AgTech Garage anuncia startups selecionadas no Intensive Connection 2023

O AgTech Garage — parte do network PwC e maior hub de inovação especializado na cadeia de Ag&Food Tech na América Latina — anuncia as 11 startups selecionadas para participar do Intensive Connection 2023, dentre um total de 30 finalistas. O programa é realizado em conjunto pelo AgTech Garage e os Innovation l Corporates: Bunge, empresa global de agronegócio e alimentos; Dexco, maior companhia brasileira do setor de materiais de construção, reforma e decoração; Ceva, empresa francesa de saúde animal; John Deere, empresa global de tecnologia que fornece software e equipamentos para os setores agrícola; OCP,companhia marroquina de fertilizantes e Sicredi,instituição financeira cooperativa brasileira. Referência no país, o Intensive Connection é o principal programa de inovação aberta no agro do Brasil e está em sua 5ª edição.

José Tomé, CEO do AgTech Garage e sócio da PwC, reforça que em 2023 o programa trouxe novidades que tiveram uma boa recepção no mercado, o que inclui a seleção de startups de fora do agro ou com soluções recém-criadas para o setor. “O agro demanda soluções que vão muito além da cadeia em que está inserido, se interconectando com vários setores da economia e diferentes demandas da sociedade. A partir da imersão no contexto dos nossos Innovation l Corporates, a expectativa é que os empreendedores selecionados possam aproveitar ao máximo um novo hall de oportunidades de negócios e networking”.

Conheça as startups selecionadas

Bunge, que por meio de sua joint venture em parceria com a UPL, a ORÍGEO – empresa inovadora e pioneira no mercado em acesso direto ao produtor, com atuação na região do MAPITOBAPA e MT – busca se conectar com startups capazes de apoiar a melhoria da experiência dos clientes, com soluções que apoiem o relacionamento do time comercial e técnico com produtores rurais promovendo também a sensibilização e engajamento do time interno e clientes no uso de novas tecnologias e ferramentas digitais, selecionou as startups Ludos Pro e Já Entendi Agro para cooperação no Intensive Connection.

A Ludos Pro é uma plataforma que utiliza de uma experiência interativa e gamificada para uma aprendizagem fácil e motivadora em treinamentos corporativos com uma ambientação com diferentes temas, narrativas, mecânicas e conteúdo segmentado aumentando a imersão e a absorção do conhecimento, com certificação e reconhecendo os diferentes tipos de conquistas. Enquanto a Já Entendi Agro tem a missão de aumentar a produtividade da agricultura e pecuária de forma inclusiva e ambientalmente sustentável, utilizando uma metodologia própria de ensino com uma tecnologia especializada no agronegócio através de um app de educação online e offline com linguagem simples e prática.

A partir da seleção no programa, as startups serão expostas ao modelo de negócios da ORÍGEO e a uma jornada com o objetivo de habilitar (entendimento do mercado do Innovation l Corporate), aculturar (contato com a cultura da empresa), conectar (oportunidade de mentoria executiva) e alavancar (promover discussões para sinergias de negócio) possibilitando testar suas soluções em um ambiente com alto potencial de escalabilidade.

No caso da Ceva, a visão de valorizar o posicionamento junto ao cliente como uma empresa inovadora, que pensa o futuro e investe em soluções de tecnologia, levou à escolha das startups Tech e Olho do Dono.

A @Tech usa tecnologia de ponta para monitorar rebanhos de corte e predizer o ponto ótimo de negociação para o produtor, com base no desempenho individual e diário do gado confinado. Já a startup Olho do Donodesenvolveu uma câmera 3D portátil que conta animal a animal, com o gado solto no pasto ou no confinamento, e calcula seu peso usando visão computacional. O objetivo da Ceva é que, ao longo do IC, as startups possam estreitar o relacionamento com os clientes da marca, a fim de ampliar o acesso a soluções tecnológicas na pecuária e os resultados produtivos.

Ao considerar a representatividade dos fertilizantes como o segundo maior custo de produção de florestas da Dexco e perceber espaço para otimização do uso desses insumos no campo, a companhia selecionou as startups Ledcorp e Geplant.

A Ledcorp é especializada em soluções e tecnologias habilitadoras para a indústria 4.0 e controla em tempo real dados de rastreamento de recursos e processos. A Geplant, por outro lado, oferece uma visão integrada do ambiente de produção, dando acesso a indicadores de manejo do solo, sustentabilidade do cultivo silvicultural e equilíbrio nutricional das árvores para então propor recomendações e melhorias.

Na nova etapa que se segue, a Dexco quer somar esforços com os empreendedores para investir em tecnologias que aumentem o controle de estoques, minimizem perdas na cadeia de suprimentos e garantam a eficiência da aplicação de fertilizantes, além de considerar fontes alternativas de adubação. A jornada das startups ao lado da Dexco prevê, entre outras ações, visitas às suas instalações florestais e industriais, além de acesso à sua expertise em ESG.

Atenta à relevância da agricultura 5.0 para geração de valor ao produtor e seus concessionários, a John Deere seguirá no Intensive Connection com as startups Murabei e Biti9.

De um lado, a Murabei atua com serviços que dão escala e economizam tempo e recursos na aplicação de Data Science. Ao passo que a Biti9 faz automações customizadas para diversos setores, utilizando ferramentas como o ChatGPT, a automação robótica de processos (RPA), inteligência artificial (IA) e reconhecimento ótico de caracteres (OCR).

A escolha das startups reflete o compromisso da John Deere com a digitalização da agricultura baseada na análise de dados e métricas — pensando em aumentar a eficiência dos concessionários e, consequentemente, refletir na melhor experiência dos nossos clientes.

Diante do desafio de integrar dados na cadeia de insumos para otimizar a distribuição na ponta, a OCP escolheu as logtechs Aware e goFlux para participar do Intesive Connection.

A Aware Logistics é uma startup de soluções tecnológicas para gestão de transporte e logística, que permite acompanhar o trânsito de mercadorias desde a origem até o consumidor final. A goFlux, por sua vez, fornece uma solução de ponta a ponta para embarcadores e transportadores, indo da contratação e gestão de fretes à oferta de soluções para neutralizar as emissões de carbono dos veículos transportadores. Por meio da prática da inovação aberta, a OCP espera otimizar seus processos em busca de maior eficiência operacional. Seja no que tange o planejamento, recebimento, estocagem e entrega dos fertilizantes que produz.

Com foco em promover o desenvolvimento sustentável no campo, o Sicredi decidiu seguir adiante na colaboração com as startups Produzindo Certo e Já Entendi Agro.

A Produzindo Certo é referência em levar assistência técnica e conhecimento em sustentabilidade para o campo, ajudando agricultores e pecuaristas a adequarem suas fazendas à legislação e às melhores práticas socioambientais. Por sua vez, a Já Entendi Agro desenvolveu uma metodologia própria para educação de pessoas no campo, e o Sicredi quer levar o método de capacitação a seus associados que buscam aumentar a produtividade de forma ambientalmente sustentável.

Na jornada que se inicia agora, o Sicredi irá apresentar aos empreendedores selecionados seu sistema cooperativo, bem como aproximar seus associados produtores rurais das startups, a fim de fomentar o uso de soluções que os apoiem na adoção de boas práticas socioambientais na agricultura, pecuária e demais atividades rurais, garantindo o bem-estar de toda a sociedade e o equilíbrio entre produção e conservação. O Sicredi conta com mais de 690 mil associados produtores rurais, sendo 85% da agricultura familiar, 11% produtores de médio porte e 4% produtores de grande porte.

Para saber mais sobre o Intensive Connection, acesse o site do AgTech Garage.

Indicador de Conectividade Rural, novas associadas e 14,4 milhões de hectares conectados são algumas das novidades da ConectarAGRO na Agrishow 2023

A ConectarAGRO está mais um ano na Agrishow. Com o objetivo de fomentar a conectividade em áreas rurais e remotas do Brasil, a Associação tem diversas novidades que estão sendo apresentadas na feira, em Ribeirão Preto.

Com o novo mote “Conectar o Campo, alimentar o Planeta”, a ConectarAGRO auxiliou a promover a conectividade, via banda larga 4G, para mais de 14,4 milhões de hectares de áreas rurais e remotas no Brasil, beneficiando cerca de 1,1 milhões de pessoas, 90 mil propriedades rurais cobertas, 525 cidades, 13 estados, 65 unidades básicas de saúde e 221 escolas públicas em áreas rurais. O objetivo é solução de conectividade aberta, simples e acessível – o 4G LTE, na frequência de 700 MHz.

A Associação também foi responsável pela cobertura de mais de 29,2 milhões de hectares de soluções de Internet das Coisas. O NB-IoT é necessário para conectar máquinas e sensores, ferramentas importantes para o desenvolvimento do agronegócio, podendo ampliar em mais de 40% a cobertura tradicional em relação ao uso de smartphones, além de consumir menos bateria.

“A conectividade no Agro é essencial para a sustentabilidade do sistema produtor brasileiro e para solucionar questões urgentes, como a fome no mundo, empoderando o produtor rural, de qualquer porte, a atingir a máxima eficiência com a aplicação de tecnologias no campo.​ É com muito orgulho que, hoje, podemos apresentar esses números de conectividade, que só aconteceram graças à união das empresas que integram a ConectarAGRO”, afirma Ana Helena de Andrade, Presidente da ConectarAGRO.   

Novas associadas e novas metas

A ConectarAGRO é o resultado da união de diversas empresas que têm como objetivo central levar cada vez mais conectividade ao campo. Expandindo sua atuação, a Associação anuncia a chegada de duas novas integrantes: AWS (Amazon Web Services) e Vivo; que irão auxiliar a promover a expansão do acesso à internet nas mais diversas regiões agrícolas e remotas de todo o Brasil.

As novas associadas poderão contribuir positivamente para a conectividade e outras soluções importantes, que irão compor o ecossistema no meio rural, trazendo novas alternativas para aumentar a eficiência, a produtividade, o controle de custos, além da melhoria contínua da operação.

