Como o uso dos tablets pode agilizar e personalizar o atendimento no varejo

Por Arnaldo Mello

Tecnologia, inovação, globalização… Esses termos têm tudo a ver com a realidade que o mundo vive hoje e como tudo isso está inserido no contexto do varejo moderno. O tema, inclusive, foi abordado em uma palestra presidida pelo VP da “ArmorActive”, Travis Hooper, durante a NRF.

Em sua apresentação, Hooper falou, entre outros assuntos, sobre como a mobilidade dos tablets está transformando a forma de fazer negócios. De acordo com ele, a modernização do varejo físico é inevitável e imprescindível para não perder espaço perante o comércio digital.

Nos últimos tempos, as pessoas têm optado por um atendimento rápido e personalizado e é justamente nesta oportunidade que o tablet se encaixa, uma vez que contribui para a agilizar o atendimento aos consumidores.

Com ele em mãos, o atendente tem acesso a todo o estoque da loja sem sair de perto do cliente. Ao usá-lo, o atendimento não só ganha velocidade, como também aumenta, consideravelmente, a busca por produtos capazes de agradar o cliente.

A experiência do consumidor (em inglês, customer experience) é o epicentro de todas as marcas e indústrias, seja qual for a parte do mundo. Devido a sua importância, a capacitação digital vem ganhando força e espaço nas discussões estratégicas de grandes empresas.

Ainda segundo Travis Hooper, há seis fatores que conduzem as agendas de reuniões estratégicas. São elas: a discussão digital deve sempre estar presente na pauta dos encontros; as marcas precisam de um relacionamento íntimo com os clientes; o oferecimento de uma experiência diferenciada; a possibilidade de financiamento governamental; a presença de eficiência operacional, bem como a redução de custos; e a permanência no mercado de forma relevante e inovadora.

Não é de hoje que a inclusão de um gadget como o tablet no dia a dia do varejo transforma a maneira como as vendas são efetuadas, otimiza o tempo e faz com que o atendimento fique ainda mais personalizado. Além disso, ele permite que o vendedor tenha acesso imediato a outras informações sobre o cliente como também facilita a finalização do pedido e pagamento.

Mas, se são tantas as vantagens para o varejo, por que ainda não está sendo utilizado em todos os estabelecimentos? A resposta é simples: seu uso requer preparação e planejamento para superar os desafios que poderão surgir com o decorrer do tempo, como, por exemplo, desvencilhar a imagem de entretenimento do aparelho, trazendo uma imagem profissional para o seu uso; como protegê-lo enquanto estiver sendo usado; e qual será o melhor modelo, software e sistema operacional a ser utilizado.

Por último, mas não menos importante, os responsáveis pela área de equipamentos e inovação devem considerar que vale a pena investir no equipamento. Isto contribuirá tanto para criar uma experiência única no que se refere ao atendimento como também será um diferencial na forma como as empresas se apresentam aos seus consumidores.

Arnaldo Mello é colaborador da Academia de Varejo

Mercado brasileiro de tablets volta a cair no terceiro trimestre, constata estudo da IDC Brasil

Foram comercializadas 1,02 milhão de unidades entre os meses de julho e setembro de 2017, 3% a menos do que no mesmo período de 2016; Receita foi de R$ 485 milhões, ou seja, queda de 6% em comparação com o mesmo período do ano passado

Já, quando comparado com o segundo trimestre deste ano, mercado teve aumento de 30% em vendas e de 33% em receita.

O mercado de tablets continua em queda. De acordo com o estudo IDC Brazil Tablets Tracker, realizado pela IDC Brasil, líder em inteligência de mercado, serviços de consultoria e conferências com as indústrias de Tecnologia da Informação e Telecomunicações, as vendas do dispositivo caíram 3% no terceiro trimestre de 2017 em comparação ao mesmo período de 2016. Foram vendidas 1,02 milhão de unidades contra 1,05 milhão em 2016. A receita total foi de R$ 485 milhões, 6% a menos do que no terceiro trimestre de 2016, quando a receita chegou a R$ 516 milhões. Já na comparação com o segundo trimestre de 2017 as vendas cresceram 30% e a receita total teve alta de 33%, em função, basicamente, das compras antecipadas para o Dia das Crianças.

“Mesmo com o varejo estocando tablets para atender a demanda do Dia das Crianças, o mercado apresentou queda. Porém, foi uma retração menor do que a apresentada nos terceiros trimestres dos últimos dois anos”, afirma Wellington La Falce, analista de mercado da IDC Brasil. Segundo ele, a data influenciou também a queda no tíquete médio no período. “Houve grande procura por aparelhos mais baratos e promoções. Por isso, o preço médio dos aparelhos passou de R$ 488, no terceiro trimestre de 2016, para R$ 472 no mesmo período de 2017, ou seja, queda de 3%”, completa.

Para o quarto trimestre, a IDC prevê a comercialização de 1,18 milhão de tablets, com uma receita semelhante a do mesmo período de 2016, quando foram movimentados R$ 600 milhões. “Acreditamos que serão vendidos 3,76 milhões de tablets em 2017, 5% menos do que em 2016, quando chegamos a 3,98 milhões de unidades comercializadas. A receita total de 2017 deve ser de R$ 1,85 milhão, o que representa uma retração de 10% na comparação com o último ano”, conclui La Falce.

