Gartner: receita mundial com software de automação robótica de processos será de cerca de US$ 2 bilhões em 2021

O Gartner, Inc., líder mundial em pesquisa e aconselhamento para empresas, prevê que a receita global do mercado de software para automação robótica de processos (RPA – de Robotic Process Automation, em inglês) deverá atingir a marca de US$ 1,89 bilhão em 2021, número que representa um aumento de 19,5% em relação a 2020. De acordo com a mais recente pesquisa do Gartner, apesar das pressões econômicas causadas pela pandemia de COVID-19, o segmento de RPA ainda deve crescer em taxas de dois dígitos até 2024.

“O principal motivador dos projetos de RPA é a capacidade de melhorar a qualidade, velocidade e produtividade dos processos, ganhos que são cada vez mais importantes para as empresas, principalmente à medida que as organizações tentam atender às demandas de redução de custos por conta dos impactos  gerados pelo COVID-19”, diz Fabrizio Biscotti, Vice-Presidente de Pesquisa do Gartner. “As empresas podem avançar r apidamen te em suas iniciativas de otimização digital investindo em software de RPA, e essa tendência não irá desaparecer tão cedo”.

A receita mundial do setor de software de RPA deve chegar a US$ 1,58 bilhão em 2020, o que representa um aumento de 11,9% em relação a 2019 (ver Tabela 1). Até 2020, porém, os preços médios de RPA deverão diminuir de 10% a 15%, com quedas anuais de 5% a 10% esperadas em 2021 e 2022, criando forte pressão de reduç&at ilde;o d e preços.

Tabela -Receita mundial de software para RPA (em bilhões de dólares)

 201920202021
Receita ($)1,4111,5791,888
Crescimento (%)62,9311,9419,53

Fonte: Gartner (Setembro de 2020)

COVID-19 aumenta interesse das empresas por soluções de RPA – A pandemia e a recessão que se seguiu aumentaram o interesse de muitas organizações em soluções de automação robótica de processos. Os analistas do Gartner preveem que 90% das grandes companhias em todo o mundo terão adotado o RPA de alguma forma até 2022, já que buscam capacitar digitalmente processos de negócios críticos por meio de resiliência e escalabilidade, enquanto recalibram o trabalho humano e o esforço manual.

“O Gartner avalia que a demanda de RPA deverá crescer e os provedores de serviços precisarão oferecer soluções de RPA de forma mais consistente a seus clientes, devido ao impacto do COVID-19”, destaca Cathy Tornbohm, Vice-Presidente de Pesquisa do Gartner. “A diminuição da dependência de uma força de trabalho humana para uma rotina de processos digitais será mais atraente para os usuários finais, n&atild e;o apen as pelos benefícios de redução de custos, mas também para garantir seus negócios contra impactos futuros como esta pandemia”.

Expectativa é que as organizações aumentem suas capacidades de lidar com soluções de RPA – Até 2024, as grandes organizações triplicarão a capacidade de seus portfólios existentes de RPA. A maior parte dos gastos “novos” virá de grandes organizações que estão adquirindo capacidade adicional de seu fornecedor original ou, ainda, de parceiros dentro do ecossistema.

“Conforme as organizações crescem, elas precisarão adicionar licenças para executar o software de RPA em servidores adicionais e adicionar núcleos para lidar com a carga”, explica Biscotti. “Esta tendência é um reflexo natural das crescentes demandas colocadas na ‘infraestrutura em todos os lugares’ (‘everywhere infrastructure’, em inglês) de uma organização”.

Os futuros clientes de RPA virão de compradores que não são da área de TI – A adoção das soluções de RPA aumentará à medida que a conscientização sobre as vantagens desses serviços aumentar entre os usuários comerciais. Na verdade, em 2024, o Gartner prevê que quase metade de todos os novos clientes RPA virão de compradores comerciais que não façam parte, especificamente, de uma equipe ou organização de TI.

“Os principais fornecedores de software RPA têm como alvo os diretores financeiros e operacionais, em vez de apenas executivos da área de TI. Esses profissionais de outras áreas são os que devem melhor aproveitar a implementação rápida de automação via low code e no code. O desafio dos fornecedores será integrar o RPA com sucesso, em ambientes heterogêneos e em mudança, que é onde a TI pode fazer a diferença”, diz Biscotti.

RPA, Workflow e IoT para otimizar os recursos remotamente e aproveitar o impulso da pandemia

Por Thiago Guimarães


Ainda encontramos nas empresas um ponto em comum: a utilização de papéis e planilhas na execução de processos de negócio. Podemos citar desde um formulário de acesso à portaria, o qual um funcionário se certifica de anotar os dados, tanto do veículo, quanto do visitante, a formulários mais complexos, os quais são preenchidos por operadores com dados dos equipamentos de produção, que depois serão compilados.

Às vezes, tais formulários, dão um passo em direção à “digitalização” com a inserção das informações em planilhas ou sistemas de gestão, mas, em sua maioria, os montantes de papéis são arquivados em caixas que acabam empilhadas nas salas de arquivos. Se, em algum momento, alguém precisa de algumas das informação nesses papéis, a consulta é morosa e onerosa e, também, não são raros os casos em que os gestores acabam verificando que os processos não foram executados corretamente ou até mesmo não foram. Isso porque, a rotina de papéis e de planilhas demanda muito esforço da gestão no acompanhamento e monitoramento dos processos a fim de garantir sua correta execução.

