Primeira gestora de investimentos de impacto do Brasil, a VOX Capital foi selecionada pela chamada pública realizada pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para fomentar investimentos de impacto no país. O banco vai alocar o equivalente a 25% do patrimônio líquido do fundo Tech for Good Growth (TFGG) como resultado do processo de análise, seleção e diligência, que durou mais de um ano. O aporte total pode ultrapassar R$ 50 milhões e será concluído em novembro deste ano, elevando o total de ativos sob gestão da VOX para mais de R$ 650 milhões.
Terceiro fundo de Venture Capital da VOX, o TFGG é o produto com tese de impacto socioambiental mais ampla, abordando saúde, clima, eficiência energética, economia circular, raça, gênero e inclusão financeira. O fundo está ativo desde 2021, já levantou R$ 114 milhões e seguirá com captação até o final deste ano.
“O investimento está se tornando um agente ativo de geração de impacto positivo, e a chamada pública do BNDES reforça esse movimento. É uma sinalização ao mercado de que o capital para impulsionar soluções relevantes na vida das pessoas e do planeta será uma demanda”, diz Daniel Izzo, cofundador e CEO da VOX, que completa: “Também é uma satisfação ter atendido a todos os requisitos de governança e compliance em um processo longo e robusto, no qual evidenciamos a diligência e seriedade da nossa gestão de impacto.”
O fundo conta com investidas como as healthtechs Omens e ISA, que democratizam o acesso à saúde; a fintech Celcoin, de inclusão financeira; a startup Octa, de economia circular, e a Nude, foodtech de produtos à base de aveia. A Vitalk, healthtech de saúde mental incorporada pela Gympass, já é um case de saída de sucesso do TFGG.
A chamada pública lançada em julho de 2021 faz parte de uma série de movimentos do BNDES para fomentar o ecossistema de investimento e negócios de impacto no país. No ano passado, o banco lançou um programa de aceleração para startups de impacto socioambiental positivo e a chamada de investimentos tem o objetivo de atrair capital privado para a categoria.
Além do fundo da VOX Capital, também foram aprovados o fundo late-stage da Lightrock e o fundo da gestora Mirova, que só investe em empresas que estimulam a biodiversidade da Amazônia brasileira.