Avanços tecnológicos estão entre as principais preocupações de CEOs da área de serviços financeiros, aponta PwC

Três em cada quatro CEOs de empresas de serviços financeiros dizem estar preocupados com a velocidade dos avanços tecnológicos e do seu impacto no setor. Além disso, 72% veem a disponibilidade limitada de competências como uma ameaça ao crescimento de uma empresa. Os dados estão no relatório “Ahead of the curve: Confronting the big talent challenges in financial services”, que teve a participação de 487 CEOs da área de serviços financeiros de 71 países. A análise faz parte da 20ª Global CEO Survey, realizada pela PwC. As outras preocupações apontadas no relatório foram: a mudança no comportamento do consumidor (69%) e a competição com novos concorrentes no mercado (59%).

O estudo mostrou que 60% dos CEOs estão repensando as funções dos Recursos Humanos das empresas. Pouco menos da metade (48%) utiliza análise de dados para encontrar, trabalhar no desenvolvimento e manter pessoal contratado. Um número ainda baixo, considerando que mais de 70% dos líderes de indústria da área acreditam que o modo como fazem a gestão da informação vai diferenciá-los das demais empresas.

Outro dado que se destaca é que cerca de 90% dos CEOs percebem a importância de uma proposta corporativa forte que reflita os valores, cultura e comportamento intrínsecos à própria empresa. “Os consumidores vão naturalmente gravitar para fornecedores de serviços financeiros que eles confiam para que façam o que é correto para eles e para a sociedade como um todo. Por sua vez, as pessoas querem trabalhar para organizações que inspiram confiança e a alinham com seus valores”, explica Álvaro Taiar, sócio da PwC Brasil e líder de Serviços Financeiros.

Cerca de 40% dos CEOs do setor estão considerando o impacto do uso da inteligência artificial para suas necessidades futuras, e 49% estão explorando os benefícios de profissionais e máquinas trabalharem juntos. No entanto, apenas 20% aplicam a lógica em patamar mais amplo e 63% adicionaram treinamento digital em suas plataformas de aprendizagem.

Confira outros indicativos da pesquisa:

– 19% dos CEOs de serviços financeiros acreditam que a tecnologia mudou completamente a competitividade no setor nos últimos cinco anos e 44% veem um impacto significativo nisso;

– 31% buscam aumentar tanto o lucro quanto o crescimento das empresas em parcerias com empreendedores e startups;

– 70% dos CEOs de serviços financeiros acreditam que é mais difícil ganhar e manter a confiança dos consumidores conquistada em um mundo globalizado;

– A falta de confiança como ameaça aos negócios aumentou em relação à pesquisa do ano passado. Na edição de 2016, a falta de confiança era apontada por 60% dos entrevistados. Na edição atual, para 66%.

PwC revela mudança em hábitos de compra do brasileiro

Para “fazer mais com menos” no cenário de dificuldades econômicas no ano passado, os brasileiros apelaram para pesquisas mais frequentes em lojas para encontrar as melhores ofertas. Segundo a Total Retail 2017, da PwC, 63% dos entrevistados disseram ter realizado mais pesquisas de preço em diferentes varejistas para encontrar o menor preço e, dessa forma, economizar.

Outras medidas adotadas pelos brasileiros para enfrentar a crise foram: redução de frequência de entretenimento (restaurante, bares, entre outros), adotada por 49% dos entrevistados; visitas mais frequentes a lojas em busca de ofertas (46%); e restrição de compras a artigos de primeira necessidade (43%).

A Total Retail é o levantamento anual da PwC sobre os hábitos de compra no varejo virtual e físico, realizado globalmente pelo sexto ano consecutivo. A pesquisa ouviu cerca de 24 mil consumidores em 29 países, entre eles cerca de 1.000 entrevistas no Brasil.

De acordo com a pesquisa, num cenário de melhora na economia, 41% dos brasileiros pretendem preservar os hábitos de consumo e poupar dinheiro. E outros 38% farão mais pagamentos à vista.