Adicione tal complexidade ao cenário de pandemia do Coronavírus, que exige das empresas um olhar mais crítico de seus custos e continuidade das operações à distância, para ampliação de potenciais problemas nestes processos, abrindo as portas para as ineficiências, os erros e as fraudes. Portanto, podemos observar que a brincadeira que circula na internet traz uma verdade: o maior agente da Transformação Digital nas empresas não foram os executivos C-level, mas o Coronavírus.

Afinal, num momento em que é necessário o controle dos processos à distância, mas com restrição de orçamento, a implementação de tecnologias como RPA (do inglês, Robotic Process Automation), Workflow Automation (Automação do Fluxo de Trabalho) e IoT (Internet das Coisas) passou a fazer a diferença para muitas empresas nas situações mais variadas.

Podemos citar, por exemplo, o controle de temperatura de alimentos nos supermercados, momento em que, normalmente, os varejistas colocam uma pessoa para realizar a medição da temperatura três vezes ao dia e anotá-la em papéis para, posteriormente, passar para planilhas. Nesse cenário, através de um sensor remoto (IoT), é possível coletar e enviar os dados via nuvem, permitindo o acesso às temperaturas do produto sem a necessidade da medição de campo por uma pessoa.

Outra oportunidade de utilização de tecnologia está no processo de recebimento de produtos pelas empresas e pagamento. Normalmente a Nota Fiscal do fornecedor é recebida em papel e enviada para a área fiscal neste formato para depois ser lançada num sistema. Ao invés desse processo, é possível extrair o arquivo direto do site da Secretaria da Fazenda e processar a Nota Fiscal, lançando-a diretamente no sistema de pagamento por meio de um robô.

Muitas vezes temos situações de automação óbvias, mas que acabam passando desapercebidas nas rotinas empresariais. Se a empresa tem grande circulação em papéis, provavelmente terá oportunidades de automação para explorar.

Que tal “entrar na onda” da Transformação Digital ditada pelo Coronavírus e usar este momento como impulsionador para conhecer como as novas tecnologias que podem auxiliar sua empresa na maximização da produtividade do time que está trabalhando remotamente e, ainda, reduzir custos.

Thiago Guimarães, gerente sênior de riscos e performance na ICTS Protiviti

Robôs e Inteligências artificiais: seus mais novos colegas de trabalho

Foi-se o tempo em que as empresas investiam em grandes equipes para execução de processos repetitivos e manuais. O tempo gasto com esse tipo de trabalho faz com que os colaboradores não desenvolvam novas habilidades e fiquem presos às suas rotinas e atividades – motivos pelos quais tornam as equipes inchadas e com baixa performance. Para resolver essa equação ruim, soluções de automatização por meio de robôs e inteligências artificiais estão sendo utilizadas em diversas organizações.

A partir desse contexto, na próxima quinta-feira (21), o Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (IBEF-PR) irá promover um debate sobre redução de custos e ganhos de eficiência com aplicações de tecnologias de automação e soluções de Cloud com quatro palestrantes. O especialista em TI da startup Madeira Madeira, Cleison Cardoso, irá falar da importância da implementação dessas tecnologias, além da otimização de tempo dos colaboradores. “Nos dias atuais o tempo pode ser considerado a moeda mais valiosa. A automatização de processos exime os colaboradores de tarefas realizadas em produção, liberando tempo para o desenvolvimento de melhorias em rotinas mais importantes”, considera Cleison.

Conhecidas como Robotic Process Automation (RPA), as plataformas de automação são tecnologias que agilizam as operações do negócio, principalmente aqueles repetitivos e baseados em regras, com objetivo de reduzir tempo e custos. O software ou robô possui capacidade de interpretar e processar dados, resultando em respostas ou ações de um processo. Essa tecnologia de ponta tem sido sincronizada com outras aplicações como Machine Learning (ML) e Inteligência Artificial (IA), onde os processos, além de executados, também são aprimorados pela inteligência cognitiva.

APLICAÇÕES EM NUVEM

O sócio-diretor de Clientes & Mercados Sul da KPMG e moderador do evento, Aldo Macri, explica que as empresas estão buscando a transformação digital, principalmente na escolha de tecnologias emergentes para redução de custos e aumento de performance. É o caso das soluções em cloud computing, onde é possível armazenar, virtualizar e acessar dados em plataformas online, eximindo as empresas de investir em estrutura física de servidores próprios. “Ter uma estrutura de servidores próprios custa muito caro para as empresas, sem contar a responsabilidade em gerenciar e garantir a integridade das informações. Quando a empresa migra para serviço cloud consegue, além de reduzir custos, pagar apenas uma mensalidade para o espaço e os serviços utilizados. É um ganho de eficiência ter ferramentas como essas”, conclui.

