IBM, USP e FAPESP dão início às atividades de Centro de Inteligência Artificial no Brasil

IBM, Universidade de São Paulo (USP) e FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) dão início hoje às atividades do mais moderno Centro de Inteligência Artificial (C4AI) do Brasil, dedicado ao desenvolvimento de estudos e à pesquisa de ponta em IA para endereçar temas de grande impacto social e econômico. O novo centro terá sede no prédio do Centro de Pesquisa e Inovação InovaUSP, localizado no campus da USP em São Paulo.

O C4AI terá foco inicial em cinco grandes desafios relacionados à saúde, meio ambiente, cadeia de produção de alimentos, futuro do trabalho e no desenvolvimento de tecnologias de Processamento de Linguagem Natural em Português, procurando maneiras de melhorar o bem-estar humano e apoiar iniciativas para diversidade e inclusão.

Em paralelo, três comitês de acompanhamento serão criados para promover temas de interesse comum do país, com foco na indústria, ciência e sociedade. Esses comitês visam ampliar esses cinco desafios iniciais e conferir a eles uma aplicação real que seja útil para as empresas e a sociedade brasileira.

O Centro contará também com uma segunda unidade para capacitar estudantes e profissionais, disseminando conhecimento e transferindo os benefícios da tecnologia para a sociedade. Este local será instalado no Instituto de Ciências Matemáticas e da Computação (ICMC), no campus da USP em São Carlos.

“À medida que tecnologias como inteligência artificial e nuvem híbrida habilitam a transformação das empresas e da sociedade, vemos uma objetiva oportunidade de expandir seu estudo e aplicação em segmentos relevantes para o país. Com o Centro, estamos criando um ecossistema que engloba os setores produtivo, acadêmico e de inovação para que o valor real da inteligência artificial aumente a experiência e habilidades dos talentos humanos, colocando a tecnologia a serviço de governos, cidadãos e negócios em diversos setores da economia”, disse Tonny Martins, Gerente Geral da IBM Brasil.

“Esta é a realização de um projeto estratégico da Universidade de São Paulo, que considera a área de Inteligência Artificial obrigatória para acompanhar e participar dos desenvolvimentos que dominarão, com suas múltiplas aplicações, a sociedade moderna. A Pró-Reitoria de Pesquisa se sente vitoriosa por participar desse esforço tão bem-sucedido que é a criação de um Centro de Inteligência Artificial, agregando competências disseminadas na USP. Que isso seja apenas o começo de grandes transformações, como, de fato, esperamos”, destaca o pró-reitor de Pesquisa da USP, Sylvio Canuto.

“A área de inteligência artificial (IA) é um infinito de possibilidades. Neste momento de intenso combate contra a covid, estamos tendo análises de milhares de moléculas, análises teóricas de potenciais vacinas, análises de centenas de milhões de dados, tudo com o apoio de IA, gerando mais efetividade e diminuindo o tempo para soluções corretas. Para a FAPESP, a parceria com uma empresa como a IBM é um marco em uma área estratégica para o futuro”, afirmou o diretor científico da FAPESP, Luiz Eugênio Mello.

Cinco Grandes Desafios iniciais

1) AgriBio – modelos de causa e efeito para processos de tomada de decisão com incerteza para o setor de agricultura

Os ciclos produtivos do agronegócio, sustentabilidade ambiental, mudanças climáticas e segurança alimentar são demandas atuais que desafiam as autoridades mundiais. Essa linha de estudo irá focar em modelos de causa e efeito para cadeias de produção de agricultura, em especial a de pequenos produtores. O objetivo será utilizar modelos de correlação avançados para a tomada de decisão baseada na causa e efeito, abordando muitas fontes de preocupações, como desperdício de água e alimento.

2) KEML (Knowledge-Enhanced Machine Learning) – Aprendizado de máquina integrado com conhecimento simbólico com foco na Amazônia Azul (Blue Amazônia Brain)

Combinando aprendizado baseado em dados e raciocínio baseado em conhecimento, o Blue Amazônia Brain (BLAB), como o projeto está sendo chamado, pretende abordar perguntas complexas sobre a Amazônia Azul, vasta região do oceano Atlântico na costa brasileira rica em biodiversidade e recursos energéticos.

