Se o seu lance é programar, agende-se para participar do AGI#TECH, Hackathon promovido por meio de uma parceria entre as empresas Agillitas, Sensedia e Visa, que acontece nos dias 26 e 27 de agosto, em Campinas (SP). Na ocasião, os candidatos terão 24 horas seguidas para desenvolver soluções inovadoras e criativas que contribuam para fomentar o uso do #TeenCard Agillitas, um cartão mesada pré-pago específico para a galera mais jovem. As inscrições podem ser feitas até o dia 14 de agosto, no site www.agillitas.com.br/agitech. As equipes que apresentarem as soluções mais inovadoras receberão os prêmios de R$ 12 mil para o primeiro lugar, R$ 5 mil para o segundo colocado e R$ 3 mil para o terceiro lugar.
Com a expertise no mercado em soluções de pagamento da Visa e serviços de emissão de cartões da Agillitas, somado ao conhecimento de estratégias de APIs da Sensedia, o Hackathon quer promover a criação de uma solução utilizando as APIs da Agillitas, disponíveis no Portal API Nucleus e as APIs da Visa, disponíveis no Visa Developer Platform. Para a criação das soluções os candidatos deverão usar pelo menos uma API de cada uma das empresas.
Segundo o Diretor de Produtos da Visa, Marcelo Sarralha, o trabalho em conjunto com a Agillitas perdurou alguns meses para que o emissor ofertasse seus serviços por meio de APIs para desenvolvedores externos. “Esse projeto faz parte de uma iniciativa da Visa no Brasil de desenvolver o futuro das tecnologias e inovação na indústria de pagamento ao possibilitar que os emissores abram suas APIs em um movimento conhecido mundialmente como inovação aberta”, conta Sarralha.
Processo seletivo
Participarão 8 equipes compostas por 4 a 5 pessoas. As inscrições estarão abertas de 27 de julho a 14 de Agosto e serão aceitas tanto equipes completas ou individuais. Para o segundo caso, as equipes serão formadas pela Comissão Organizadora, que, entre os dias 15 e 16 de Agosto, fará a avaliação e a seleção dos candidatos e equipes que participarão da maratona. Depois da seleção, os candidatos classificados deverão efetivar sua inscrição definitiva mediante o pagamento de R$ 50,00, que serão utilizados para carregar os cartões pré-pagos que os participantes ganharão, iguais aos que eles deverão fomentar o uso, durante o Hackathon.
Os protótipos
As soluções poderão ser construídas em qualquer plataforma, desde sistemas web, até aplicativos mobile para Android, iOS ou qualquer outro dispositivo. Ao final das 24 horas de programação, as equipes demonstrarão seus protótipos, apresentando utilidade, originalidade, inovação, experiência de uso, potencial de mercado e informações que julgarem necessárias.
Programação
Data: 26 e 27 de Agosto (final de semana)
Horário: Das 08h do dia 26 de agosto às 13h do dia 27
Local: Sensedia – Parque II do Polo de Alta Tecnologia, Campinas – SP, 13086-902
A transformação digital é o instrumento mais eficiente e competitivo para alavancar o negócio. A adesão por soluções digitais deve estar presente em todos os processos, desde produção, distribuição até pós venda. E uma das estratégias mais bem sucedidas do mercado é a adoção de APIs, que são fundamentais para substituir atividades repetitivas e processos internos, que podem ser facilmente automatizadas.
Mas não é só isso. Uma boa estratégia de API também é responsável por estender as oferta de serviços e, como consequência, explorar mercados ainda desconhecidos. Quer exemplos? Marketplaces. As grandes redes de varejo perceberam que era possível reduzir custos e permitir integração de pequenos lojistas à plataforma para vender seus produtos através dela. Outras plataformas apoiadas pelas APIs são Open Banking e Omnichannel.
Mas existem restrições dentro do mundo corporativo em relação à adoção de soluções digitais. E nesses casos, o departamento de Tecnologia de Informação exerce uma função apenas operacional. Porém, e se dermos para a TI o papel de protagonista? Para chegar nesse patamar, um dos caminhos a seguir é a terceirização da TI.
