Black Friday deve movimentar R$ 6,38 bilhões na sexta-feira, mostra ABComm

Levantamento da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico indica mais de 10 milhões de pedidos no dia 26 de novembro de 2021

A cada ano que passa, a Black Friday mostra por que deve ser considerada a principal data do e-commerce brasileiro – e a edição de 2021 não vai ser diferente. Levantamento da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) indica crescimento significativo nas vendas e no faturamento no próximo dia 26 de novembro de 2021.

As lojas virtuais do Brasil devem movimentar R$ 6,38 bilhões apenas nas 24 horas da sexta-feira. É um crescimento 25% superior ao faturamento registrado em 2020, que já havia sido positivo em razão da aceleração digital provocada pela pandemia de covid-19. Na ocasião, as vendas passaram de R$ 5,1 bilhões.

Ao todo, mais de 10,28 milhões de pedidos serão concluídos ao longo da Black Friday, com um tíquete médio de R$ 620 – no ano passado, o valor médio foi de R$ 668,70. As categorias “informática”, “celulares”, “eletrônicos”, “moda e acessórios” e “casa e decoração” estão em alta no período.

“Mesmo com o avanço da vacinação e a retomada do varejo físico, até os consumidores mais reticentes ao digital já assimilaram a Black Friday como uma oportunidade de encontrar bons produtos com desconto vantajoso”, explica Mauricio Salvador, presidente da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico.

Magalu mais que duplica as vendas em novembro e ganha 10 pontos percentuais de participação de mercado no e-commerce

O Magalu fez a maior Black Friday de sua história. Em novembro, mês que contou com promoções diárias nas lojas físicas e nos canais digitais, a empresa mais do que dobrou suas vendas, na comparação com o mesmo período de 2019. De acordo com as consultorias Nielsen e E-bit, durante os quatro dias do evento da Black Friday, o e-commerce do Magalu ganhou dez pontos percentuais de participação de mercado. Foi a Black Friday do #TemNoMagalu. Além de suas categorias tradicionais, como tecnologia e eletrodomésticos-, foram vendidas mais de 5 milhões de fraldas, 90 000 latas de milho e 30 000 pneus. A Black Friday acompanhou, assim, o ritmo forte de crescimento de vendas de novembro.

A categoria Mercado foi um dos destaques do quatro dias de Black Friday. Mais de um milhão de itens — entre produtos de higiene e limpeza, alimentos e bebidas — foram comercializados entre quinta-feira e domingo. O marketplace também teve crescimento expressivo. O número de sellers que participaram desta Black Friday cresceu 152% em relação a 2019.

Mesmo com o crescimento exponencial das vendas, o Magalu manteve a qualidade do serviço ao cliente: as reclamações durante o evento representaram apenas 0,02% dos pedidos e foram 15% menores do que a média dos últimos seis meses, na análise do site Reclame Aqui.

Show da Black das Blacks Magalu


O Magalu começou a Black Friday deste ano com o megashow Black das Blacks Magalu, na virada de quinta pra sexta-feira. O evento ficou em primeiro lugar no Twitter brasileiro, com 37 000 menções da #BlackdasBlacksMagalu. Um dos pontos altos da noite foi a presença da Lu, em holograma, no palco. A influenciadora digital virtual interagiu com a audiência e até dançou ao som do forró dos Barões da Pisadinha.

A segunda edição do show Black das Blacks foi um evento de compras, uma data de festa e entretenimento. O conceito, conhecido como shopstreaming ou live shopping, foi criado na China, para a celebração do Dia dos Solteiros. “Nosso show foi um enorme sucesso — de vendas e de audiência”, diz Ana Paula Rodrigues, diretora de marketing do Magalu. “Fizemos uma virada histórica.”

Com direção de Boninho, a Black das Blacks Magalu foi comandada pelo apresentador Luciano Huck e contou com shows dos principais artistas e influenciadores do país – nomes como a cantora Anitta, que comemorou seus 10 anos de carreira com um medley de seus principais sucessos, a dupla sertaneja Zé Neto & Cristiano, o pagodeiro Dilsinho e os Barões da Pisadinha, além de uma dezena de outras estrelas da música e do humor.

A Black das Blacks trouxe para o palco alguns dos principais marcos do Magalu ao longo de 2020. Os sellers do Parceiro Magalu, plataforma criada para ajudar os pequenos varejistas analógicos que precisaram fechar suas lojas durante o auge da pandemia, apareceram no telão do show para trazer suas histórias – e, claro, oferecer seus produtos. Os vendedores da empresa, por meio da venda remota, interagiram com o comediante Paulo Vieira, ao vivo.

OLX: Celular e videogame são os eletrônicos mais procurados na pré-Black Friday

Nas semanas que antecedem a Black Friday no Brasil, dados da OLX, uma das maiores plataformas de compra e venda online, mostram os produtos mais procurados nas categorias de Eletrônicos e Celulares, no intervalo de 16 de outubro a 16 de novembro de 2020. Celular ocupa o primeiro lugar com 36,4% da procura, seguido de videogame com 22,9%, televisão com 10%, notebook com 7,9% e computador e periféricos com 7,1%.

Dentre os modelos de celular mais procurados estão iPhone 7 (17,3%), iPhone 6 (13,9%) e iPhone X (8,6%), como mostra a tabela abaixo.

“Equipamentos eletrônicos tendem a ser no geral os produtos com maior demanda no fim do ano, especialmente na Black Friday. Este é o período em que as empresas de tecnologia renovam seus produtos, lançando os modelos da próxima geração. Ao mesmo tempo, as versões anteriores tendem a ficar mais baratas e equipamentos seminovos e usados se destacam por chegarem ao consumidor com valores ainda mais atrativos”, diz Lucas Vargas, general Manager da OLX.

Em relação aos consoles, Playstation 4 (33,1%), Xbox One (17,9%) e Xbox 360 (14,2%) são os mais requisitados.

Na contramão do mercado, a indústria de games ganhou impulso com a pandemia. Segundo dados da Newzoo, uma das principais consultorias do mercado de games, o segmento deve movimentar este ano US$ 1,75 bilhão em todo o mundo, um crescimento de 10% em relação a 2019. Não à toa, Sony e Microsoft lançaram recentemente o PlayStation 5 e o Xbox Series S.

Para Lucas, o período de lançamento dos consoles próximo à Black Friday permitiu que muitos fãs pudessem vender seu modelo antigo para comprar um novo. “PlayStation 4 e Xbox One estão entre os modelos mais procurados na subcategoria de videogame, o que torna a Black Friday deste ano uma ótima oportunidade para quem quer adquirir um aparelho com preço mais acessível”, diz.

Aumento na demanda em relação a 2019

Quando observados os dados de demanda na OLX nas semanas antecedentes à Black Friday deste ano, de 16 de outubro a 16 de novembro, em comparação ao mesmo período de 2019, os eletrônicos que tiveram maior aumento na procura foram, respectivamente, PC Gamer (53%), Computador e Periféricos (27%), Notebook (24%), Kindle (16%), Tablet (9%) e Televisão (7%).

Para Lucas, a pandemia foi um dos fatores que motivaram o crescimento percentual desses produtos. “Com as medidas de isolamento e distanciamento social, muitos brasileiros tiveram de adaptar seus lares para trabalhar de casa, o que justifica o crescimento no interesse e na compra de notebooks, computadores e periféricos. Ao mesmo tempo, gadgets como Celulares e Videogames cumpriram uma demanda de interação e momentos de lazer em um período de pandemia”, explica.

Black Friday na OLX

Quem pretende comprar celular ou videogame, ou está em busca de bens de consumo como eletrônicos e eletrodomésticos, pode contar com vantagens da OLX na semana da Black Friday.