O BLAB trabalhará com sistemas de conversa compostos por argumentos, causas, explicações, raciocínios e planos sobre tarefas específicas, trazendo respostas às perguntas mais diversas sobre o ecossistema marinho, como “o que causou o aparecimento de manchas de óleo na costa nordeste do Brasil?”.

3) Modelamento de AVCs usando técnicas multimodais de análise de redes para melhorar diagnósticos, tratamento e reabilitação

Os avanços do aprendizado de máquina na medicina são notáveis. No entanto, ainda existem questões importantes que precisam ser abordadas. Nesta frente de estudo, serão abordadas duas questões de grande importância: como integrar e selecionar recursos médicos relevantes (biomarcadores) de fontes heterogêneas e dinâmicas em grande escala e como interpretar decisões tomadas por algoritmos de aprendizado de máquina integrando inteligência humana e artificial.

A primeira fase do estudo terá duas frentes de pesquisa. Uma com o objetivo de melhorar o diagnóstico, o tratamento e a reabilitação de pacientes de acidente vascular cerebral (AVC), com técnicas de análise de redes complexas em dados multimodais. E, a segunda, com foco em investigar formas de melhorar a escolha de protocolos de reabilitação em casos de AVC, o que trará uma importante contribuição social.

4) IA em países emergentes: políticas públicas e o futuro do trabalho

Essa frente de estudo vai envolver diversas áreas de humanas da USP, como economia, história, sociologia e ciências sociais, para mapeamento, compreensão e abordagem do impacto da IA em economias como a do Brasil. Existe um consenso significativo de que, no campo da IA, os países emergentes estão atrasados em relação aos países pioneiros, em particular, os EUA e a China.

Inicialmente, o C4AI focará em pesquisas relacionadas às políticas públicas para a inteligência artificial e à coleta e análise de dados sobre impacto da IA nos empregos e no futuro do trabalho.

5) PLN (Processamento de Linguagem Natural) de última geração para o português

Hoje em dia, existe pouca disponibilidade de ferramentas e dados para treinar sistemas de diálogo em português. O objetivo do Centro será habilitar o processamento de linguagem natural de alto nível para o português do Brasil, assim como já existe para outros idiomas, possibilitando sua melhor aplicação nas atuais demandas críticas da sociedade, como, por exemplo, aprimorar os serviços de atendimento ao cliente, o treinamento de assistentes virtuais, o monitoramento de redes sociais, bem como possibilitar a análise e a extração de conhecimento de grandes fontes de dados, entre outros.

Comitês de acompanhamento

O Centro de Inteligência Artificial também contará com três comitês distintos para fomentar temas de interesse comum da sociedade, relacionados à ciência, indústria e sociedade:

• Um comitê científico internacional, que terá como função avaliar o progresso científico do Centro.

• Um comitê de indústria e sociedade, que contará com a participação de representantes de empresas de diversos setores do Brasil, órgãos públicos e sociedade civil, que irão colaborar para que o Centro tenha o maior impacto possível na indústria, na economia e na sociedade do País.

• Um comitê de diversidade e inclusão, cuja função será promover e aumentar a participação de mulheres, afrodescendentes e outros membros da sociedade para que haja participação mais inclusiva no setor de IA, tanto na academia quanto na indústria.

USP e CGI.br assinam acordo de cooperação para promover a Internet no País

O Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) e a Universidade de São Paulo (USP) assinaram em cerimônia on-line um acordo de cooperação para a realização de pesquisas, eventos e a criação de uma plataforma acadêmica sobre a Internet no país, para a análise e discussão de temas como economia, cultura e poder das redes. O acordo será operado pelo Instituto de Estudos Avançados da universidade (IEA) e pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br).

Duas ações já estão previstas: o lançamento da Cátedra Oscar Sala em outubro deste ano, e a configuração de uma disciplina a ser oferecida a partir de 2021 aos estudantes de todas as áreas de pós-graduação da USP.