A flexibilidade da TI permite que o departamento de inovação seja mais ativo nas decisões da companhia e não só dê suporte às outras áreas. Ao terceirizar, as empresas focam no que realmente importa e ganham em agilidade, reduzem custos e aumentam a produtividade. Falando em redução de custo, com um time de especialistas, é possível fazer uma avaliação constantemente do desempenho de equipamentos para evitar gastos com manutenção e diminuir o consumo. Mas não é só no controle que a terceirização é forte. A visão estratégica é outro diferencial.
Com olhar mais aguçado em tendências, o fornecedor tem capacidade de criar soluções inovadoras para atender diferentes nichos de mercado como o pagamento eletrônico. Uma das modalidades de pagamento mais comum atualmente são as cobranças em nuvem. No Freemium, o cliente não paga até um limite de créditos, e, ultrapassando essa cota, o serviço começa a ser cobrado. Outro exemplo é o Tiered, que estabelece um limite de transações em um determinado intervalo. Neste caso, a cobrança não é mais individual, mas por diferentes faixas com volumes de chamados definidos.
Não resta dúvida que todo esse conhecimento esteja nas mãos de um grupo de especialistas. O sucesso da sua empresa depende de ser capaz de aplicar novas tecnologias de forma confiável e eficiente. De modo geral, é bem parecido com as razões e vantagens de contratar uma agência de publicidade para fazer uma ação na TV ou até mesmo para cuidar das suas redes sociais.
A Sensedia, especialista em APIs (Application Programming Interfaces) conquistou um crescimento de 75% em 2016, comparado a 2015. A receita do ano será de 20 milhões de reais e a companhia, mesmo completando 10 anos de fundação no próximo mês, conserva a cultura de startup. Mantendo o forte ritmo de crescimento no Brasil, a empresa também quer levar suas soluções para o mercado internacional.
No centro dos negócios da Sensedia, as APIs habilitam novas experiências digitais e aceleram conexões com parceiros na cadeia de valor das empresas. Essa tecnologia é essencial para as empresas investirem em inovação aberta e se posicionarem como plataformas. No Brasil, a Sensedia já auxilia grandes empresas de diversos segmentos a transformar seus negócios e, no próximo ano irá levar suas soluções de API Management aos Estados Unidos e Japão em parceria com a CI&T, multinacional brasileira de TI e sócia da Sensedia. Em 2017, a empresa também vai implantar uma estratégia de canais para expandir sua presença em nichos e segmentos em que não está presente atualmente.
Os 10 anos de mercado trouxeram ainda maturidade para ampliar os investimentos em tecnologia e desenvolvimento. “Nossa plataforma de gerenciamento de APIs evoluiu bastante em 2016 influenciada principalmente pela alta demanda dos clientes. Segurança, fluxos complexos de integração, User Experience e produtividade estão entre os principais drivers que direcionam o roadmap da plataforma da Sensedia”, afirma Kleber Bacili, CEO da empresa. Além disso, a empresa intensificou o trabalho de Customer Success, com uma equipe focada em trabalhar lado a lado com os clientes e ajudá-los a obter sucesso em suas estratégias de API.
A Sensedia também investe na contratação de colaboradores para atuar em diversas frentes e mudou de escritório em Campinas para uma base muito mais ampla e alinhada com a cultura de inovação da empresa. Atualmente, são 120 funcionários divididos entre a sede de Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro. “Nos processos internos, adotamos o conceito de Squads difundido pelo Spotify para a cultura e organização das equipes de produto. Além disso, passamos a usar intensamente a metodologia de design sprints difundida pela Google Ventures cujo objetivo é criar soluções muito mais centradas nos problemas reais dos clientes”, conta Bacili.
O mercado de APIs aquecido no mundo e no Brasil tem impulsionado os negócios da Sensedia, que em 2016 conquistou novos clientes, líderes em seus segmentos, como Azul, Natura, Tribanco, Insper, TV Globo e DPaschoal. A companhia é líder em viabilizar estratégia de APIs de marketplaces, atendendo os maiores do País, Extra, PontoFrio e Casas Bahia. Ratificando sua expertise no setor, a empresa foi considerada como Visionária pela consultoria Gartner, no Quadrante Mágico de Full Lifecycle API Management, e como Strong Performer no Forrester Wave de API Management Solutions – ambos lançados no segundo semestre de 2016.
