Redes sociais são decisivas para o e-commerce: cinco dicas para alcançar o público certo

As redes sociais passaram a ocupar um lugar que até então era liderado pelas buscas orgânicas quando o assunto são os canais de vendas para atingir e auxiliar os consumidores na decisão da compra. De acordo com pesquisa elaborada pelo Sebrae, 72% dos entrevistados utilizam as redes sociais como um dos principais canais para a concretização das vendas online. Os sites de busca, que até então lideravam o índice, ficaram em segundo lugar, mencionados por 68% dos entrevistados.

O CTO e sócio da Trezo, André Felipe T. da Luz, afirma que a pesquisa vai ao encontro das experiências vivenciadas no dia a dia profissional. “Ao elaborar as lojas online, percebemos a preocupação dos clientes em contemplar as redes sociais, devido à importância que elas têm tido na comercialização dos produtos, seja para encontrar a loja, se relacionar e até mesmo conferir a opinião dos demais consumidores sobre a loja em questão”, explica André.

As redes sociais, de acordo com André, possibilitam, antes de tudo, interação e colaboração, e, partir disso, é possível se relacionar e vender. Entre principais e mais usadas redes sociais estão o Facebook, Instagram, Twitter, WhatsApp, Pinterest e Foursquare. Porém, André lembra que existem outras opções e é preciso saber usar cada uma de acordo com a sua finalidade. Confira as dicas de André para fazer sucesso por meio das redes sociais e converter mais:

1. Escolha as redes sociais mais adequadas ao seu negócio

Não adianta criar contas em diversas redes sociais sem antes fazer um planejamento levando em conta o tipo de produto comercializado pela loja virtual e o público a que se destina. Além disso, é preciso analisar o que a rede escolhida permite em termos de ações.

Por isso, analise o seu produto e o seu público e converse com a sua equipe em quais redes sociais sua empresa estará presente.

2. Mantenha as redes sociais atualizadas

Criar a conta em uma rede social é apenas o primeiro passo. É necessário realizar um cronograma de publicações e criar conteúdo relevante aos seguidores. Procure fazer uma atualização diária.

Importante: não transforme sua rede social em uma vitrine da sua loja virtual. É importante aproveitar o espaço pra falar dos produtos, promoções e lançamentos, mas também abordar assuntos que sejam de interesse dos consumidores, como informações sobre os produtos que você vende e dicas sobre como melhor utilizá-los.

3. Promova a interação e o engajamento

Converse com as pessoas nas redes sociais. Procure saber o que elas desejam e como gostariam de ser tratadas. Lembre-se de ouvir seu público, responder as dúvidas e reclamações, sempre sendo sincero. É assim que você criará um relacionamento com o público e estará sempre presente na memória dele positivamente.

Por meio da interação e engajamento você poderá conhecer melhor o perfil do seu público e assim vender mais e melhor.

4. Seja multimídia

Que as imagens são essenciais nas redes sociais você já sabe. Então, invista na qualidade delas e ganhe destaque em seus posts. Mas, vá além. Produza vídeos e animações para chamar mais a atenção do consumidor e ter maior interação.

5. Use hashtag

Muito mais que “modinha” ou “bonitinhas”, a hastag (#) é uma importante ferramenta para segmentar as mensagens por assunto e monitorar o alcance do post ou tema. Use hashtag tanto nos posts, quanto nos comentários e lembre-se de monitorar. Utilize essa ferramenta para interação, mas também como estratégia das próximas ações.

Essas são as principais dicas quando o assunto são as redes sociais como ferramentas de negócios, mas sempre é possível incluir outras ações e cuidados durante o planejamento. Para finalizar, André reforça que a base de tudo é o relacionamento. “Procure se relacionar bem com o consumidor, pois assim a compra e a fidelização serão consequências”, afirma o especialista.

5 atitudes para você NÃO ter no seu e-commerce

O CTO e sócio da Trezo, André Felipe T. da Luz
O CTO e sócio da Trezo, André Felipe T. da Luz

De acordo com a Confederação Nacional do Comércio, de fevereiro de 2015 a fevereiro de 2016, 80 mil lojas físicas fecharam as portas. Em contrapartida, o número de vendas online, nesse mesmo período, cresceu 21,52%. O dado reforça o interesse cada vez maior do consumidor em comprar pela internet. Por isso, empresários deste setor devem estar sempre atentos em aprimorar sua loja online.

O CTO e sócio da Trezo, André Felipe T. da Luz, lembra que e-commerce não é para aventureiros e requer planejamento e investimento. Entre os cuidados que se deve ter com a loja virtual, André destaca cinco atitudes que, infelizmente, ainda são comuns, mas não deveriam ser feitas. Confira:

Foque nas vendas, a marca é uma consequência

Pensamento: Se a minha loja está vendendo, para que vou me preocupar com a marca?

