StartOut Brasil leva soluções inovadoras de 15 startups a Miami

Quinze startups brasileiras vão participar de uma missão a Miami, de 9 a 14 de setembro, quando terão uma agenda de visitas ao ecossistema de inovação, apresentações e encontros de negócios com incubadoras, aceleradoras, corporações e investidores na maior cidade da Flórida. As startups levarão aos Estados Unidos soluções nas áreas de indústria 4.0, logística e gestão empresarial, indústria aeroespacial, saúde e segurança da informação, entre outros setores. Elas utilizam tecnologias inovadoras como chatbots, realidade aumentada e virtual, inteligência artificial e internet das coisas.

A missão a Miami é uma iniciativa do programa StartOut Brasil, que apoia a inserção de startups nos mais promissores ecossistemas de inovação do mundo. Os participantes foram selecionados entre 125 inscritos e passaram por um processo de mentoria e orientação para o mercado norte-americano, que continuará após a missão, com o apoio ao estabelecimento da empresa no país. A delegação conta com empresas do Espírito Santo, Pernambuco, Santa Catarina, Minas Gerais e São Paulo.

“Selecionamos startups com grande potencial de inserção na Flórida, que é um mercado vibrante e com muitas oportunidades. Acredito que os investidores e parceiros norte-americanos se surpreenderão com a qualidade e inovação das soluções apresentadas por elas em diversos segmentos”, afirma Juarez Leal, COO da Apex-Brasil América do Norte. As startups participantes são: Agile MS, ATS Aerothermal Solutions, AyaTech, Fastdezine, Flex Interativa, I.Systems, Kryptus, Labsoft, Mogai, Molegolar, Portal Telemedicina, Take, Tracksale, Truckpad e VG Resíduos.

“Este é o quarto ciclo do programa, que num esforço conjunto de vários parceiros e, por meio das expertises das instituições engajadas no StartOut, sabemos que é possível potencializar a presença de startups brasileiras no mercado internacional”, disse a diretora técnica do Sebrae, Heloisa Menezes. Segundo ela, até o momento, foram 57 startups atendidas com dez negócios internacionais facilitados de outubro de 2017 a julho de 2018.

O programa StartOut já realizou missões nos ecossistemas de Buenos Aires (Argentina), Paris (França) e Berlim (Alemanha). Desta vez, a escolha foi por Miami, importante ecossistema de inovação, que conta com a presença de várias incubadoras e aceleradoras (Cambridge Innovation Center, WeWork etc) além de investidores como 500 Startups, The Venture City, Miami Angels, entre outros. A Flórida é o estado que tem a segunda maior concentração de empresas internacionais nos Estados Unidos e vem buscando inovações e novas empresas nos setores de aviação, TI, ciências da vida (biotecnologia), cleantech, serviços financeiros, infraestrutura, entre outros.

Agenda

A agenda em Miami será intensa e dará aos participantes a oportunidade de apresentar suas inovações e propostas de valor. No domingo (9/9), as startups passarão por um treinamento de pitch internacional. Na segunda-feira (10/9), assistem a um seminário sobre como fazer negócios nos Estados Unidos e na Flórida. No dia seguinte, elas apresentam seus pitches durante o evento Brainfood, realizado mensalmente pelo espaço de coworking The Lab Miami. Na quarta-feira (12/9), ocorre um “Demoday” na aceleradora 500 Startups, em Miami. Na ocasião, cada uma terá cinco minutos para convencer os investidores e possíveis parceiros presentes ao evento. Na sequência, no dia 13/9, elas se apresentam no #Thursday Gathering, da Venture Café, também em Miami. O #ThursdayGathering é um evento semanal, considerado um dos mais importantes para o ecossistema de inovação do Sul da Flórida.

Além das apresentações, as 15 startups também farão visitas técnicas a locais como Visa Innovation Center, The Venture City e Wework e terão reuniões de negócios pré-agendadas. Além disso, quatro empresas que nasceram no Brasil e já estão inseridas no mercado norte-americano falarão um pouco sobre o caminho que seguiram no país. São elas: Movile, Clear Sale, Stayfilm e Cora.

Cenário

As startups brasileiras se beneficiam de um ecossistema de investimento em inovação que é considerado o maior da América Latina. De acordo com dados da Lavca (Latin American Private Equity & Venture Capital Association), em 2017 foram investidos US$ 839 milhões em 119 negócios realizados por meio de venture capital ou de corporate venture. Em comparação, no México, o segundo ecossistema da América Latina mais importante, foram investidos US$ 80 milhões em 59 negócios.

De acordo com um estudo da Harvard Business Alumni Angels, apoiado pela Apex-Brasil, há mais de cem diferentes corporações investindo ou trabalhando em parceria com mais de 10 mil startups no Brasil. Recentemente, o país celebrou seus três primeiros unicórnios, que são aquelas startups avaliadas em mais de US$ 1 bilhão, ou seja, 99, NuBank e Pagseguro.

O ambiente de apoio à inovação e empreendedorismo no Brasil também vem crescendo. Segundo a Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), são mais de 8 mil empreendimentos apoiados pelo movimento dos ambientes de inovação no Brasil até julho de 2017: 369 incubadoras, 39 aceleradoras e 28 parques tecnológicos em operação.