E pelo segundo ano consecutivo, a Sensedia realizou o evento APIX (API Experience) que teve mais de 500 participantes em trilhas técnicas e de negócio. Estiveram presentes palestrantes e empresas de renome como Silvio Meira, Cristina De Luca, Luiza Labs (Magazine Luiza), Fitbit, TV Globo, Google entre outras. A edição de 2017 já está sendo preparada e acontecerá em junho para mais de 650 líderes e gestores de TI e Transformação Digital. A conferência, a maior do tipo na América Latina, fortalece o posicionamento da Sensedia como referência em APIs no Brasil.
Lembra-se quando, há uns seis ou sete anos, você poderia testar sua conexão e configuração de áudio no Skype fazendo uma chamada com a Echo, a “assistente amigável”?
Em 2009, isso certamente chamou a minha atenção. Afinal, era um sistema automático, focado em te ajudar a resolver um problema de configuração no software. Nada de menus ou páginas de FAQ. Naqueles dias, parecia incrivelmente simples: uma ideia que poderia ser copiada!
Ao longo dos anos, a preocupação dos times em design cresceu muito, puxada por um cuidado cada vez maior com a experiência do usuário, dando poder a quem está usando – e não a quem está criando. Em 2009, quando o parâmetro de design ainda se limitava primariamente à interface visual, um assistente como a Echo (que não tinha nem cara, apenas uma voz) era o próximo passo natural.
Felizmente, a Internet evoluiu. Design é obrigação nos produtos de hoje. E enquanto a Echo ainda não tem cara, outros assistentes amigáveis se tornaram muito mais inteligentes, charmosos e interessantes. Temos a Siri da Apple, a Cortana da Microsoft e o assistente do Google, lançado esse ano. Mas o que realmente são esses assistentes? Eles realmente compõem alguma “classe” de softwares? O que eles têm em comum? Ou, dando um passo atrás, de onde vieram e por que se tornaram importantes?
Em linhas gerais, um bot é apenas um software que realiza a função de ser uma interface entre um software ou sistema e o usuário humano. Isso é, da mesma forma que menus, botões e telas são importantes em qualquer sistema user-friendly, um bot usa linguagem natural humana, ajudando o usuário a navegar e tirar o máximo proveito de um software.
É como se aqueles wizards de instalação e tour pelas funcionalidades tomassem “vida” e te mostrassem as funcionalidades de um produto, tirando suas dúvidas e conversando como se fosse alguém do time de suporte. É por isso que eles são uma feature de design.
E essa tendência cresceu tanto em 2016 porque chegamos ao momento da história em que a tecnologia permite isso em larga escala. Hoje, há sistemas de fácil implementação que oferecem funcionalidades de Inteligência Artificial e Aprendizado de Máquina, tudo via API. Isso é, qualquer programador que está lançando um software, e quer implementar um bot poderá fazê-lo com muito menos dificuldade do que ocorria há dois ou três anos.
Mas não se empolgue, nem se assuste: bots não são inteligentes, eles apenas se fazem parecer. Os robôs não estão vindo para nos dominar.
Mas talvez os bots estejam vindo para dominar as APIs.
Um novo paradigma: bots sobrepujam as APIs
Se a dominação do mundo pelas máquinas está começando com uma “guerra civil” entre bots e APIs, é bom que nós humanos façamos uma análise cuidadosa da situação.
Afinal, os últimos anos têm mostrado um crescimento espantoso das APIs. E a tendência dos bots se expandiu de forma tão consistente que grandes veículos de mídia (como o Venture Beat) já decretaram o fim das APIs.
Calma, lá! Não acredito que o mundo seja assim tão pequeno para os dois. Vamos entender o motivo.
Em primeiro lugar, os bots receberam atenção da mídia com o lançamento de alguns produtos de grandes empresas. Como as já citadas Apple, Microsoft e Google, também vimos movimentações da Amazon com seu assistente doméstico (curiosamente nomeado Echo) e do Facebook. Não custa também comentar do Slack, que além de app para comunicação, não deixa de ser uma plataforma para desenvolvimento de bots.