A Cátedra visa a fomentar, orientar e patrocinar intercâmbio multidisciplinar entre os saberes de diversas áreas para fortalecer e cultivar o conhecimento sobre a Internet, seu funcionamento, suas aplicações e suas ferramentas. Com isso, a USP e o CGI.br buscam ampliar o horizonte de tecnologias digitais que favoreçam o avanço tecnológico, a inovação e o direito fundamental de acesso à informação e à comunicação.

As atividades da cátedra serão abertas à participação de professores, pesquisadores e personalidades brasileiras e estrangeiras. O coordenador acadêmico da cátedra será o jornalista e professor Eugênio Bucci, da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP. O coordenador-adjunto será Luiz Fernando Martins Castro, conselheiro do CGI.br e membro do Conselho de Administração do NIC.br. “A Cátedra é uma justa homenagem ao professor Sala, um símbolo da pesquisa, da inovação e da visão da comunidade acadêmica brasileira, e um fundamental incentivador e patrono de redes no país”, destaca Demi Getschko, diretor presidente do NIC.br, que faz parte, juntamente com Hartmut Glaser, secretário executivo do CGI.br, da Comissão de Governança da Cátedra.

O acordo prevê, entre outras atividades, a cooperação na realização de seminários, debates e publicações. Nos cinco anos de sua vigência, o CGI.br destinará R﹩ 2,5 milhões ao desenvolvimento do projeto, dos quais R﹩ 1,5 milhão serão destinados a bolsas para estudantes de graduação e pós-graduação, pós-doutorandos e pesquisadores da USP. A coordenação do acordo é de Guilherme Ary Plonski, diretor do IEA, e Hartmut Glaser, secretário executivo do CGI.br.

Durante a cerimônia de assinatura do acordo, o reitor da USP, Vahan Agopyan afirmou que o convênio será a primeira parceria de fôlego entre a universidade o CGI.br. “O objetivo é discutir ideias, não a produção de um fruto específico para uso do CGI.br. Daqui a cinco anos, a sociedade terá obtido ganhos bastante substanciais”. Já Ary Plonski, do IEA, disse que iniciativas em planejamento incluem curadoria e apoio à pesquisa, debates e disseminação de conhecimentos e cooperação técnica.

O secretário-executivo do Comitê Gestor da Internet no Brasil manifestou o desejo de que a cooperação entre as duas instituições seja orientada pelos princípios de liberdade de expressão, proteção à privacidade e respeito aos direitos humanos, “fundamentais para uma sociedade justa e democrática”. Ainda segundo Glaser, esses princípios norteiam as diretrizes de boas práticas para a governança e uso da Internet definidas pelo CGI.br em 2009 .

Demi Getschko, do NIC.br, ressaltou durante a assinatura a importância do convênio, destacando o papel crítico da USP durante a implantação e desenvolvimento da Internet no Brasil, desde seu início nos anos 90. Quanto à Internet no Brasil, afirmou que ela “é muito bem vista internacionalmente, tanto em termos de infraestrutura, quanto em seu desenvolvimento. Um ponto importante é que temos uma legislação que é internacionalmente elogiada. Nosso esforço agora é para preservar essa legislação”.

De acordo com Luiz Fernando Martins Castro, a ideia da parceria surgiu da vontade de aprofundar a capacidade reflexiva e a interação do CGI.br com a universidade. “Os desafios da governança não são mais apenas técnicos, mas também econômicos, políticos, sociais e culturais. Por isso nada melhor do que uma parceria com o IEA, caracterizado pela transversalidade nas discussões. Essa aliança vai criar muitos frutos importantes para o CGI.br, para a USP e para a sociedade”, finalizou o conselheiro do CGI.br.

Oiweek e USP firmam parceria inédita e reúnem a comunidade de inovação em evento em São Paulo

A Open Innovation Week, maior evento de inovação aberta do Brasil, e a Universidade de São Paulo (USP) se uniram em uma parceria inédita liderada pela FEA-USP e Agência USP de Inovação para promover a Oiweek SciBiz, evento que irá reunir a comunidade de inovação, em uma experiência pioneira de open innovation que será realizada de 25 a 28 de fevereiro, na USP Campus Cidade Universitária, em São Paulo.

