Marcelo Claure: “O futuro do trabalho é flexível, e não só para os espaços de trabalho”

O modelo de trabalho tradicional, das 9h às 18h, de segunda a sexta-feira pode estar fadado ao fim. Mas o escritório não vai acabar. Espaços de trabalho flexíveis se tornam a cada dia mais vivos e relevantes. Esta é a avaliação de Marcelo Claure, CEO do Softbank e Executive Chairman da WeWork, em sua fala na abertura do encontro on-line WeWork Latam Summit – That’s How Tomorrow Works. O evento, focado nos novos desafios devido à COVID-19 na América Latina, reúne líderes empresariais para discutir as mudanças na rotina das companhias, tais como a necessidade de reavaliar seus modelos de negócios, priorizando a agilidade, flexibilidade e a segurança de funcionários. “Todos nós precisamos de ambientes adequados para nos concentrarmos, criarmos e colaborarmos”, afirma o executivo.

Recentemente, a WeWork conduziu um estudo global para entender a percepção dos profissionais em relação ao trabalho no contexto pós-pandemia. “Noventa por cento dos entrevistados disseram que gostariam de voltar ao escritório pelo menos um dia por semana. Vinte por cento desse grupo disseram que gostariam de retornar cinco dias completos por semana. Por quê? Pela colaboração, conexão, e trabalho em equipe”, explica Claure. Segundo o levantamento, em geral, trabalhar exclusivamente em casa pode gerar efeitos negativos sobre a capacidade de brainstorming, aprendizagem e troca entre colegas, diminuindo a capacidade de criatividade e inovação das empresas, questão crítica para o sucesso a longo prazo.

Líder global em espaços de trabalho, a WeWork ainda conta com novos produtos, desenvolvidos para garantir ainda mais flexibilidade a seus membros, como o recém-lançado All Access, que dá acesso a qualquer prédio da empresa em todo o mundo, e o WeWork On Demand, que permite o uso dos espaços conforme a necessidade de cada empresa ou colaborador.

E essa flexibilidade ultrapassa a realidade dos espaços de trabalho, em que empresas buscam contratos de locação flexíveis, soluções híbridas que aliem home-office a momentos de interação no escritório, ou descentralização da força de trabalho em diferentes endereços, para que os profissionais percam menos tempo no trajeto ao trabalho. Prova disso é a recente parceria da empresa com universidades ao redor do mundo para apoiá-las na oferta de estruturas equipadas e seguras a seus alunos em todo o mundo.

“Acabamos de lançar uma parceria com a Universidade do Arizona, expandindo sua rede global de microcampus para incluir 490 locais WeWork em 80 cidades e 37 países – permitindo que os alunos continuem a buscar seu diploma em qualquer lugar do mundo”, explica o executivo. “O futuro do trabalho é a flexibilidade e a WeWork será a líder em espaço flexível”, finaliza.

O WeWork Latam Summit – That’s How Tomorrow Works conta ainda com palestras de importantes nomes, como Chris Gardner, palestrante motivacional e inspirador do filme “À procura da Felicidade”; Leandro Caldeira, CEO América Latina do GymPass; Marcos Grilanda, MCO da Amazon Web Services; Maria Paula Arregui, VP e COO do Mercado Pago; e Simón Borrero, CEO da Rappi.

O evento, on-line, é gratuito e aberto ao público. Para se inscrever e acompanhar as palestras, basta acessar weworksummit.com/ pt / . Após o fim do evento, as gravações ficarão disponíveis para o público no mesmo link.

Startup 99 recebe investimento de US$ 100 milhões da SoftBank

A 99, principal startup de mobilidade urbana do Brasil, anuncia hoje a assinatura de um acordo de investimento da ordem de US$ 100 milhões com a SoftBank. Este montante, somado aos mais de US$ 100 milhões captados no início do ano junto à Didi Chuxing e à Riverwood, fecha a rodada de investimentos com mais de US$ 200 milhões. Este é a maior rodada de investimento já realizada por uma startup brasileira de acordo com a FactSet (companhia multinacional especializada em dados do mercado financeiro). Outros fundos e empresas como Monashees, Qualcomm Ventures e Tiger Global também investiram na startup, que foi aconselhada pela Lazard nessa nova transação.

Fundado por Masayoshi Son em 1981, a SoftBank é o maior investidor global em aplicativos de mobilidade, com investimentos significativos na DiDi, Ola e Grab, as maiores empresas do setor na China, Índia e Sudeste Asiático, respectivamente.

Apenas seis meses após o aporte liderado pela DiDi e pela Riverwood, a 99 atrai outro importante investidor internacional. Com este novo capital, a 99 vai fortalecer ainda mais o rápido crescimento do serviço de carros particulares 99 POP, o que levará a marca a consolidar sua liderança neste segmento no Brasil, bem como expandir por toda a América Latina.

“Vemos um grande crescimento e uma ótima perspectiva para o setor de soluções de mobilidade na América Latina. O time da 99 tem feito um progresso impressionante no Brasil, operando em mais de 400 cidades e realizando mudanças positivas na vida de milhões de usuários. Nós estamos comprometidos em apoiar líderes locais, como a 99, e esperamos ansiosamente para participar do sucesso deles a longo prazo”, afirma David Thevenon, diretor executivo da Softbank.

Para Peter Fernandez, CEO da 99, com todos os investimentos recebidos ao longo deste ano, a 99 tem todas as condições de atingir a meta de consolidar a liderança no mercado de transporte por aplicativos de mobilidade no Brasil e, no futuro, na América Latina. “Desde o primeiro aporte da Didi,o serviço 99POP vem crescendo muito em número de corridas semanais. Fica claro que nossa estratégia trouxe bons resultados, e agora estamos animados em ter a Softbank na nossa carteira de investidores. Isso mostra que estamos no caminho certo, como uma forte indicação da nossa posição de liderança no crescente mercado de mobilidade urbana da região”.

Operando desde 2012, a 99 é o maior aplicativo de mobilidade do Brasil, conectando mais de 200 mil motoristas a mais de 14 milhões de usuários registrados. “Quando fundamos a empresa, éramos apenas três empreendedores. Hoje, temos um time de mais de 350 profissionais trabalhando juntos e em colaboração com motoristas e usuários. Nosso objetivo é oferecer serviços que ajudem a resolver questões de mobilidade urbana na região”, completa o executivo.

Esta transação passará por avaliação do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e demais autoridades relevantes.