Gartner revela quais serão os dispositivos mais cobiçados para as festas de fim de ano

Headphones, tablets, pulseiras fitness, smartphones e TVs devem ser os produtos mais procurados pelos consumidores

O Gartner, Inc., líder mundial em pesquisa e aconselhamento imparcial em tecnologia, anuncia que os descontos nos produtos de TI devem se estender até o final do ano. As ofertas, que eram exclusivas nos Estados Unidos, são agora amplamente oferecidas no Brasil e em vários países europeus, com os varejistas apresentando preços cada vez mais competitivos. A indústria de bens de consumo, incluindo fabricantes de aparelhos eletrônicos, esperam que o espirito ‘Black Friday’ seja ampliado até o Natal.

“Marcas e varejistas oferecerão uma gama de ótimos negócios em dispositivos eletrônicos. Aqueles que mais devem atrair os consumidores são headphones, tablets, pulseiras fitness, smartphones e TVs. Espera-se que Smartwatches, caixas de som com Assistentes Pessoais Virtuais (VPA – Virtual Personal Assistant) e Smart Headphones também gerem demanda”, afirma Annette Zimmermann, Vice-Presidente de Pesquisas do Gartner.

Alguns usuários estavam esperando até agora para comprar um Apple Watch, já que sua utilidade ainda não era motivo tão convincente para a aquisição. Contudo, com sua conectividade celular, o Apple Watch Series 3 oferece novas formas de uso, como streaming de música durante os exercícios na academia ou deixar seu iPhone em casa, o que inevitavelmente gerará demanda e aumentará as vendas na Black Friday e nas festas de fim de ano.

O Gartner estima que 41,5 milhões de Smartwatches serão vendidos em 2017. Outras marcas de eletrônicos como a Huawei, LG, Samsung e Lenovo também contribuirão para isso, mas até agora o Apple Watch se mantém como o relógio inteligente de maior sucesso no mercado.

Outros dispositivos vestíveis que podem se destacar no fim de ano são as pulseiras eletrônicas. Estima-se que as vendas desses itens somem um total de 44 milhões de unidades em 2017, embora em 2019 a comercialização de Smartwatches supere a de pulseiras eletrônicas. Em geral, o Gartner prevê que 310,4 milhões de dispositivos vestíveis sejam vendidos no mundo em 2017, um aumento de 16,7% em relação a 2016.

“Se olharmos para os mercados de caixas de som com VPA e Smart Headphones, os fabricantes têm feito importantes adições aos seus portfólios. O Google, por exemplo, recentemente aumentou sua linha de produtos com os Pixel Buds e o mais barato Google Home Mini, concorrente do Echo Dot, da Amazon. Esperamos que esses dois mercados se desenvolvam rapidamente nos próximos dois a três anos em termos de volume e avanços tecnológicos”, diz Annette.

De acordo com a última previsão do Gartner, o mercado global de headsets por Bluetooth deve chegar a 150 milhões de unidades neste ano. As vendas de caixas de som com VPA crescerão para 11,8 milhões de unidades em 2017.

“A Black Friday se tornou um estimulador de vendas também no Brasil e na Europa há anos, tanto no comércio on-line quanto off-line. Vemos essa tendência em diversos países europeus, incluindo o Reino Unido, Alemanha, França e Itália, onde a Black Friday e a Cyber Week se tornaram termos conhecidos dos consumidores. Ainda assim, vemos algumas diferenças regionais entre os Estados Unidos e os outros países. Na maior parte dos casos, isso se deve à disponibilidade de produtos e não às preferências do público”, afirma Annette.

Similar ao que acontece nos Estados Unidos, o Gartner espera que a adição de conectividade celular ao Apple Watch Series 3 gere interesse nesse item por parte do consumidor. A Apple estabeleceu seu produto eSIM com alguns dos maiores provedores de serviços de comunicação, incluindo inicialmente as empresas europeias Deutsche Telekom, Orange e EE. Contudo, mais parcerias serão necessárias para impulsionar uma adoção maior do consumidor.

O aparelho principal da Fitbit, o Ionic, anunciado na feira alemã IFA em setembro, também pode estar nas listas de presentes de Natal. No entanto, o Reino Unido é o único país em que uma de suas novas funcionalidades, o Fitbit Pay, funciona. Serviços de pagamento confiáveis e eficientes para dispositivos vestíveis devem ser uma prioridade para a maior parte dos fabricantes, pois melhorarão a experiência de consumo e, consequentemente, promoverão lealdade às marcas.

Os smartphones se manterão como um presente de fim de ano altamente cobiçado. O Gartner espera que as vendas de celulares totalizem 1,57 bilhão de unidades em 2017, um crescimento de 4,9% em relação a 2016. A Huawei continua a aumentar sua presença na Europa, com 11,9% do mercado no terceiro trimestre de 2017, uma elevação em relação aos 10,2% anuais, um sólido terceiro lugar atrás da Samsung e da Apple. A Huawei se mantém na terceira posição por se destacar dos outros fabricantes que usam sistema Android, se beneficiando de empresas com problemas como a HTC e a Sony.

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