Faltam 30 dias para a Black Friday e a expectativa da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) é de que as vendas para esta data cresçam 15% em relação às do ano passado. Todavia, de acordo com o presidente da ACSP, Alencar Burti, embora a Black Friday se incorpore cada vez mais ao varejo físico, ela ainda é uma data ligada ao comércio on-line.
“O varejo como um todo não terá esse desempenho de 15%, porque a Black Friday ainda é muita restrita à internet e a alguns segmentos do mercado, como o de eletroeletrônicos”, observa Burti, que também é presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
“Ano passado, vimos lojas físicas aderindo à Black Friday, fazendo promoções não só na sexta, mas ao longo de toda a semana. Isso deve se repetir. Mas ressalto que não deve se espalhar para todo o comércio. Em supermercados, por exemplo, não tem Black Friday. O consumidor não vai deixar de comer hoje para fazer isso depois por causa de um desconto melhor”, detalha Burti.
Ele comenta ainda que, como tem acontecido nos últimos anos, a Black Friday deverá retirar vendas do Natal, uma vez que os consumidores devem aproveitar os grandes descontos para adiantar as compras de fim de ano. Não à toa, diz ele, tem havido um movimento para antecipar a realização da Black Friday, movimento esse, contudo, que não deve se consolidar.