Startups, pesquisadores, investidores, estudantes universitários e executivos de grandes empresas poderão participar do evento para discutir os rumos do setor e estimular as conexões e negócios dentro desse ecossistema. Inscrições podem ser feitas no site www.oiweekscibiz.com.

A plataforma 100 Open Startups e 100 Open Techs serão a base das ações de conexão entre startups, cientistas e mercado durante o evento que encerra o ciclo de avaliações para a publicação do Ranking Top 100 Open Startups 2019. A iniciativa tem como objetivo compartilhar conhecimento, gerar negócios e cocriar soluções para os mais importantes desafios do mercado e da sociedade.

“Em colaboração com a USP, ampliamos o formato da 11ª Oiweek, utilizando os métodos mais avançados de open innovation e uma verdadeira transformação digital no formato do evento. Vamos promover uma experiência pioneira de inovação aberta dentro do Campus, aliada à tecnologia do 100 Open Startups, buscando potencializar a colaboração entre os atores do ecossistema e resultados mais efetivos. Ter uma das instituições de ensino superior mais importantes do Brasil aberta e participando ativamente de um evento deste porte é um marco para o ecossistema”, explica Bruno Rondani, organizador da Oiweek.

O evento se propõe a aproximar profissionais de diferentes áreas de novas tecnologias, como digitalização, robotização, inteligência artificial, manufatura avançada, big data, IoT, drones, biotecnologia e outras tendências que estão mudando radicalmente a estrutura do mercado e da sociedade. “Cocriar soluções a partir de redes de inovação, open innovation e empreendedorismo de alto impacto torna-se crucial como uma oportunidade de expansão. A expectativa é realizar mais de 5.000 reuniões de negócios”, acrescenta Rondani.

Programação

Nos dias 25 e 26 de fevereiro, serão realizadas reuniões em formato speed-dating, conectando as 300 startups mais atraentes de acordo com o mercado com mais de 100 empresas líderes. Universidades e Institutos Tecnológicos globais também participam do encontro, apresentando tecnologias disruptivas, bem como trocar experiências entre cientistas, executivos e investidores. Nesses dias, estudantes universitários poderão se conectar com startups e empresas líderes para conhecer seus processos de recrutamento e seleção para trabalhar com inovação.

Os dias 27 e 28 de fevereiro serão dedicados aos painéis e mesas redondas com especialistas internacionais da II Science Meets Business Conference, para discutir os benefícios da ciência encontrando negócios. Os painéis compreenderão as diferentes visões dos principais interessados em inovação sendo compostos por representantes de startups, corporações líderes, investidores, acadêmicos e formuladores de políticas públicas. Especificamente no dia 27 acontece o Open Campus, uma imersão no ambiente acadêmico e científico da USP, com aulas abertas ministradas por docentes e visitas aos laboratórios da Universidade.

“A SciBiz permitirá aos profissionais da inovação navegar por tópicos complexos de gestão da inovação, redes de inovação e inovação aberta. A grande variabilidade de padrões de inovação que difere de setor para setor, o uso de tecnologia, comportamento do consumidor, e assim por diante, serão abordados de forma estruturada” comenta Moacir Miranda, chairman da SciBiz Conference e líder da iniciativa.

Nesta edição especial Oiweek SciBiz a expectativa é superar os números do ano anterior que contou com a participação de mais de 2.000 executivos de empresas líderes, 300 startups, 50 painelistas, 15 palestrantes internacionais, 300 investidores e 200 tecnologias. Com coordenação geral do Prof. Dr. Moacir de Miranda Oliveira Junior, professor-titular e chefe do Departamento de Administração da FEA-USP, o evento é realizado em conjunto pela Agência USP de Inovação – AUSPIN, 100 Open Startups e centenas de parceiros do ecossistema em um modelo aberto.

Comunidade

A Oiweek é uma comunidade criada por um grupo de 350 gestores de inovação que em 2008 passaram a promover prática de open innovation no Brasil. Atualmente a comunidade é composta por mais de 1.000 companhias líderes de todos os setores organizadas em 20 grandes temas-desafios, como: Indústria do Futuro, Plataformas Científicas e Tecnológicas, Saúde & Bem-Estar, Serviços Financeiros, Varejo e Moda e Beleza. Com o propósito de criar conexões com o ecossistema, participam da rede investidores, startups, cientistas e demais organizações ligadas a inovação e empreendedorismo ultrapassando a marca 40 mil pessoas engajadas.