A plataforma oferece incentivos aos consumidores que usarem a solução OLX Pay nas compras até 30 de novembro. Todas as transações realizadas pela opção de pagamento da plataforma terão frete grátis e poderão ser parceladas em até 12 vezes sem juros. A promoção é válida para compras de até R$ 3 mil. Confira o regulamento no link.

Black Friday: levantamento da PROTESTE ajuda consumidor a não cair em armadilhas

Na Black Friday, muitos consumidores estão aguardando oportunidades de compra com descontos reais. Porém, nem sempre isso acontece, pois muitas lojas fazem, antecipadamente, uma maquiagem nos preços, fazendo com que seus produtos pareçam verdadeiras promoções.

Para evitar armadilhas deste tipo, no período de janeiro a novembro, a PROTESTE acompanhou preços de algumas categorias de produtos, que estão entre os mais buscados pelos consumidores na internet, de acordo com dados do Google.

O consumidor também pode contar com a ajuda da associação para pesquisar outros itens de seu interesse, instalando em seu navegador a ferramenta Mais Barato , um comparador de preços exclusivo da PROTESTE.

O estudo considerou o histórico de preços de 42 lojas, para seis categorias – geladeira, máquina de lavar, micro-ondas, smartphones, televisão e ventilador. Acompanhe os resultados do levantamento e escolha com sabedoria. Além disso, em todos os casos, confira antes da transação o valor do frete!

Smartphones

Samsung S10 Plus 128GB: os preços, no período, oscilaram entre R﹩ 2.439 e R﹩ 5.899, o que significa uma variação de 141,86%. Na análise da PROTESTE, o produto só vale a pena na Black Friday se for vendido pelo valor de R﹩2.439 ou menor.

iPhone XR de 128 GB: assim como os outros iPhones, o produto apresentou um aumento do preço mínimo ao longo do tempo, provavelmente devido à alta do dólar. O preço online mínimo foi R﹩ 2.903 (em 27/03), enquanto o máximo foi de R﹩ 5.608,98 (7/11), uma variação de 93,21%. Encontrar o produto abaixo de R﹩ 3.000 vai ser bastante improvável, mesmo na Black Friday, pois em novembro o menor preço mínimo encontrado foi de R﹩ 3.678,99. Sendo assim, valores próximos de R﹩ 3.000 podem ser uma boa oferta para esse produto. Vale lembrar que o aparelho pode vir sem fone de ouvido e carregador, conforme a nova estratégia da Apple.

iPhone 11 de 64GB: o preço online mínimo foi R﹩ 3.499 (09/07), enquanto o máximo foi R﹩ 6.599 (30/10). A variação encontrada foi de 88,59 %. Com o aumento do dólar e o reajuste da Apple, vai ser difícil achar esse produto abaixo de R﹩ 4.000 – que também pode vir sem fone e carregador.

Motorola G8 Power: o preço online mínimo foi R﹩ 1.143,12 (26/03) e o máximo, R﹩ 2.199 (15/09), com variação de 92,36%.

Samsung Galaxy A31: o preço online mínimo encontrado foi de R﹩ 1.100 (12/11), enquanto o maior preço encontrado foi de R﹩ 2.399, em diversas datas (variação de 118,09%). Como houve queda em novembro, a PROTESTE considera que o aparelho pode chegar a esse valor de novo na Black Friday.

LG K41S: com variação de 138,25%, os preços do aparelho variaram entre R﹩ 839 e R﹩ 1.999. O preço mínimo desse celular teve um queda no mês de outubro e tem permanecido com esse preço de R﹩ 839 até então. Esse produto valerá a pena na Black Friday caso venha com alguma promoção que seja abaixo desse valor.

Televisores

LG OLED65E9PSA: apresentou diferença de 111,77% se comprarmos o preço mínimo de R﹩ 8.499,20 (09/08) com R﹩ 17.999, na mesma data, em outro site online. No final de outubro e no mês de novembro esse modelo tem se mantido no preço mínimo entre R﹩ 9.299 e R﹩ 9.499. Para valer a pena na Black Friday, o preço teria que ser de R﹩ 8.499,20 ou menor.

TV Samsung UN55RU7100G: apresentou aumento gradual do preço mínimo e médio ao longo do período. No início de janeiro, o preço mínimo dela era R﹩ 2.199, tendo chegado a R﹩ 2.999 em 15/11. Esse produto pode acabar gerando uma falsa sensação de promoção caso ele tenha uma oferta que seja maior que R﹩ 2.199.

LG 65SM8600PSA: o aparelho apresentou, no ano, um preço mínimo de R﹩ 4.499,99 (18/10) e o preço máximo de R﹩12.318,40 (variação de 173,74% no período). Foi possível identificar uma estabilização do preço mínimo nos meses de outubro e novembro no valor de R﹩ 4.899,99. Porém, a compra só pode ser considerada promoção de Black Friday com valores iguais ou abaixo de R﹩ 4.499.

UN43TU7000: o modelo faz parte da nova linha de TVs da Samsung e, por isso, é perceptível a queda do preço ao longo do tempo até se ajustar em um valor. O menor preço registrado em 2020 foi de R﹩1.844,10 (05/10) e o maior foi de R﹩ 2.899 (31/08 e em boa parte de setembro). O melhor valor para comprar desse produto na Black Friday é de R﹩1.844,10 ou menos.

Panasonic TC-32FS500B: o aparelho pode ser mais um modelo com potencial problema na Black Friday. O valor mínimo da TV era R﹩ 742,90 em janeiro e permaneceu assim pelo mês todo. O preço mínimo foi aumentando ao longo do ano até chegar em R﹩ 1.059, no fim de novembro. A variação do dólar pode ter influenciado, assim como a pandemia. Para ser uma boa promoção na Black Friday, seria importante esse modelo ter preços iguais ou mais baixos que R﹩742,90.

Micro-ondas

Brastemp BMS45: nos dois primeiros meses do ano, o preço mínimo era de R﹩ 396,90, mas a partir do dia 20/03 houve aumento. Atualmente, o preço médio deste produto é de R﹩ 573,90, portanto um valor promocional ideal seria abaixo de R﹩ 400, que representaria um desconto de 30% em relação ao preço médio.

MS3052R da LG: o preço médio deste modelo é de R﹩ 474,43. Ele teve um aumento do preço mínimo no dia 01/07, saindo de R﹩ 340 para R﹩ 499, o que pode ter sido influência do dólar alto. Porém, na última semana de pesquisa de novembro, o preço mínimo foi para R﹩ 409, o menor desde 21/07. Assim, uma oferta abaixo dos R﹩ 400 é uma boa oportunidade.

Brastemp BMJ38: o menor preço encontrado deste produto foi de R﹩ 599, enquanto o maior preço foi de R﹩ 1.369, uma diferença absoluta de R﹩ 770 – com este valor, poderia ser possível adquirir dois modelos. Um bom valor para adquirir esse modelo é abaixo de R﹩ 599.

Consul CM020: ao longo do período pesquisado, houve variação de preço de 189%, com o preço mínimo no valor de R﹩ 229,90; porém, o valor ideal para este produto na Black Friday é R﹩ 339, pois o preço médio subiu bastante desde março.

Consul CMS45: o valor médio é de R﹩ 531,25, sendo que o menor preço encontrado foi em janeiro (R﹩ 350,10) – valor considerado como ideal pela PROTESTE para compra na Black Friday, pois os preços aumentaram cerca de 33%.

Geladeiras

TF56, da Electrolux: o produto apresentou um preço online mínimo no valor de R﹩ 2.429,10 (25/09), enquanto o maior foi de R﹩ 4.836,90, uma variação de 99%. Por isso, é muito importante o consumidor pesquisar bastante antes de comprar. Neste caso, uma boa oferta seria abaixo de R﹩ 2.429,10.

