O Velho Mundo e o Novo Mundo na transformação digital das empresas

Por Alexandro Barsi

Ano após ano a tecnologia evolui e aumenta o leque de oportunidades para as empresas, que, por sua vez, devem inovar para não ficar para trás no universo digital. Porém, segundo pesquisa da Enterprise Strategy Group (ESG), apesar de 71% das organizações no mundo concordarem que para manter a competitividade é preciso se transformar digitalmente, apenas 5% delas já estão com esse processo em andamento.

Ser digital já é obrigação no panorama corporativo. É uma visão diferenciada de onde o negócio está e onde quer chegar. Se fosse para fazer uma alusão, seria a transição do Velho Mundo para o Novo Mundo. Quebrar os paradigmas e o tradicionalismo é necessário para que se dê início à conversão, mudando os aspectos da cultura das empresas, a começar pelas pessoas. Só assim o caminho à modernidade será alcançado sem radicalidade e rupturas.

As empresas devem realizar uma análise de todo o cenário atual, possibilitando a definição de estratégias e ações capazes de facilitar essa mudança. Ferramentas que possibilitem que os gestores enxerguem os caminhos a serem seguidos proporcionam maior efetividade e assertividade na tomada de decisões. Além disso, a digitalização faz com os resultados possam ser mensurados por meio de novos indicadores, que ajudam a mostrar qual a melhor trajetória a ser percorrida.

Com ativos que facilitem os processos das companhias, a experiência digital não deve ser algo apenas “da porta para fora”, mas também no ambiente interno, para aumentar a efetividade ao possibilitar uma visão diferenciada tanto por parte dos clientes quanto dos colaboradores, melhorando a experiência dos usuários.

Soluções que classifiquem o digital como parte de um ecossistema que integra gente, tecnologia, inovação e método promovem a transformação digital de ponta a ponta de um negócio, conectando o consumidor com a companhia, potencializando seus resultados e, consequentemente, aumentando a percepção de valor que o cliente tem sobre a empresa.

Alexandro Barsi é sócio-fundador e CEO da Verity, especializada em consultoria para transformação digital e gestão de ponta a ponta.

Verity anuncia a compra da JUST e cria ecossistema para transformação digital de ponta a ponta

Tecnologia, processos, jornada do cliente e novos modelos de negócio são pautas constantes da transformação digital, realidade que bate à porta do mercado corporativo e pede urgência. Para construir um ecossistema capaz de auxiliar as organizações com uma oferta end-to-end, a Verity – www.verity.com.br –, empresa de tecnologia especializada em consultoria e desenvolvimento de plataformas, anuncia a aquisição da JUST, consultoria focada no design de serviços e produtos digitais com olhar para a experiência do cliente.

Com a negociação de valor não revelado, a JUST passa a fazer parte do portfólio de empresas da Verity que já controla a QA360, um spin off de consultoria de testes que atua na área Quality Assurance para grandes empresas, oferecendo consultoria de qualidade para melhor desempenho de aplicações. Já a isyBuy, empresa de meios de pagamento e automação de processos comerciais, que integra consumidor e comerciantes, trazendo tecnologias do mundo digital para estabelecimentos tradicionais, é parte de um movimento do grupo que visa além de acelerar startups também fazer um trabalho de curadoria e aproximação dessas startups com grandes empresas atendidas pelo grupo.

“Vivemos um momento em que as empresas devem ser cada vez mais rápidas na ambidestria, reconhecendo que o mundo digital é um caminho sem volta, porém o mundo tradicional e transacional sempre apoiou e ainda apoia o crescimento das grandes corporações. Nossa proposta é justamente não ignorar estes dois mundos existentes e ser o parceiro ideal nesta jornada de transformação, entregando uma oferta end-to-end para que as empresas possam conviver e transitar bem entre os dois mundos até que se tornem empresas 100% digitalizadas.” afirma Alexandro Barsi, sócio-fundador e CEO da Verity. “Existem diversas empresas especializadas em design experiência do cliente, mas poucas entendem de TI como a JUST, que foi escolhida por contar com um perfil muito parecido com o nosso”, completa.

Para Rafael Cichini, CEO e fundador da JUST, a criação deste ecossistema de empresas cobre um gap no mercado que ainda conta com poucas consultorias de tecnologia capazes de navegar muito bem entre processos e tecnologias mais tradicionais e o boom do digital. “Sabemos que a digitalização é um caminho natural e irreversível, mas não conseguiremos promover transformação se ignorarmos tudo o que já foi construído dentro das corporações.” A visão da Verity e do Alexandro Barsi foram muito importantes para que isso acontecesse, pois tenho certeza que os planos que temos para o futuro estão perfeitamente alinhados.”

Expectativas

A Verity já conta com grandes clientes, como Riachuelo, AXA, Cardif, Banco Carrefour, Sul América, Atacadão, Sephora, entre outras organizações, que proporcionaram um crescimento médio de 28% ao ano. Atualmente, com 160 colaboradores, encerrou 2016 com um crescimento de 30%. Com a aquisição da JUST, o ecossistema de empresas do grupo chega a 200 colaboradores e soma novos clientes no portfólio como Natura, ESPM, Odontoprev, Wizard, Wiz, Alpargatas, Iguatemi, entre outros, e espera fechar o ano com faturamento acima de R$ 35 milhões em 2017.

Para o futuro próximo o grupo espera concluir novas aquisições e trazer outras startups para o programa de aceleração, que tenham conexão com o universo de clientes atendidos pelo grupo, além de investir pesado na estruturação de uma oferta completa end-to-end para os clientes, criando novas unidades de negócio.