A retomada do consumo de energia elétrica e a importância da atualização dos sistemas de conexão no setor elétrico

Por Roberto Karam

Passados quatro meses do início da pandemia, no setor elétrico a avaliação é de que o pior da crise já passou, o consumo de eletricidade registra quedas cada vez menores, já retorna a patamares do mesmo período de 2019, enquanto a inadimplência dos consumidores retornou a níveis próximos dos normais. Para agentes do setor, o balanço da crise se mostrou menos aterrorizante que o prenunciado em meados de março, muito em função dos esforços empreendidos pelo governo e pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para amenizar os impactos ao setor. É de suma importância acompanhar a realização desta expectativa e continuar a incentivar a modernização do setor, na medida em que o aumento do consumo de energia trará o retorno dos investimentos.

Devemos ter em mente que a distribuição elétrica demanda atualização constante, porque se trata de um setor estratégico para o desenvolvimento e para o próprio bem-estar da população, sem citar que também virou um item relevante na pauta da segurança urbana. Lugares mais iluminados tendem a serem mais seguros. Portanto, a distribuição de energia é um dos setores mais relevantes para a população brasileira, tendo em vista que são mais de 80 milhões de Unidades Consumidoras (UC) com ponto de entrega e medição do gasto individual. Além disso, a indústria nacional representa um importantíssimo ator nesta composição já que consome cerca de 35% da energia gerada.

A eletricidade seja nas cidades ou no campo é muito aparente, e fica ainda mais ‘visível’ quando se sente sua falta na escuridão ou na inoperância dos eletrodomésticos ou eletroeletrônicos. Nas ruas as lâmpadas registram sua presença, a fiação demarca sua extensão, os transformadores se impõem imponentes como os donos da tensão e da corrente elétrica. Mas, um dispositivo com apenas alguns centímetros de cumprimento, pouco percebido pela população, os conectores elétricos, que são relegados ao papel de atores coadjuvantes na rede, são de extrema importância, pois se houver uma falha em um destes importantes componentes todo o investimento realizado é perdido e se transforma em custos adicionais e prejuízos.

Os conectores para a rede elétrica são desenvolvidos com tecnologia agregada, desde o conceito de conexão por “efeito mola”, que trouxe há alguns anos uma inovação para o setor até o recente conceito de conexão por perfuração do isolante, sendo que, no caso do portfólio da KRJ que se preocupa em fornecer não só um produto mais um sistema de conexão, seus conectores agregam os dois conceitos juntos, o que significa um menor tempo de atuação e exposição dos profissionais à rede e, obviamente, melhor desempenho, aumento da confiabilidade e da proteção dos sistemas elétricos, que é uma preocupação contínua por parte de empresas sérias, que têm o compromisso com a qualidade da energia fornecida e responsabilidade com os seus operadores.

Temos uma grande expectativa de retomada da economia neste segundo semestre de 2020 e temos como foco estratégico, incentivar a adoção de novas tecnologias que são indispensáveis para atualização e modernização do setor, para que a retomada do crescimento econômico se traduza também e desenvolvimento tecnológico e, com isso, se eleve a qualidade do serviço prestado à população.

Roberto Karam Jr. é engenheiro elétrico e diretor presidente da KRJ

SONDA anuncia novo diretor comercial para a área de Utilities

Com mais de 30 de anos de experiência no setor de energia, Miguel Sarmento chega à SONDA, maior companhia latino-americana de Tecnologia da Informação, para assumir a diretoria comercial da divisão de Utilities da integradora. O executivo ocupava a mesma posição na Axxiom, empresa de serviços de tecnologia para o setor elétrico, constituída pela Cemig e Light, onde permaneceu por oito anos.

Na SONDA, o objetivo de Sarmento é antecipar ao segmento de energia, saneamento e gás soluções e serviços que atendam às novas tendências. A primeira medida na sua gestão é reforçar o papel de provedora de ponta a ponta da SONDA em projetos de transformação digital nas concessionárias e distribuidoras atendidas ou não pela companhia. Para isso, o executivo aposta em conceitos como a Internet das Coisas (IoT), o Business Intelligence (BI), o Big Data, além das soluções tradicionais da SONDA, para sustentarem sua estratégia.

“Atualmente, há uma grande mudança do setor de saneamento focada em melhorar a gestão por meio da automação de processos com sistemas que geram menos perdas, porém maiores receitas, assim como no segmento de energia há uma atenção especial na adoção de tecnologias para análise (analytics). Queremos apoiar estes e outros mercados, como de iluminação pública e de gás, na melhor tecnologia para os seus negócios, seja em sistemas comerciais ou com ferramentas de on-site billing, por exemplo”, comenta o executivo.