Brastemp BRE80: o modelo apresentou um preço médio de R﹩ R﹩ 3.930,42, no ano. O preço mínimo encontrado para este modelo foi R﹩ 2.849,05, o que significa que o consumidor pode fazer uma boa compra, caso o preço seja inferior ou igual a este valor.

Electrolux DB53: o menor preço encontrado foi de R﹩ 2.699,10 e o maior, R﹩ 5.567,84, ou seja, uma economia de R﹩ 2.868,74, o que equivale uma variação de 106%. Com a diferença, o consumidor poderia comprar duas geladeiras, ao invés de uma, mostrando a importância de realizar uma ampla pesquisa antes de adquirir um produto.

Consul CRM51: o menor preço encontrado foi de R﹩ 1.619, e o maior, R﹩ 4.541,80 (com média de R﹩2.475,46). Para a PROTESTE, uma boa oferta de Black Friday seria no intervalo entre R﹩ 1.600 e R﹩1.800, sendo considerado como valor ideal abaixo de R﹩ 1.619.

Electrolux TF55: foram encontrados no dia 26/10 preços on-line de R﹩ 2.260,05 a R﹩ 3.499,90, uma variação de 55%. O preço considerado pela PROTESTE como uma grande oportunidade seria abaixo ou próximo do valor de R﹩ 1.899.

Brastemp BRM57AB: o preço médio encontrado no período foi R﹩ 3.411,44, apesar de, no intervalo entre 12 e 17/11/2020, o valor tenha sido de R﹩ 2.969,10, uma redução somente nesta semana de R﹩ 442,34, o que pode indicar a antecipação da Black Friday. Para a PROTESTE, uma boa oportunidade de compra é um valor abaixo de R﹩ 2.500.

Ventiladores

Arno Silence VF 40: de setembro a novembro, o preço médio saltou de R﹩ 169 para R﹩ 216, um aumento de 28%. Segundo a PROTESTE, o consumidor deve estar atento às promoções da Black Friday deste modelo, pois mesmo com o aumento dos últimos meses é possível encontrá-lo na faixa de R﹩ 150,00 a R﹩ 160,00.

Arno VF 55: houve um aumento do preço mínimo, que era de R﹩ 159 no começo do ano para R﹩ 197,91, em novembro, ou seja, 24,47%. Assim, uma boa compra não pode ser superior a R﹩ 197,91.

Britânia Mega Turbo 40 Six: não foram encontradas diferenças significativas durante o levantamento. Porém, é preciso pesquisar. Em 17/11, o menor valor encontrado foi de R﹩ 103 e o maior foi R﹩ 329, ou seja, uma diferença R﹩ 226. Assim, promoções com este produto deve levar em consideração o valor de R﹩ 103.

Britânia Ventus 40: apesar de um aumento do preço médio do começo de setembro ao final de outubro, passando de R﹩ 107 para R﹩ 137, em novembro o preço médio se estabilizou em um valor um pouco menor, R﹩ 124,00, o que pode indicar que não haverá grandes surpresas com este modelo. No dia 17/11, ele foi encontrado por R﹩ 85,00 (preço mínimo). Assim, o consumidor deve pagar no máximo este valor para uma boa compra.

Ventilador de mesa Mondial NV15: o aparelho teve o preço médio subindo desde junho, de forma constante, até atingir seu pico em novembro. Saiu de um patamar de R﹩ 79 (23/06) para R﹩ 100. O valor máximo saiu de R﹩ 114, em janeiro, para R﹩ 229 (03/11). O consumidor deve estar atento, pois foram encontrados preços abaixo de R﹩ 70,00 durante o mês de novembro até o dia 17 e que deve servir de referência máxima para uma promoção.

Philco Master Power ZES 40: foi notado um aumento significativo do preço médio de R﹩ 117, para R﹩ 190 (17/11), ou seja 62%. Para a PROTESTE, o patamar máximo ideal é R﹩ 104, preço mínimo em 17/11.

Máquinas de lavar

Brastemp BWD15: de setembro a novembro houve queda do valor do preço médio, saindo de R﹩ 3.269 para R﹩ 2.835, ou seja, 13% de diferença. O valor mínimo encontrado no dia 01/01 foi R﹩ 1.997, e em 17/11 foi R﹩ 2.469. Assim, o consumidor não deve ter surpresas com promoções envolvendo este modelo.

Brastemp BWJ09: o modelo apresentou preços mínimos (entre R﹩ 1.200 e R﹩ 1.400) e médios (R﹩ 1.500) bem constantes desde julho. Para a PROTESTE, R﹩ 1.200 é o patamar máximo para uma promoção.

Consul CWL16: O preço mínimo no início do ano (04/01), no valor de R﹩ 1.809, é um pouco maior do que o encontrado em 17/11, R﹩ 1.754. O preço máximo também não é tão diferente entre o começo e o fim do ano, variando entre R﹩ 1.300 e R﹩ 1.430. Assim, na Black Friday deve ser menor que R﹩ 1.754.

Electrolux LAC09: o modelo apresentou uma queda do preço médio entre julho e novembro, saindo de R﹩ 1.499 para R﹩ 1.294. Desde então, o preço tem apresentado queda. Assim, o consumidor deve ter como referência o preço de R﹩ 1.128 como valor máximo promocional na Black Friday.

Electrolux LAC11: a máquina também apresentou os seus preços mínimos e médios sem grandes alterações de julho em diante, ou seja, não foi identificado um aumento de preço que indique alguma estratégia para Black Friday. Como referência para a Black Friday, no dia 03/11 este modelo foi encontrado por R﹩ 1.286, que deve ser o valor máximo para uma boa compra.

Samsung WD 6000: também não apresentou diferença de preços mínimos e médios de julho em diante. Apesar disso, o menor valor encontrado para o produto foi R﹩ 2.700 (09/01), sendo R﹩ 1.190 mais barato que em 17/11. Assim, o preço máximo para uma boa compra é de R﹩ 3.390.

Confira a pesquisa completa no site da PROTESTE: www.proteste.org.br

FEBRABAN orienta como evitar golpes na Black Friday

A Black Friday está chegando. A mega liquidação, realizada tradicionalmente nos Estados Unidos na última sexta-feira de novembro, um dia depois do feriado de Ação de Graças, caiu no gosto dos brasileiros.

No entanto, aquela oportunidade para adiantar as compras de Natal gastando menos pode esconder alguns perigos. Criminosos aproveitam o momento de entusiasmo com o elevado volume de ofertas para intensificar suas ações e aplicar golpes que causam grande prejuízo. Eles usam, especialmente, a tática da engenharia social – técnica usada por bandidos que induz o usuário a fornecer informações confidenciais.

Com a entrada em operação do Pix, em 16 de novembro, as quadrilhas podem se aproveitar da baixa familiaridade das pessoas com a nova tecnologia para induzir a realização de transações em favor dos golpistas. Especialmente por meio de ofertas relâmpago com pagamento feito por meio da nova ferramenta.

Trata-se da utilização da engenharia social para enganar os clientes e não de uma falha de segurança. “O Pix é um meio de transferência de recursos tão seguro quanto qualquer outro, como TED e DOC. No entanto, os golpistas podem aproveitar a temporada mais intensa de compras para se passar por lojas e marcas e levar os clientes a fazerem pagamentos em favor das quadrilhas”, explica o presidente da Febraban, Isaac Sidney.

Segundo Isaac, para evitar ser vítima dessas artimanhas, a principal dica é só realizar pagamentos via Pix para empresas conhecidas e conferir todos os dados do beneficiário antes de concluir as transações. “Se houver alguma divergência ou dado estranho, não realize o pagamento e entre em contato com um canal oficial de atendimento ao consumidor para esclarecer a situação.”