ICR – Indicador de Conectividade Rural

Com o objetivo de avançar no conhecimento sobre a relação entre a internet e o campo, a ConectarAGRO assinou, em conjunto com a Universidade Federal de Viçosa (UFV), um memorando de intenções para o estudo sobre a elaboração do ICR – Indicador de Conectividade Rural.

O intuito do levantamento é desenvolver propostas para verificar o aprimoramento do ICR, uma vez que as variáveis atuais são focadas na densidade populacional e, portanto, com maior peso para as áreas urbanas. Assim, a investigação reflete a importância do meio rural e da produção agropecuária brasileira.

Entre as principais contribuições do convênio, está a proposição de um índice de conectividade rural, com ponderações por tecnologia e pelo valor da produção agrícola e pecuária. Estes poderão ser obtidos pelo Valor Bruto da Produção (VBP) do Mapa ou da Produção Agrícola Municipal (PAM) do IBGE do município (em reais). Nesse panorama, as informações serão avaliadas, mediante os pesos atribuídos às diferentes tecnologias viabilizadas, sendo elas 2G, 3G, 4G e NB-IoT.

Aplicativo de gestão financeira e rentabilidade

Ainda em parceria com a UFV, a ConectarAGRO desenvolveu um aplicativo de gestão financeira e rentabilidade das propriedades rurais. Direcionado a pequenos agricultores, o projeto visa mensurar os benefícios da conectividade para a agricultura familiar na Zona da Mata de Minas Gerais. 

Oferecendo praticidade e facilidade na composição de custos, o aplicativo é fruto de um protocolo de pesquisa que ouviu 100 agricultores da região, sobre diagnóstico e percepção da tecnologia no campo. Em seguida, foram selecionados 25 produtores para a coleta de inventário, análise de movimento de caixa e mapeamento da propriedade.

Em sua fase atual, a iniciativa conta com o amplo acompanhamento e capacitação dos agricultores selecionados por meio de oficinas e oferta de tecnologias que auxiliam a análise dos impactos das ferramentas digitais na agricultura.

Simulador de Benefícios 

Em versão atualizada, o Simulador de Benefícios ConectarAGRO tem o objetivo de demonstrar os potenciais ganhos para o agricultor ao ter a conectividade e o uso das tecnologias digitais em sua propriedade e gestão agronômica.

Baseada em dados médios coletados de estudos científicos e da experiência de associadas, a aplicação quantifica o impacto na performance (redução de custo x aumento de produtividade) de uma fazenda conectada.

A ferramenta gratuita tangibiliza, de forma completa, a economia promovida pela conectividade ao produtor rural. Além disso, o Simulador proporciona recursos como a agricultura de precisão e uma infinidade de novos produtos e serviços habilitados.

O Simulador está disponível no site da ConectarAGRO.

Formação Conectada

Com o propósito de fomentar o desenvolvimento social humano por meio de soluções tecnológicas, a ConectarAGRO articulou, em parceria com a Fundação André e Lucia Maggi (FALM), o projeto educacional Formação Conectada. Focada na população de Vila Itanorte, em Campo Novo dos Parecis-MT, a proposta atende a trabalhadores, educadores e estudantes da área rural.

No eixo de ensino técnico, o Formação Conectada realiza cursos por meio da educação tecnológica acessível, a fim de qualificar profissionais da região sobre tecnologias e inovações. Desse modo, operadores de máquinas são capacitados acerca de interpretação de dados e uso de ferramentas relacionadas à agricultura de precisão.

Além disso, o projeto incentiva a educação tecnológica a partir da melhoria de metodologias, ferramentas e indicadores pedagógicos para professores do ensino fundamental e médio. A formação continuada de educadores contempla módulos sobre competências digitais, papéis entre aluno e professor nas práticas pedagógicas, usos de recursos de apoio e aplicativos para fixação de conteúdos em sala de aula.

O Formação Conectada também atua na identificação de pontos-chaves que garantam a infraestrutura de distribuição de WiFi de alta qualidade para que as atividades digitais de professores e alunos sejam realizadas com sucesso. 

HELM adquire maioria das ações da startup de agritech Plantix

Liderar a transformação digital na agricultura em direção a uma agricultura sustentável do ponto de vista ambiental e econômico é a visão da startup; HELM e a Plantix unem forças a partir de agora para ampliar essa visão globalmente.

A HELM, empresa familiar, distribuidor multifuncional líder mundial, já investiu na startup agritech Plantix (registada como: PEAT GmbH) em 2020, com base na ambição partilhada de permitir que os pequenos agricultores de todo o mundo cultivem de forma mais eficiente e sustentável.

O valor central da solução totalmente digital da Plantix é o aplicativo baseado em imagens para reconhecimento de doenças e uma plataforma para disseminar as melhores práticas agrícolas. O aplicativo abrange 30 culturas agrícolas, detecta mais de 500 sintomas nas plantas, está disponível em 18 idiomas e tem mais de 15 milhões de downloads em todo o mundo. Além disso, a Plantix criou um ecossistema para que distribuidores conectem as necessidades do agricultor com fornecimento e financiamento. Os serviços são oferecidos gratuitamente.

A HELM e a Plantix se dedicam a tornar a tecnologia acessível, reduzir o impacto ambiental e aumentar a produtividade. O potencial é vasto: a ONU estima que mais de 500 milhões de pequenos agricultores estão formando a espinha dorsal da produção local de alimentos atualmente.

“Temos orgulho da parceria com a Plantix, que já atende a quase seis milhões de agricultores na Índia. Com a rede global da HELM, aumentaremos a presença da Plantix para apoiar mais agricultores. Ao mesmo tempo, a HELM expande seus recursos de tecnologia agrícola digital para reduzir o uso de recursos na  agricultura e, especialmente, o uso indevido de produtos de proteção de culturas”, afirma o Corporate Development da HELM, Daniel Tepe.

“Hoje é um grande dia para nós e para os agricultores e fornecedores que atendemos. Juntamente com a HELM, podemos dar continuidade à nossa visão de liderar a transformação digital na agricultura em direção a uma agricultura sustentável do ponto de vista ambiental e econômico”, acrescenta a fundadora e CEO da Plantix, Simone Strey.

O investimento na Plantix é uma das muitas etapas para moldar e comprovar o impacto futuro da HELM  dentro e fora do setor agrícola. Ter um impacto social e ambiental por meio de grandes investimentos é o caminho a ser seguido pela HELM. Ambas as partes estão muito animadas com o futuro conjunto da Inteligência Artificial (IA) na agricultura.

Os principais investidores em tecnologia, incluindo Atlantic Labs, Happiness Capital, Index Ventures, Piton Capital e RTP Global, entre outros, apoiaram a Plantix até o momento. “Estamos orgulhosos de ter apoiado a equipe da Plantix desde o início e acreditamos que a HELM AG é a parceira perfeita para a próxima etapa”, declara o sócio-gerente da Atlantic Labs, Marc-Olivier Lücke.

AgTech Garage anuncia novidades e abre inscrições para 5ª edição do Intensive Connection

O AgTech Garage — parte do network PwC e maior hub de inovação especializado na cadeia de Ag&Food Tech na América Latina — está com as inscrições abertas para o Intensive Connection 2023, programa de potencialização de startups que chega à sua 5ª edição com novidades e sete grandes empresas participantes. As Innovation l Corporates de 2023 são: a multinacional alemã de saúde e nutrição Bayer; a empresa global de agronegócio e alimentos Bunge; a Dexco, maior empresa brasileira do setor de materiais de construção, reforma e decoração; a companhia francesa Ceva Saúde Animal; aempresa global de tecnologia que fornece software e equipamentos para os setores agrícola, de construção e florestal John Deere; a marroquina de fertilizantes OCP e a também brasileira Sicredi,instituição financeira cooperativa.

De 2018 a 2022, mais de 600 startups se inscreveram no IC, como ficou conhecido o programa do AgTech Garage que tem ampliado seu alcance ano a ano e gerado valor por meio de conexões, parcerias, mentorias, provas de conceito e negócios, além do aculturamento sobre as práticas de inovação aberta no mercado agro e cadeias correlatas, como a de energia, tecnologia da informação e educação.

Este ano, a principal novidade é que o programa passa a ter um olhar especial para: startups que estão em fase de validação de negócios; startups que já atuam em outros segmentos e têm interesse de entrar no agro; e aquelas já com maior grau de maturidade no setor e que querem apostar em novas soluções, proporcionando uma experiência de imersão para que acessem novas oportunidades.

O objetivo é oxigenar ainda mais a base de startups inovadoras conectadas às empresas participantes do Intensive Connection e trazer para perto empreendedores dispostos a conhecer a realidade e os desafios do setor agro e florestal por meio de agendas institucionais, visitas ao campo e unidades industriais. Por meio do IC 2023, o AgTech Garage e os Innovation l Corporates do hub se comprometem a fomentar o ecossistema de inovação e a construir relacionamentos duradouros e ganha-ganha com startups desenvolvedoras de tecnologia de ponta.

“Para oxigenar de forma ainda mais ativa a base de soluções do AgTech Garage e dos nossos Innovation l Corporates trouxemos novidades para o Intensive Connection, que vai promover a imersão dos empreendedores no universo agro e florestal. Para as grandes empresas, o programa se fortalece também como um radar de longo alcance, que identifica as melhores oportunidades de negócios e de investimentos do campo à mesa do consumidor”, afirma José Tomé, CEO do AgTech Garage e sócio da PwC Brasil.

Gabriela Geraldi,Gestora de Comunidade de Programas de Inovação Aberta, conta ainda que esta edição será composta de duas etapas. A primeira fase, a “Jornada”, tem como pressuposto criar as bases para que uma relação longeva e de confiança se estabeleça entre a startup e a corporação. “A geração de valor na ‘Jornada’ é baseada em capacitar, aculturar e conectar o empreendedor à empresa, possibilitando que as startups conheçam o mercado dos Innovation l Corporates e se aproximem de atores estratégicos, áreas de negócio ou clientes”, diz. A fase, posterior, a “Alavanca”, tem como objetivo colocar em prática desenhos de negócio, como provas de conceito ou outros tipos de oportunidades estratégicas.