Confira a agenda completa: http://www.oiweekscibiz.com/agenda.html

Oiweek SciBiz

Data: Dias 25/09 das 9h às 17h, 26 a 28/02 das 10h às 17h

Local: USP Campus Cidade Universitária – Av Prof. Luciano Gualberto, 908

São Paulo – SP

Ingressos: pelo site http://www.oiweekscibiz.com/#tickets com valores entre R$60 e R$640

Informações: helpme@oiweek.com/(11) 3500-5001

# Conheça o movimento “100 Open Startups”: http://www.openstartups.net

Novos hábitos do mundo digital faz crescer interesse por curso de Direito da Tecnologia da Informação

Relações diversas no mundo digital têm exigido tratamento jurídico cada vez mais adequado às novidades trazidas pelo desenvolvimento da Tecnologia da Informação. A cada avanço, surgem novas dúvidas. E para muitos advogados, juízes e promotores, entender o funcionamento das novas tecnologias tem se tornando indispensável para o exercício profissional. Isso tem levado muitos a procurar especialização em cursos de Direito da Tecnologia da Informação, como o oferecido pelo PECE – Programa de Educação Continuada (PECE) da Escola Politécnica da USP.

“São preocupações sobretudo com segurança dos dados, privacidade e propriedade intelectual. Mas também para quem atua na área de fusões de empresas e com direito tributário, por exemplo”, relata Edson Satoshi Gomi, coordenador responsável pelo curso do PECE. “A tecnologia trará novos desafios para o Direito, por exemplo relacionados com a Inteligência Artificial, com algoritmos que identificam e classificam as pessoas, automatizam tarefas, interagem com os seres humanos. Há também a questão das moedas virtuais e o block chain. Mas, para isso, é necessário que haja também profissionais preparados para lidar com essa convergência entre a Tecnologia da Informação e o Direito”, completa.

Aberto também aos profissionais de TI, de acordo com o coordenador, o curso aborda questões teóricas relacionadas às implicações legais da criação, disseminação e de uso da Tecnologia da Informação, como também busca despertar nos alunos um espírito crítico e de habilidades técnicas e jurídicas para atuar preventivamente, investigar e solucionar conflitos decorrentes. A primeira turma foi formada seis anos atrás. “De lá para cá sempre formamos novas turmas e o interesse pelo curso tem sido crescente”, conclui Gomi.

Inovação e empreendedorismo no agronegócio: crescimento acelerado será refletido em novo censo de startups

O desempenho positivo do agronegócio brasileiro, mesmo durante o período de recessão econômica, está sendo acompanhado pela forte expansão no número e na qualidade de novas empresas de base tecnológica com foco na inovação para o agronegócio. Com a coleta de dados ainda em andamento para o 2o Censo AgTech Startups Brasil, é possível concluir que o crescimento do ecossistema de startups agro é significativo.

Já é possível afirmar que em sua segunda edição, o levantamento inédito no Brasil produzido em parceria pela AgTech Garage e a Escola Superior de Agronomia Luiz de Queiróz, da Universidade de São Paulo, vai apresentar um aumento superior a 150% em menos de 2 anos no número de startups voltadas para o agronegócio. Enquanto o mapeamento de 2016 apontou a existência de 75 dessas empresas no Brasil, somente as startups que participam da rede da Agtech Garage já somam quase 200. Não há dúvidas entre os organizadores: o número final a ser anunciado em junho será ainda maior.

“Vamos mostrar para o mundo a maturidade e a relevância do ecossistema de startups do agro brasileiro,” afirma o diretor da AgTech Garage, José Tomé. Ele destaca que a segunda edição do Censo será mais completa e impactante, reunindo dados vitais para iniciativas de fomento às startups focadas no agronegócio.

A coleta de dados para a segunda edição do Censo começou em abril, por meio de questionários preenchidos online, que serão avaliados e tabulados em maio. Os números finais do mapeamento, que tem abrangência nacional, serão divulgados em junho e incluirão um quadro com o panorama brasileiro das startups distribuidas por área de atuação e um infográfico com base nas respostas obtidas de todos os empreendimentos.

