Programa de inovação aberta e aceleração abre inscrições para startups da vertical Supply Chain

TechStart Supply Chain é o programa de inovação aberta e aceleração criado para ajudar startups, empresas e instituições a acelerarem negócios e tecnologias para a cadeia de valor de Supply Chain

As inscrições para o TechStart Supply Chain, programa de inovação aberta e aceleração correalizado pela Venture Hub e Aveso, estão abertas. O programa é destinado à startups com foco em soluções digitais para cadeia de Supply Chain e que tenham passado pelo processo de validação inicial do projeto, com equipes estruturadas e com pelo menos um Mínimo Produto Viável (MVP) testado e validado no mercado. Neste ano, dentre os temas que a jornada trabalhará, estão gerenciamento de operações logísticas, fluxo de informações, qualidade e monitoramento dos produtos ou serviços. As inscrições podem ser feitas até o dia 17 de março no site do TechStart Supply Chain.

Com o propósito de atrair e escalar projetos e tecnologias de startups, o programa visa proporcionar para as participantes conexões, recursos e infraestrutura para que startups consigam desenvolver os seus modelos de negócios e identifiquem  oportunidades de parcerias. Para isso, a jornada oferece vantagens exclusivas para as logtechs e outras startups do setortais como interação com os especialistas de inovação da Venture Hub, conexão com representantes do ecossistema aberto de inovação, acesso a recursos, infraestrutura e modelos em plataformas de inovação e oportunidades de networking.  

“O propósito do TechStart é ajudar no desenvolvimento das startups, que elas começem a ganhar escala e que tenham um crescimento real no desenvolvimento de suas soluções e, principalmente, em seu negócio. Nosso objetivo é fazer com que elas atinjam esse crescimento significativo e que estejam preparadas para escalar ainda mais, tornando-se scale-ups”, explicou Maurício Duran, coordenador de Programas de Aceleração da Venture Hub.  

Entre fevereiro e março, serão realizados eventos online para apresentar o programa de aceleração e para tirar as dúvidas dos interessados em se inscrever para esta edição. Os eventos também terão a participação de startups que foram aceleradas em edições anteriores do programa TechStart Supply Chain, abordando a experiência no decorrer da jornada. 

Estrutura do programa

O TechStart Supply Chain está estruturado em duas etapas, Warm Up e Hardwork, respectivamente. A partir das informações preenchidas no formulário, que pode ser respondido até o dia 17 de março, o time TechStart fará uma seleção das startups que se destacaram no período de inscrição. As selecionadas serão convidadas a participar da fase Warm Up, com duração de 9 semanas. 

Nessa fase, as startups aprovadas serão apresentadas a conteúdos, atividades e ferramentas focadas em evolução modelo de negócios, proposta de valor, funil de vendas e preparação para investimentos, além de participarem de encontros presenciais e online. Os materiais que serão utilizados ao longo do Warm Up foram testados internamente e são compostos por metodologias e modelos criados para atender as necessidades do empreendedor e de sua equipe.  

No final dessa jornada de 9 semanas, a equipe TechStart realizará uma nova seleção, esta para a etapa TechStart Hardwork, com início previsto para julho. As aprovadas para a jornada de aceleração, baseada em inovação aberta, terão ao longo de 4 meses e meio mentorias com especialistas de inovação da Venture Hub e representantes do ecossistema, participação em eventos e workshops, conteúdos sobre patenteação, desenvolvimento tecnológico, captação de investimento e tração, dentre outros conteúdos e recursos que irão impulsionar o desenvolvimento das soluções e tecnologias das startups..

O objetivo é desenvolver nas startups a capacidade de resolver seus desafios e os problemas dos clientes de forma cíclica – criando, definindo, testando, observando os resultados, capturando mais dados, analisando e entendendo, desenvolvendo mais um pouco – com agilidade e sempre retornando ao mercado para validação, a partir do conceito de Lean Startup. 

“As startups podem esperar um acompanhamento muito próximo [na aceleração], em que elas irão trabalhar de maneira individual cada um de seus desafios, sempre com muito conteúdo. Além de participarem do programa de inovação aberta e aceleração, as startups também farão parte desse grande ecossistema aberto de inovação, que permitirá que elas criem conexões reais e que consigam crescer realmente”, ressaltou o coordenador da Venture Hub. 