De acordo com Gabriela, todas essas ações permitem que os Innovation l Corporates assumam papel cada vez de maior protagonismo na construção das relações com as startups para se tornarem suas parceiras de escolha. “O Intensive Connection 2023 reafirma a responsabilidade das grandes empresas de fazer a diferença na trajetória dos empreendedores, com a geração de valor compartilhado”, afirma.

As startups interessadas em participar do programa podem se inscrever no Intensive Connection de 2 de maio a 2 de junho de 2023. Os principais critérios de seleção são: identificação com a proposta do IC e fit com a demanda estratégica proposta pelo Innovation l Corporate, além da participação permanente de um ponto focal da startup na construção do relacionamento com a grande empresa.

A lista de startups selecionadas para participar do programa será divulgada em 26 de junho. Serão selecionadas duas startups por Innovation l Corporate (Bayer, Bunge, Ceva, Dexco, John Deere, OCP e Sicredi).

Conheça, abaixo, os temas que norteiam a proposta de imersão para as startups escolhidas por cada grande empresa participante do programa e que poderão usufruir de uma jornada no Intensive Connection 2023:

Bayer

Robótica e automação: como a tecnologia pode potencializar a produção agrícola?

A Bayer segue fortalecendo seu objetivo de fomentar a transformação digital na agricultura. Nesse sentido, busca encontrar empreendedores que a apoiem na descoberta de como levar ainda mais oportunidades de otimização da produção e eficiência de resultados para o campo por meio da automação, seja via robótica, inteligência artificial ou outras tecnologias, com foco em promover o agro sustentável.

Dirceu Junior, Líder de inovação aberta na Bayer Crop Science para a América Latina, afirma que o Intensive Connection é um excelente campo para a Bayer explorar tecnologias disruptivas, capazes de aumentar a produtividade no campo com inovação, transformação digital e sustentabilidade. “Robótica e automação não são áreas de expertise da Bayer, mas são campos que se relacionam diretamente com o nosso compromisso de antecipar e trazer mais celeridade ao desenvolvimento de soluções que envolvem inteligência artificial, a fim de disponibilizar aos nossos clientes ferramentas completas e que estejam de acordo com

as demandas do agro do agora e do amanhã”, diz. Junto de startups de diferentes

segmentos, o objetivo é criar oportunidades de co-criar soluções para os produtores brasileiros com alto potencial de transformar a agricultura.

Bunge

Relacionamento de precisão: como construir a jornada phygital do time comercial e técnico focada no cliente?

A Bunge, junto de sua joint venture em parceria com a UPL, a Orígeo, conhece o desafio de proporcionar a melhor jornada para o cliente, buscando fidelizar, por meio de experiências, produtores de grãos de seu relacionamento direto no Brasil. Por meio do Intensive Connection, a empresa quer se conectar com empreendedores que sejam capazes de apoiar a melhoria das experiências desses clientes tanto em canais online quanto offline, garantindo a longevidade da sua geração de valor.

Roberto Marcon, CEO da Orígeo, destaca que o tema escolhido está alinhado à visão da companhia de ser o parceiro estratégico dos produtores rurais na jornada para a agricultura do futuro, que é cada vez mais sustentável e digital. “Pensando em formas de melhorar ainda mais a experiência dos produtores, a Bunge convidou a Orígeo para participar do desafio do IC deste ano. A Orígeo apoia o produtor desde o planejamento da safra até a logística pós colheita, com foco em garantir a produtividade, rentabilidade e sustentabilidade do negócio, e nosso objetivo é encontrar soluções que facilitem o relacionamento do time comercial com os agricultores ao mesmo tempo em que também nos apoie na sensibilização e engajamento de nossos clientes no uso de novas tecnologias e ferramentas digitais”, afirma. O programa permitirá que as startups selecionadas sejam expostas ao modelo de negócio da Orígeo, testem suas soluções em um ambiente com alto potencial de escalabilidade e recebam mentoria executiva da empresa.

Ceva

Cliente no centro da inovação aberta: Como catalisar a adoção tecnológica na pecuária?

A Ceva sabe da importância de se posicionar junto ao seu cliente final como uma empresa que inova e pensa o futuro. Com esta visão, a companhia busca estreitar seu relacionamento com startups que gerem valor para os pecuaristas de corte e de leite. O objetivo é ampliar o acesso a soluções tecnológicas para a pecuária, atentando sobretudo para a produção em confinamentos.

Giankleber S.Diniz, Diretor Geral da Ceva Brasil, diz que tendo a inovação como um de seus valores, a companhia busca catalisar a adoção de soluções que promovam a melhoria da rentabilidade da pecuária brasileira, com cuidado também ao meio ambiente e à sociedade. “Com a proposta deste ano buscamos gerar a conexão entre os pecuaristas e as startups. O objetivo é que a união destes players permita o desenvolvimento de soluções personalizadas que levem em consideração a dinâmica das fazendas de corte e de leite, gerando inovações que atendam aos anseios do mercado de amanhã”, afirma. A iniciativa, segundo ele, também reforça e materializa a missão da Ceva de ser uma empresa que atua para gerar valor para o cliente, indo além da saúde animal.

Dexco

Fertilizantes na silvicultura: como o uso otimizado pode contribuir para a máxima eficiência na produção florestal?

Considerando que os fertilizantes representam o segundo maior custo da produção de madeira a partir de florestas plantadas, a Dexco busca soluções para otimizar o uso desses insumos. A empresa quer somar esforços com os empreendedores para investir em soluções que minimizem perdas na cadeia de suprimentos e garantam a eficiência da aplicação, além de considerar fontes alternativas de adubos.

Lucas Machado, Gerente de Competitividade e Inovação em Madeira da Dexco, ressalta que a estreia da empresa no Intensive Connection é parte da estratégia de posicionar o negócio como benchmarking global em produtividade e competitividade no setor florestal de eucalipto. Nesse processo, a cooperação é tida como fundamental pela empresa, seja com as startups ou com seus pares Innovation l Corporates. “Vemos o programa como uma porta aberta para aprender com nossos colegas da agricultura e com as agtechs, a fim de buscar soluções que possam ser aplicadas na silvicultura. Hoje, os fertilizantes são parte muito relevante dos nossos custos e enxergamos oportunidades de inovar esse cenário com o ecossistema agro”, diz. A jornada com a Dexco contará com visitas às suas instalações florestais e industriais, além de acesso à sua expertise em ESG.

John Deere

Concessionárias da Agricultura 5.0: como a ciência de dados gera valor para a cadeia?

A John Deere contribui cada vez mais para a digitalização da agricultura e compreende o potencial dos dados recebidos por meio de suas concessionárias para gerar valor para o seu cliente final que está no campo. Deste modo, a empresa visa as oportunidades de negócio e de desenvolvimento de soluções que apoiem a automação e análise de dados e métricas. Com isso, a John Deere ganha eficiência para os seus concessionários e, consequentemente, vantagens para o cliente final em suas tomadas de decisão.

Leandro Carrion, Gerente de Inovação, Geração de Valor e Experiência do Cliente da John Deere, destaca que o Intensive Connection é um grande exemplo de como grandes companhias e startups podem se beneficiar da troca mútua de experiências. “Com o IC, a John Deere soma à sua expertise de mais de 185 anos de história e à maior rede de concessionários da América Latina, o conhecimento inovativo das startups. Assim, os clientes da empresa têm à sua disposição cada vez mais automação e inteligência artificial, permitindo que usufruam da digitalização do campo e façam bom uso das grandes quantidades de dados captados e processados em suas propriedades”, diz. A iniciativa corrobora o compromisso da John Deere de promover a geração de valor compartilhado com o mercado e permitir que grandes transformações ocorram de forma colaborativa.

OCP

Dados integrados na cadeia de insumos: como a informação impacta a excelência da distribuição de fosfato no Brasil?

A OCP Brasil fornece boa parte dos fertilizantes fosfatados que impulsionam o agronegócio nacional. Toda a cadeia logística, desde a fabricação dos produtos no Marrocos até a chegada deles aos portos brasileiros, ocorre de forma integrada. Assim, a empresa garante a excelência inclusive na etapa final, que é a entrega aos clientes. O objetivo neste ano será a colaboração com startups que possam propor soluções que visem controle e otimização desses processos em busca de maior eficiência operacional.

Ademir Bazzotti , Vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios e Inovação da OCP Brasil, relembra que a OCP é uma empresa marroquina centenária cujas operações se expandiram para cobrir toda a cadeia de valor do fosfato. No Brasil, o grupo tem fortalecido significativamente a sua presença e, por meio do lema “Trazendo o fósforo à vida”, traduz suas muitas responsabilidades e desafios. “Entre os nossos desafios está planejar, receber, estocar e entregar com excelência fertilizantes tão necessários às lavouras brasileiras. Por isso, a busca por processos monitorados e dados integrados dos nossos produtos nesta 5ª edição do programa Intensive Connection”, afirma.

Sicredi

Sustentabilidade no agro: como fomentar a adoção de práticas sustentáveis por meio do cooperativismo de crédito?

O Sicredi quer gerar valor aos produtores rurais, levando desenvolvimento sustentável para as regiões onde atuam. Com esse foco, a instituição financeira busca empreendedores que estejam dispostos a conhecer mais sobre o sistema cooperativo, bem como ter contato com as dores de produtores rurais, a fim de encontrar soluções que os apoiem na adoção de boas práticas socioambientais na agricultura, pecuária e demais atividades rurais, garantindo o bem-estar de toda a sociedade e o equilíbrio entre produção e conservação.

Luis Henrique Veit, Superintendente de Agronegócios do Sicredi, destaca que com este desafio o Sicredi pretende selecionar startups que possam auxiliar seus associados na adoção de práticas sustentáveis, seja por meio de assessoria ou de ferramentas tecnológicas. “No cooperativismo, não fazemos nada sozinhos e nossa parceria com o ecossistema de inovação é fundamental para que possamos estar cada vez mais ao lado do produtor não apenas com a concessão de crédito, mas também apresentando soluções, inovações e tecnologias que possam apoiá-lo, para que sua evolução aconteça de forma consciente, alinhando rendimentos com sustentabilidade”, diz. Somente no agronegócio, o Sicredi conta com mais de 682 mil associados, sendo 77% deles da agricultura familiar, 16% produtores de médio porte e 6% produtores de grande porte.