Essas grandes empresas continuam planejando ações em torno da melhoria de suas interfaces e do design de seus produtos. Algo que elas sempre fizeram. Particularmente, a Apple sempre deu grande valor a isso, e não é coincidência que seu assistente foi um dos primeiros.
O segundo ponto é considerar que os bots são realmente úteis. Um assistente automático, que pode gerenciar tanto as funções de front-end, ajudando diretamente usuários, quanto de back-end, alterando configurações, coletando dados e aprendendo a ser melhor enquanto faz isso, é como se fosse o funcionário perfeito. E não reclama de nada!
Pensando por dois minutos e vendo os bots já criados, há diversos aspectos do dia a dia que podem ser impactados por uma tecnologia como essa:
● Suporte a serviços;
● Chats e apps de mensagem instantânea (Google Allo é a maior novidade, apesar de não ter tido um resultado tão bacana);
● Compras;
● Os já “quase populares” assistentes pessoais.
Quem pode colocar um bot em seu software provavelmente já está pensando em uma melhoria de médio a longo prazo. Um investimento real: os bots tornam-se um ativo para as empresas que os criam.
Terceiro lugar: os bots podem se comunicar entre si, possibilitando integrações ad hoc. Aqui a situação começa a ficar mais cabeluda (para as APIs).
Por exemplo, se eu pedir que meu assistente pessoal me diga os resultados das eleições no Zimbábue, talvez ele não tenha essa informação disponível de imediato, mas possa entrar em contato com outro bot que dá informações políticas sobre países africanos.
Outro exemplo menos mirabolante: um bot de assistência financeira criado por um banco, que entra em contato com os bots de diversos serviços, pedindo notas fiscais e outros documentos.
Assim, os bots poderiam reduzir a quantidade de padrões e complexidade em entender problemas, tanto para humanos quanto para outros bots, usando uma linguagem neutra. Instruções de integração com outras APIs e bots, escritas em inglês (ou outro idioma) serviriam tanto para humanos quanto bots.
Desse ponto de vista, fica bem claro que em termos de capacidade funcional, os bots compõem um conjunto que engloba as APIs. Em outras palavras, eles podem fazer tudo que as APIs fazem, e muito mais. Talvez até de forma automática e com menos intervenção humana.
Will Smith não gostava de robôs
No filme Eu, Robô, o personagem de Will Smith não gostava dos robôs. Ele desconfiava fortemente de todas as suas ações e das palavras proferidas por eles, mesmo que em tese, não pudessem mentir.
E o que nós devemos sentir sobre os bots?
Bom, mesmo com todas as vantagens, realmente não acho que faz sentido colocar um fim nas APIs por conta da nova tendência. Trata-se sim de uma nova forma de integrar sistemas, talvez com capacidade de gerar inovações inexploradas para o mercado de APIs.
Dependendo de como as integrações forem feitas na prática pelos bots, é bem possível que as APIs continuem tendo exatamente o mesmo papel que tem. E os bots seriam uma evolução natural. Aquela camada de interface que não havia antes, e que passa a ser tão útil e necessária quanto são as telas intuitivas e os menus customizáveis hoje em dia.
Os bots aumentam as chances de aquecer a questão de integrações entre softwares e colocar o cliente (usuário direto ou indireto das integrações) como pilar central nessa nova economia. Uma vez que temos ainda mais preocupação com as necessidades e dores de nossos clientes, os bots poderão auxiliá-los na jornada dentro dos novos softwares.
Outro ponto ainda é o tipo e volume de dados trocados com essas integrações. Os assistentes que temos hoje em dia possuem uma série de serviços integrados – adivinhe – ponto a ponto. Isso é, a equipe do Google não ensinou seu assistente a fazer nada. Os bots ainda não estão aprendendo nada. A maioria dos bots comerciais como os do Slack e Telegram ainda não usam Machine Learning. Apesar de ser possível construir bots inteligentes, eles ainda são incomuns. O Google possui acesso aos dados do Google (busca, mapas, recomendações, tradução), além de algumas outras APIs externas. Com um polimento de linguagem natural humana, o bot pode fazer bastante coisa para os usuários. Mas ele aparenta ser mais do que realmente é.