A base já mapeada para a primeira edição do Censo será o ponto de partida, segundo o Professor do Departamento de Genética da ESALQ/USP e um dos coordenadores do levantamento, Mateus Mondin. “O primeiro Censo abriu os olhos de empreendedores, investidores, governo e agências para o mundo. Os dados foram apresentados em diversos eventos pelo Brasil e o mundo, o que fez com que muitas entidades se organizassem para desenvolver formas de incentivo ao empreendedor agtech.”

Para Mondin, o segundo Censo será mais impactante, ampliando a visibilidade internacional para o ecossistema agtech do Brasil e para as startups brasileiras. “O novo relatório terá distribuição global, o que vai atrair ainda mais os olhos do mundo. Não seremos mais vistos apenas como mercado consumidor e sim como protagonistas, dentro do seleto grupo de ofertadores de tecnologias agro,” concluiu.

O novo Censo segue uma tendência mundial de mapeamento da atuação de startups agro. Trata-se de um formato adotado por instituições de grande destaque, como a plataforma de análise de inteligência de mercado na tecnologia CB Insights, sediada em Nova York, a Startup Nation Central em Israel e, mais recentemente, a The Seed Projects, que mapeou startups na África. A expectativa dos organizadores para o Censo é clara: será o quadro mais detalhado e completo sobre o momento e a evolução das startups agro brasileiras.

Cietec participa de evento internacional de startups da ELAN

O Cietec (Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia), gestor da Incubadora de Empresas de Base Tecnológica de São Paulo IPEN/USP, é palestrante do encontro da ELAN Network (European and Latin American Business Services and Innovation Network), paralelo ao BIN@SP, nos dias 7 a 9 de novembro. A intenção do evento é conectar empresas brasileiras e europeias que queiram fazer negócios, facilitando a aceleração e o desenvolvimento de oportunidades.

A participação do Cietec se dará no dia 8 de novembro, às 16h20, no painel de apresentação dos maiores centros tecnológicos europeus e brasileiros. A sessão tem como objetivo identificar áreas de colaboração para a criação de múltiplas alianças entre Europa e Brasil, alcançando um impacto maior nas atividades de transferência de tecnologia entre as duas partes. Também participarão: TNO (Holanda), Tecnalia (Espanha), VTT (Finlândia), RBI (Croácia), Tecnopuc (RS), Parque Tecnológico de Sorocaba (SP) e Porto Digital (PE).

Nos dois dias de evento, ainda acontecerão palestras sobre o cenário de negócios no Brasil, desafios e oportunidades em saúde, energias renováveis e TIC. Igualmente serão discutidas oportunidades de desenvolvimento para empresas com base em tecnologia, com a participação de agências de fomento como FINEP e Investe São Paulo. A programação será encerrada com a visita às fábricas da Embraer e Natura.

Também durante o encontro da ELAN, empresas europeias estarão buscando parcerias para desenvolvimento de tecnologias em saúde, TIC e energias renováveis. Os europeus virão em peso ao país, com confirmação de mais de 40 empresas, entre elas: Asserta Global Healthcare Solutions (Espanha), BioVectis (Polônia), EIDT – Engenharia, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico (Portugal), Fun Academy Oy (Finlândia), EngiScience (Portugal), Ingeteam (Espanha), NIMGenetics (Espanha), OceanSource (Alemanha). Há presença confirmada de latino-americanos, como a Red Triple Helice de Investigación y Desarollo (Peru).

Segundo Sergio Risola, diretor-executivo do Cietec, o encontro – que também tem apoio da Anprotec e da Agência USP de Inovação – será importante pela troca de experiências com os parceiros internacionais. “O evento como um todo reunirá os mais relevantes atores brasileiros e europeus para uma vivência para prospecção de parcerias e negócios”, conta o especialista. E complementa: “por isso, recomenda-se a participação de startups que buscam chances fora do país”.

