não foi quantificado, e os modelos e processos de negócios precisarão ser redesenhados para sua adoção. Parcerias eficazes são necessárias em toda a cadeia de suprimentos para construir uma estratégia de blockchain baseada em ecossistemas, integrada com implementações de tecnologia mais ampla, para garantir que ela possa realizar seu potencial”.

Em um relatório anterior, realizado no início deste ano com a Universidade de Tecnologia de Swinburne, na Austrália, a Capgemini descobriu que a experimentação em blockchain atingirá seu ápice em 2020, quando as organizações puderem explorar provas de conceito e se desdobrarem com as Fintechs. De acordo com o relatório, a transformação do blockchain irá amadurecer em 2025, quando as organizações realizarem a transformação e a integração das empresas, estabelecendo políticas para privacidade e gerenciamento de dados.

O professor Aleks Subic, vice-reitor de Pesquisa e Desenvolvimento da Universidade de Tecnologia de Swinburne, disse: “As organizações confiam na tecnologia blockchain para resolver questões importantes e criar novas oportunidades de negócios, e isso dá credibilidade ao ecossistema digital em toda a supply chain. Acreditamos que a tecnologia blockchain desempenhará um papel integral na transformação digital dos canais da cadeia de suprimentos para uma ampla gama de indústrias no futuro próximo”.

Apesar das barreiras enfrentadas pelo blockchain hoje, as organizações estão tentando impulsionar uma adoção mais ampla agora, enquanto a tecnologia está em seu estágio inicial. Um exemplo é a Mobility Open Blockchain Initiative (MOBI), consórcio formado por um grupo de empresas de automóveis e de tecnologia focadas em fazer com que as montadoras atribuam identidades digitais aos veículos para que carros e sistemas possam transacionar entre si.

Casos atuais de uso da indústria
O relatório do Capgemini Research Institute identificou 24 casos de uso de blockchain, variando de negociação de créditos de carbono a gerenciamento de contratos com fornecedores e prevenção de produtos falsificados. A Capgemini aplicou esses casos de uso ao varejo, manufatura e produtos de consumo, descobrindo que o blockchain pode ser e está sendo usado para rastrear a produção, a procedência e o inventário de contratos, produtos e serviços. O relatório destaca que as organizações de produtos de consumo concentram-se principalmente no rastreamento e identificação de produtos, com a Nestlé, a Unilever e a Tyson Foods implementando testes de blockchain. Os varejistas estão focados nos mercados digitais e na prevenção de falsificações, com empresas como a Starbucks investindo em testes da tecnologia. Mais criticamente, a blockchain pode proteger o fornecimento de alimentos, rastreando alimentos do campo ao garfo, para impedir a contaminação ou recalls de produtos.

Sudhir Pai conclui: “Nosso estudo ressalta o potencial do blockchain, mas também mostra que atualmente existem poucas implementações em larga escala da tecnologia e claras barreiras à adoção. As empresas devem usar nossa análise das organizações precursoras para entender como a blockchain é viável para elas, fortalecendo seu programa e transformando o hype em realidade”.

Metodologia de Pesquisa

O Instituto de Pesquisa Capgemini entrevistou cerca de 450 organizações nas quais a implementação do blockchain está em andamento em sua cadeia de fornecimento como uma prova de conceito, piloto ou em escala. A pesquisa investigou a abordagem ao blockchain, as aplicações que eles estão implementando e os desafios que estão enfrentando na ampliação de suas iniciativas. Os entrevistados foram escolhidos entre os setores de produtos de consumo, varejo e manufatura.

Identidade soberana e blockchain são temas de debate em São Paulo

Temas em crescente evidência – a gestão de identidade, o uso do blockchain e os criptoativos – despertam muita curiosidade, sobretudo por seu impacto na vida de muitos cidadãos. A Certisign, Autoridade Certificadora líder da América Latina e especialista em identidade digital, falou sobre esses assuntos durante o Fórum Blockmaster 2018, que aconteceu em São Paulo.

O evento, um dos principais encontros da área, reuniu especialistas nacionais e internacionais para comentar as novidades e oportunidades em torno desse segmento, que vem movimentando cifras cada vez maiores.

A diretora de Inovação em Produtos e Mercados da Certisign, Maria Teresa Aarão, ministrou, durante o evento, uma palestra abordando a validação adicional de assinatura em Blockchain e a Identidade Digital Certisign para Blockchain.

“A validação adicional em blockchain funciona como uma extensão das funcionalidades do Portal de Assinaturas compatível com as novas tecnologias, que já conta com milhares de indivíduos e empresas que o utilizam para assinaturas de laudos, diplomas, contratos e qualquer documento digital”, explica a diretora. O segundo produto, por sua vez, é uma evolução do remoteID, Certificado Digital em nuvem da Certisign que será lançado em breve. Essa solução permitirá a associação entre um certificado ICP-Brasil e uma ou mais chaves criptográficas e a associação de uma chave criptográfica Blockchain a uma identidade biométrica validada em uma base pública.

“Um exemplo prático do uso desta solução é quando uma Exchange (corretora de criptomoedas) cria uma conta para um cliente. Ao invés de fazer o processo de onboarding, em que solicitam-se múltiplas telas, selfies e documentos digitalizados, a Exchange poderá pedir aos interessados que apresentem suas identidades Certisign para Blockchain, na qual estas verificações já estarão registradas”, complementa a executiva.

