Levantamento da Febraban mostra que as operações realizadas com a ferramenta de pagamento instantâneo nos seis primeiros meses deste ano superaram todas as outras transações de meios de pagamento somadas
As transações feitas com o Pix no primeiro semestre de 2024 totalizaram 29 bilhões,um aumento de 61% em relação ao mesmo período do ano passado. As operações feitas com a ferramenta de pagamento instantâneo nos seis primeiros meses deste ano superaram todas as outras transações dos meios de pagamento somadas- cartões de crédito, de débito, pré-pago, boleto, TED e cheque totalizaram juntos 24,2 bilhões.
É o que revela levantamento feito pela Febraban sobre meios de pagamento, com base em dados divulgados pelo Banco Central e pela Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartão de Crédito e Serviços).
Na comparação entre os semestres, registraram crescimento as transações com cartão pré-pago (alta de 22%), cartão de crédito (+13,1%), cartão de débito (+1,2%). Operações com boletos não registraram variação, enquanto caíram as transações com TED (-9,1%) e cheques (-35,6%).
Já em relação aos valores transacionados, o Pix só perde o primeiro lugar para as operações feitas com a TED, que somaram R$ 20 trilhões no primeiro semestre de 2024, enquanto a ferramenta de pagamentos instantâneos registrou R$ 12 trilhões. Os boletos ficaram na terceira colocação com R$ 3 trilhões, seguidos de cartão de crédito (R$ 1,3 trilhão), cartão de débito (R$ 486 bilhões), cheques (R$ 235 bilhões).
Na comparação semestral, os valores transacionados com Pix cresceram 71,4%, as com cartão pré-pago, 24,8%, seguidos de cartão de crédito (18,1%). Os valores transacionados com boletos registraram R$ 3 trilhões em ambos os semestres. Registraram quedas nas variações semestrais os valores transacionados com TED (-4,7%), cartão de débito (-0,2%) e cheques (-26,5%).
“Os números mostram mais uma vez a importância do Pix na inclusão financeira do brasileiro. É um sucesso nacional e um exemplo internacional. Não é à toa que o DOC, com 37 anos de uso, foi descontinuado pelo mercado financeiro no último mês de fevereiro, principalmente pelo fato do uso maciço do Pix”, afirma Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da Febraban.
As operações do Pix continuam em ascensão e batem consecutivos recordes. No último dia 06 de setembro, as transferências da ferramenta de pagamento registraram 227,4 milhões, batendo o recorde diário anterior de 5 de julho, de 224,2 milhões de operações.
Faria também observa que o levantamento mostra que a população está usando o Pix como meio de pagamento de menor valor, como foi previsto à época do lançamento da ferramenta, fazendo com que o número de transações aumente em um ritmo acelerado. São pagamentos rotineiros do dia a dia. Seu tíquete médio no primeiro semestre deste ano ficou em R$ 410.
“O e-commerce também está oferecendo a opção de pagamento em Pix, muitas vezes com desconto, e há boletos com opção para pagamento na função de QRCode, o que ajudam a impulsionar as transações”, acrescenta Faria.
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