Outro desafio de Sarmento é transpor o reconhecimento que a SONDA acumula no mercado de distribuição de energia, que soma 27 anos de atuação, detendo atualmente 25% do market share deste setor, para outras verticais de utilities que estão aderindo a movimentos de inovação, como saneamento, que vem buscando a melhoria em seus sistemas; distribuição de gás, que vem passando por uma revisão na regulação e deve gerar oportunidades a médio e longo prazos; e iluminação pública, na qual várias PPPs (Parcerias Público-Privada) estão em fase de definição tecnológica e iniciativas de IoT serão muito utilizadas.

“Hoje, somente na área de energia, atendemos mais de 16 milhões de unidades consumidoras, o que representa aproximadamente 40 milhões de habitantes, um saldo que também proporciona desenvolver produtos aderentes às necessidades não só no campo da energia elétrica, como em todo o universo de concessões e utilidades”, explica Sarmento, engenheiro eletrotécnico formado pelo Mackenzie e com passagens pela portuguesa EFACEC e pela alemã AEG.

Energisa aposta em analytics para detecção de fraudes e prevenção de perdas

O Grupo Energisa, um dos principais conglomerados privados do setor elétrico do país, é um exemplo real de que o apoio da tecnologia analítica é extremamente positivo e rentável. Visando gerir as chamadas perdas não técnicas de maneira mais eficiente, a companhia concebeu, desenvolveu e implantou um ambiente analítico corporativo, fundamentado na arquitetura de Data Warehouse e apoiado na plataforma analítica da MicroStrategy. Graças à análise e cruzamento de informações históricas disponibilizadas de maneira rápida, precisa e consistente, foi possível à Energisa identificar desvios de maneira antecipada.

O Grupo Energisa controla 13 distribuidoras, localizadas nos estados de Minas Gerais, Paraíba, Sergipe, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Paraná e São Paulo, em uma área de 1.630 mil km². Presente em 788 municípios, emprega cerca de 12 mil colaboradores e atende 6,4 milhões de unidades consumidoras, o que corresponde a um total de mais de 16 milhões de pessoas – 8,1 % da população brasileira.

De acordo com Francisco Setubal de Rezende Silva, gerente corporativo de BI da Energisa, o processo de gestão de perdas não técnicas na companhia envolve decisões em níveis estratégico, tático e operacional, baseadas em dados de diversos sistemas transacionais, tais como cadastro de consumidores, faturamento, consumo, cadastros de medidores e geoelétrico, fiscalização, atendimento e perdas técnicas. Esse tipo de perda, também denominado perda comercial, resulta principalmente da ação de consumidores através de desvios de energia, ligações clandestinas e manipulações nos equipamentos medidores, mas também decorre de falhas nos processos de faturamento e cobrança. Os famosos “gatos” cresceram em todo o país. Somente de 2014 para 2015, aumentou em 6% a quantidade de energia consumida e não paga.

Ao longo dos quatro anos seguintes à implantação do projeto, denominado DW Energisa, o grupo apurou uma redução de 3,2% no índice relacionado às perdas não técnicas, representando aproximadamente 365 Gigawatt-hora (GWh), montante suficiente para atender 2,4 milhões de consumidores residenciais durante um mês. Além disso, a solução passou a direcionar de maneira mais assertiva as ações de combate às perdas, contribuindo para um aumento de 370% na quantidade de energia recuperada faturada, em comparação ao ano anterior ao projeto.

Por meio da solução é possível, além de gerir e acompanhar as perdas não técnicas, conhecer profusamente o perfil dos fraudadores e gerar listas, alimentadas semanalmente, que permitem a configuração de um plano de medidas a serem adotadas, quais delas são rentáveis, se estão permitindo uma atuação no lugar certo, entre outros detalhes.

“O DW Energisa não só proporcionou a integração das informações relevantes para a gestão de perdas não técnicas que estavam dispersas em uma série de fontes, como possibilitou um acompanhamento diário e mais preciso das ações corretivas, graças aos relatórios de controle das atividades. A diversidade, abrangência e volume dos dados armazenados e a possibilidade de cruzar informações que antes se encontravam descentralizadas e realizar análises estatísticas avançadas com base em dados históricos, foi outra vantagem alcançada que contribuiu para o sucesso do projeto. Sem falar na transparência e confiabilidade dos resultados, aspectos sustentados pela consolidação de um ambiente analítico e corporativo”, finaliza.