Esse é um grande erro que alguns empreendedores do e-commerce cometem. Se você não reforçar a sua marca no mercado, em breve ela será esquecida. Surgirão outros nomes fortes, vendendo o mesmo produto que você, com a mesma qualidade, ou melhor, entretanto mais presente. E, assim, a sua loja ficará pra trás. Lembre-se de cativar e fidelizar seu cliente.

Deixe de lado os treinamentos da equipe. É preciso produzir

Pensamento: Meus colaboradores estão cumprindo com todas as obrigações e, por isso, não é necessário investir em cursos para eles.

Se você pensa assim, tenha certeza de que em breve sua equipe estará desanimada e ultrapassada. As novidades surgem o tempo todo. É preciso estar preparado para oferecer diferenciais aos clientes e não esperar que eles peçam por algo. Funcionários mais qualificados elevam a produtividade e a competitividade do negócio, seja no e-commerce, ou qualquer outra área.

Uma imagem vale mais que mil palavras e, portanto, dispensa descrições

Pensamento: A foto exposta no e-commerce já fala tudo sobre o produto, não vou perder tempo descrevendo-a.

Na loja online o consumidor tem visão restrita sobre o produto, que não pode ser pego, nem sentido. Daí a necessidade de investir em fotos de diversos ângulos do produto, vídeos e boas descrições, que transmitem a mesma sensação de quando o comprador esta em uma loja física com o produto na mão e um funcionário repassando mais informações.

Ctrl + C e Ctrl + V

Pensamento: Se o e-commerce do meu concorrente está vendendo muito, vou fazer o mesmo que ele.

Sua loja online precisa ser única, com um design exclusivo e atualizado, que remeta aos produtos que você vende. Copiar o layout do concorrente não vai trazer nenhum benefício a sua loja. No máximo ela será chamada de “prima pobre”. Portanto, contrate um profissional (que tal um designer?) e tenha uma loja original.

Inovar é pra quem tem tempo sobrando, ou seja, não trabalha

Pensamento: Meu e-commerce vai bem, então vou deixar tudo como está e continuar ganhando dinheiro, afinal não tenho tempo pra isso.

Sabemos que ser empresário exige muita dedicação e que tempo livre é quase como uma jóia rara. Contudo, é preciso pensar e investir em inovação. A velocidade das mudanças está cada vez maior, seja em novos produtos ou necessidades e preferências do consumidor.

7 passos para transformar visitantes em compradores

Considerada um dos principais indicadores de desempenho no e-commerce, a taxa de conversão também é muito utilizada para mensurar os números ligados às vendas do comércio eletrônico. No Brasil, a taxa média de conversão é de apenas 1,65%, de acordo com pesquisa da Experian Hitwise.

O dado é um alerta ao setor. Para o especialista em e-commerce, CEO e sócio da Trezo, Armando Leite Júnior, o desafio está em transformar os visitantes em compradores. Para isso, ele orienta ficar atento a alguns números que apontam onde estão os ruídos nesse processo. “Sabemos, por exemplo, que 84% dos compradores online avaliam uma página de mídia social antes de fazer a compra. Ou seja, é fundamental que a loja esteja presente nesses locais”, afirma o CEO.

Para melhorar as taxas de conversão, Armando destaca alguns tópicos importantes para o e-commerce, conforme as dicas e o infográfico:

1) Faça e disponibilize vídeos sobre os produtos, pois eles podem aumentar as vendas em até 144%;

2) Crie um site simples de usar e certifique-se de que os botões sejam fáceis de encontrar, principalmente os de “Adicionar ao Carrinho” e “Checkout”;

3) O e-commerce deve ser acessível a pessoas com deficiências visual, auditiva, motora, entre outras necessidades especiais;

4) Seja honesto (sempre). Se um produto está esgotado, avise o consumidor. Lembre-se de deixar um botão “Avise-me quando esse produto chegar”;

5) Ganhe a confiança do cliente. Para isso, mostre depoimentos e recomendações sobre a sua página em mídias sociais; disponibilize um número de SAC; tenha uma política de privacidade e mostre que sua loja online possui um processo de pagamento seguro;

6) Ofereça vários métodos de pagamento;

7) Mantenha seu cliente atualizado informando-o quando o produto for enviado e qual o código de rastreamento.

Essas são as principais dicas para melhorar a taxa de conversão do e-commerce. Contudo, Armando lembra que o ideal é fazer um acompanhamento constante para saber por que o cliente está deixando a loja online sem efetuar a compra. Para isso, o CEO recomenda o uso de ferramentas como o Google Analytics, Crazy Egg, Click Tale e Olark. “Não se pode esperar que o problema apareça para o consumidor para tomar as providências. É necessário analisar constantemente para corrigir as falhas rápido, de preferência, antes que afete o usuário”, afirma Armando.