A executiva participou também do painel “Securities: Desafios da segurança nas transações envolvendo criptomoedas”, no qual foram discutidos os crimes mais comuns nas relações P2P e no mercado financeiro, e como a tecnologia pode contribuir para prevenir esses eventos.

Na ocasião, Maria Teresa ressaltou também a importância do Blockchain para reforçar a segurança nessas operações, citando, ainda, o papel da educação para que cada vez mais pessoas atentem-se para fraudes e roubo de dados.

Em tempo: a assinatura digital é gerada a partir do uso do Certificado Digital ICP-Brasil, documento de identificação que garante a autenticidade das informações e adiciona valor jurídico às transações realizadas no meio eletrônico.

FGV lança estudo pioneiro sobre benefícios do Blockchain na área de financiamento de ações ambientais e climáticas

A FGV, através do Núcleo de Prospecção e Inteligência Internacional (FGV NPII) e em parceria com o think tank alemão Konrad Adenauer Stiftung, lança, no próximo dia 11 de outubro, um estudo pioneiro que identifica as contribuições que a tecnologia de Blockchain – a mesma que está por trás do bitcoin – pode oferecer a operações de financiamento do clima e do meio ambiente.

De autoria de Leonardo Paz (FGV NPII) e Gabriel Aleixo Prata (ITS-Rio), o relatório “Blockchain Contributions for the Climate Finance – Introducing a Debate” busca de maneira sistemática e didática apresentar o tema de Blockchain e Financiamento do Clima para não experts, de forma a facilitar o entendimento dos dois assuntos, descomplicando assim a relação entre ambos.

O relatório divide suas recomendações em grupos temáticos, como: Redução do Gap Institucional entre doadores e receptores de financiamento; Necessidade do fortalecimento do debate político; Estímulo do papel da sociedade civil; e Estímulo à busca de soluções inovadoras.

De acordo com o estudo que será divulgado, o blockchain pode contribuir no financiamento ambiental, quanto à questão da transparência e da eficiência, redução de custos, diminuição de intermediários nas operações, confiança no registro dos dados e facilitação de rastreamento.

Para Leonardo Paz, da FGV NPII, o blockchain pode ser essencial no gerenciamento dos recursos voltados para iniciativas sustentáveis.

“Muitas ONGs e pequenas prefeituras não conseguem acessar os fundos com recursos para o meio ambiente, pois não têm capacidade administrativa de operar os processos de compliance exigidos pelos bancos. Por isso, as soluções baseadas em blockchain podem ajudar a limitar a burocracia, pois, com essa tecnologia, todas as transferências de recursos ficam registradas de forma transparente e imutável, virtualmente impossibilitando desvios de dinheiro”, explicou Leonardo.

O evento de lançamento do estudo será aberto ao público. Para mais informações e inscrição: http://www.prestodesign.com.br/extranet/fgv/convite600.html

Data: 11/10/2018

Local: FGV – Praia de Botafogo, 190 – 12º andar

Horário: 10h às 12h30

Programação

9h30 – Credenciamento

10h – Abertura com Renato Galvão Flôres Jr. (diretor da FGV IIU) e Christian Hübner, head da EKLA-KAS

10h30 – Apresentação dos resultados

11h – Debate

Christian Hübner

Gabriel Aleixo (ITS-Rio)

Leonardo Paz Neves (FGV IIU)

Comentários de Vanessa Almeida, gerente da Iniciativa Blockchain do BNDES

Profissionais com capacitação em tecnologia blockchain têm garantia no mercado de trabalho futuro

A tecnologia blockchain tem sido adotada amplamente por empresas e indústrias interessadas em descobrir o real potencial desta inovação, além de suas aplicações e formas de atuação nos diferentes tipos de negócios.

Segundo estimativas do International Data Corporation (IDC), os gastos globais para desenvolvimento de produtos e serviços baseados em blockchain chegarão a US$9,2 bilhões até 2021, valor 10 vezes maior em relação aos US$945 milhões registrados em 2017. Para este ano, a projeção é de US$2,1 bilhões.

Ainda não se sabe o quanto a tecnologia do blockchain pode evoluir, por isso, a atuação de profissionais nesse setor é considerada como uma das profissões mais promissoras do futuro. De acordo com uma pesquisa realizada pela consultoria Gartner, em maio deste ano, com 293 CIOs de organizações, para 23% deles o blockchain exige as mais novas habilidades para implementar qualquer área de tecnologia.

Sua qualificação profissional está preparada para essa tecnologia?

Pensando nesse cenário, a Mosaico University e a Blockchain Academy se juntam para lançar o curso Blockchain e DLTs: o seu negócio preparado para o futuro. Oferecido de forma 100% online, o curso abordará o real potencial desta tecnologia, além de suas aplicações e formas de atuação nos diferentes negócios.

Com início agendado para 29 de outubro, por estar em sua primeira edição, os alunos contarão com um valor integral reduzido, com descontos de 25% (de R$1.000 por R$750) até o dia 14 de outubro e de 10% de desconto (de R$1.000 por R$900) entre 15 e 22 de outubro.

Para mais informações, acesse o link.