Hackathon apresenta soluções para o setor energético e cidades inteligentes

Equipe vencedora do Hackathon SENDI 2016. Foto: Guilherme Pupo
Equipe vencedora do Hackathon SENDI 2016. Foto: Guilherme Pupo

Uma viagem à Itália com visita técnica ao centro de inovação da Seco Tools e ao pólo tecnológico do Cubit, um laboratório da Universidade de Pisa especializado em tecnologia wireless aplicada à internet das coisas, é uma das premiações oferecidas pela Universidade Positivo aos cinco integrantes da equipe vencedora do Hackathon SENDI 2016. O evento, que aconteceu no último fim de semana (4 a 6 de novembro), em Curitiba, reuniu mais de 350 pessoas (entre competidores e mentores) de todo o Brasil com um único objetivo comum: desenvolverem soluções para o setor de distribuição de energia e cidades inteligentes.

Foram 36 horas ininterruptas de ideias, discussões, debates, programação, prototipação, testes, pesquisas com a orientação de profissionais dos setores de engenharia, tecnologia, negócios, inovação e comunicação. As 35 equipes iniciantes apresentaram projetos nas áreas de relacionamento inteligente com o consumidor; energia inteligente; operação e automação inteligente de redes de distribuição e soluções para cidades e instalações inteligentes.

Os projetos concluídos foram selecionados por uma comissão julgadora, composta pelo presidente da Copel Distribuição, Antonio Guetter, o presidente da Abradee, Nelson Fonseca, os representantes da Google Business Group (GBG) Brasil, Erica Marques e Glauco Furstenberger, o superintendente de Projetos Especiais da Copel e professor da Universidade Positivo, Júlio Shigeaki Omori, além de Paulo Porto (Atitude Empreendedora), Carlos Rodolfo Sandrini (Centro Europeu) Nima Kaz (Jupiter Founder Institute), Filipe Cassapo (Centro de Inovação do Senai) e Alessandro Brawerman (Universidade Positivo). Para a definição do projeto vencedor, foram levados em conta critérios como criatividade, originalidade, utilidade prática e possibilidade de implementação.

Ideias vencedoras

Um dispositivo versátil que funciona com sensores acoplados nos transformadores de energia captando informações em tempo real foi o projeto apresentado pela equipe vencedora do Hackathon SENDI 2016. Composta pelos universitários Alex Antonio Vieira, Cristian Przepiura, Lucas Holtz Wamser, Lucas Nazar Moreira e Suelen Gimenes, a equipe Presságio ofereceu uma solução para um problema que gera mais de R$ 20 milhões anuais de prejuízo em indenizações aos consumidores, somente no Paraná. Com a ferramenta, que prevê um retorno sobre o investimento em menos de 6 anos, as concessionárias resolveriam problemas como a queda no fornecimento de energia elétrica e a fiscalização de irregularidades em tempo real.

O segundo lugar ficou com a equipe 25-Systems, composta pelos estudantes Daniel Vieira de Souza, Edilton Cerqueira Lima, Gabriel César e Sear-Jasube Soares de Castro. Para reduzir gastos com deslocamentos desnecessários ou chamadas improcedentes, o grupo apresentou a proposta de uma rede de distribuição monitorada via radiofrequência que monitora toda a rede elétrica em tempo real. Os integrantes ganharam, entre outros prêmios, smartphones Quantum de última geração.

Em terceiro lugar ficou a equipe Neo Energy Efficience, que desenvolveu uma plataforma inteligente voltada ao mercado corporativo, que visa gerenciar o consumo de energia, traçar planos de consumo e obedecer comandos de sensores, com o objetivo de reduzir o consumo e evitar gastos desnecessários. A equipe, formada pelos estudantes Alexsander Sevilha, Camila Batista, Bruno dos Santos, Ana Carolina Moisés de Souza e Mariane Dias de Mello ganhou, entre outras coisas, vale-compras da Fnac e ingressos para o SENDI 2016 – XXII Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica –, que acontece de 7 a 10 de novembro, e um ingresso para jantar e show do Titãs, no dia 09 de novembro, em Curitiba.

Realizado pela ABRADEE (Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica) e coordenado pela Copel, com o apoio da Universidade Positivo (UP) e Centro Internacional de Inovação do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná, o Hackathon SENDI 2016 marca o início das atividades do maior evento de distribuição de energia elétrica da América Latina – o SENDI 2016, que reúne representantes das maiores distribuidoras de energia públicas e privadas, do Brasil e exterior, para a apresentação de novas tecnologias, relacionamento de negócios, debate sobre novas tendências e integração entre os profissionais. Mais informações e inscrições pelo site www.sendi.org.br.