Em termos das integrações bem estabelecidas, aquelas essenciais a um determinado negócio provavelmente receberão um carinho maior dos times de desenvolvimento, via APIs, como é hoje e dificilmente mudará. Já os bots podem acabar coletando informações pontuais e sugerindo novas possíveis integrações a partir de pedidos frequentes dos clientes.
Então, até que o atual paradigma de desenvolvimento e integração de software fique obsoleto, e até que comecemos a ver os bots agindo e aprendendo de fato, as APIs continuam como estão. Menos especulação e mais fatos, por favor!
E prever isso não é nenhum exagero: mesmo que os bots estejam crescendo, as APIs passaram a ganhar mais evidência em estratégias de negócios, e até agora não demonstraram nenhum sinal de queda.
A morte das APIs?
Hoje, as APIs ocupam o espaço vago entre diferentes softwares. É claro que que se uma aplicação X está integrada com uma Y, então elas juntas podem oferecer vantagens que somente X e Y sozinhas não poderiam. Logo, se integrar é bom, APIs são ótimas!
Porém, nem sempre isso é fácil. E fazer integrações pontuais (escolhendo alguns parceiros para integrar, mas impossibilitando a inovação aberta) tem inúmeras vantagens, mas também alguns gargalos.
Afinal, integrar dois softwares é algo que demanda um certo nível de planejamento, estudo das APIs e implementação das integrações em si. Também é necessário ficar atento a mudanças nas APIs dos serviços, já que isso pode exigir que integrações sejam refeitas.
Em um mundo de bots inteligentes, as necessidades do parágrafo anterior podem sumir. Se um dado serviço ainda não é integrado, pode ser uma barreira de entrada para novos clientes, ou uma vantagem competitiva da concorrência. Os bots detectaram um aumento na quantidade de clientes pedindo pela integração Z? Então ela pode ser feita em back-end, por um “bot programador”, e voilá! Adeus integrações pontuais.
Além disso, alterações nas APIs já integradas podem ser mais facilmente corrigidas pelos bots, dependendo do tipo de alteração e de como a sua comunicação é feita. Até no caso em que os serviços não tenham API, mas bots capazes de reagir a estímulos externos, será possível trocar dados relevantes.
Talvez isso mude até a forma como encaramos a criação de APIs. Ao invés de uma ferramenta desenhada para implementação por um programador, elas podem ser simplificadas para serem acessadas por bots que falam linguagem humana. Pode ser uma redefinição do paradigma anterior.
Ou seja, a API deixa de ser central na questão de integrações, e passa a ser uma das alternativas possíveis, uma entre outras opções. Mesmo um bot sendo bem mais complexo de implementar, o ganho em eficiência, eficácia e flexibilidade pode compensar.
Talvez não das APIs, mas e o fim das apps?
Outra previsão – na minha opinião, menos exagerada – é a de que os bots significarão o fim das aplicações. Hoje, temos um combo poderoso, em forma de sistema operacional e aplicações instaladas. Isso cria “estações particulares”, em que cada smartphone e desktop no mundo é diferente de todos os outros. Quase como uma impressão digital, as apps que você instalou no seu celular o diferenciam de 99,9% dos celulares da mesma marca e modelo.
Em boa parte, essa tendência está acompanhada dos web apps, acessíveis diretamente pelo seu navegador. Assim, mesmo um computador que tenha apenas um web browser instalado pode fazer muito.
E mesmo que tudo que sabemos sobre os bots não dê em nada, os downloads de apps estão diminuindo mês a mês. E a frequência de uso de apenas alguns apps, todos os dias, só aumenta. Pense bem: quantos apps você abre por dia?
Por outro lado, se o futuro dos bots realmente se concretizar, teremos uma lógica ainda mais flexível, levando a computação pessoal para o ponto em que cada pessoa no mundo interage com a Internet e seus dispositivos através de um (seu assistente pessoal) ou vários bots.
E de uma forma ou de outra, isso amarra a nossa discussão nesse artigo: no começo dele, citei os bots que estão em evidência. Siri, Cortana, Echo, Allo.