Ao final da jornada do TechStart Hardwork, as startups da vertical participarão de Demo Days, em que apresentarão ao público, possíveis investidores e representantes de empresas as soluções que desenvolveram para as dores e desafios do setor.

Vantagens do programa para startups

Ao participarem do programa TechStart, as startups participantes estarão inseridas no ecossistema de inovação aberta da Venture Hub, composto por diversos atores, incluindo empresas, institutos de pesquisa, startups, investidores, CEOs e especialistas em inovação e tecnologia. 

Além disso, as startups também terão acesso à plataforma VH Academy e ao espaço coworking da Venture Hub, poderão acessar recursos e infraestrutura para o desenvolvimento de MVPs e POCs, networking com diferentes atores e conexão com investidores e fundos de investimento, dentre outras exclusividades. 

Vantagens do programa para corporates

Grandes empresas, institutos de pesquisa e organizações que têm interesse em participar do programa também terão benefícios, incluindo acesso a novos mercados e tecnologias disruptivas para os seus segmentos, assertividade na busca de soluções que atendam efetivamente as necessidades atuais e o desenvolvimento da cultura inovadora e a transformação digital nos times internos no startup way e outras vantagens.

Inscreva-se: https://bit.ly/3Hztvon

A Venture Hub é uma aceleradora de startups e uma parceira de inovação para corporações, institutos de pesquisa e tecnologia e empresas dos mais diversos tamanhos, atuando nas seguintes verticais: Food, Agro, Logística e Saúde e Longevidade. Com as nossas metodologias ágeis, dinâmicas, eventos, ferramentas de inovação e parceiros de ecossistema, ajudamos as organizações a encontrarem soluções criativas e práticas para os seus maiores desafios, trazendo resultados reais e elevando o protagonismo do time interno.

Blockchain vai turbinar o supply chain global até 2025

Um novo relatório do Instituto de Pesquisa Capgemini revela que o blockchain pode se tornar onipresente até 2025, entrando nos negócios tradicionais e apoiando práticas de supply chain em todo o mundo. Por meio de investimentos e parcerias, a tecnologia distribuída dominará o setor de manufatura, bem como as áreas de produtos de consumo e o varejo, trazendo uma nova era de transparência e confiança.

O relatório “Does Blockchain Hold the Key to a New Age of Supply Chain Transparency and Trust?” (em tradução livre, “O Blockchain tem a Chave para Uma Nova Era de Transparência e Confiança na Cadeia de Suprimentos?”) fornece uma visão abrangente dos negócios e geografias que estão pavimentando sua migração para blockchain e prevê que a tecnologia se tornará mainstream na prática de supply chain até 2025. Atualmente, apenas 3% das organizações que estão investindo em blockchain o fazem em escala e 10% têm um projeto-piloto implementado, com os restantes 87% dos entrevistados relatando estar nos estágios iniciais no uso da tecnologia.

O Reino Unido (22%) e a França (17%) lideram atualmente com a implementação em escala e pilotos de blockchain na Europa, enquanto os Estados Unidos (18%) são líderes em termos de financiamento de iniciativas da prática. Estes precursores estão otimistas quanto ao potencial da tecnologia, com mais de 60% deles acreditando que blockchain está transformando a maneira como eles colaboram com seus parceiros.

O estudo também apontou que a redução de custos (89%), a rastreabilidade aprimorada (81%) e a transparência aprimorada (79%) são os três principais impulsionadores dos atuais investimentos em blockchain. Além disso, a tecnologia permite que as informações sejam entregues com segurança, rapidez e transparência, e pode ser aplicada as funções críticas de supply chain, do acompanhamento a produção passando pelo monitoramento das cadeias de alimentos e a garantia da conformidade regulatória. Entusiasmados pelos resultados que estão vendo, os precursores identificados no estudo devem aumentar seu investimento em blockchain em 30% nos próximos 3 anos.