Outros golpes muito comuns nessa época do ano são:


• Boletos de pagamentos falsos;
• Páginas falsas que simulam e-commerce;
• E-mails, SMS e Mensagens Instantâneas com promoções falsas;
• Ofertas muito vantajosas nas redes sociais com valores muito abaixo de outros lugares; e
• Perfis falsos que investem em mídia pra aparecer nos stories.

Em algumas dessas páginas falsas, os consumidores precisam preencher um formulário com dados pessoais para ter acesso às promoções. Em outras, ao clicar no anúncio, o cliente já é direcionado para uma área de compra e convidado a digitar os dados do cartão de crédito.

A forma mais eficaz de não cair nesse tipo de golpe é realizar as compras por meio do site oficial das lojas, em vez de usar páginas promocionais e anúncios publicados no Google ou em redes sociais. “Se você, consumidor, se interessou por uma oferta que apareceu no seu e-mail ou rede social, não clique”, recomenda Adriano Volpini, diretor da Comissão Executiva de Prevenção a Fraudes da FEBRABAN. “Digite a URL do site no seu navegador de internet e confira se a mesma promoção está mesmo no site oficial da loja.”

As quadrilhas têm se especializado nesse tipo de ação baseado na captura de dados pessoais, após conquistar a confiança de clientes desavisados. “Hoje, 70% dos golpes feitos no mundo digital estão relacionados a engenharia social”, alerta Volpini.

Seguem mais algumas dicas para se proteger das quadrilhas que costumam agir no ambiente virtual:

• Ao receber um e-mail não solicitado, ou de um site no qual não esteja cadastrado para receber promoções, é importante verificar se o remetente é, de fato, uma empresa idônea. Não clique em links. Digite os dados no navegador para acessar;

• Ao utilizar sites de busca, verifique cuidadosamente o endereço (URL) para garantir que se trata do site que deseja acessar. Fraudadores utilizam-se de “links patrocinados” para ganhar visibilidade nos resultados de buscas;

• Dê preferência a sites conhecidos e verifique a reputação de sites não conhecidos, lendo comentários de clientes que já utilizaram as plataformas;

• Nunca use um computador público ou de um estranho para efetuar compras ou inscrever seus dados bancários;

• Sempre utilize, em seu computador ou smartphone, softwares e aplicativos originais e mantenha sempre um antivírus atualizado;

• Caso seu celular seja roubado, entre em contato com a central de atendimento de seu banco para comunicar a ocorrência e bloquear as operações que podem ser feitas via smartphone;

• Não repasse nenhum código fornecido por SMS e nem qualquer outra informação, sem confirmação com o setor responsável das empresas através dos canais de atendimento; e

• Como regra, as grandes empresas de compra e venda na internet não mantém contato com o cliente por meio de de aplicativos de mensagens, portanto sempre desconfie.

Pequenos negócios: 5 estratégias para aumentar as vendas online nessa Black Friday

Com a pandemia de Covid-19, as expectativas de muitos pequenos comerciantes é aproveitar o fim do ano para conseguir aumentar as vendas e conquistar novos clientes. A Black Friday, que movimentou mais de R$13,5 bilhões no último ano, pode ser uma ótima oportunidade para isso.

Mas, em 2020, os descontos precisarão ser acompanhados de uma boa adaptação das vendas para o mercado digital. Segundo pesquisa da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), a estimativa é de que as vendas online dessa data cresçam em até 77% se comparadas com o ano passado.

Guilherme Galesi Hernandez, CEO da Kyte, uma plataforma de vendas e gestão para digitalizar pequenos negócios, separou cinco estratégias para ajudar os pequenos comerciantes a se prepararem para esse movimento. Confira:

1 – Esteja no celular do cliente

Hoje, já não basta estar online, é preciso estar no celular do seu cliente. Nos últimos seis meses, a proporção de brasileiros que utilizou um smartphone para fazer compras ou pagamentos subiu de 85% para 91%, de acordo com a pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box. 

Por isso, para aproveitar bem esse aumento da demanda, é interessante investir em marketplaces ou em plataformas que permitam a criação de lojas virtuais otimizadas para o mobile. 

O aplicativo da Kyte, por exemplo, oferece as funcionalidades de catálogo e pedido online na versão gratuita. Antes da pandemia, os recursos faziam parte do pacote PRO, mas foram liberados como uma forma de ajudar pequenos comércios a passar por esse período. A plataforma também permite que os usuários programem descontos em suas lojas.

2 – Planeje-se com antecedência 

Para que datas como a Black Friday efetivamente tragam resultados positivos para os lojistas, é necessário planejamento e organização. Uma dica é ficar atento ao cálculo dos descontos para não gerar prejuízos, assim como ao controle de estoque para evitar problemas com falta de mercadorias.

Outra estratégia pode ser aproveitar o dia de promoções para vender algum produto com baixa demanda a um preço bem mais atrativo.

3 – Dê descontos reais 

Cada vez mais os consumidores estão atentos aos preços das lojas e realizando pesquisas antecipadas para evitar cair em golpes. É fundamental para a boa reputação do comércio que os valores dos produtos não sejam aumentados nos dias anteriores à Black Friday e que os descontos dados sejam reais.

Em pesquisa da Social Miner em parceria com a Opinion Box, 41% dos consumidores declararam que desistiriam de uma compra mesmo diante de uma boa oferta caso desconfiassem de que o desconto não era verdadeiro. 

4 –  Ofereça um catálogo atraente

O aumento da competitividade no comércio online exige que os comerciantes encontrem formas de deixar a experiência dos catálogos virtuais o mais atraente possível para seus clientes. 

Apresentar imagens de qualidade e descrições completas dos produtos oferecidos são ótimas formas de manter o engajamento do consumidor. Aliás, a falta de informações e detalhes das mercadorias também é apontada por 33% das pessoas como um dos fatores que as fariam desistir das compras na pesquisa da Black Friday.

5 – Aproveite para fidelizar clientes

Temporadas de alta demanda como a proporcionada pela Black Friday são excelentes oportunidades  para investir no pós-venda e se conectar com novos consumidores. 

No aplicativo da Kyte, há a possibilidade de cadastrar clientes, o que favorece o contato para atendimento e ainda permite uma avaliação dos hábitos de compra. Com isso, fica mais fácil divulgar produtos e compartilhar promoções especiais com base nos interesses do cliente, aumentando as chances de trazê-lo de volta para a loja depois da data comemorativa.

Black Friday com segurança nas compras on-line

Este ano, devido à Covid-19, as compras pela internet relativas à Black Friday, que acontece no dia 27 de novembro, deverão ser bem mais intensas. Para evitar dissabores e aproveitar com tranquilidade as promoções, Oscar Zuccarelli, Gerente de Segurança da Informação da Certisign, recomenda alguns cuidados importantes.

O primeiro deles é checar se a loja virtual é verdadeira. “Em épocas de alta no comércio, como a Black Friday, os ataques de Phishing crescem exponencialmente. Criminosos produzem páginas semelhantes às verdadeiras para roubar dados pessoais e financeiros. Para levarem as vítimas até esses sites, usam mensagens instantâneas, e-mails e SMS com ofertas espetaculares estimulando o clique”.

Segundo Zuccarelli, os e-commerces verdadeiros são protegidos por um Certificado Digital SSL, que garante uma navegação segura e a autenticidade do site. Para checar a presença deste protocolo de segurança é preciso conferir se o HTTP tem um S, portanto HTTPS, e depois clicar no cadeado na barra do navegador para ver se o SSL foi, de fato, emitido para a página em que você está navegando.

“Ao clicar no cadeado aparecerão as informações do domínio para qual o SSL foi emitido. A verificação é fundamental porque alguns criminosos protegem seus sites falsos com o SSL para confundir ainda mais o internauta. Se, por exemplo, você estiver na página lojaabc.com.br e o SSL foi emitido para cbaloja.com, melhor desistir da compra. A página é falsa”.

