Simplic dá dicas para não cair na cilada do boleto falso

As compras online são cada vez mais parte da vida do brasileiro. Seja pela conveniência de poder fazer tudo do conforto de casa ou pela facilidade de comparação de preços, marcas e lojas, o fato é que o setor não para de crescer. Após fechar 2016 com R$44,4 bilhões de faturamento, a previsão é que o varejo eletrônico cresça 12% em 2017, faturando quase R$50 bilhões, segundo estimativa da Ebit.

É preciso ficar atento para não cair em ciladas na hora de comprar pela internet, especialmente no caso dos boletos bancários, segundo meio de pagamento favorito do brasileiro, atrás apenas dos cartões de crédito, e um dos principais alvos dos criminosos. De acordo com a Febraban, os golpes em boletos somaram mais de R$380 milhões em 2016.

Neste ano, novas regras de registro dos boletos devem dificultar as fraudes, mas, como as mudanças serão graduais, abordando primeiro documentos de alto valor (acima de R$50 mil), os especialistas do Simplic, primeira plataforma de crédito 100% online do Brasil, reuniram algumas orientações para ajudar o consumidor a pagar suas contas de forma segura:

Fique atento aos números do boleto

Pagar boletos tornou-se algo corriqueiro, feito sempre com pressa. Entretanto, uma leitura atenta do documento pode prevenir muitas fraudes, já que a grande maioria contém diversos erros, inclusive nos dígitos verificadores, que ficam no topo do boleto.

Uma das formas de identificar uma fraude por meio da sequência de números é ficar atento ao código da instituição bancária emissora, que aparece à direita do logo do banco e nos primeiros três dígitos da linha digitável (imagem abaixo). Caso os dois números não sejam iguais ou o código não seja o mesmo do banco emissor, o boleto foi falsificado. Por exemplo, ao gerar um documento do Santander (código 033) e notar que os primeiros dígitos são 001 (Banco do Brasil), é possível evitar maiores prejuízos.

Outra informação presente nesse código é o valor a ser pago. Os dez últimos dígitos indicam sempre o valor do documento, sem descontos. Logo, se o valor da conta for R$350,00, os últimos dígitos serão 0000035000. Se algum desses dados não bater, não pague o boleto e procure orientação da empresa fornecedora do serviço a ser pago e do banco.

Tome cuidado com a internet

Muitos brasileiros têm seus computadores infectados por vírus sem saber. De acordo com a GAS Tecnologia, 5% de todos os PCs que acessam o Internet Banking são infectados. Isso significa que mais de 2,5 milhões de computadores fizeram download de arquivos maliciosos. Um dos principais vírus é da família Banker, que altera o código de barras dos boletos como uma forma de desviar os pagamentos. Como o golpe não altera a data e o valor do documento, costuma passar desapercebido.

Para não cair nessa cilada, é crucial estar sempre com um antivírus instalado em sua máquina, além de ter navegadores e aplicativos, como o Java e Flash, atualizados. Além disso, evite gerar boletos em computadores e redes Wi-Fi públicas, uma vez que o risco de invasão e ataque de hackers nesse ambiente é sempre muito maior.

Seja sempre desconfiado

Nos últimos tempos, tem se tornado cada vez mais comum o envio de boletos falsos pelo correio. Golpes de contas de cartão crédito, e até de IPVA, já são conhecidos do brasileiro. Mas o perigo também existe com arquivos enviados por e-mail. Ao receber mensagens com anexos, links e outros dados suspeitos, faça questão de entrar em contato com o remetente da mensagem e checar se as informações recebidas são verdadeiras.

Por último, sempre mantenha cópias dos boletos pagos, sejam eles impressos ou online. No caso de ser vítima de algum golpe, os documentos serão necessários para a abertura de boletim de ocorrência.

Fintechs de crédito criam a primeira associação do setor no Brasil

Com o objetivo de impulsionar o desenvolvimento do setor de crédito online no Brasil e consolidar as boas práticas do segmento, as principais fintechs de crédito do País se uniram e criaram a Associação Brasileira de Crédito Digital (ABCD). A iniciativa, inédita no mercado nacional, foi conduzida pelas empresas Biva, BankFacil (BKF), Geru, Just, Lendico, Simplic e Trigg.