Apesar do otimismo em torno das implementações de blockchain, permanecem as preocupações em torno de estabelecer um retorno claro sobre o investimento e as barreiras de interoperabilidade entre os parceiros de supply chain. A maioria (92%) dos precursores aponta que estabelecer o ROI é o maior desafio para a adoção, e 80% citam a interoperabilidade com os sistemas legados como um grande desafio operacional. Além disso, 82% apontam para a segurança das transações como inibidor na adoção pelos parceiros de seus aplicativos blockchain, prejudicando o status da tecnologia como uma prática segura.

Sudhir Pai, CTO para Serviços Financeiros da Capgemini, disse: “Existem alguns casos de uso realmente interessantes no mercado que estão mostrando os benefícios do blockchain para melhorar o supply chain, no entanto, a tecnologia não é a “bala de prata” para solucionar todas as questões da cadeia de fornecimento de uma organização. O ROI da blockchain ainda não foi quantificado, e os modelos e processos de negócios precisarão ser redesenhados para sua adoção. Parcerias eficazes são necessárias em toda a cadeia de suprimentos para construir uma estratégia de blockchain baseada em ecossistemas, integrada com implementações de tecnologia mais ampla, para garantir que ela possa realizar seu potencial”.

Em um relatório anterior, realizado no início deste ano com a Universidade de Tecnologia de Swinburne, na Austrália, a Capgemini descobriu que a experimentação em blockchain atingirá seu ápice em 2020, quando as organizações puderem explorar provas de conceito e se desdobrarem com as Fintechs. De acordo com o relatório, a transformação do blockchain irá amadurecer em 2025, quando as organizações realizarem a transformação e a integração das empresas, estabelecendo políticas para privacidade e gerenciamento de dados.

O professor Aleks Subic, vice-reitor de Pesquisa e Desenvolvimento da Universidade de Tecnologia de Swinburne, disse: “As organizações confiam na tecnologia blockchain para resolver questões importantes e criar novas oportunidades de negócios, e isso dá credibilidade ao ecossistema digital em toda a supply chain. Acreditamos que a tecnologia blockchain desempenhará um papel integral na transformação digital dos canais da cadeia de suprimentos para uma ampla gama de indústrias no futuro próximo”.

Apesar das barreiras enfrentadas pelo blockchain hoje, as organizações estão tentando impulsionar uma adoção mais ampla agora, enquanto a tecnologia está em seu estágio inicial. Um exemplo é a Mobility Open Blockchain Initiative (MOBI), consórcio formado por um grupo de empresas de automóveis e de tecnologia focadas em fazer com que as montadoras atribuam identidades digitais aos veículos para que carros e sistemas possam transacionar entre si.

Casos atuais de uso da indústria
O relatório do Capgemini Research Institute identificou 24 casos de uso de blockchain, variando de negociação de créditos de carbono a gerenciamento de contratos com fornecedores e prevenção de produtos falsificados. A Capgemini aplicou esses casos de uso ao varejo, manufatura e produtos de consumo, descobrindo que o blockchain pode ser e está sendo usado para rastrear a produção, a procedência e o inventário de contratos, produtos e serviços. O relatório destaca que as organizações de produtos de consumo concentram-se principalmente no rastreamento e identificação de produtos, com a Nestlé, a Unilever e a Tyson Foods implementando testes de blockchain. Os varejistas estão focados nos mercados digitais e na prevenção de falsificações, com empresas como a Starbucks investindo em testes da tecnologia. Mais criticamente, a blockchain pode proteger o fornecimento de alimentos, rastreando alimentos do campo ao garfo, para impedir a contaminação ou recalls de produtos.

Sudhir Pai conclui: “Nosso estudo ressalta o potencial do blockchain, mas também mostra que atualmente existem poucas implementações em larga escala da tecnologia e claras barreiras à adoção. As empresas devem usar nossa análise das organizações precursoras para entender como a blockchain é viável para elas, fortalecendo seu programa e transformando o hype em realidade”.

Metodologia de Pesquisa

O Instituto de Pesquisa Capgemini entrevistou cerca de 450 organizações nas quais a implementação do blockchain está em andamento em sua cadeia de fornecimento como uma prova de conceito, piloto ou em escala. A pesquisa investigou a abordagem ao blockchain, as aplicações que eles estão implementando e os desafios que estão enfrentando na ampliação de suas iniciativas. Os entrevistados foram escolhidos entre os setores de produtos de consumo, varejo e manufatura.

