Conferência de Radiocomunicações Mundial (WRC) decide que Espectro do Satélite é Central para a Conectividade Global

Durante a Conferência de Radiocomunicações Mundial 2015 (WRC-15), governos de todo o mundo reafirmaram a importância dos serviços de satélite ao preservar e ampliar o espectro para uso de comunicações via satélite. Para a SES, operadora mundial de satélites, a decisão é bastante positiva, uma vez que reforça a relevância dessa tecnologia em áreas como transmissão de dados, vídeo e conectividade em áreas remotas ou para vítimas de catástrofes naturais.

“A decisão do WRC-15 pode ser considerada um marco fundamental no reconhecimento do valor dos satélites”, relata Jurandir Pitsch, Vice-Presidente de Vendas da SES para América do Sul. “A escolha de preservar e expandir o espectro disponível para essa tecnologia é fundamental para trazer estabilidade e expansão a diversos mercados como mobilidade e a transmissão de televisão, sempre de forma confiável”, afirma o executivo.

Entre as decisões do WRC 2015 estão a reconfirmação do uso da Banda C, a ampliação da banda Ku para os serviços FSS (Fixed Satellites Services) e a exclusão da faixa de 27.5 a 29.5 GHz (banda Ka) dos estudos para sistemas futuros do IMT (Banda Larga Móvel). No caso da banda C, a decisão é importante para a manutenção de serviços como a transmissão de vídeos, a conectividade de locais remotos e com dificuldades climáticas, além de operações de salvamento em caso de catástrofes. Em relação à banda Ka, isto protege os investimentos que estão sendo feitos nesta banda em satélites para uso de banda larga e mobilidade.

“Na faixa de frequência da Banda C operam sinais de milhares de estações associadas à redes que fornecem serviços críticos para instituições públicas (segurança, desastres naturais, programas sociais de educação à distância, serviços de governo eletrônico, entre outros), que beneficiam milhões de cidadãos. Além disso, ela também é utilizada por operadores comerciais de redes públicas (DTH, internet, VOIP, backhaul de redes celulares), com milhões de usuários domésticos”, ressalta Pitsch.

Impactos da decisão no Brasil

Em relação à região 2, na qual o Brasil está incluído, a WRC-15 decidiu preservar a Banda C porém mantendo a faixa de 3.4-3.6 GHz ao serviço móvel, como já havia sido definido em 2007. Desta forma, nenhum impacto negativo é esperado para os negócios de satélites na região brasileira.

Sobre a SES

SES é a operadora de satélites líder no mundo que possui uma frota de mais de 50 satélites geoestacionários. A empresa fornece serviços de comunicação via satélite para emissoras e provedoras de serviços de conteúdo e Internet, redes de operadoras de telefonia fixa e móvel, assim como para empresas e organizações governamentais no mundo todo.

A SES representa relacionamentos comerciais duradouros, serviço de alta qualidade e excelência no setor de transmissão e difusão. As equipes regionais culturalmente distintas da SES estão localizadas em todo o mundo e trabalham conjuntamente com os clientes para atender às suas necessidades específicas de serviço e de largura de banda de satélite.

SES (NYSE Euronext Paris e Bolsa de Valores de Luxemburgo: SESG) detém participações na O3b Networks, uma nova geração de satélites que combina o alcance do satélite com a velocidade de fibra ótica. Mais informações em: www.ses.com.

Tendências para a área de infraestrutura de telecomunicações 2015

O ano de 2015 trará bastante movimento à área de infraestrutura de comunicação, principalmente devido a algumas mudanças de tecnologia e ao aumento da demanda do consumidor final por conectividade em todos os lugares.

Por isso, a SES lista três previsões para o mercado mundial de telecomunicação e de broadcasting, que vão desde o aumento do número de canais em Ultra HD e o uso de transmissão de dados via satélite em coberturas oceânicas, principalmente em trajetos aéreos e marítimos, até o uso cada vez maior de sistemas híbridos para a recepção de canais de televisão.

1. A transmissão da tecnologia Ultra HD irá evoluir e novos canais começarão a chegar aos usuários. Considerada uma evolução natural do HD, o Ultra HD (4K) começará a ter seus primeiros canais na Europa e EUA no início de 2016. Ao longo de 2015, a tendência é que as empresas passem a utilizar a tecnologia e produzir novos conteúdos. Além disso, o 4K também será impulsionado pelos Jogos Olímpicos Rio 2016, que será transmitido nessa resolução. Na região da América Latina, isso deve ocorrer a partir de 2017/2018.

2. Novas formas de distribuir dados por satélite trarão economia a empresas e consumidores. O aumento de demanda por dados em todos os locais está levando à criação de satélites voltados para esse mercado. Essa inovação, que beneficiará principalmente companhias aéreas e de rotas marítimas, permitirá ao consumidor se conectar por um custo menor e com maior qualidade em voos, cruzeiros e locais remotos, por exemplo.

3. Sistemas de televisão híbridos trarão maior opção ao usuário. Com a mudança de hábito dos consumidores, que buscam cada vez mais programações personalizadas e em múltiplas telas, as operadoras de televisão irão fornecer seus canais de forma híbrida. Ou seja, haverá a transmissão linear, no qual o usuário receberá os sinais e terá acesso às grades tradicionais, e também via internet, para compras online ou a seleção de programação à la carte.

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