A ELAN Network é uma iniciativa coordenada pelo parque tecnológico espanhol Tecnalia, cujo principal objetivo é fornecer informações para pequenas e médias empresas europeias que almejam fazer negócios estratégicos nos países latino-americanos. Com isso, gera-se oportunidades de abertura de mercados tanto para as empresas da Europa, quanto da América Latina, especialmente nos setores de energias renováveis, biotecnologia e bioeconomia, tecnologias ambientais, saúde, tecnologia da informação e comunicação, nanotecnologias e novos materiais.

Em 2016, o evento da ELAN Network será concomitante ao BIN@SP, evento que conecta acadêmicos, empresários e cientistas para formar uma rede de apoio mútuo para a troca de boas práticas e oportunidades em Inovação. Liderado pela Business & Innovation Network (composto por USP, Universidade do Porto e Universidade de Sheffield), o encontro será realizado no Centro de Difusão Internacional da USP de 7 a 9 de novembro.

Huawei e USP realizam concurso que seleciona estudantes para capacitação na China

A Huawei e a Universidade de São Paulo (USP) realizam no dia 12 de outubro, em São Paulo, um concurso para selecionar três estudantes da instituição para uma capacitação na China, onde está localizada a sede da empresa. A iniciativa é parte da segunda edição do Seeds for the Future, programa global da Huawei que oferece treinamentos nas mais avançadas tecnologias de informação e comunicação (TIC).

O concurso da Huawei e da USP escolherá 3 dos 15 estudantes que viajarão para a China e terá o desenvolvimento de soluções de Internet das Coisas (IoT) como tarefa, contando com a participação de alunos do quarto e quinto ano dos cursos de Engenharia da Computação, Engenharia Elétrica e Ciências da Computação.

Ao todo, quinze alunos serão selecionados por meio de parceiras do programa “Seeds for the Future” no Brasil, que inclui CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), Inatel (Instituto Nacional de Telecomunicações), PUCRS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul) e UFCG (Universidade Federal de Campina Grande). Cada parceira realizou sua seleção com a participação da Huawei.

“A realização da segunda edição do Seeds for the Future no Brasil reflete nosso compromisso de capacitar os futuros líderes da indústria local de TIC. Por meio de parceiras com instituições de ensino, talentos brasileiros terão contato com as tecnologias mais avançadas disponíveis atualmente, além de inovações que chegarão ao mercado nos próximos anos, colaborando para o desenvolvimento de suas carreiras como pesquisadores ou profissionais em um setor que vive em constante evolução”, disse Alexander Rose, Gerente de Relações Públicas da Huawei.

Desde seu lançamento em 2008, o “Seeds for the Future” da Huawei já foi implementado em 35 países, beneficiando mais de 10 mil estudantes ao redor do mundo. Ao longo últimos dos anos, a Huawei tem investido cerca de 10% de seu faturamento global em P&D, sendo que, apenas em 2015, estes investimentos atingiram mais de US$ 9 bilhões. Como resultado de seu intenso foco em inovação, ao final de 2015, a Huawei ocupava a posição nº 1 no ranking de patentes na China, e figurava nos rankings de patentes Top 15 na Europa e Top 50 nos Estados Unidos. Ao todo, a Huawei já obteve mais de 50 mil patentes concedidas.

Os jovens talentos terão a oportunidade de visitar os laboratórios de pesquisa e desenvolvimento (P&D) da Huawei, em Shenzhen, e acompanhar de perto demonstrações de soluções inovadoras em conectividade ao lado de especialistas da companhia, que dividirão experiências e conhecimentos com os estudantes. O escopo do programa inclui capacitação em tecnologias avançadas de redes de banda larga fixa e móvel, como 5G, computação em nuvem, internet das coisas (IoT, na sigla em inglês) e cidades inteligentes. Além disso, o programa proporciona aos alunos uma imersão cultural com a China, principal parceiro comercial do Brasil.

Brasileiro é um dos três vencedores do prêmio Merck de incentivo à inovação

Dr. Alexander Augusto de Lima Jorge, da USP, está entre os três vencedores, que dividirão o prêmio de € 400 mil para apoio à pesquisa

A Merck, empresa alemã líder em ciência e tecnologia, anunciou os vencedores do prêmio Grant for Growth Innovation 2016, cujo objetivo é identificar e apoiar pesquisadores com visão de futuro sobre crescimento físico. A inciativa está alinhada à estratégia da companhia em fornecer uma plataforma que possibilite a inovação.