Grupo Panalpina investe em startup para a cadeia de suprimentos

Em um mundo cada vez mais digital e automatizado, o Grupo Panalpina, uma das principais operadoras logísticas globais, inova e investe na criação de uma startup dedicada exclusivamente à cadeia de suprimentos. Trata-se da Validaide, uma plataforma online, da qual é co-desenvolvedora, que tem como objetivo principal proporcionar a qualificação de seus principais fornecedores. A ferramenta, lançada recentemente, já está disponível em alguns dos países em que a companhia atua e a previsão é que todas as suas outras filiais recebam a novidade até o final de 2018, inclusive a Panalpina Brasil.

“Nossos clientes, especialmente os da área da saúde, confiam em nós para trabalhar com fornecedores qualificados. É por isso que mantemos um dos mais sofisticados programas de gerenciamento de subcontratados e de avaliação de riscos do mercado”, diz o chefe global de aquisições de frete aéreo e de gerenciamento de produtos do Grupo Panalpina, Markus Muecke. “A Validaide torna o processo de qualificação dos fornecedores e a identificação dos riscos ao longo das rotas de transporte mais eficiente, dinâmico e transparente”, acrescenta.

A coleta, manutenção e compartilhamento das informações sobre os parceiros de logística é um tópico que ganhou interesse significativo nos últimos anos, especialmente no setor de saúde, uma vez que as diretrizes de boas práticas de distribuição da União Europeia foram atualizadas em 2013. De acordo com esses regulamentos, os produtores de medicamentos devem sempre avaliar as capacidades de seus fornecedores da cadeia de distribuição.

Ao usar a Validaide, a Panalpina pode qualificar seus fornecedores e avaliar as rotas de transporte de forma mais rápida e fácil, podendo compartilhar os resultados com os próprios clientes. “A Validaide é uma plataforma aberta com uma abordagem comunitária única”, explica o co-fundador e diretor-gerente da startup, Eelco de Jong. “Os integrantes da comunidade criada no sistema, por exemplo, companhias aéreas, agentes de trânsito e empresas de transporte rodoviário, podem mostrar suas competências tanto para clientes existentes quanto para parceiros em potencial, ou seja, provedores de logística terceirizados como a Panalpina. Os fornecedores são responsáveis por seus dados e decidem com quem eles querem compartilhar”, complementa.

Transparência – Com a Validaide, todos os dados ficam disponíveis online, em um único lugar e a qualquer momento, além de estarem sempre atualizados. “Por meio desse sistema, podemos oferecer aos clientes maior visibilidade aos seus negócios globais. Com o programa, eles conseguem ter acesso a toda a cadeia de transportes de onde estiverem e podem mitigar os riscos potenciais. Graças às informações e relatórios fornecidos em tempo real, podem tomar decisões rápidas com base em fatos e agilizar seus respectivos processos de auditoria”, afirma o supervisor de qualidade e de operações aéreas do Grupo Panalpina, Daniel Lutz.

O Grupo Panalpina é parceiro da Validaide, empresa co-fundadora da startup que leva o mesmo nome, desde que a plataforma foi criada, em 2016. As duas empresas trabalharam em estreita colaboração para construir uma ferramenta segura, alinhada com listas de verificação padronizadas e com um fluxo eletrônico sutil, que torna a qualificação do provedor mais eficiente e confiável. Em conjunto com os dados dos próprios fornecedores e centenas de rotas de transporte avaliadas pelos especialistas da companhia, a nova tecnologia oferece a mais completa transparência em informações para a cadeia de suprimentos mundial.

Brasil– O Grupo Panalpina segue em processo de implementação da start-up em todos os outros países em que atua diretamente, inclusive o Brasil, um dos mais importantes mercados para os negócios da companhia em todo o mundo. O país é o quarto mais relevante para as operações da corporação atualmente e deve receber o sistema até o final de 2018.

“Temos certeza que a nova tecnologia agregará ainda mais valor às nossas operações no país e que também será um diferencial na cadeia de distribuição nacional, reforçando nossa característica mais conhecida por nossos clientes e pelo mercado, de especialistas em soluções integradas e altamente customizadas”, finaliza o presidente da Panalpina Brasil, Marcelo Caio D’Arco.

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