Setor elétrico é referência em gestão de ativos

Por Marisa Zampolli

O envolvimento de líderes das concessionárias de energia de todo o País na 3ª edição do Egaese (Encontro de Gestão de Ativos para Empresas do Setor Elétrico), realizado na sede da AES Brasil, em Barueri, São Paulo, na primeira semana de outubro, foi uma mostra do quanto o setor de energia está engajado para aprimorar o desempenho das operações, controlar a exposição ao risco e garantir melhores resultados operacionais.

Associar a gestão de ativos à estratégia das empresas é algo relativamente novo. Só em 2014, um documento-mestre, a série de normas ABNT ISO 55.00x, foi editada. A adoção de suas diretrizes no setor elétrico brasileiro teve as empresas do grupo AES como precursoras e, desde então, em razão de iniciativas de instituições como o Procobre (Instituto Brasileiro do Cobre), vem sendo difundida e ganhando espaço junto à alta administração em outras empresas de energia.

A Bandeirante (EDP) é uma dessas empresas. Ali, a implantação desde abril de 2016 de requisitos da norma ABNT ISO 55.001, até o momento, retornou uma taxa zero de falha, o que a empresa espera manter até o final do ano. A média anterior era de 1 %, o que em valores monetários representava R$ 2 milhões. Para conseguir essa redução de falhas e custos, a Bandeirante deu especial atenção ao sensoriamento dos transformadores e identificação de sobrecargas. Fez isso instalando sensores nos equipamentos, criando métodos de avaliação para identificar o viés de aquecimento e monitorando os transformadores de potência. O trabalho foi realizado de maneira integrada com a participação dos departamentos de manutenção, operação, proteção e automação.

A experiência da AES, que já possui três empresas certificadas em ISO 55001 (AES Tietê, AES Eletropaulo e AES Sul), para mitigar risco e custo com aumento do desempenho teve foco nos processos técnicos e financeiros. Antes, a empresa levava duas semanas para definir os projetos que seriam levados adiante, ainda que a decisão fosse colegiada. Com a nova metodologia baseada em conceitos de gestão de ativos a decisão não se estende por mais de dois dias.

Outra concessionária que vem se beneficiando com a aplicação dos mecanismos de melhores práticas de gestão de ativos é a Elektro (Grupo Iberdrola), que por meio da gestão de ativos conseguiu melhorar os componentes da rede. A distribuidora criou uma metodologia própria para detecção de falhas e com isso evitou 20 % de DEC/FEC (indicadores coletivos de continuidade, que apontam a duração e a frequência de interrupções), tendo reduzido também 30 % do OPEX/CAPEX (custo de manutenção e custo de aquisição, respectivamente), em 2015. Apesar de ter havido aumento de investimentos em manutenção, a diminuição nos índices aponta que as soluções trouxeram grande benefício.

No caso do setor elétrico, as chamadas dos usuários direcionadas ao call center, informando interrupções no fornecimento de energia, constituem um banco de dados precioso para desenvolver alternativas de gestão que tragam melhorias para a rede. A Cemig já é protagonista no uso dessas informações sob a ótica da gestão de ativos. Também destaca-se a ISA CTEEP (Grupo ISA), que possui uma metodologia própria de gestão de riscos com foco em gestão de ativos.

A gestão de ativos, como preconiza a norma 55.001, pode sustentar o desenvolvimento de aplicações dos mais diversos setores, em que pese o planejamento estratégico, passando pelo ativo humano, gestão administrativa e financeira, inovações, bens de capital, só para citar alguns. Ela é um instrumento poderoso, capaz de revolucionar a maneira como as empresas são geridas.

O setor de energia vem, a passos largos, acumulando conquistas com a implantação da gestão de ativos. E diferencia-se de outros tantos por compartilhar essas conquistas, dividindo experiências e alternativas mais eficientes que podem ser experimentadas no dia a dia das concessionárias. O exemplo representa uma mudança cultural não apenas internamente, pela gestão que equilibra custos e riscos, melhora o desempenho, permite decisões assertivas e criteriosas, promove a aderência de todos os colaboradores e reduz falhas. É também um modelo a ser seguido por outros segmentos de mercado.