Outra dica é: ao receber uma oferta por meio de um link, não clique nele. Acesse a loja virtual diretamente do seu navegador para validar se as promoções são verdadeiras.

Black Friday 2020: Novo comportamento dos consumidores exigem mudanças no varejo

Por Elói Assis, diretor de varejo e distribuição da TOTVS

Está chegando um dos momentos mais esperados para os varejistas: a Black Friday, que em 2020 acontecerá em 27 de novembro. Neste ano, no entanto, o varejo está navegando em território desconhecido, devido às mudanças e incertezas na economia global causadas pela pandemia do Covid-19 e o fato de que esse período de isolamento encadeou uma série de mudanças no comportamento do consumidor, que vão da forma como ele se relaciona com a marca, aos critérios que ele considera para fazer uma compra e passando por um aumento significativo da participação da Internet nas vendas. Online virou a bola da vez e é a grande aposta do momento. E para quem ainda não se adaptou, a hora é agora.

Mas afinal, o que mudou? Com as lojas físicas fechadas é natural que as compras tenham migrado para o varejo online. Mesmo os consumidores que não estavam acostumados com compras pela internet, tiveram que adaptar seus hábitos e começaram a comprar por e-commerces e marketplaces, inclusive produtos essenciais. Costumo dar como exemplo a minha mãe, que começou a fazer compras de supermercado pela categoria “compre e retire” e ficou encantada pela facilidade. Ela não pretende voltar atrás, mesmo após o fim da pandemia. Segundo a revista Forbes, a penetração do varejo online foi acelerada em 4 a 6 anos devido a pandemia.

Dados do índice MCC-ENET – desenvolvido pelo Comitê de Métricas da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net), em parceria com o Movimento Compre & Confie – mostram que as vendas do setor mais que dobraram em junho de 2020. Em comparação ao mesmo período do ano passado, a alta foi de 110,52%.

Ainda de acordo com o estudo, a expectativa é de um aumento de 80% das vendas durante a Black Friday de 2020, em comparação a 2019. A grande questão é como preparar a sua operação para dar vazão a esse evento e aproveitar ao máximo as oportunidades de negócios.

Quando o assunto é abastecimento, é importante tratar seu estoque de forma verdadeiramente omnichannel, considerando o que está disponível nos ambientes físicos e digitais. Essa prática garante a disponibilidade dos produtos independente do canal escolhido pelo cliente, além de trazer o benefício de poder utilizar estoques mais próximos do cliente final. É o fim dos prazos longos de entrega, já que cada loja passa a ser considerada um centro de distribuição.

Já no âmbito da tecnologia, avalie muito bem a infraestrutura disponível. Caso você gerencie seus próprios ambientes on premise, certifique-se que tem capacidade para suportar um fluxo tão mais alto, além de ter alternativas para crescer rapidamente, caso a previsão de demanda se mostre subdimensionada. Considere as plataformas de SaaS (Software como Serviço), disponíveis em nuvens públicas, que nessas horas podem fazer toda a diferença entre assegurar a disponibilidade sem altos investimentos iniciais.

Com relação às ofertas, pode parecer clichê, mas não tente maquiar a estratégia “leve pela metade do dobro”, subindo os preços para depois dar descontos falsos. Os consumidores estão cada vez mais antenados e valorizam empresas que trabalham com transparência. Portanto, não comece esse relacionamento com mentiras, pois a confiança é algo que é fácil de perder e muito difícil de recuperar. É muito melhor pensar em estratégias factíveis, como frete grátis, brindes e agregação de serviços, do que dar um desconto enganoso e arriscar perder a credibilidade daquele cliente.

Por fim, lembre-se da análise de fraude, pois é algo que nessa época aumenta muito. Quando a compra é online, sem ter o cartão fisicamente presente na maquininha, quem fica com o prejuízo caso o dono do cartão não reconheça uma venda (o famigerado chargeback) é do varejista, que termina sem o produto e sem o dinheiro.

Costumo dizer que a missão do varejista só acaba quando o produto chega na casa do cliente e ele está totalmente satisfeito com aquela compra. Seja no ambiente online ou físico, uma venda de sucesso passa por diversos processos, do backoffice ao carrinho de compra ou PDV, então garanta que não fique nenhuma ponta solta e aproveite para surfar nessa onda positiva que esperamos para essa Black Friday 2020, que será como nenhuma outra até então.

Fonte da Forbes:

KOESTIER, John. COVID-19 Accelerated E-Commerce Growth ‘4 To 6 Years’. FORBES. Disponível em Acessado em: 31 ago. 2020

Shopping centers esperam aumento de vendas de 21% durante Black Friday

De acordo com pesquisa feita pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), 97% dos shoppings esperam aumento de vendas durante a Black Friday em relação às semanas anteriores. O aumento médio esperado é de 21%. Na comparação com a data promocional de 2019, a expectativa é de queda de 4% nas vendas. Mesmo com um provável resultado negativo na comparação ano contra ano, a expectativa dos shoppings confirma a recuperação gradual e contínua do setor. “Observamos que os shoppings estão otimistas em relação à Black Friday, uma vez que esta queda ocorre com base no ótimo desempenho da Black Friday de 2019”, afirma Glauco Humai, presidente da Abrasce. Serão aplicados descontos entre 10% e 70%, sendo o desconto médio previsto de 40%, e o tíquete médio esperado para a Black Friday é cerca de R﹩ 300.

Tíquete médio esperado para a Black Friday de 2020. Fonte: Abrasce

Para 95% dos shoppings há expectativa de aumento no fluxo de visitantes durante a Black Friday – alta de 18% em média – em comparação com as semanas anteriores. Entre as categorias de produtos que apresentam maiores expectativas de aumento das vendas estão eletrônicos, eletrodomésticos, telefonia e acessórios e artigos de informática. Além das vendas presenciais, os shoppings manterão outros canais que ganharam popularidade desde o início da pandemia. Cerca de 68% dos empreendimentos continuarão vendas por delivery, 65% por drive-thru, 46% marketplace e vendas online, além de 13% de lockers. Somente 13% os shoppins contarão exclusivamente com vendas presenciais.

“Embora os canais de delivery e drive-thru ainda sejam muito utilizados, já é possível observar uma diminuição dessas modalidades em relação as datas comemorativas anteriores. Por outro lado, há uma expectativa de que canais como marketplace se mantenham e aumentem nos próximos meses”, afirma Humai.

Novo consumidor: a Black Friday é apenas o começo da corrida

Por Samantha Schwarz, gerente de e-commerce da Infracommerce

Como uma das datas mais importantes e estratégicas para o cenário do varejo, a Black Friday, que já é muito esperada, ganha ainda mais expectativa em 2020. O que todas empresas esperam? Que esse ano seja melhor que o anterior e que 2020 nos traga todas as condições favoráveis para isso.

A atual situação econômica que a pandemia trouxe fez o comércio eletrônico disparar e 40% dos brasileiros passaram a comprar mais por e-commerces, mesmo com os cortes de salários. Mas 2020 também foi o ano da primeira compra online para 13% dos brasileiros, segundo pesquisa da Nielsen.

Diante disso, a pergunta que não quer calar: o que esperar da Black Friday 2020? A resposta não é simples e nem objetiva, mas o fato é que podemos esperar uma das maiores datas da história e que vai marcar o começo de uma corrida pelo consumidor. Para se ter uma ideia, o varejo online atingiu inclusive os idosos, uma classe que pouco utilizava esse tipo de tecnologia antes da pandemia. Nos últimos meses, 82% desse grupo etário consumiu digitalmente e, desses, 18% também fizeram sua primeira compra neste universo, segundo pesquisa da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo.