Não me parece coincidência que os maiores desenvolvedores de apps dos dias atuais são aqueles que mais estão investindo em seus setores de inteligência artificial para criação de bots cada vez mais úteis. A IBM tem feito coisas incríveis, sendo uma das mais recentes o trailer de um filme de terror completamente editado pelo IBM Watson. E o supercomputador conseguiu capturar muito bem a sensação de medo!
O que veremos nos próximos três ou cinco anos é imprevisível. Creio que as APIs continuarão crescendo, mas pode ser que a experiência de usuário mude muito. E pode ser que sua próxima experiência não seja nas telas de uma aplicação, mas sim conversando com um bot.
APIs mudam a forma de comprar pela internet e levam o e-commerce para outro patamar em colaboração e interatividade
Interatividade, praticidade, conforto, colaboração: esses são alguns dos fatores que influenciam as compras pela Internet.
Afinal, qual é a diferença entre comprar um livro na livraria do seu bairro ou na loja virtual da Amazon? O fato é que na compra online, o consumidor não apenas pesquisa e finaliza a compra, ele tem uma experiência.
Esse novo conceito, customer experience (CX), é muito importante. Quanto melhor for sua experiência de navegação, melhores serão os resultados, tanto para o consumidor quanto para a empresa.
Uma experiência de compra mais integrada e interativa é propiciada por “blocos de construção”, APIs (Application Programming Interfaces), que funcionam como uma espécie de cola digital, permitindo a integração entre softwares não anteriormente relacionados. Ou seja, partes essenciais de uma loja virtual, como os meios de pagamentos, os botões de compartilhamento social, as páginas de recomendações, a comunicação por e-mail com os clientes: todos são implementados via APIs. Além disso, as APIs adicionam maior segurança e rapidez às compras online, aumentando a confiabilidade de sua marca junto aos clientes.
As APIs também estão no cerne do desenvolvimento de outra tendência, os marketplaces. Esses shoppings virtuais reúnem diversos lojistas em um mesmo ambiente e a disponibilização das informações sobre os produtos é feita via APIs (atualizações de preços, estoques, características dos produtos, por exemplo, trafegam entre uma empresa e outra a partir da API do operador do marketplace).
Assim, o marketplace surge para aproveitar o fluxo de visitantes em um único portal, potencializando a exposição dos produtos mais variados e atraentes para um público maior. Exatamente como os shoppings reais.
Na dianteira da exposição de APIs, os marketplaces já chegaram ao mercado com alto investimento em tecnologia. E para quem deseja investir e criar um marketplace agora, o caminho já começa focado em APIs.
Pense em API First: um modelo de negócios que já começa com uma estratégia digital transformadora e aberta para integrações com outros canais e parceiros.
Criar uma plataforma de APIs é o ponto inicial para isso. A plataforma concentra as integrações com os lojistas e reduz o tempo de conexão com o marketplace, de meses para dias.
Omnichannel e mobile na jornada do consumidor
Garantir a mesma experiência para o cliente, independentemente do canal ou da interface que ele estiver usando, é o que caracteriza o omnichannel. Seu cliente tem que se sentir bem atendido na sua loja virtual, no chat, no atendimento telefônico, no app e no seu perfil do Facebook. O cliente precisa ser encantado pela experiência oferecida pela sua empresa, e para ele, não há diferença se foi atendido pelo telefone, e depois conclui a compra no site. Tudo deve ser fluído e conter informações coerentes entre si.
Só o site não é suficiente, mesmo que ele seja responsivo. Porém, hoje não dá para abrir mão de estar presente no mobile, integração possibilitada também pelas APIs.
Uma pesquisa do PayPal mostra que nos últimos três anos, a média de crescimento das vendas via mobile é de 46%. Essas tendências só aumentam a cada dia, e se você não quer perder sua fatia nesse mercado, investir em um aplicativo e em um portal de vendas mobile friendly é obrigatório.
Deu para perceber que as APIs estão revolucionando o e-commerce, certo? Então, invista em uma estratégia de APIs e empreenda uma transformação digital em sua empresa. Essa é a chave para se manter competitivo e atrair um consumidor cada vez mais conectado!