Engª Marisa Zampolli, especialista em gestão de ativos, é consultora do Instituto Brasileiro do Cobre (Procobre) e secretária executiva da ABNT CEE 251 – Comissão Especial de Estudos em Gestão de Ativos da Associação Brasileira de Normas Técnicas responsável pela edição das normas brasileiras de gestão de ativos.

Segurança cibernética em redes elétricas inteligentes é tema de webinar do CPqD

O risco de ataques cibernéticos às redes elétricas inteligentes será o tema do webinar que o CPqD vai realizar no dia 24 de agosto, a partir das 14 horas. Com 25 minutos de duração, a apresentação Segurança Cibernética no Setor Elétrico será feita pelo pesquisador Sérgio Ribeiro, que atua na área de Segurança da Informação e Comunicação do CPqD.

“O avanço tecnológico na infraestrutura de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica traz um aumento das vulnerabilidades que podem resultar em ataques cibernéticos bem-sucedidos”, afirma Ribeiro. Em sua apresentação, o pesquisador falará sobre esses riscos e os principais desafios que precisam ser superados. Abordará, também, algumas iniciativas, no Brasil e no exterior, destinadas a tratar o risco de ataques, além de apresentar uma proposta para mitigar o problema.

O webinar Segurança Cibernética no Setor Elétrico faz parte da série do CPqD focada em Cyber Security, que vem abordando as tecnologias disruptivas para combater os criminosos. Os interessados em participar dessa apresentação – que é gratuita e via web – devem fazer sua inscrição pelo endereço http://materiais.cpqd.com.br/webinar-seguranca-cibernetica-setor-eletrico.

O Business Intelligence a favor do segmento elétrico

*Por Marcelo Hermann

A conjuntura econômica atual exige que as empresas sejam cada vez mais competitivas e eficientes. Por isso, oferecer os melhores produtos e serviços a custos reduzidos sempre será uma meta a ser alcançada por qualquer companhia que queira crescer neste cenário tão agressivo. Olhar para fora torna-se um fator crucial para o sucesso de uma corporação. Os clientes mudam a passos largos a sua forma de relação com seus fornecedores de produtos e serviços e, sendo assim, a busca pela excelência no relacionamento com seus clientes também passa a ser uma questão de sobrevivência.

No segmento de Utilities, em especial no setor de distribuição de Energia Elétrica, a história não é diferente. As empresas distribuidoras de energia elétrica são submetidas a exigências crescentes por qualidade e baixo custo de seus serviços, além de buscarem eficiência operacional e da primazia no relacionamento com os consumidores de sua área de concessão. Ou seja, satisfazer os seus clientes externos, internos e órgãos reguladores do setor é um objetivo constante neste segmento.

Neste sentido, ter a disposição um ambiente analítico corporativo e robusto, que forneça dados e indicadores preciosos às camadas operacionais, táticas e estratégicas é de fundamental importância. Outro ponto crucial é que o ambiente analítico precisa fornecer não apenas indicadores de performance vitais para a camada estratégica, mas também que se preocupe com a camada operacional responsável pelos processos essenciais do dia a dia de uma concessionária de energia elétrica.

Já os sistemas de gestão comercial e técnica, além do próprio ERP (do inglês, Enterprise Resource Planning) são grandes geradores de informações nos quais ajudam os clientes a transformarem dados em inteligência competitiva. Ferramentas de KDD (do inglês, Knowledge Discovery in Databases) têm se mostrado um grande aliado na busca pela recuperação de receitas através do combate à inadimplência e prevenção a fraudes.

Na prática, o uso do Business Intelligence nas empresas do setor de concessão de energia elétrica tem o intuito de suportar as principais necessidades de análises e geração de dados, visando suportar as camadas operacionais e estratégicas da empresa. Porém, o maior desafio é transferir toda a complexidade estrutural de uma base de dados transacional complexa, em um modelo híbrido dimensional e multidimensional que garanta não apenas performance, mas principalmente qualidade da informação.

O alto volume de informações geradas e a heterogeneidade do ambiente transacional são fatores que contribuem desfavoravelmente para a construção de um ambiente de Business Intelligence neste setor. Por isso, antes de começar a empreitada tecnológica, é preciso planejar o projeto para que este esteja bem estruturado a ponto de extrair toda a complexidade dos modelos transacionais, o que é um fator fundamental para o sucesso de um projeto de BI.

*Marcelo Hermann é Gerente Sênior de Inovação Tecnológica da Divisão de Utilities da Sonda IT, maior integradora latino-americana de soluções de Tecnologia da Informação.

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