Dada a largada, são muitos consumidores novos, o que gera para as empresas uma infinidade de clientes e outros mercados para explorar. Dentre os produtos que serão os mais procurados, estão roupas e acessórios (31%), smartphones (30%), eletrônicos (30%) e calçados (26%), também de acordo com a Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo. Ou seja: o varejo tem a faca e o queijo na mão sabendo inclusive o que as pessoas querem comprar.

Mas vale ressaltar que deter a informação não é o bastante. O importante é saber o que fazer com ela. Se as empresas estão esperando mais e novos consumidores, o que eles querem das marcas? Com certeza uma experiência melhor do que nunca! O cliente é hoje multicanal, ágil e exigente, que busca praticidade e conexão entre todos os pontos de vendas. Ele quer fazer contato com as lojas por meio de todos os canais existentes, seja ele no site, nas redes sociais, no celular ou na loja física. E mais, quer integração entre eles.

Quem realmente está de olho nas movimentações de mercado já percebeu que a Black Friday vai ser só o primeiro degrau na escalada das compras online. Essa tendência deve ser mantida no cenário pós-pandemia. É a hora das marcas varejistas não perderem a oportunidade de dialogar com os novos consumidores recém-chegados e conquistá-los.

Os artifícios usados para isso vão desde a criação de novas estratégias de negócios, o aperfeiçoamento da relação com o cliente, a unificação de todos os canais de vendas em prol da multicanalidade até a oferta personalizada de descontos e promoções para cada um deles. Além disso, tem também os investimentos em novos atributos tecnológicos para a sustentação dos e-commerces em períodos de pico e a escalabilidade das vendas, como a ligação eficiente dos marketplaces a todas as lojas off-line. E você, está levando aos seus clientes o que você esperaria de uma marca na posição de consumidor?

Black Friday: varejo precisa oferecer novas opções de pagamento para garantir o sucesso das vendas

Por Ralf Germer


A pandemia do novo coronavírus transformou as vendas no varejo. Com o fechamento temporário das lojas físicas ou funcionamento em horário reduzido devido aos decretos municipais de contenção da transmissão da Covid-19, empreendedores precisaram se reinventar, migrar para plataformas digitais e pensar em alternativas para continuar movimentando o negócio. Um exemplo disso é a antecipação da Black Friday em diversos estados do Brasil, com promoções que estimulam o consumo em um período fraco para o comércio.

Se de um lado os clientes vão precisar de planejamento e prudência para evitar descontos pouco proveitosos, por outro, as empresas terão que se adaptar para atrair o público de forma mais verdadeira. Além de oferecer melhorias no valor dos produtos, disponibilizar novas opções de pagamento no ato da compra é fundamental para o sucesso do faturamento. Os e-commerces, principal elo de relação entre as pessoas e o mercado durante a quarentena, devem se adaptar para atender com eficiência os seus consumidores, inclusive os desbancarizados.


Além dos métodos de pagamentos tradicionais, como dinheiro físico, cartão de crédito e débito, cheques e boletos, alternativas vêm ganhando espaço no país. A Cielo, por exemplo, empresa brasileira de serviços financeiros, registrou um aumento de 260% na solução de pagamento via link, que permite que as vendas sejam realizadas por meio de canais online, sem exigir que os comerciantes tenham uma loja virtual. Para se ter uma ideia, 83% dos brasileiros passaram a fazer compras pelo WhatsApp, segundo a Accenture, empresa de consultoria.


Outra mudança de comportamento da sociedade diz respeito a utilização dos pagamentos por aproximação. Segundo levantamento da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs), essa opção de pagamento movimentou R$ 8,3 bilhões no primeiro trimestre de 2020, um crescimento de 330% em relação ao mesmo período de 2019. Até o momento, o QR Code é o método mais popular e já foi usado por 35% dos brasileiros com smartphones, conforme aponta um estudo da área de Inteligência de Mercado da Globo.


O Banco Central do Brasil (Bacen) divulgou o lançamento dos pagamentos instantâneos (Pix). Previstos para chegar em novembro e revolucionar a forma como lidamos com os pagamentos – uma vez que as transações serão realizadas em até dez segundos, sem restrição de datas e horários – a tecnologia abre um leque de possibilidades para o varejo e os consumidores, já que pagadores e recebedores movimentarão o dinheiro de forma online e imediata para toda e qualquer entidade, empresa e pessoa física.


Lojistas que estão se preparando para conceder descontos aos clientes nesses últimos meses do ano, visando uma possível recuperação do varejo, estão no caminho certo para tentar fechar 2020 no azul. No entanto, quem deseja sair na frente da concorrência, deve estar atualizado e conectado com as inovações do mercado. Disponibilizar novas opções de pagamento no ambiente virtual é obrigação para quem quer garantir números melhores para o comércio no geral.

Ralf Germer, CEO e cofundador da PagBrasil

Black Friday impulsiona as vendas no varejo brasileiro em novembro, indica Mastercard SpendingPulse

As vendas no varejo brasileiro registraram um aumento de 4,0% em novembro em comparação com 2018, e o período dos últimos três meses registrou um crescimento de 2,5% ano a ano se comparado ao mesmo período (setembro-novembro) do ano passado. Essas são as informações do Mastercard SpendingPulse™, um indicador que fornece informações sobre as tendências gerais de gastos no varejo em todos os tipos de pagamentos.

O comércio eletrônico foi um dos principais impulsionadores desse crescimento. As vendas digitais cresceram 17,2% em comparação com as de novembro de 2018. Em uma análise setorial, roupas, artigos farmacêuticos, combustíveis e itens de uso pessoal/ doméstico tiveram um crescimento acima da média geral do período.

A Black Friday ajudou a elevar os resultados do mês. As vendas naquele dia foram 21,1% superiores às de 2018, com destaque para dispositivos eletrônicos (+35,7%) e móveis (+27,3%).

As regiões Norte (+6,8%), Sul (+4,6%) e Sudeste (+5,2%) superaram a média nacional, enquanto as regiões Nordeste (+3,8%) e Centro-Oeste (+3,2%) ficaram abaixo dos níveis totais de vendas no varejo, comparados com o mesmo período do ano passado.

“Embora o índice de confiança do consumidor tenha caído em novembro, as injeções de dinheiro na economia brasileira causadas pelo saque do FGTS alavancam os resultados”, segundo o Diretor de Análise Avançada da Mastercard no Brasil César Fukushima.

UOL DIVEO: Black Friday registra aumento de 40% no faturamento de e-commerce

Época de alto volume de compras, a Black Friday tem caído nas graças dos consumidores brasileiros. Para analisar o evento e o volume de vendas, o UOL DIVEO, empresa que oferece serviços de tecnologia para apoiar as companhias em sua jornada para o digital, fez um levantamento com 20 clientes varejistas de diversos setores. Destes, 8 constataram um aumento de 40% no faturamento – se comparado a mesma época em 2018.

A pesquisa, que aconteceu durante a Black Friday, de 25 a 30 de novembro (semana conhecida como “Black Week”), revelou que um grande varejista de moda que é cliente do UOL DIVEO registrou os seguintes crescimentos: 48% em pageviews, 90% em faturamento, 22% em sessões e 15% mais usuários este ano. Já um outro cliente que é uma grande rede de supermercados apontou que teve 69% de aumento em sessões e 68% em usuários. Entre os setores que mais tiveram vendas estão: varejo de moda, bens de consumo embalados, tais como bebidas, alimentos e cosméticos.

Lições aprendidas

O UOL DIVEO e a Compasso, uma empresa do UOL DIVEO focada no desenvolvimento de soluções de transformação digital para o mercado corporativo, disponibilizaram uma estrutura com mais de 600 profissionais que estiveram focados nas operações de Black Friday dos clientes, realizando testes de performance e capacidade dos ambientes, ajustes e acréscimo de infraestrutura e desenvolvimento de soluções de transformação digital para oferecer uma experiência personalizada aos consumidores.

