Vendas no comércio registram baixo crescimento em maio, indica Mastercard

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O mercado varejista brasileiro manteve crescimento modesto no mês de maio. Segundo o SpendingPulse, Indicador de Varejo da Mastercard, excluindo as vendas de automóveis e materiais de construção, o volume de vendas totais do mês apresentou expansão de 0,8%, se comparado ao mesmo período de 2017. A média dos últimos três meses foi positiva, totalizando 1,3% de aumento – quando comparado ao mesmo período do ano anterior.

De acordo com a análise de César Fukushima, Economista-Chefe da Mastercard Advisors no Brasil, o crescimento das vendas no comércio mesmo com a greve dos caminhoneiros representa algo extremamente positivo. “O varejo mostrou resiliência e cresceu apesar da greve. Contudo, as vendas foram fortemente impactadas pela paralização, e, na semana entre os dias 23 e 29 de maio, registramos um impacto de -3% com relação ao mesmo período do ano passado”, revela.

O setor de supermercados foi um dos principais responsáveis pela média positiva, com crescimento de 6,9% com relação ao mesmo período do ano passado. Dentre os demais setores que performaram acima do indicador de vendas temos: móveis e eletrodomésticos, artigos farmacêuticos, material de construção e artigos de uso pessoal e doméstico. Apenas os setores de combustíveis e vestuário apresentaram performance abaixo do indicador.

Já as vendas do e-commerce registraram aumento de 26% em maio, na comparação ano a ano. Apesar do bom resultado, o canal também foi afetado pela paralização. Durante a semana da greve, houve uma redução de -19,2%. “Muitos consumidores deixaram de fazer compras online por causa da demora nas entregas”, finaliza Fukushima.

Para os próximos meses, a perspectiva é de crescimento modesto, uma vez que o resultado das vendas no varejo continua sendo diretamente impactado pela alta taxa de desemprego no país e pela instabilidade do ambiente econômico atual.

Desempenho nas regiões brasileiras: As regiões Norte (1%), Sul (1,4%) e Sudeste (1%) tiveram desempenho acima da média, enquanto Nordeste (0,8%) e CentroOeste (-2,9%) ficaram abaixo do registrado pelo varejo, em comparação com o mesmo período do ano anterior.