Para outras informações e inscrições, as startups devem acessar a página do Intensive Connection no site do AgTech Garage.

AGRISHOW LABs aproximará produtores rurais de inovações tecnológicas para o campo

A Agrishow 2023 – 28ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação é um dos principais eventos para apresentar novas tecnologias para o agronegócio brasileiro, estimulando o aumento de produtividade, mais eficiência, menor custo de produção e mais sustentabilidade nas propriedades rurais brasileiras de todos os portes.

Para aproximar esses produtores rurais das inovações tecnológicas aplicáveis no seu dia a dia, a Agrishow 2023, que acontece entre os dias 1 e 5 de maio, em Ribeirão Preto/SP, em novo horário, das 9h às 18h, contará com o Agrishow Labs, uma arena de tecnologia para o campo, onde os visitantes poderão conhecer o que há de mais moderno e inovador para beneficiar suas culturas e suas pastagens. A atração acontecerá na área da Arena de Tecnologia e Inovação, a partir do segundo dia de evento.

As principais startups do agro apresentarão diversas soluções que atendam as reais demandas do setor. O ambiente será propício para o contato entre produtores rurais e tecnologias.

O espaço ainda abrigará a segunda edição do Prêmio Agrishow de Startups, cujo objetivo é dar visibilidade e valorizar as AgTechs brasileiras, expondo suas soluções inovadoras a um público altamente qualificado e com disposição para incorporar no seu dia a dia essas tecnologias. Assim, será montado um palco com telão para as apresentações das startups finalistas. As inscrições se encerraram em meados de março com um número expressivo de participantes.

A primeira edição do Prêmio Agrishow de Startups foi realizada em 2022 e contou com mais de 400 startups inscritas, 25 pré-selecionadas, 10 finalistas e 3 premiadas, que ofertavam soluções diversas para as variadas áreas do agronegócio. A vencedora foi a Tarvos, que disponibiliza soluções de controle de pragas, por meio armadilhas inteligentes, que utilizam um sistema de coleta de dados no campo com modelos bioestatísticos.

O Agrishow Labs foi idealizado para ser uma jornada de conteúdo digital sobre tecnologia e inovação, cujos episódios contam com mais de 60 mil visualizações no YouTube, com o objetivo de impulsionar o desenvolvimento tecnológico do agro nacional, bem como dar espaço para novas soluções que proporcionem aos produtores rurais diversos benefícios. O ponto alto da jornada acontece na Agrishow. Em 2022, o espaço possibilitou que as startups tivessem mentorias, reuniões e outras atividades.

A Agrishow 2023 terá ainda o “Agrishow Pra Elas”, com atividades de conteúdo e relacionamento dedicado às mulheres do agro, e a participação de mais de 800 marcas nacionais e internacionais que apresentarão diversos lançamentos para o setor. A expectativa é reunir mais de 190 mil visitantes.

Para conhecer de perto os expositores e as atrações da feira, acesse o site oficial e adquira o ingresso antecipado e com desconto. Uma novidade desta edição é a possiblidade de adquirir também de forma antecipada e com desconto o ticket de estacionamento por meio deste link.

A Agrishow 2023 é uma iniciativa das principais entidades do agronegócio no país: Abag – Associação Brasileira do Agronegócio, Abimaq – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, Anda – Associação Nacional para Difusão de Adubos, Faesp – Federação da Agricultura e da Pecuária do Estado de São Paulo e SRB – Sociedade Rural Brasileira, e é organizado pela Informa Markets, integrante do Grupo Informa, um dos maiores promotores de feiras, conferências e treinamento do mundo com capital aberto.

AGRISHOW 2023 – 28ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação

Data: 1 a 5 de maio
Local: Rodovia Antônio Duarte Nogueira, Km 321 – Ribeirão Preto (SP)
Horário: das 9h às 18h
www.agrishow.com.br

T4 Agro seleciona as primeiras Agrotechs para desenvolver

A T4 Agro, incubadora e aceleradora de startups dedicadas ao agronegócio, selecionou as duas primeiras iniciativas para apoiar, as empresas WGM Agrisoluttions e a Precision Rain. Ambas foram identificadas em um universo de trinta e três empresas selecionadas pelo Instituto SENAI de Tecnologia, do Estado do Mato Grosso, em um programa de pré-aceleração de startups organizado pela instituição. A WGM Agrisolutions e a Precision Rain criaram tecnologias consideradas de grande potencial, e agora vão contar com o suporte da T4Agro para seu desenvolvimento. As empresas vão contar com o apoio da UISA, uma das maiores biorrefinarias do País, localizada em Nova Olimpia (MT), para evoluir seus negócios.

“Identificamos duas iniciativas com grande potencial de empreendedores aqui do Mato Grosso. Isso reforça a nossa crença na criação de um pólo regional de inovação e tecnologia. Agora, essas empresas vão receber apoio, e serão instaladas em um ambiente propício para o seu desenvolvimento. Temos uma grande e moderna biorefinaria, uma imensa área plantada, uma logística complexa. Isso cria um ambiente desafiador e propício para teste de novas tecnologias. Depois de testadas, as soluções poderão ser também oferecidas ao mercado”, diz Julio Mila, CEO da T4 Agro.

A WGM Agrisolutions nasceu da iniciativa de um grupo de alunos da Universidade Federal de Mato Grosso, a partir de um projeto de iniciação científica. A empresa desenvolveu uma solução para monitorar fatores de solo-planta-atmosfera, gerando dados que aliados aos conhecimentos científicos, e a modelos de Inteligência Artificial, dão aos produtores rurais um diagnóstico da qualidade de solo, previsão da ocorrência de pragas e doenças. Isso permite um melhor manejo de irrigação, aplicação de fungicidas e fertilizantes, gerando redução de custo e aumento de produtividade.

A Precision Rain foi criada por um grupo de professores doutores da Fatec Senai do Matogrosso, que desenvolveram uma tecnologia que permite o aumento da precisão nas previsões meteorológicas e pluviométricas. O projeto prevê a captação de dados oriundos das estações próprias, bem como de diversas fontes complementares. Esses dados são submetidos a um modelo de inteligência artificial, gerando informações com alto grau de precisão em áreas específicas da propriedade do produtor. E tudo isso é disponibilizado em tempo real para o produtor através de um aplicativo de fácil utilização. O uso das informações resulta otimização de uso de defensivos, melhor organização da frota e redução de gastos com combustíveis e pessoal, além do aumento da produtividade, a partir melhor programação do plantio e da colheita.

Empresas terão suporte do “ecossistema” da T4 Agro

UISA e o Fundo de Private Equity CVCIB criaram a T4 Agro para identificar projetos que possam aproveitar oportunidades de negócios e solucionar, de forma sustentável, problemas para empresas do setor agrícola. De forma pioneira, a incubadora está sediada dentro das instalações da UISA, produtora de energia limpa, alimentos e produtos saniantes, localizada no Mato Grosso. O objetivo é que as startups estejam em um ambiente que reproduza de forma real as várias etapas de produção do agronegócio.

A T4 Agro chega ao mercado com um modelo diferente de atuação no que se refere à estruturação dos novos negócios. Seu grande diferencial vai ser o apoio e as sinergias com a UISA e com as demais empresas investidas do CVCIB, que tem investimentos na securitizadora VERT, e na fintech do agronegócio criada pela VERT e pela XP (DuAgro). Os projetos selecionados pela T4 Agro vão poder contar também com o suporte tecnológico da Hyperspace, especializada em processos de digitalização de negócios, além de contar com assessoria financeira e jurídica de renomados profissionais que são investidores do CVCIB.

A T4Agro tem três frentes de atuação. Uma é a incubação de empresas que estiverem no início do desenvolvimento de tecnologias voltadas para o agro. Outro foco será o apoio a empresas com soluções já mais desenvolvidas, mas que precisam de apoio para ganhar escala. Outra frente de atuação será o desenvolvimento de inovações já em gestação dentro da UISA, que poderão, inclusive, vir a ser oferecidas para o mercado.

KPTL investe R$ 3 milhões na startup Ecotrace

Após se destacar pela solidez de seus serviços desde sua recente fundação, em 2018, a Ecotrace agora chama a atenção de um player de peso. A KPTL, uma das principais gestoras de Venture Capital do Brasil, acaba de anunciar a startup especializada em rastreabilidade com sistema baseado na tecnologia Blockchain como a sua mais nova investida. Assim, a KPTL chega a 9 Agtechs em seu portfólio, se consolidando como uma das principais gestoras no segmento.

O montante investido nessa rodada é de R﹩ 3 milhões e os recursos do aporte são do Fundo Criatec 3, que tem entre os principais cotistas o BNDES e bancos de desenvolvimento regional e agências de fomento à inovação. Entre 2019 e o fim deste ano a Ecotrace captou um total de R﹩ 5 milhões, o que mostra o embalo da jovem companhia.

A empresa iniciou sua atuação no mercado de carne bovina e logo expandiu para o mercado de aves e algodão. Entre seus principais clientes estão as maiores empresas de proteína animal do Brasil, entre elas JBS, Minerva e Frigol, que aumentam a transparência de suas cadeias de produção com o sistema da Ecotrace. Atualmente, a empresa também vem atuando em um projeto na cadeia do algodão juntamente com a ABRAPA (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão).

Para Flavio Redi, CEO da Ecotrace a nova rodada só valida a trajetória até aqui. “Adaptação e olhar para as oportunidades foram os fatores mais importantes para colher resultados positivos. A consolidação de grandes contratos em um período de pandemia e o fechamento de um investimento desse montante só valida que estamos no caminho certo. Esse é nosso terceiro aporte – foram dois investimentos-anjo – e chega numa ótima hora. Fizemos toda a prova de conceito, demonstramos que o mercado está interessado em nossa plataforma e agora estamos com o caixa abastecido em condições de melhorar nossas ferramentas e escalar rapidamente o projeto. Uma empresa com três anos de vida e já no terceiro aporte indica o potencial que temos pela frente”, acredita Redi.