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5 canais de vendas para seu e-commerce vender mais

A disputa por clientes entre as lojas virtuais é grande, assim como em lojas físicas. Em ambos os espaços é preciso utilizar estratégias que aumentem a divulgação e a rentabilidade. Para quem tem e-commerce uma das maneiras de atingir esses objetivos é por meio dos canais de vendas.

Além da venda direta realizada no e-commerce, onde o consumidor entra diretamente na loja virtual e escolhe o produto, há outros canais de vendas que podem ser explorados. O CEO e sócio da Trezo, Armando Leite Júnior, explica que é preciso levar em conta outros locais para anunciar os produtos e se tornar uma marca forte. “Muitas vezes o empresário ou empreendedor se apega a ideia da loja online própria e esquece que essa mesma loja pode ser vista de mais formas”, afirma.

Armando destaca cinco canais de vendas que são simples de usar, com um investimento acessível e retorno vantajoso. São eles: marketplace, comparadores de preço e recuperadores de carrinho, redes sociais e e-mail marketing. Abaixo, o CEO explica sobre cada canal.

Marketplace

O marketplace, de forma bem simples, é um portal que abriga diversas lojas virtuais. É um espaço para os vendedores exporem os produtos, como se fosse uma grande vitrine onde os clientes encontram produtos de diversos vendedores no mesmo catálogo com a vantagem de poder fechar a compra em um carrinho único.
Para se destacar na concorrência, a base de tudo é proporcionar uma boa experiência para o consumidor. Para isso, algumas ações são essências, além do preço competitivo, possibilidade de parcelamento e boas condições de frete. Entre elas estão: imagens de qualidade dos produtos, descrições ricas em detalhes e permitir fazer e visualizar avaliações, sejam elas positivas ou negativas, pois traz mais segurança aos consumidores.

Entre os maiores marketplaces estão a Americanas, Mercado Livre, Submarino, Walmart.com, entre outros.

Comparadores de preço

E se você pudesse visualizar e comparar o preço do produto procurado num mesmo local? É isso que os comparadores de preço fazem. São sites que pesquisam e mostram o preço do item desejado de diferentes lojas online. É bom para o dono do e-commerce, que tem a oportunidade de que seu produto seja visto junto com os da concorrência e aumenta as chances de conquistar mais clientes. E é bom para o consumidor, pois é rápido e prático.

Entre os comparadores de preço mais conhecidos estão Buscapé, Google Shopping, Zoom, Zura e Bondfaro.

Recuperadores de carrinho

Uma pesquisa apontou que em 2015, a média de abandono de carrinhos em lojas virtuais chegou a 83,73% no Brasil. As principais causas apontadas são as elevadas taxas de frete e o prazo para entrega dos produtos. Por isso, o assunto merece atenção.

Uma maneira de não perder a venda é recuperação do carrinho que foi abandonado. Se o cliente chegou a colocar o produto no carrinho quer dizer que ele tem sim interesse naquele item e pode voltar ao site. Sendo assim, é necessário lembrar o consumidor dos produtos que ele teve interesse e até mesmo oferecer alguma vantagem, como um desconto, para que de fato ele efetue a compra. Para isso, uma ferramenta de gestão para a recuperação do carrinho deve ser aplicada ao e-commerce.

Redes Sociais e Fóruns

Há muito tempo que as redes sociais fazem parte da rotina das pessoas no mundo todo e por isso são excelentes vitrines para ajudar a divulgar os produtos. É preciso levar em conta o tipo de produto para cada rede, pois elas atendem públicos diferentes.

As redes sociais possibilitam divulgar o produto e assim gerar mais conversões. Lembre-se de que são importantes boas fotos e descrições dos produtos, além de ficar atento e responder aos comentários. Entre as redes sociais mais usadas estão: Youtube, Facebook, Twitter, LinkedIn e Instagram.

Se o seu e-commerce não tem uma página no Facebook, por exemplo, aproveite para criar uma. Outra dica é participar de grupos, fóruns ou listas específicas. A segmentação do conteúdo de acordo com o público é importantíssima. Não ainda publicar sobre artigos para carros em um grupo que discute sobre saúde feminina. Ofereça informações e respostas de qualidade aos participantes e crie uma relação de confiança.

E-mail marketing

O e-mail marketing é um ótimo canal de comunicação e extremamente eficiente, mas, para isso, é preciso definir uma estratégia. Novamente a segmentação deve fazer parte da estratégia para atingir os resultados desejados. Lembre-se de oferecer conteúdos úteis, além dos produtos comercializados por sua loja online.

Vale lembrar que é sempre importante contar com o auxílio de profissionais especializados no segmento e que, preferencialmente, tenham alguma indicação. Algumas atividades, como as redes sociais são mais simples, porém outras exigem mais conhecimento e a orientação de um profissional é bem-vinda.

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