De acordo com Everton Pelissari, diretor de Negócios do UOL DIVEO, a empresa apoiou os clientes tanto em suas infraestruturas on premises e cloud como ativamente em testes de performance da capacidade dos ambientes. “Estivemos presentes nestes cenários para garantir que todo o sistema funcionasse de forma integrada. Este ano, notamos que houve um aumento de uso de componentes em cloud, que confirmou uma tendência de mercado e que estamos no caminho certo” comentou.

Seguindo a onda de nuvem está a compra via mobile, já que esse ano foi registrado um alto volume de consumidores que baixaram os aplicativos oferecido pelos varejistas e concluíram suas compras neste ambiente. “O app nos dá a oportunidade de fidelização do cliente, com isso, podemos conhecer melhor seus costumes, produtos de interesse e nos permite fazer campanhas customizadas”, conclui Everton.

No ponto de vista de marketing, a pesquisa do UOL DIVEO constatou um movimentou prévio dos clientes no quesito de propaganda das promoções. As empresas de e-commerce lançaram campanhas já no início de novembro, que fez com que os consumidores antecipassem as compras. Dessa forma, o consumo de infraestrutura foi beneficiado ao descentralizar a necessidade de recursos computacionais, otimizando o investimento do varejista online.

Além da pulverização das propagandas antecipadas, outras frentes foram abertas para que o varejo atingisse o público de interesse. Enquanto um varejista apostou em uma programação de ofertas de 5 horas com os maiores Youtubers do Brasil e transmissão simultânea em oito canais, outra empresa optou por transmitir shows de diversos ritmos – sem abrir mão de expor seus produtos. Everton comenta que “a fórmula do sucesso em vendas deste ano é simples e está depositada em dois fatores: marketing inteligente que conversa com o consumidor interessado em comprar e oferta de produtos que de fato estão na promoção”.

Para Everton, ainda é preciso estar bem preparado em períodos de maior pico de demanda. “A conquista de um cliente começa com uma jornada de compra personalizada com conformidade em todos os ambientes – seja ele online ou físico. Se um canal não funciona, a compra e a fidelização do cliente são comprometidas. Dificilmente ele voltará para aquela loja em outras épocas do ano. A Black Friday, assim como outros grandes eventos de compras, é uma oportunidade que deve ser aproveitada para mostrar aos consumidores que é possível oferecer um produto de qualidade e com preço acessível”, conclui.

Black Friday: eletrônicos lideraram com alta de 17,23% na procura em lojas

Levantamento realizado pela FX Retail Analytics, empresa especializada em monitoramento de fluxo para o varejo, em parceria com a F360º, plataforma de gestão financeira para pequenos e médios comerciantes, mostra que a movimentação nas lojas durante a data aumentou 10,35% em relação ao ano passado.

O destaque ficou para a região Nordeste, que, sozinha, concentrou um aumento de 17,22% – no comparativo, a região Sudeste teve um crescimento de 10,37%.

A FX e a F360º também avaliaram a movimentação das lojas uma semana antes da Black Friday, que compreende o período de “esquenta BF”. Nele, foi observado um aumento de 8,65% no fluxo de consumidores em lojas de todo o País.

Já no acumulado, o mês de novembro registrou um aumento de 28,46% em relação ao mesmo período do ano passado. Por fim, na comparação com o mês de outubro, a FX e a F360º observaram um salto de 35,88% no fluxo de consumidores em lojas.

Quanto aos segmentos de consumo, as empresas identificaram que os eletrônicos seguem sendo a preferência dos brasileiros na hora de saírem às compras na Black Friday: o segmento registrou uma alta de 17,23% na procura em lojas.

A fintech F360º também fez um levantamento paralelo sobre o fluxo de caixa das empresas no mesmo intervalo de sexta-feira (29) a domingo (1). A empresa constatou um aumento de 29,4% em relação ao mesmo intervalo de tempo do ano passado. Nesse caso, foi a região Sul que disparou na frente, registrando salto de 43,8% no movimento dos caixas — em comparação, a região Sudeste teve aumento de 30,4%.

No acumulado mensal, houve um aumento de 28,6% em novembro em relação ao mesmo período de 2018, e um crescimento de 29,7% em relação ao mês passado.

Linx: compras via celular e retirada em loja crescem e consumidor gasta em média R$ 650 na Black Friday deste ano

A Linx, líder e especialista em tecnologia para o varejo, acaba de divulgar um retrato completo de como foi o desempenho do comércio na Black Friday deste ano. Segundo a empresa, esta edição foi a maior de todos os tempos e registrou pico de vendas logo na virada de quinta para sexta-feira da semana passada. Na data promocional, as pessoas gastaram, em média, R$ 650 – 3% a mais do que em 2018.

Um dos destaques da Black Friday de 2019 foi o aumento das vendas omnichannel, isto é, aquelas que envolvem mais de um canal. Neste contexto, o modelo ‘ship from store’, no qual lojas atuam como centros de distribuição para reduzir custos de frete e tempo de entrega, representou um crescimento de 320% em relação ao ano passado.

Os varejistas tiveram uma boa adesão ao ‘pick up in store’, ou seja, a compra realizada online com retirada em loja física. Das marcas que ofereceram esta opção ao consumidor, a venda para retirada em loja representou 15% das vendas online totais.

O ‘showrooming’ também reforçou o avanço do omnichannel e registrou um crescimento de 130% de participação nas vendas na comparação com o ano anterior. A modalidade garante que o consumidor receba o produto mesmo que não o encontre na loja física, pois ele é entregue mais tarde pelo e-commerce.

Os smartphones que custam em média R$ 1 mil foram os produtos mais buscados. Entre as categorias de produtos mais vendidas, eletrodomésticos saíram na frente e representaram 28% da receita gerada na Black Friday. Na sequência, vieram celulares (23%), eletrônicos (18,5%), informática (11%), casa e decoração (8%), vestuário (8%), saúde e beleza (1%) e itens esportivos (1%).

Na comparação do desempenho do varejo por região, o Sudeste se destacou e registrou 65% das vendas na Black Friday. O Sul aparece em segundo lugar com 15%, enquanto o Nordeste marcou 14%. Mais abaixo do ranking estão o Centro-Oeste, com 4%, e o Norte, com 2%. Ao todo, as transações realizadas via desktop representaram 66%, enquanto aquelas feitas por meio de dispositivos móveis somaram 34%.

Enquanto as vendas online aumentaram 24% em relação a Black Friday de 2018, a Linx constatou que a sexta-feira promocional deste ano registrou um crescimento de 16% nas vendas do varejo físico na comparação com a de 2018.

Black Friday teve descontos médios de 42,59% no e-commerce, quase 16 pontos percentuais a mais do que os registrados em 2018

A Black Friday – sexta-feira que sucede o Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos – já entrou, definitivamente, para o calendário do varejo nacional, principalmente em sua versão online, que hoje já conta com mais de 930 mil lojas virtuais.

Ao lado do Dia das Mães e do Natal, já é a data mais atraente para comerciantes e consumidores, segundo a Webshoppers .

E, desde 2015, quando o PayPal passou a publicar sua pesquisa de ofertas no varejo na data, os preços (mesmo com altos e baixos) vêm se tornando muito atraentes. Este ano, o desconto médio foi de 42,59%. Em 2018, esse índice foi de 26,7%; e, em 2017, bateu os 43%.

A exemplo do que já acontecera no ano passado (em que as ofertas mais agressivas bateram os 63%), o atual cenário econômico pode ajudar a explicar o ótimo resultado agora em 2019.