Da forma como foi estruturada pela empresa, a tecnologia Blockchain para a rastreabilidade pode ser utilizada em diversos setores sem necessidade de grandes alterações na tecnologia. Assim, o principal diferencial da Ecotrace em relação aos concorrentes é a maneira como coleta e analisa os dados recebidos. Existe uma integração com os ERPs da empresas, integrado com soluções de Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês) e Inteligência Artificial, que possibilita coletar informações com a menor margem de erro possível.

Como se sabe, o agronegócio brasileiro vem sofrendo pressões de investidores, compradores e sociedade para garantir a responsabilidade socioambiental. A cada dia o consumidor está mais atento ao produto que adquire. Por exemplo, a procedência de uma carne, os cuidados com bem estar animal, as exigências no processo industrial do ponto de vista sanitário, estão entre as informações que são cada vez mais relevantes ao consumidor.

Importante lembrar que a tecnologia hoje também é fundamental para garantir o acesso de produtos brasileiros a mercados como Europa, China e Estados Unidos. A rastreabilidade da cadeia de produção, controle, governança e transparência de ponta a ponta da cadeia de valor é o core business da Ecotrace.

A Ecotrace criou uma plataforma que possibilita digitalizar a rastreabilidade. Assim, consegue prover e consultar informações mais rápido. Atendendo a RDC24, é possível aplicar um recall e oferecer transparência ao consumidor. “A rastreabilidade hoje nas grandes companhias está incorporada no ERP e com isso fica muito mais lento para qualquer ajuste ou adequação de processo de acordo com a demanda de abertura de novos mercados. Quando digitalizamos a rastreabilidade, trazendo os dados para uma camada separada do ERP, ganhamos agilidade para respostas rápidas exigidas pelo mercado”, detalha Redi.

“Como parte do nosso compromisso com a sustentabilidade, a qualidade e a segurança dos nossos produtos, estamos levando nossos processos de due diligence a todos os elos da cadeia produtiva. Encontramos na Ecotrace um parceiro capaz de nos apoiar nesse desafio”, afirma Emília Raucci, diretora de Qualidade na JBS.

De acordo com Renato Ramalho, CEO da KPTL, o que chamou a atenção da gestora foi a complexidade da solução e velocidade de tração da startup. “A Ecotrace tem uma mistura de aspectos sedutores para quem investe em inovação e tecnologia no Agro. De um lado, um empreendedor maduro e profundo conhecedor do setor por mais de 12 anos. De outro, resultados expressivos em apenas 3 anos de vida”, resume Ramalho.

Fundador da companhia, Flavio Redi possui mais de 12 anos de experiência no setor de agronegócio. Em 2007, ajudou a criar a empresa Gestão Agropecuária (GA), que desenvolveu um software para gerenciamento de confinamento que monitora hoje 5,8 milhões de cabeças de gado. Desde maio, a GA também pertence ao portfólio da KPTL.

Além de Redi, outros dois empreendedores o acompanham na liderança da empreitada. Graduado em Ciência da Computação com MBA em Gestão Empresarial pela FGV e com mais de 25 anos de experiência em tecnologia, está Eric Luque, CTO da empresa, especialista focado em Inteligência Artificial e Sistemas Distribuídos e criador de conteúdo para o blog A.I.nteins relacionado a Inteligência Artificial. Já Antônio Hélio Waszyk foi o primeiro Investidor-Conselheiro na startup, executivo sênior com experiência construída internacionalmente com responsabilidades em funções estratégicas e operacionais, passando por EUA, França, Suíça, Israel, Filipinas, Malásia, Cingapura, somado 38 anos de sua carreira profissional na Nestlé.

BASF e Mercedes-Benz aceleram startups para o setor agrícola

Com o objetivo de agregar valor em toda a cadeia produtiva da agricultura, a BASF, por meio de sua plataforma de inovação e empreendedorismo AgroStart, juntou-se à Mercedes-Benz na busca de soluções para a mobilidade agrícola nas categorias de robótica/mobilidade, sensores/IoT, conectividade, gerenciamento da lavoura com o uso de telemetria e smart farming.

As startups selecionadas foram a Cropman, responsável por oferecer soluções em diagnósticos de solos de alta precisão e rendimento, a Pix Force, que desenvolve soluções para interpretar imagens e vídeos por meio de Inteligência Artificial, e a Kalliandra, empresa com foco em agricultura irrigada.

Para Eduardo Menezes, gerente de Produtos Digitais da Divisão de Soluções para Agricultura da BASF na América Latina, “a Mercedes-Benz traz toda a sua expertise sobre mobilidade, que, aliada à expertise de campo da BASF, formam uma combinação promissora para o desenvolvimento de novas soluções que apoiem os desafios desse segmento”.

Na agricultura, os segmentos de robótica, Internet das Coisas, sensoriamento, drones, e outros, estão todos ligados à mobilidade, uma das principais dores levantadas pelos agricultores. “As startups escolhidas para o processo de mentoria e aceleração trazem serviços que vão ao encontro das necessidades dos agricultores. Juntos, BASF e Mercedes-Benz, pretendemos cocriar soluções que envolvam estas diferentes frentes. Nossa intenção é a de atender demandas reais, envolvendo nossos clientes no processo e gerando benefícios para todos os lados”, complementou.

O objetivo da parceria é o de impulsionar a produtividade e rentabilidade no campo. Esse compromisso ganha ainda mais força com a aceleração das startups selecionadas em cada categoria. Os cases concorrentes foram avaliados em apresentações online por uma banca formada por representantes da BASF, Mercedes-Benz do Brasil, Grunner, Raízen e Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha. Ao todo, 57 startups se inscreveram no projeto.

Mercedes-Benz passa a fazer parte do Ecossistema AgroStart

Criado há pouco mais de dois anos, o Ecossistema AgroStart reúne parceiros de diferentes segmentos com especialistas e infraestrutura para desenvolver produtos ou serviços de forma rápida e escalável. Hoje fazem parte desta iniciativa a Bosch, o Banco do Brasil e a Samsung. A fim de oferecer experiências, ferramentas e visibilidade aos empreendedores que buscam criar soluções competitivas para o setor, a Mercedes-Benz se junta ao time de empresas parceiras.

“Com essa parceria com a BASF, buscamos encontrar propostas que irão possibilitar impactos positivos para a cadeia agrícola brasileira, auxiliando os agricultores”, declarou Karl Deppen, presidente da Mercedes-Benz do Brasil e CEO América Latina. “Apoiamos assim as startups no desenvolvimento de tecnologias que possam gerar maior produtividade e mais rentabilidade no campo. Juntos, vamos acelerar ainda mais o agronegócio, o setor que puxa o crescimento da economia no País”, finalizou.

TerraMagna é vencedora de etapa brasileira da Startup World Cup

A TerraMagna, agtech de crédito para produtores rurais brasileiros, é a vencedora da etapa brasileira da Startup World Cup, a principal competição do gênero do mundo. O anúncio foi feito na tarde desta quinta-feira, 17/12, pelo Secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, Gustavo Junqueira, após o segundo dia de apresentações das 10 finalistas.

Durante a edição deste ano do evento, que teve como foco soluções para problemas específicos do agronegócio, o diretor-executivo e cofundador da TerraMagna, Bernardo Fabiani, mostrou como a startup usa fontes alternativas, como dados de satélite, para avaliar o risco de vendas a prazo de insumos e fornecer crédito para pequenos e médios produtores. Por meio de parcerias desenvolvidas com distribuidores e indústrias para definição do rating de crédito de produtores e gestão de penhores de safra, a empresa também conecta as dívidas desses produtores ao mercado de capitais, possibilitando que credores antecipem seu recebimento.

O próximo desafio para Fabiani e Rodrigo Marques, também cofundador e COO, será concorrer com outras startups do mundo a um investimento de US$ 1 milhão, no Vale do Silício, nos Estados Unidos, em 2021. Segundo Fabiani, vencer a etapa foi o reconhecimento da importância que o crédito tem para toda a cadeia de valor do agronegócio. “Quem olha para uma lavoura, muitas vezes não consegue ver toda a infraestrutura que existe por trás para permitir que ela exista, todos os insumos necessários. A agricultura brasileira é extremamente baseada em crédito e percebemos que existia essa carência do mercado de uma solução de crédito. O que fizemos foi justamente criar uma maneira, digamos assim, de resolver o insumo que dá origem a todos os outros insumos, que é o crédito. É uma vitória para a TerraMagna, sem dúvida, mas é uma vitória também para a agricultura do Brasil”, salienta Fabiani.

Ao anunciar a vencedora, o Secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, Gustavo Junqueira, parabenizou todas as startups participantes e as finalistas, por todo o trabalho realizado e aos juízes que contribuíram para o sucesso do evento. “Parabéns à TerraMagna! Ficamos muito honrados de tê-los representando o Brasil na próxima etapa da Startup World Cup”. Os jurados desta edição foram: Tomás Peña (The Yield Lab), Francisco Jardim (SP Venture), Marco Poli (Closed Gap Ventures), Paulo Silveira (FoodTech Hub Br), Rosana Jamal (Baita), Alain Marques (AgVenture) e Franklin Ribeiro (InvestSP).

Promovida em mais de 50 países pela Pegasus Tech Venture, o evento faz parte da programação da São Paulo Tech Week 2020 e conta com os apoios da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo e da Invest SP – Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade.

Inscrições para regional Brasil da Startup World Cup 2020 estão abertas

Estão abertas as inscrições para a Regional Brasil da Startup World Cup 2020, a maior competição de startups do mundo, promovida em mais de 50 países pela Pegasus Tech Venture. A edição deste ano da competição está focada em Agtechs, Foodtechs e startups que ofereçam soluções para problemas específicos do agronegócio. A Startup World Cup 2020 – Regional Brasil está sendo realizada com o apoio da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo e da Invest SP – Agência Paulista de Promoção de Investimentos e Competitividade.