O evento ainda irá abordar três cases de redução de custos e ganhos de eficiência operacional com a aplicação de robotização de processos e de aplicações na nuvem, que serão apresentados pela diretora corporativa do GRPCOM, Milena Seabra, pela gerente de TI da Servopa, Celina Hara e o especialista em TI da startup Madeira Madeira, Cleison Cardoso . A Amazon Web Service (AWS) será a patrocinadora desse evento, que irá receber executivos, empreendedores e profissionais da área de finanças.

Palestra – Redução de custos e ganhos de eficiência com aplicações de RPA – Robotic Process Automation e soluções Cloud

Dia: 21 de novembro de 2019

Horário: das 18h30 às 21:00

Local: Curitiba Trade Center – Auditório RE (Alameda Dr. Carlos de Carvalho, 417)

Inscrições: R$ 100 para não sócios do IBEF PR

Mais informações em www.ibefpr.com.br ou (41) 99872.0203

Especializada em RPA, Techautomation busca parceiros para crescer no Brasil com AutomationEdge

Fernando Baldin, CEO da Techautomation

De acordo com o Gartner, uma das maiores empresas de consultoria em tecnologia do mundo, o RPA – Robotic Process Automation está entre as tendências mais promissoras no mundo corrporativo.

Várias tarefas repetitivas tomam muitas horas de trabalho de pessoal qualificado nas empresas, tempo que pode ser aproveitado em outras tarefas mais produtivas. A automação de processos com robô reduz muito o tempo de execução dessas atividades com maior eficiência e custo menor. 

Um dos entusiastas do RPA no Brasil é Fernando Baldin, que, depois de duas décadas como executivo na área de serviços de TI, deixou a Quality, empresa que adquiriu a paranaense Premier IT, para ser o CEO da Techautomation, representando a empresa internacional AutomationEdge. 

“Usar automação da maneira correta vai gerar um diferencial competitivo muito grande nas corporaçôes”, afirma Fernando. Ele explica que a grande inovação está em conciliar a tecnologia com o perfil de quem faz automação, escala e uma plataforma preparada para governança, mapeando com perfeição regras de negócio e fazendo uma boa gestão de erros.

Outra vantagem do RPA da AutomationEdge, aponta Fernando, é o fato de estar na nuvem. “As empresas não precisam contratar infraestrutura, investir em ativos caros”, explica. 

Fernando Baldin também destaca parcerias técnicas e comerciais importantes já conquistadas no sudeste e no sul do país e aposta na expansão dessa rede para alcançar crescimento exponencial em todo o território nacional. 

  Um dos casos de sucesso no Brasil é da Servopa,  uma das maiores redes de revendedores Volkswagen no país, com mais de 300 mil clientes, que tem uma enorme carga de trabalho em BackOffice, sistemas de TI, transações financeiras de clientes e fornecedores. Saiba mais no depoimento em vídeo de Celina Hara, CIO da Servopa.

Capgemini apoia Governo do Reino Unido na robotização de processos

A Capgemini anuncia um acordo de 2 anos com o Governo Britânico para desenvolver um Centro de Excelência (CoE) em Robotização de Processos (RPA-Robotic Process Automation). O CoE, pronto e em pleno funcionamento, ajudará a acelerar a adoção da RPA em todo o Governo Central, prestando suporte a diversos departamentos no desenvolvimento de planos específicos para automatizar alguns de seus processos administrativos e documentais.

Considerado o maior facilitador da transformação do setor público, o RPA é uma metodologia na qual o software é programado para realizar tarefas básicas de forma autônoma em todas as aplicações, reduzindo a carga de tarefas repetitivas e simples executadas pelos funcionários. Capaz de ser desenvolvida e implementada em questão de semanas, a RPA tem ótima relação custo-benefício e, geralmente, pode apresentar ROI (retorno sobre o investimento) em poucos meses. Conhecida por melhorar drasticamente a velocidade e a precisão do processamento, ela resultará em um serviço rápido e de qualidade superior para a população.

O RPA ajudará os departamentos governamentais a utilizarem a tecnologia para executar tarefas repetitivas, que podem envolver informações de diferentes bancos de dados – como, por exemplo, para verificar um pedido de serviço, concessão ou benefício. O novo CoE reúne um time de profissionais especializados e experientes em tudo o que está na vanguarda desta tecnologia, aplicada para os setores público e privado. Servindo como uma vitrine para atividades de RPA, ao fornecer treinamentos e demonstrações, e também auxiliando departamentos a identificarem potenciais iniciativas de RPA e a realizar uma análise detalhada dos benefícios potenciais antes da decisão de implementação.

“A automação é um elemento-chave da solução de transformação digital da Capgemini. Estamos muito satisfeitos por termos sido selecionados para trabalhar com o Gabinete do Reino Unido em um projeto tão estratégico”, comentou Christine Hodgson, presidente da Capgemini UK. “O RPA abre uma excelente oportunidade para que as organizações do setor público conquistem ganhos significativos de produtividade e para que se concentrem em serviços de valor agregado. Com base nos trabalhos realizados para o setor público do Reino Unido e em nossa experiência global em RPA, estamos confiantes de que o Centro de Excelência terá um papel fundamental no apoio à transformação dos serviços públicos”.