Pesquisa sobre experiência do cliente mostra que as empresas brasileiras estão deixando de inovar

Ter um produto ou serviço de qualidade não é mais suficiente. Uma experiência ruim de atendimento é o ponto final da relação de 86% dos consumidores com as empresas e um bom atendimento pode se sobrepor ao preço para 56% deles – é o que aponta o Customer Experience Trends, maior estudo sobre a experiência do cliente no Brasil, realizado pela Octadesk, empresa desenvolvedora de soluções para gestão de atendimento e relacionamento com o cliente, com o apoio da Tracksale, empresa especialista em indicadores de performance da experiência do cliente.

O levantamento, que teve a participação de 373 empresas e 500 consumidores brasileiros, apontou que o tempo de espera e despreparo dos atendentes são os fatores que mais incomodam nos atendimentos, ambos apontados por 23% dos entrevistados. Os serviços de telefonia, internet e TV a cabo, foram considerados os piores para 67% dos clientes.

Apesar de ter caído 17% desde 2015, o telefone ainda é o canal de atendimento mais usado por empresas (88%) e clientes (66%), seguido pelo e-mail, WhatsApp e Facebook. Para acompanhar toda a jornada do consumidor, 34% das empresas centralizam todos os canais de atendimento em uma única plataforma e 49% não centralizam, mas pretendem.

Em relação às pessoas envolvidas no atendimento, 84% dos consumidores afirmam que os atendentes são desqualificados e 61% consideram que eles têm pouca autonomia, embora 43% das empresas assegurem investir em qualificação dos funcionários. A principal crítica de quem compra (43%) é que as empresas são inconvenientes e não respeitam a decisão de cancelar um serviço.

“Os canais digitais estão mudando a forma como as empresas interagem com os seus clientes. Nossa pesquisa oferece às empresas um material completo, gerando insights que poderão melhorar a experiência dos seus clientes, apoiando suas estratégias em todas as áreas”, destaca Rodrigo Ricco, fundador e CEO da Octadesk.

“Entender todo o processo de interação que o cliente tem com as organizações é fundamental para proporcionar uma experiência com excelência. Por isso, nossa parceria com a Octadesk no desenvolvimento da pesquisa Customer Experience Trends tem como principal objetivo compreender as dores do consumidor e das empresas e ajudar a solucionar problemas, oferecendo uma alternativa inovadora para o monitoramento e a gestão dessa experiência, que resulte na lealdade de seus consumidores, aumentando também sua rentabilidade por meio dessas estratégias”, explica Tomás Duarte, CEO da Tracksale.

Tendências para 2018

Empresas que investem na experiência digital estão se destacando das empresas tradicionais, entregando uma melhor experiência de compra para o consumidor. Os canais digitais estão transformando a forma como as empresas interagem com os seus clientes. Prova disso são as cinco principais tendências de canais de contato: Virtual assistant (chat bots); Mensagens instantâneas (web chat, WhatsApp e etc.); Redes sociais; Apps Mobile e Autoatendimento.

Entre os investimentos em iniciativas relacionadas à experiência do cliente das empresas entrevistas na pesquisa estão: Site (38%); Qualificação dos profissionais (37%); Atendimento via redes sociais (35%); Personalização do atendimento (34%); Atendimento via whatsapp (32%); Atendimento proativo/Customer Success (31%) e Data analytics/BI ( 18%).

Tracksale lança aplicativo para gestão de satisfação de clientes

Com o objetivo de aumentar a agilidade e a praticidade nas análises de relatórios sobre o comportamento do consumidor, a Tracksale, empresa que oferece uma solução tecnológica para melhorar a experiência de compra, lança um aplicativo para gerir, em tempo real, a satisfação dos clientes e ajudar na visualização de relatórios e resultados.

Disponível paraAndroid e iOS, o aplicativo mostra os dados gerais da empresa, incluindo seu NPS, porcentagem de clientes detratores, neutros e promotores. Além disso, o gestor consegue visualizar a quantidade total de opiniões, disparos, taxa de resposta e comentários.

“Nós acreditamos na eficiência, consistência e agilidade do Net Promoter Score e queremos provar essa questão para os clientes, simplificando a gestão da experiência dos seus consumidores para que eles consigam alcançar suas metas de NPS”, afirma Tomás Duarte, CEO da Tracksale.

Os usuários do app também poderão selecionar um determinado período em que a pesquisa foi realizada e visualizar os resultados de cada uma de suas campanhas. Além disso, os usuários poderão explorar os dados de quem avaliou sua empresa, como e-mail, perfis em redes sociais, telefone, campanha da qual a pessoa faz parte, tipo de canal de coleta, data, hora e o tempo da resposta.

Atualmente, a Tracksale possui mais de cem clientes ativos e realizou o monitoramento de mais de mil marcas que fizeram parte de seu portfólio. A empresa espera faturar R$ 5,5 milhões em 2017 e pretende atingir mais de 100 milhões de consumidores em toda América Latina.

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