Um crescimento de 77% em faturamento, esse é o resultado obtido pela Sensedia, empresa especialista em APIs, no último ano. A despeito da crise econômica, a companhia conquistou novos clientes – grandes companhias brasileiras que iniciaram sua exposição de APIs e projetos de transformação digital, alcançando um faturamento que ultrapassou a meta inicialmente prevista pela empresa. Para 2016, a projeção é repetir o percentual de crescimento e com uma oferta de serviços mais integrada (SOA e APIs), a Sensedia quer solidificar sua presença no Brasil, além de ampliar e reestruturar suas áreas de marketing e vendas.
As estratégias da empresa para sustentar os números positivos incluem ampliar a venda de soluções e serviços de consultoria para a base de clientes. Os resultados já podem ser comprovados. “Mesmo com a instabilidade da economia, os resultados de janeiro e fevereiro de 2016 estão cerca de 100% acima dos números do primeiro trimestre de 2015”, diz Kleber Bacili, CEO da Sensedia. Também faz parte do planejamento da companhia reforçar investimentos internacionais, iniciando pela América do Norte, em parceria com a CI&T, multinacional brasileira de TI.
Entre os novos clientes que impulsionaram esse resultado estão o Bradesco, e seu projeto InovaBRA, B2W, Netshoes, Universidade Estácio, Tecban e Stelo. “Grandes empresas estão mais atentas à necessidade de transformação digital e o investimento em API é um dos iniciais e mais importantes para atingir esse fim”, afirma Bacili.
Para apoiar o aumento da demanda, também houve um investimento grande na contratação de novos profissionais para o time da Sensedia. Com um crescimento de 105%, o número de colaboradores cresceu em diversas áreas, principalmente em tecnologia, comercial e marketing. Para abrigar essa nova leva de colaborares, a empresa vai mudar para uma nova sede quatro vezes maior que a atual, também no Pólis de Tecnologia, em Campinas.
Em 2015, a Sensedia também realizou o primeiro evento de APIs no Brasil, o API Experience. A iniciativa será repetida em 2016, com um evento três vezes maior e já previamente marcado para junho. A companhia também lançou a nova versão de sua plataforma de gerenciamento de APIs (API Management Suite). A comercialização da solução foi uma das propulsoras do crescimento obtido pela empresa ao longo do último ano.
Por Luiz Piovesana, gerente de marketing na Sensedia
O mundo financeiro foi inundado de novidades e perspectivas de fortes mudanças, principalmente entre os dois últimos anos.
Uma das principais novidades, sem dúvida, é a forte ascensão das fintechs (startups que entregam digitalmente alguns serviços financeiros específicos e que estão surgindo às centenas no mundo), já causando mudanças no mercado e, principalmente, na postura dos grandes bancos e seguradoras.
Inclusive, existem diversos mapas que mostram a grande quantidade de fintechs, já detalhando suas principais especialidades.
Veja um panorama internacional:
Fonte: Everis Digital
E aqui um levantamento das principais fintechs no Brasil:
Fonte: Fintechlab e Clay Innovation
Esse novo panorama de mercado, fez com que os principais players de serviços financeiros iniciassem mudanças em seus fundamentos empresariais.
E é claro, essa mudança é impulsionada pelas novas possibilidades de transformação digital e disrupção do mercado financeiro.
Vamos então falar das três principais tendências que estão (ou deveriam estar) nos planos de bancos e seguradoras:
1- A busca pela melhor jornada do cliente
A experiência vivida pelo cliente é um fator cada vez mais essencial para que empresas tenham sucesso.
Segundo o estudo da McKinsey, “Digitizing the consumer decision journey”, dois terços das decisões de consumidores são determinadas pela qualidade da experiência em suas jornadas anteriores.
Apesar dos canais digitais criados nas últimas décadas terem melhorado interações simples entre clientes e empresas, ainda há um longo caminho para que processos como abertura de contas e contratações de produtos transformem-se da versão papelada para a digital.
Além disso, a personalização de ofertas para clientes dependerá cada vez mais de Big Data e Machine Learning. Isso porque são esperadas cada vez mais recomendações relevantes que se encaixam com o que esses clientes precisam.
Por isso, veremos maior importância não só da coleta das informações, mas principalmente da análise dos dados.