“Por conta da crise econômica, o brasileiro se viu forçado a reduzir os gastos e buscar melhores ofertas e oportunidades de descontos em pacotes de compras”, diz Ricardo Neves, sócio da PwC e especialista em Varejo e Consumo. “Segundo a pesquisa, o consumidor deve manter seus novos hábitos mesmo com a melhora da economia, o que trará maior competição ao setor varejistas no país.”

As compras online estão ganhando relevância no Brasil nos últimos anos. Em 2012, 70% das pessoas afirmavam realizar compras em lojas físicas pelo menos uma vez por mês. Hoje, são 55%, a mesma porcentagem que afirma utilizar o computador mensalmente para fazer aquisições. O canal que apresentou maior crescimento foi o smartphone, que era usado por 15% das pessoas e, agora, por 31%. “A evolução tecnológica dos dispositivos e a conveniência do canal explica o crescimento do uso de smartphones para compras”, diz Neves.

Perfil de consumo

A pesquisa aponta ainda que, no Brasil, os dispositivos móveis são, na média, mais utilizados do que nos outros países: 53% dos brasileiros pesquisam produtos online, ante 44% da média mundial, e 45% comparam preço (globalmente, são 38%). Apesar de gostarem de receber ofertas em seus smartphones (53%) e de considerarem até a utilização dele no pagamento das compras (55%), a maioria dos consumidores brasileiros (64%) ainda teme pela segurança da privacidade de suas informações pessoais durante a compra online via dispositivos móveis.

Entre os produtos que os consumidores brasileiros preferem adquirir online estão os livros, músicas, videogames e eletrônicos. Para as categorias alimentos, móveis, objetos de decoração e materiais de construção, os consumidores ainda preferem visitar a loja física para experimentar e testar produtos.

Os fatores com maior importância para a experiência do consumidor nas compras em lojas físicas, e os graus de satisfação com tais fatores, também foram levantados. Para 88% dos entrevistados, o nível de conhecimento do vendedor em relação ao produto é importante ou muito importante, assim como a possibilidade de verificar estoque em outras lojas da rede ou on-line (80%) e ofertas personalizadas (73%). Porém, os consumidores apontaram níveis diferentes de satisfação com tais itens, dizendo-se satisfeitos ou muito satisfeitos 56%, 57% e 51% respectivamente aos fatores acima citados.

As mídias sociais também exercem um papel relevante: 40% dos brasileiros se sentem motivados a realizar uma compra ao visitar a página do varejista, enquanto 61% levam em consideração avaliações e comentários sobre o produto compartilhados nas redes. “O brasileiro acessa com frequência as redes sociais e tem utilizado cada vez mais deste canal para trocar experiências de consumo”, diz Neves.

PwC é considerada uma das 10 marcas mais poderosas do mundo

A PwC foi considerada uma das dez marcas mais poderosas do mundo e manteve sua posição como primeira colocada entre as marcas de serviço do ranking Brand Finance Index 2017, listagem anual que mede o valor de mais de 500 marcas mais conhecidas no mundo dos negócios.

Desde 2007 a firma é considerada uma das 100 maiores marcas globais e, mesmo competindo com companhias de tecnologia e consumo, permanece como líder na área de serviços.

Para chegar à lista das marcas mais valiosas, o Brand Finance Index utiliza uma série de métricas como conhecimento da marca, satisfação do cliente, recomendações, desempenho financeiro, investimento interno e participação no mercado. Também examina as práticas de governança e as visões de diferentes stakeholders das companhias.

“O ranking é uma classificação independente que confirma a força da marca PwC. O fato de permanecermos entre as dez marcas mais poderosas, – em um momento em que vários modelos de negócios são desafiados por empresas de vanguarda tecnológica -, mostra a solidez daquilo que construímos”, avalia Henrique Luz, sócio da PwC Brasil e membro de seu comitê de liderança no Brasil.