Na agenda da associação está o relacionamento com órgãos reguladores, de proteção ao crédito e defesa do consumidor, bancos e outras instituições financeiras. Neste sentido, a ABCD já nasce com um código de conduta e melhores práticas e tem na sua pauta, principalmente, o desenvolvimento do mercado de forma que o consumidor brasileiro seja beneficiado com o aumento de eficiência do setor.

A rapidez com que este mercado vem se desenvolvendo no Brasil e seu potencial de seguir crescendo também estão no radar de atuação da ABCD. Segundo a FintechLab, que mapeia as fintechs no Brasil, o número de empresas de serviços financeiros online no Brasil mais do que dobrou desde setembro de 2015.

A velocidade do crescimento do mercado das fintechs de crédito se dá pela a abordagem inovadora, baseada em dados, e incorporando tecnologia à análise financeira tradicional. Para lidar com os desafios criados pela rápida expansão, a associação propõe um conjunto de melhores práticas para quem oferece crédito no ambiente digital em termos de ética, respeito ao consumidor, comunicação, transparência, privacidade e segurança, entre outros.

Os benefícios ao consumidor são muitos, já que a entrada das fintechs no mercado trouxe variedade à oferta de produtos e serviços financeiros, diminuiu o tempo gasto na contratação, aumentou a segurança e a praticidade, e tornou o atendimento mais amigável e personalizado. Além da melhor experiência do usuário, as empresas de serviços financeiros digitais têm gerado renda e novos empregos. Um recente estudo da consultoria McKinsey mostra que o setor poderá criar até 4 milhões de novos empregos e representar um aumento de PIB no Brasil de 5,5% até 2025.

A associação é aberta e receberá outras empresas que trabalham com crédito digital no País. A ideia é gerar um ciclo de melhoria contínua e um fórum de compartilhamento de melhores práticas para as empresas do setor, bem como servir de referência para que o consumidor de crédito conheça melhor suas opções e seus direitos.

Levantamento do Simplic aponta que 4 em cada 10 solicitações de empréstimos online são originadas de smartphones

Análise de 2,7 milhões de solicitações de crédito realizadas na plataforma mostrou que desktops lideram o ranking dos pedidos, mas dispositivos móveis já ocupam espaço importante neste mercado

Inicialmente considerado uma ferramenta de entretenimento, o smartphone consolidou o seu papel como personagem importante na obtenção de crédito no Brasil. Segundo levantamento da plataforma Simplic, 43% das mais de 2,7 milhões de solicitações de empréstimo realizadas entre junho de 2014 e fevereiro de 2016 foram originadas de dispositivos móveis, com celulares representando 40% do total (aproximadamente 1,1 mi de pedidos) e tablets outros 3% (81 mil). Os desktops seguem na liderança, sendo usado em 57% dos pedidos, equivalente a 1,5 milhões de solicitações.

De acordo com o Diretor Executivo do Simplic, Rafael Pereira, os números da pesquisa refletem o crescimento da conexão móvel no Brasil, uma vez que o número de pessoas com internet no celular tem crescido a uma velocidade superior ao de novas conexões de banda larga em residências. “Além disso, estamos em um momento de mudança do perfil de comportamento do usuário de smartphones brasileiro, que está cada vez mais engajado e familiarizado com o meio digital”, explica.

A pesquisa aponta que 62% dos solicitantes de crédito no Brasil têm idade entre 24 e 44 anos, seguido dos jovens de 18 a 24 anos, que somaram 20%. Dentre os 2,7 milhões de pessoas que formalizaram pedidos de empréstimo, 35% tinham carteira assinada, 20% eram autônomos, 8% atuam no funcionalismo público e 5% são aposentados.

Geograficamente, a região Sudeste liderou o número de solicitações, sendo São Paulo responsável por 34% do total de pedidos, seguido de Rio de Janeiro (14%) e Minas Gerais (9%). Paraná e Bahia, empatados com 5%, complementam a lista dos cinco estados com maior número de pedidos de empréstimo online na plataforma Simplic.

“Atualmente, analisamos mais de 5 mil solicitações de crédito por dia e o perfil do usuário ainda é majoritariamente centralizado na região sudeste. No entanto, não tenho dúvidas de que a crescente popularização dos dispositivos móveis deverá amplificar nacionalmente o mercado de crédito online”, afirma Pereira.