A startup vencedora da etapa brasileira concorrerá a um investimento de US$ 1 milhão no Vale do Silício em 2021. A Startup World Cup Brazil deste ano tem como propósito apoiar o desenvolvimento e o crescimento de ecossistemas de inovação voltados a soluções para o agronegócio.

“O Brasil vem se destacando como um dos ecossistemas mais propícios à inovação no agronegócio e a Startup World Cup representa uma grande oportunidade de reconhecimento e visibilidade a iniciativas que trazem soluções disruptivas e ágeis aos desafios do setor”, destaca o Secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo, Gustavo Junqueira.

As startups interessadas em participar da Startup World Cup podem se inscrever até o dia 15 de novembro de 2020 pelo site http://tinyurl.com/startupworldcupbrazil

As 10 startups finalistas farão seus pitches (apresentações curtas) em inglês em dezembro de 2020. O evento poderá ser acompanhado de maneira online e gratuitamente.

Startup Agrofy abre vagas de emprego

A Agrofy, startup argentina que busca ser o maior marketplace para o agronegócio do mundo, está com vagas abertas para a América Latina e oferece oportunidades de carreira em várias áreas.

Essa é a oportunidade para quem busca atuar em uma das principais Agtechs da América Latina, que está trilhando seu caminho para ser o primeiro unicórnio do segmento. Confira as 8 vagas mescladas entre administração, vendas e marketing:

No Brasil, estão abertas as vagas para Digital Account Executive Jr; Customer Insights Specialist; Key Sales Executive Senior; Sales Corporate Manager; Sales Executive Senior; e Agro Payments Development. Para a Argentina, a oportunidade é para a posição de Inside Sales Executive Jr.

Acesse www.agrofy.com.br/profissionais, conheça a história da Agrofy e confira todas as informações sobre as vagas ofertadas.

Agrotools anuncia 16 vagas

Na contramão do cenário, que vive seu período de retenção e incertezas econômicas, a Agrotools, maior AgTech da América Latina, mantém seu destaque no mercado de agronegócios e registra desenvolvimento em ritmo acelerado. Com crescimento na casa dos 70% em relação ao mesmo período do ano passado, a empresa mantém os planos de expansão. Desde o início da quarentena e das medidas de isolamento social, a agtech já ampliou em 35% o quadro de funcionários e anuncia novas vagas para diversas áreas.

Focada em contratações, a AgTech busca profissionais em diversos níveis profissionais, de posições mais estratégicas como, Head de Administrativo, Produtos, Canais Digitais e Marketing até Executivo de Vendas, Analista de GEO, Desenvolvedores e Designer UX/UI. A empresa também está com vagas abertas para estagiários – no suporte das áreas de Marketing e Negócios, Comercial, Finanças, Análise Geográfica e Ambiental e Projetos

“A Agrotools está crescendo de forma exponencial e, para continuar nesse ritmo, buscamos profissionais apaixonados pelo que fazem e pelo nosso negócio, pessoas de mente brilhante”, destaca Sérgio Rocha, CEO da Agrotools. “Estamos em constante busca por talentos, profissionais que enxerguem na Agrotools uma chance de desenvolvimento para construir conosco a maior AgTech do mundo”, completa o executivo.

Desde o início da pandemia, a empresa tem feito contratações sem fronteiras (pessoas que continuarão em regime remoto, mesmo após a volta aos escritórios) e presenciais, nos escritórios de São Paulo e São José dos Campos. Os novos contratados passarão por todo o processo seletivo e de integração de maneira remota.

Os interessados podem saber mais sobre as posições abertas e se candidatar em http://agrotools.gupy.io/

Certificações GPTW e B Corp além de iniciativas

Recentemente certificada pelo Great Place to Work e B Corp, a Agrotools tem suas pessoas como um pilar central, sempre trabalhando pela segurança e bem-estar de todo seu time. Desde a transição para o home-office, a empresa tem dado todo o apoio necessário nas limitações de cada um de seus mais de 100 colaboradores.

A AgTech adotou estratégias para manter a união e bem-estar, como a disponibilização de aulas de yoga e meditação, psicólogos e materiais para adaptação do local de trabalho em casa, além de happy hours virtuais e campanhas de inovação. “O trabalho é remoto, mas não à distância. Nossa cultura e valores são muito sólidos, e por isso somos reconhecidos por ter um time engajado e feliz com seu ambiente de trabalho”, reforça o CEO.

Segundo levantamento da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o agronegócio foi o que mais gerou empregos com carteira assinada no primeiro semestre de 2020. Neste período, o setor registrou 62,6 mil novas vagas no país. No período em que vivemos, a demanda por alimentos aumentou, assim como a produtividade brasileira. Interligando os mercados de tech e agro, duas áreas em expansão, a Agrotools passa por um bom momento, ajudando muitas empresas a enfrentar as situações adversas causadas pela pandemia.

Bunge fecha parceria inédita com Orbia para negociação digital de grãos

Em um movimento pioneiro e inovador, a Bunge, uma das maiores empresas de agronegócio e alimentos do mundo, firmou parceria com a Orbia, o maior marketplace de insumos agrícolas do Brasil, para comercialização de commodities em ambiente totalmente digital. Com a entrada na plataforma da Orbia, a Bunge abre caminhos para um formato inédito de originar grãos, tornando-se a primeira trading no Brasil a realizar essa operação.

“O agronegócio sempre foi muito inovador da porteira para dentro e, agora, a Bunge está liderando o movimento de modernização dos processos de comercialização e transporte da porteira para fora. Com essa parceria, estamos revolucionando a forma de fazer negócios para responder às demandas na velocidade que o mercado requer, nos preparando para o futuro, investindo em ações que nos colocam à frente no processo de inovação do setor”, comenta o diretor de Originação da Bunge, Roberto Marcon.

A Orbia reúne a possibilidade da compra e venda de insumos, comercialização de commodities e programa de pontos, de forma a acompanhar a jornada do produtor, desde o planejamento da produção até a comercialização da sua safra. Assim, o produtor rural tem uma experiência completa e única, por meio de uma ferramenta totalmente digital, amigável e intuitiva. A plataforma possui 170 mil usuários, o que corresponde a 70% da área plantada no país, e 117 canais de distribuição cadastrados.

Com essa parceria, a Bunge aporta seu conhecimento em commodities, administração de risco e força logística à plataforma, além de tornar a Orbia o marketplace com o maior footprint de silos e fábricas de processamento de soja no país. “Nossa missão é conectar os produtores rurais a uma rede ampla para facilitar os seus processos. Já vínhamos cumprindo com esse objetivo dada a nossa presença nacional e a relevância da nossa solução, evidenciada pelo maior programa de coalizão do agronegócio e a consolidação da nossa liderança na comercialização digital de insumos agrícolas. Contar agora com a expertise de mais de 200 anos da Bunge na comercialização global de grãos reforça a nossa proposta de valor”, afirma o CEO da Orbia, Ivan Moreno.

No caminho rumo à transformação digital, a Bunge vem investindo em uma série de soluções tecnológicas dentro de seu negócio principal, antecipando-se à nova dinâmica do futuro dos negócios. “Recentemente, lançamos o aplicativo Vector, ferramenta que possibilita a digitalização de todo o processo de contratação de frete rodoviário para o transporte dos grãos da empresa, por meio de um aplicativo que agiliza o processo e reduz a necessidade de interação direta na negociação. Além disso, juntamente com outras tradings, somos fundadores da Covantis, iniciativa dedicada a implementar o blockchain no comércio global de commodities, cujo intuito é melhorar a velocidade e segurança tecnológica nas operações de exportação. Ao atuarmos de forma digital nas frentes de Originação, Logística e Exportação, com Orbia, Vector e Covantis, respectivamente, estamos revolucionando as bases do nosso negócio, liderando as mudanças tecnológicas do setor”, afirma Júlio Garros, Vice-Presidente Global de Transformação de Negócios, Serviços Compartilhados e TI da Bunge.

Importância do crédito rural para o Brasil

Por Rafael Sant’Anna

Apesar da perspectiva de queda do PIB brasileiro em torno de 6% este ano, em decorrência da pandemia da Covid-19, o agronegócio continua sendo o principal motor da economia nacional, mantendo suas exportações e o abastecimento interno. Assim, é fundamental que os produtores rurais continuem encontrando condições para investir e cresce.

Nesse contexto, é importante a chamada MP do Agro, aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada como Lei Nº 13.986/20 pelo presidente da República, em 7 de abril último. Esta norma foi concebida para modernizar a legislação que regula o financiamento rural no Brasil e atrair recursos do setor privado, especialmente por meio da criação de fundos e garantias em benefício do produtor rural. Trata-se de algo importante para os produtores, pois o texto prevê mudanças relacionadas ao sistema de crédito rural, como aval solidário e o chamado patrimônio de afetação, que interfere na concessão de garantias para a obtenção dos financiamentos.

É fato que existem diversos sistemas de crédito. O Plano Safra 2019/2020, em vigor desde julho do ano, apresentou boas perspectivas para os produtores, com recursos de R$ 225,59 bilhões, sendo R$ 169,33 bilhões para crédito rural (custeio, comercialização e industrialização) e R$ 53,41 bilhões para investimentos. Também importante é o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural, com R$ 1 bilhão. Para 2020, haverá R$ 1,85 bilhão para apoio à comercialização nas modalidades de aquisição direta do produtor, contratos de opção de venda e subvenção de preços. O programa vale até 30 de junho.

Mas, não bastam todas essas modalidades de crédito disponíveis. É preciso facilitar o acesso aos empréstimos pelos produtores, especialmente os pequenos e médios. É necessário reduzir a burocracia, apresentação de garantias e mais agilidade. O governo anunciou R$ 31,22 bilhões para o Pronaf e R$ 26,49 bilhões para o Pronamp, R$ 6,46 bilhões a mais do que na safra 2018/2019, o que representa aumento de 32%.