Com o projeto “Farmacogenética do hormônio de crescimento e estrogênio em pacientes com síndrome de Turner”, Dr. Alexander de Lima Jorge, da Universidade de São Paulo, foi um dos três vencedores do prêmio, que contou com 38 projetos inscritos de 20 países.
“Este prêmio é uma conquista para a Endocrinologia Pediátrica nacional, pois resultou do trabalho inovador e consistente do nosso grupo nos últimos 20 anos e da união de diversos grupos brasileiros para realização de um estudo prospectivo e multicêntrico em busca de uma melhor compreensão da resposta ao tratamento com hormônio de crescimento”, comemorou Dr. Alexander.

Os projetos foram avaliados por um Comité Científico independente composto por cinco endocrinologistas de renome internacional e pesquisadores. Os demais vencedores foram: Dr. Andrew J. Brooks, da Universidade de Queensland, Brisbane, Austrália (o domínio transmembranar do receptor de hormônio de crescimento como alvo terapêutico para desenvolver novas classes de drogas para necessidades não atendidas no tratamento de distúrbios do crescimento) e Dr. Antonio Cittadini, da Universidade Frederico II, de Nápoles, Itália (Tratamento da deficiência do hormônio do crescimento associado com insuficiência cardíaca crônica: Um estudo duplo-cego, randomizado, controlado por placebo).

Sobre o Grant for Growth Innovation (GGI)

O programa GGI, da Merck, tem como objetivo apoiar e suportar o desenvolvimento da compreensão do campo de crescimento. Um apoio de até € 400.000 por ano, dividido entre até três propostas de pesquisa, é concedido aos projetos selecionados. Cada projeto é cego e avaliado por um Comitê Científico independente, composto por endocrinologistas de renome internacional e investigadores, de acordo com cinco critérios: inovação, fundamentação científica, clareza, viabilidade e impacto da investigação.

Universidades brasileiras dominam ranking 2016 da América Latina

A Universidade de São Paulo (USP) manteve seu lugar como a melhor universidade da América Latina no ranking QS de regiões de 2016, sendo reconhecida também como a colaboradora internacional de maior sucesso da região. A também paulista Universidade Estadual de Campinas garantiu o segundo lugar novamente. Neste ano, o ranking da América Latina identificou as 300 melhores universidades da região, mais uma vez destacando a predominância brasileira.

O ranking 2016 aponta ainda que:

– Quatro universidades brasileiras estão dentre as 10 primeiras da região;

– Três outros países têm 2 universidades entre as 10: o Chile, Colômbia, e México;

– 76 universidades brasileiras encontram-se entre as 300 ranqueadas, mais do que qualquer outro país latino-americano

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O Ranking de Universidades QS América Latina utiliza uma metodologia própria. Esta metodologia única avalia as universidades de acordo com 8 critérios, pesando os desafios e oportunidades específicos que as universidades encontram em sua própria região para tornarem-se reconhecidas em escala regional e global.

Um destes desafios é a necessidade de estabelecer parcerias internacionais para garantir fundos de investimento e qualidade em pesquisa, além de atrair estudantes e professores de excelência internacional. Com este intuito, a QS introduziu um novo critério este ano: “a rede de pesquisas internacional”, que mede o número de parcerias em pesquisa que uma universidade tem.

Avaliadas sob este novo critério, as universidades brasileiras também apresentaram bom desempenho: cinco delas estão entre as 10 melhores da América Latina em parcerias de pesquisa internacional. São elas: a Universidade de São Paulo (1ª), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (4ª), a Unicamp (8ª), a Universidade Federal de Minas Gerais (9ª em tal critério e 14ª no geral) e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (10ª pelo critério e 16ª no ranking geral). Os resultados concluem que as universidades brasileiras estão caminhando firmemente na direção de firmar programas de pesquisa de colaboração global, sendo das mais bem-sucedidas na região.

FONTE QS Quacquarelli Symonds

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