Ou seja, Data Analytics e escalabilidade para lidar com grandes quantidades de dados de forma rápida e eficiente serão essenciais.
Como exemplo de empresa de serviço financeiro que se encaixa bem com essas preocupações, temos a Nubank. A empresa é referência por ter uma jornada de cliente ideal (sem papel, não-presencial, rápida, com recomendações e canais funcionais). E ganha cada vez mais clientes oferecendo facilidade de acesso (canais), conteúdo (recomendações) e resolução rápida de problemas (a cereja da satisfação do cliente).
2- Ecossistemas de parceiros digitais em torno dos grandes players
O conceito de ecossistema é utilizado em diversos segmentos e se baseia na integração de parceiros em torno de uma plataforma principal.
Por exemplo, em e-commerce temos os marketplaces, como Cnova (Extra, PontoFrio, Casas Bahia) e B2W (Submarino e Americanas), e plataformas online, como Catho e Expedia.
Bancos já vêm trabalhando esse conceito através de Open Banking, que concebe a criação de um ecossistema de parceiros digitais, de diversos segmentos, conectados ao banco.
Um exemplo brasileiro é o Bradesco, por meio do InovaBRA, com a abertura de APIs turbinada pela plataforma de gerenciamento de APIs da Sensedia, o API Suite.
Uma grande mudança de percepção para 2016 é o posicionamento das fintechs como parceiras, e não necessariamente como concorrentes.
Isso porque bancos contam tanto com uma base sólida e crescente de clientes, como também com todo o aparato regulamentário. Ou seja, grandes bancos e seguradoras se tornarão plataformas de serviços financeiros, já que fintechs também estarão conectadas a eles.
Nesse contexto, Open Banking não apenas faz todo sentido, como se torna praticamente obrigatório para bancos modernos e que querem se manter relevantes, frente à concorrência.
Já conseguimos ver exemplos concretos desse movimento nos EUA e também no Brasil. O Cardless Cash oferece a possibilidade de sacar dinheiro de ATMs usando apenas o celular, e já foi liberado para mais de 28 bancos nos EUA pelo PayPal.
Por aqui, temos desde os sites de cotação de seguros (como Bidu e Minuto Seguros) que se conectam às seguradoras, até iniciativas de aceleração de startups como o próprio InovaBRA do Bradesco e, no caso de seguros, a Oxigênio da Porto Seguro.
3- Inovação
Inovação é o grande motor dos dois pontos anteriores. Exatamente por isso que ela não pode parar e tende a aumentar.
Tecnologias de inteligência artificial, blockchain, robôs e IoT (internet das coisas) são, com certeza, pontos de atenção para a próxima década.
Dentre estes, com certeza IoT é o que está passando por um maior desenvolvimento.
Temos visto grandes mudanças nos meios de pagamento nos EUA, por meio não só de celular (com Apple Pay, Samsung Pay, Android Pay, etc.), mas também através de wearables como smartwatches e até acessórios.
A brasileira Atar (também participante do InovaBRA), disponibiliza anéis, clips e pulseiras que conseguem fazer pagamentos (entre outras ações) via NFC. Muito legal!
Ainda em Internet das Coisas, podemos citar a possibilidade de rastreamento dos carros para mapear tanto o estilo de direção, quanto as localizações e horários mais utilizados. A Liberty Seguros, por exemplo, já tem uma iniciativa que pode reduzir o valor do seguro para motoristas mais prudentes.
O século da experiência do usuário
Segundo relatório do Forrester, “Begin your journey to digital mastery”, a transformação digital é alcançada pelo foco na experiência do cliente, que trará requisitos de canais, atendimento e serviço diretos.
Eles puxarão a digitalização da operação da empresa e, assim, criarão uma grande revolução na forma como fazemos negócio.
Para os grandes bancos e seguradoras, com certeza o caminho é longo, dado não só a complexidade de suas operações e sistemas, como também os sistemas legados, que exigem uma preocupação maior para integrações com aplicações novas e ágeis. Mas a transformação digital é um caminho sem volta e quanto mais os setores financeiros se predispuserem às mudanças melhor preparados estarão para concorrer e ou unir-se às fintechs.