Os juros são interessantes em algumas modalidades, mas é preciso ver, em cada caso, o que é melhor. Para empréstimos relativos a custeio, comercialização e industrialização, as taxas são de 3% ao ano, ou seja, abaixo da Selic, que está em 5%. Também continuam vantajosos os empréstimos por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), com taxas de 4,6%. Com 6% ao ano, o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) já tem juros maiores. Porém, é importante verificar os prazos de carência e pagamento e opções de amortização, para se concluir pela opção mais adequada.

Só que esse dinheiro precisa chegar ao campo. É preciso, também, rever erros do passado, inclusive recente. O crédito rural com juros mais baixos é um dos trunfos da agropecuária e da economia nos países desenvolvidos. No Brasil, embora o agronegócio venha sendo a grande base de sustentação econômica, tem sido complicado acesso do setor a financiamentos, problema agravado pela longa crise econômica nacional.

A tecnologia pode ser um ponto positivo nessa questão, com as fintechs, principalmente as voltadas para o Agronegócio, empenhando-se para trazer opções de transação e até de financiamento, sendo mais uma opção para o produtor.

Assim como diversos setores têm se beneficiado dos bancos digitais e serviços tecnológicos, para ganhar em agilidade, produtividade e conectividade, ligando todos os elos da cadeia, pode ser o momento para que o financiamento no agronegócio também migre para esse universo 4.0.

E isso não deve demorar. Já estamos vendo uma mudança de comportamento no produtor rural, que está recorrendo à tecnologia para encontrar soluções. Em nossa plataforma, por exemplo, identificamos um aumento de 1.400% no número de acesso, entre janeiro e dezembro de 2019, tanto que hoje temos cerca de dois milhões de acessos mensais.

Nesse fluxo, vemos que a busca por serviços, financiamento e crédito ainda é uma porcentagem pequena no número de acessos, mas que está crescendo gradativamente.

Portanto, a grande mudança, além da disponibilização do dinheiro, é fazer com que ele chegue de maneira mais rápida e descomplicada aos produtores, seja por meio dos bancos oficiais, mercado financeiro ou plataformas digitais, que podem ser facilmente acessadas pelo celular.

Somente assim o crédito vai virar alimentos, bioenergia e commodities, produtos da terra com os quais o Brasil tem garantido superávit na balança comercial e que serão, cada vez mais, a nossa grande vantagem competitiva na economia global. Além disso, deve-se considerar que, em curto prazo, o agronegócio é decisivo para a retomada do crescimento mais acelerado e maior do PIB e recuperação nacional no contexto da pandemia da Covid-19.

Rafael Sant’Anna, Country Manager da Agrofy

Agrofy vence prêmio “Emerging Startup Awards 2020”

A Agrofy, startup argentina que busca ser o maior marketplace para o agronegócio do mundo, foi selecionada entre as “Startups Emergentes”, por pesquisa da AgriTech, no prêmio “Tracxn Emerging Awards 2020”, no dia 28 de maio.

O prêmio reconhece a Agrofy como uma das principais empresas agrícolas do mundo, sendo premiada na categoria “Minicorn”, que reconhece o desempenho das startups e elegem as que apresentam alto potencial para conquistar o título de unicórnio. “Estamos orgulhosos por esse reconhecimento, ainda mais pela nossa história e por levarmos o DNA agro da origem argentina da empresa para outros países e com serviços inovadores e adaptados para cada região”, destaca Rafael Sant’Anna, country mananger da Agrofy no Brasil.

Escolhida na categoria “Minicorn”, que elege os empreendimentos de alto crescimento em estágio inicial (Série A +) com competência de levar os negócios para o próximo nível, escalando em ritmo de crescimento acelerado. “Estamos muito felizes por sermos escolhidos e reconhecidos como uma das principais expoentes do setor ao promover novas tecnologias e soluções para os produtores rurais”, completa Sant’Anna.

O prêmio é organizado pela Tracxn, plataforma global projetada para investidores que rastreia empresas inovadoras em mais de 300 setores de tecnologia, com cerca de 800 temas emergentes em mais de 30 países. Os critérios de avaliação envolvem o acompanhamento das atividades das empresas presentes no ecossistema das startups pelo mundo, incluindo fundos de capital de risco, fundos de private equity e bancos de investimento, entre outros.

A plataforma destaca que o setor AgriTech é um dos mais atraentes para os investidores ao movimentar US $ 28,6 bilhões no mundo investidos em 2.200 empresas por ano. Confira a lista com todos os participantes da competição em http://tracxn.com/d/emerging-startups/agritech-startups-2020.

Conheça as startups selecionadas para participar do “Desafio Covid-19: soluções digitais para o agronegócio”

Nos últimos quatro meses, os impactos da pandemia do novo coronavírus começaram a estabelecer novas formas de relacionamento no mundo todo. No Brasil, estes efeitos passaram a ser vivenciados mais especificamente, a partir do mês de março, quando medidas de isolamento social foram implementadas em estados e municípios. Diante deste cenário e também ciente de que, o agronegócio precisa manter suas atividades para garantir o abastecimento e o acesso da população aos alimentos, a Bayer, em parceria com Sicredi, Orbia e o AgTech Garage, lançou, em 31 de março, o “Desafio Covid-19: soluções digitais para o agronegócio “. A iniciativa foi criada com o objetivo de promover a difusão e a adoção de soluções confiáveis e de alto impacto desenvolvidas por startups para produtores rurais.

A partir de agora, as soluções destas 20 empresas selecionadas já estão disponíveis na plataforma Orbia para acesso gratuito. As ferramentas funcionarão desta forma facilitada para os produtores rurais de todo Brasil,pelos próximos dois meses, auxiliando-os durante o período de isolamento social ocasionado pela Covid-19.

Conheça as startups selecionadas

Agrare – empresa especializada em solução de gestão agrícola e pecuária permitindo ao produtor ter melhor rentabilidade do negócio, com informações que ajudarão na melhor tomada de decisão.

AgriConnected – ajuda aos pequenos e médios produtores agrícolas no gerenciamento das atividades no campo e na otimização da frota de máquinas e implementos agrícolas com o uso de inteligência artificial, informações de cultivo e geolocalização. Tornando mais eficiente todo o planejamento e a utilização do maquinário, levando a uma diminuição considerável dos custos de operação e melhora na qualidade do produto final.

AgriQ – startup especializada em emissão de receituário agronômico de maneira digital.

Agromove – através de um software, a empresa utiliza diversos parâmetros para indicar tendências do mercado e sinalizar aos produtores os melhores momentos para comprar e vender boi gordo, bezerro, soja e milho.

Atomic Agro – oferece uma ferramenta de digitalização do processo de escolha de insumos, gestão da safra como planejamento e acompanhamento do manejo, e uma rede colaborativa com mais de 6.000 produtores usando o aplicativo.

Bart Digital – empresa que apresenta uma solução online para realização de operações de barter. Auxilia nos processos de financiamento agrícola, em especial aqueles relativos à emissão de recebíveis e garantias. Além de facilitar a busca de informações necessárias à avaliação das garantias, realiza conexão de parceiros de negócios e monitoramento das operações.

Brain Agriculture – ferramenta de automação na busca documental, evitando a necessidade de procurar órgãospúblicos, escritórios de contabilidade e jurídico, levando agilidade e segurança para as demandas do dia a dia.

E-ctare – plataforma para a liquidação de safra. A empresa oferece a antecipação de recebíveis e crédito com base na safra depositada em armazéns credenciados. O produtor com acesso ao aplicativo pode vender, pagar e receber à distância, sem qualquer contato com compradores da sua safra e vendedores de máquinas, equipamentos e insumos agrícolas.

Elysios – por meio de um software agrícola, a empresa oferece soluções de gestão de propriedade, integração de produtores e controle de cultivos. Focada na gestão e na rastreabilidade para produtores de frutas, legumes e verduras.

Farm ox – a agtech faz a gestão operacional das fazendas com o auxílio de uma ferramenta, com a qual é possível controlar a operação desde a janela de plantio, as ameaças das lavouras (pragas, doenças, plantasdaninhas, clima, atrasos operacionais), estoques, colheita, além de melhorar a comunicação entre as equipes.

Fito app – especializada na emissão de documentos eletrônicos com validade legal para o agronegócio, em especial emissão de receituário agronômico por meio de dispositivos móveis com assinatura eletrônica ou digital.

JetBov – startup que trabalha com um software de gestão que permite o controle zootécnico para pecuária de corte e gestão da atividade garantindo maior rentabilidade ao produtor rural.

Luckro – empresa que desenvolveu uma ferramenta que trabalha com fotos certificadas, permitindo a troca de imagens entre compradores e vendedores facilitando rastreabilidade e transações de compra e venda de forma remota.

MyFarm – oferece uma solução de gestão agrícola permitindo ao produtor ter melhor rentabilidade do negócio, com informações que serão insumos para a melhor tomada de decisão. Além de cumprir as obrigações legais do negócio, como controle de notas fiscais, por exemplo.

Nutrir – a plataforma permite ao produtor familiar vender online seus produtos em grandes centros urbanos. O produtor vende e negocia diretamente com o cliente como indústrias, distribuidoras, mercados, mercearias, restaurantes e serviços de delivery, através da plataforma online.

Sensix – especializada no monitoramento de plantação através de drones e satélite permitindo a comparação entre safras, o acompanhamento do desenvolvimento da cultura e criação de estratégias de aumento de rentabilidade.

Smart ranja – oferece um software de gestão zootécnica que auxilia o avicultor de corte a maximizar o resultado dos lotes, sem depender da visita da equipe técnica para saber se a evolução está como o esperado.

Sumá – plataforma digital que possibilita aos agricultores venderem a produção diretamente ao cliente final,como hotéis, restaurantes e cozinhas industriais, que desejam comprar alimento fresco. Além disso, oferece cursos de formação para os pequenos e médios produtores.

Timbeter – empresa especializada em medições digitais e controle online de estoques e inventários de madeiras através de fotos.