A pedido do PayPal, pelo quinto ano consecutivo, a Big Data Corp. monitorou o e-commerce em todo o País nas quatro semanas que antecederam a Black Friday, que, este ano, aconteceu no dia 29 de novembro. E os resultados são os seguintes:

Novidades

• Segundo o levantamento da BigData Corp., a esmagadora maioria (mais de 70,45%) dos e-commerces brasileiros já havia aderido à febre de promoções online da data comercial mais expressiva da internet quatro semanas antes da Black Friday.

• Nesta sexta-feira, entre os grandes e-commerces, com mais de 500 mil acessos por mês, o desconto médio foi de 55,79% na Black Friday. Entre os demais e-commerces, ela chegou a mais de 36,83%.

• As ofertas estiveram bem abaixo dos preços normais e representaram oportunidades de descontos praticados pelos e-commerces – e uma possibilidade real para que os consumidores pudessem antecipar algumas compras de Natal. Duas semanas antes da Black Friday, os descontos deste ano bateram em 10,58%% (contra 3,9% no ano passado e 12% em 2017); uma semana antes da data, os descontos avançaram para 22,36% este ano (contra 9,6% em 2018 e 12,3% em 2017).

• No top 5 das categorias em que a pesquisa Big Data Corp. encontrou os maiores descontos, medalha de ouro para livros, músicas e filmes (61,32%), seguidos por brinquedos (51,32%), eletrônicos (49,78%), roupas e acessórios (33,77%) e cosméticos (21,12%).

Metodologia

• A BigData Corp realizou a coleta dos sites para esse estudo a partir de uma base de dados com endereços (URIs). Essa base foi construída por um processo que roda há sete anos e que visita mais de 1,5 bilhão de sites no mundo inteiro. A empresa utiliza o processo de captura de dados da internet extraídos de visitas a mais 24 milhões de sites brasileiros, dos quais são obtidos informações estruturadas e seus links. Os sites são acessados e se faz o download dos documentos HTML. São desconsiderados os sites inativos, ou seja, os que estão fora do ar ou que não respondem a visitas por quatro semanas seguidas. Também são desprezados os que, por oito semanas consecutivas, não fazem qualquer alteração em seu conteúdo. Assim, são considerados neste estudo cerca de 14 milhões de sites no Brasil.

Black Friday: pesquisa do FGV IBRE analisa adesão do comércio e comportamento do consumidores

Pesquisas realizadas pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE) nos últimos anos aponta o resultados da Black Friday refletem não apenas uma antecipação das vendas natalinas mas um acréscimo de vendas ao último bimestre do ano. De acordo com a coordenadora das Sondagens do FGV IBRE, Viviane Seda Bittencourt, é possível notar que, após um período de desconfiança, o evento consolidou-se de vez no calendário do comércio.

“Em comparação a 2018, alguns segmentos mostraram certa acomodação, mas em relação a 2017 todos registram aumento da proporção de empresas aderindo ao evento de descontos, exceto o setor de material para construção. Os destaques continuam sendo os segmentos de tecidos, vestuário e calçados e de móveis e eletrodomésticos. Este último com aumento crescente no percentual de participação, chegando ao recorde de 81,9%”, destaca Viviane Seda Bittencourt.

O levantamento do FGV IBRE mostra ainda que quase 70% das empresas consultadas nos segmentos do varejo restrito considera que a data aumentará o volume de vendas de final de ano, e não será apenas uma antecipação. Nos segmentos de móveis e eletrodomésticos e outros produtos varejistas mais de 75% das empresas acreditam em um aumento líquido nas vendas do período.

Ótica dos consumidores – A pesquisa do FGV IBRE revela que 92,6% dos 1783 consumidores entrevistados conhecem o evento Black Friday, um grau de reconhecimento que vem aumentando desde 2017 e continua positivamente correlacionado ao nível de renda familiar. Quanto à pretensão de comprar produtos ou serviços na Black Friday deste ano, embora apenas 8,4% tenham certeza da compra, a parcela de consumidores que demonstraram algum interesse em consumir aproveitando as promoções – considerando os fatores: preço, condições de pagamento ou outros -soma 27,6%, superior aos 20,2% de 2018 e aos 18,7% de 2017.

“Entre os indecisos, o preço dos produtos é o fator mais influente, enquanto as formas de pagamento parecem exercer pouco impacto sobre a decisão. No sentido oposto, a proporção dos que afirmam que não pretendem comprar é de 59,9%, inferior aos 67,7% e aos 68,3% registrados em 2018 e em 2017, respectivamente. Os 4,1% restantes não sabem se comprarão ou não”, explica Viviane Seda Bittencourt.

Motivação das compras – O estudo do FGV IBRE relata também que a necessidade de adquirir um bem ou serviço continua sendo a principal motivação para as compras previstas. Cerca de 3/4 dos consumidores afirmaram que adquirirão algo que necessitem independente das compras de Natal. Tal tendência é mais forte quanto menor for a renda familiar.

“Entre aqueles que pretendem antecipar as compras de Natal, os números mostram que as famílias estão cada vez menos tendenciosas a aproveitarem o evento com essa finalidade: a proporção de consumidores que marcaram uma das duas opções soma 18,2%, nível abaixo do registrado em 2017 e 2018, 33,0% e 19,6% respectivamente. Além disso, a correlação entre consumidores que compram na Black Friday com esse propósito e o nível de renda é positivo, atingindo 26,3% nos consumidores de maior poder aquisitivo”, observa a economista do FGV IBRE Viviane Seda Bittencourt.

A Black Friday matou o Natal?

Segundo pesquisa realizada pela GfK, consultoria especializada em estudos de mercado, o consumidor reconhece o Natal como um evento para presentear outras pessoas. A Black Friday, por sua vez, é o momento das realizações pessoais. “A Black Friday é a hora do consumidor se presentear. Normalmente, as compras são focadas em tecnologia”, diz Wesley Ribeiro, professor de Gestão de Varejo da ESPM Porto Alegre. “Comparado ao natal, o valor médio gasto por produto é bem maior, pois o preço médio dos itens de tecnologia supera as lembranças de natal”.

A Black Friday, realizada sempre na última sexta-feira de novembro, tornou a sazonalidade mais importante para o setor de bens duráveis — eletroeletrônicos, eletrodomésticos, por exemplo. No Brasil, diferentemente da tradição americana, além das queimas de estoque, também é uma oportunidade para os consumidores adquirirem produtos de maior valor – – este é o momento planejado para fazer um upgrade no celular ou na televisão. Para esses segmentos, tornou-se uma data mais importante que o Natal.

A maioria dos consumidores entende a oportunidade — 76% dos participantes são BF Lovers, aqueles que já compraram em pelo menos duas Black Fridays e declaram que se planejaram para comprar na data.

 

Nos últimos cinco anos, o crescimento do evento no Brasil tem sido superior ao dos países europeus. “A Black Friday brasileira amadureceu. Antes, a data era conhecida por vender “tudo pela metade do dobro” ou como Black Fraude. Hoje, existem ferramentas tecnológicas para fazer o rastreamento fidedigno dos preços”, diz Ribeiro.

Para tirar proveito dessa onda, o professor explica que em tempos de omnichannel, termo utilizado para a integração de todos os canais de vendas, as marcas podem e devem utilizar o apelo da campanha para atrair os clientes. Contudo, é necessário ter cautela para não criar concorrência com o próprio negócio. “Muitas vezes, o cliente chega na loja física e o preço do mesmo produto, na loja online, é mais barato do que na física”.

Dados do Google Provokers mostram que os consumidores querem mais do que preço baixo: 54% dos fatores de escolha na hora da compra estão ligados à confiança e ao nível de serviço. A confiança na loja é responsável por 16% das escolhas. A confiança na marca e produto por 13%. O pagamento parcelado por 11%, o valor do frete é responsável por 10% e o tempo de entrega, 4%.