Trucker – automatiza o processo de cotação e contratação dos fretes. O produtor indica na plataforma sua necessidade de frete e as transportadoras cadastradas disponibilizam seus serviços permitindo ao produtor escolher aquela que é mais viável para a execução.

Saiba mais sobre o “Desafio Covid-19: soluções digitais para o agronegócio”

O “Desafio Covid-19: soluções digitais para o agronegócio” é uma iniciativa criada pela Bayer, Sicredi, Orbia e o AgTech Garage, que reúne startups interessadas em oferecer, de maneira gratuita, soluções digitais para empoderar o produtor rural e contribuir para a produção e distribuição de alimentos para a população,assegurando o abastecimento e o fortalecimento da economia.

“A evolução do novo coronavírus no Brasil é uma preocupação também para o mercado agrícola, pois a Covid-19 impactou não apenas a área da saúde, ele tem afetado diversos setores da sociedade. Para minimizar os efeitos da pandemia, medidas restritivas de circulação foram adotadas na maioria dos Estados, de maneira que estas estratégias de isolamento social mudaram o nosso estilo de viver, de trabalhar, de consumir, de se locomover, enfim, mudou tudo”, explica o responsável pela iniciativa, Dirceu Ferreira Junior, diretor do Centro de Expertise em Agricultura Tropical da Bayer Brasil.

Para Cesar Bochi, diretor de administração do Sicredi, a iniciativa é fundamental neste momento em que a sociedade brasileira, como um todo, necessita de ações colaborativas. “Nossa presença fixa no AgTech Garage tem como objetivo justamente identificar oportunidades de apoiar nossos associados ligados ao agronegócio com o fomento de soluções inovadoras que auxiliem no seu dia a dia, e o engajamento no ‘Desafio Covid19’ tem total sinergia com esse propósito. Temos uma forte ligação com o meio rural, o qual tem um papel fundamental na nossa sociedade, e onde atuamos majoritariamente por pequenos e médio agricultores, que precisam de todo o apoio possível para a continuidade da sua atividade neste momento desafiador”, explica Bochi.

A iniciativa visa contribuir para a manutenção da produção, permitindo que os agricultores continuem a garantiro abastecimento e o acesso da população aos alimentos. “A Orbia é especializada em fazer a conexão entre osagricultores e uma rede de fornecedores, a fim de facilitar seus processos, fazer negócios e gerar valor”, reforça o CEO da joint-venture, Ivan Moreno.

De acordo com José Tomé, CEO do AgTech Garage, um dos principais hubs de inovação do agronegócio brasileiro, “a inovação aberta, através das startups, já é realidade no agronegócio brasileiro, principalmente pelo potencial inovador e agilidade que essas empresas nascentes de tecnologia proporcionam para o mercado. Essas são características essenciais para o momento que vivemos. Estamos otimistas com essa ação, para conectar de forma massiva os produtores com as startups e minimizar os impactos do coronavírus noagronegócio”, conclui o executivo.

As soluções das startups já estão disponíveis na plataforma Orbia. Para saber mais, acesse:http://www.orbia.ag/Products/46039/desafio-covid-19.

Projeto Hora da Prosa aproxima hubs de inovação para manter ecossistema agtech ativo durante a quarentena

O Pulse, hub de inovação da Raízen, e AgriHub Space, iniciativa do Sistema Famato e LM Ventures, firmaram parceria para realização do projeto Hora da Prosa. O evento online conecta startups parceiras dos dois hubs, além de demais players do ecossistema de inovação, tecnologia e agronegócios com o intuito de gerar conexões e abordar temas relevantes do setor em meio ao cenário de pandemia. Os temas abordados nas conversas envolverão questões sobre investimentos em agtechs, digitalização de maquinários, desafios da previsão climática, conectividade no agro, agrofintechs, agricultura digital e adoções de tecnologias por grandes grupos agrícolas.
Os encontros acontecem semanalmente, sempre às quartas-feiras, no canal do Pulse Hub no Youtube. O próximo, no dia 15 de abril, contará com a participação de Carol Morandini, Head de Portfólio & Scouting da Wayra Brasil, Flávio Zaclis, Fundador da Barn Investimentos e Francisco Jardim, Sócio Fundador da SP Ventures abordando o tema Agtechs e investimentos em tempos de crise.

Para participar é necessário preencher o formulário no link abaixo.
Link para inscrição: http://conteudo.pulsehub.com.br/hora-da-prosa-3-inscricao

Hora da Prosa – Agtechs e investimentos em tempos de crise. 
Local: Canal do Youtube Pulse Hub de Inovação
Data: 15/04 Horário: 14:02

Corteva Agriscience e Cubo Itaú anunciam parceria em busca de soluções inovadoras para os desafios do agronegócio

A Corteva Agriscience é a mais nova empresa mantenedora do Cubo Itaú, mais relevante hub de fomento ao empreendedorismo tecnológico da América Latina. O objetivo da companhia é estabelecer conexões com startups de diferentes setores, buscando soluções inovadoras para alguns dos desafios da indústria e da Corteva, que podem beneficiar produtores rurais, canais de distribuição, cooperativas e outros elos da cadeia.

“Somos uma empresa de inovação 100% focada em agricultura. Nesse momento, entendemos que era importante estabelecer uma parceria que nos permitisse contato com inovações adotadas em outros setores e, com isso, identificar soluções que possam ser estendidas ao nosso mercado”, explica Douglas Ribeiro, Diretor de Marketing da Corteva Agriscience.

Segundo Pedro Prates, co-head do Cubo Itaú, a parceria com a empresa trará novas possibilidades para expandir canais com startups do segmento. “A Corteva será a primeira empresa do ramo de agronegócio a integrar o Cubo, uma parceria estratégica para fortalecer o desenvolvimento de AgTechs no país. Essa parceria nos permitirá um olhar direcionado para o agronegócio, um cenário que é novo para o hub, estabelecendo conexões assertivas e de importância para o cenário nacional e mundial”.

Neste primeiro momento, a chegada da Corteva ao Cubo Itaú estará focada em três grandes desafios vivenciados pelos produtores rurais do Brasil: o acesso a crédito, utilização de Barter e a capacitação de pequenos agricultores.

Crédito e Barter

Uma pesquisa encomendada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), conduzida com produtores rurais de todo o país em 2019, mostrou que para quase 60% dos entrevistados o crédito rural é a demanda mais importante para o campo. Em complemento a esse dado, de acordo com um estudo encomendado pela Corteva e realizado pela consultoria Spark sobre jornada de compra, 50% dos produtores precisam dispor de recursos próprios como principal fonte de financiamento na compra de insumos, sementes e defensivos agrícolas.

A dificuldade de acesso ao crédito é uma barreira ao desenvolvimento do agronegócio no Brasil, seja pelo alto grau de burocracia e exigências, prazo para recebimento do dinheiro ou ainda pela dificuldade de avaliação do perfil de risco, principalmente considerando um setor que é tão dependente de fatores climáticos, como o agronegócio.

“Como indústria, temos o desafio de buscar modelos de negócios mais ágeis, modernos e digitais para facilitar o acesso ao crédito pelo produtor rural, com ferramentas que permitam avaliações de risco diferenciadas, considerando fatores como histórico de produtividade, perfil da região, média de inadimplência, e não só dados financeiros. E aqui, as startups podem nos ajudar com soluções que já foram implementadas em outros setores, por exemplo”, comenta Douglas Ribeiro.

Ainda na linha de acesso a financiamentos, o Barter é outro desafio da indústria. No agronegócio, ele consiste em um mecanismo de financiamento no qual o pagamento pelo insumo é feito por meio da entrega do grão na pós-colheita, sem a intermediação monetária. É uma ferramenta que mitiga risco e negocia na moeda do produtor.

Mas o Barter também enfrenta uma série de desafios. Os processos ainda são muito burocráticos e envolvem diversos players, o que dificulta o acesso a essa ferramenta por parte dos agricultores. Ainda segundo o estudo da Corteva, nas revendas e cooperativas pesquisadas, o Barter representa cerca de 20% da forma de pagamento utilizada. “Nesse sentido, a colaboração das startups do Cubo Itaú pode ser fundamental na criação de instrumentos que nos ajudem a promover um fluxo de trabalho eficiente, ágil e digital. Podemos, inclusive, desenvolver soluções que podem ser levadas para outros países”, complementa Ribeiro.

Capacitação de pequenos agricultores

O terceiro grande desafio, que será foco da Corteva no Cubo Itaú, é dar escala a um projeto social-econômico chamado Prospera, que tem como objetivo capacitar pequenos agricultores, que trabalham com milho (grão) e silagem.

O programa começou em 2017, em Pernambuco, com um grupo de 45 participantes. Devido ao grande impacto proporcionado na produtividade de suas lavouras e comercialização da produção, em 2018 o programa capacitou 428 participantes e, em 2019, chegou a 927 participantes.

Com o Prospera, pequenos produtores tiveram acesso a conhecimento técnico de alto nível que permitiu melhorias em suas lavouras de milho e na comercialização de sua produção. Esta transformação proporciona a expansão de renda dos agricultores, com um salto de produtividade de 10 sacas/ha no início do programa para 80 sacas/ha, em média. Destaque para um agricultor que, em 2019, bateu o recorde de 125 sacas/ha.

“Ainda há um número expressivo de produtores com baixo conhecimento técnico no Brasil, sem acesso a mercados e linhas de financiamentos. Estes fatores travam o desenvolvimento da produção agrícola nestas regiões e diminuem a qualidade de vida nas comunidades. Nosso objetivo é dar escala ao Prospera e capacitar 50 mil pequenos agricultores e conecta-los com cadeia de valor para produção e comercialização de milho. Mas, para isso, precisamos de ferramentas que nos auxiliem nesse processo. E aqui, mais uma vez, entra a nossa parceria com o Cubo Itaú e as startups residentes do hub”, completa o executivo da Corteva.

A parceria da Corteva Agriscience com o Cubo Itaú é mais um passo rumo ao propósito de melhorar a vida de agricultores e consumidores, garantindo progresso para as gerações futuras.

%d