Acesso ao ranking completo: http://brandirectory.com/league_tables/table/global-500-2017

57% dos CEOs brasileiros preveem crescimento em 2017

Os principais líderes empresariais brasileiros estão otimistas em relação ao crescimento de seus negócios: 57% deles acreditam que o faturamento irá se expandir nos próximos 12 meses. O percentual é quase o dobro dos 24% que previam expansão dos negócios em 2016 e 19 pontos percentuais maior do que a média entre os cerca de 1.400 CEOs entrevistados no mundo. Uma maioria ainda mais expressiva (79%) prevê crescimento de receita nos próximos três anos.

Os CEOs brasileiros também demonstram mais otimismo quanto ao cenário global de negócios. Quase a metade (43%) prevê crescimento econômico em 2017, 14 pontos percentuais a mais do que a média global de líderes (29%) que compartilha a mesma previsão.

Os resultados da 20ª Pesquisa Global com CEOs da PwC revelam um cenário positivo também globalmente. Cerca de 50% dos CEOs afirmam estar muito confiantes em relação ao aumento das receitas de suas empresas no médio prazo (três anos) e 38% têm essa mesma perspectiva já para este ano, ante 35% no ano passado.

Para 90% dos CEOs brasileiros, a expansão dos negócios nos próximos 12 meses se dará por meio de crescimento orgânico, globalmente 79% planejam seguir esse mesmo caminho. A estratégia para ampliar resultados envolve ainda redução de custos, para 86% dos brasileiros e 62% dos líderes globais, e a formação de alianças estratégicas, 62% no Brasil e 48% globalmente.

No Brasil, 45% dos líderes também pretendem investir em fusões e aquisições e 43% devem firmar parcerias com startups, ante 28% da média mundial. “O aumento do grau de confiança dos executivos brasileiros está bastante relacionado às perspectivas de retomada econômica do país”, diz Fernando Alves, sócio presidente da PwC Brasil. “Mas aspectos menos positivos, como a carga tributária e a necessidade de investimentos em infraestrutura, continuam a ser fonte de preocupação para o empresariado”, acrescenta.

Questionados sobre quais países, excluindo o Brasil, são mais importantes para os negócios, 67% responderam Estados Unidos, 43% China e 26% Argentina, fato que reflete a retomada da confiança naquele país. Globalmente, os CEOs estão focando em um mix maior de países para fechar parcerias de negócios, ao invés de centrar esforços apenas em países emergentes como vinham fazendo há alguns anos. Nos próximos 12 meses, a maioria dos líderes empresariais pretende investir nos Estados Unidos (43%), China (33%), Alemanha (17%), Reino Unido (15%) e Japão (8%).

Desafios Globais

Em relação às principais ameaças ao desempenho dos negócios, 88% dos executivos brasileiros citam o excesso de regulação (ante 80% da média mundial), o aumento da carga tributária (86% e 68% respectivamente) e a falta de infraestrutura (81% e 54%). Também há temores em relação a outros aspectos que podem representar dificuldades para a expansão das empresas, como a falta de profissionais com competências-chave, mencionada por 69% dos executivos brasileiros (no mundo, essa é uma preocupação para 77% dos CEOs), a velocidade dos avanços tecnológicos (64% e 70%) e a entrada de novos concorrentes (55% e 58%).

Globalmente, a pesquisa revela uma crescente preocupação com medidas protecionistas. Entre os entrevistados, 58% acreditam que já está mais difícil competir em nível global, devido a políticas nacionais mais restritivas.

“Embora os CEOs estejam mais confiantes com as perspectivas de crescimento, eles revelam três principais preocupações: a adoção de estratégias de gestão de pessoas e de tecnologia para formar profissionais adaptados à era digital; a preservação da confiança nos negócios num ambiente de crescente interação virtual; e o maior engajamento da sociedade na busca de soluções colaborativas, para que a globalização beneficie a todos”, destaca o chairman global do Network PwC, Bob Moritz.

Estes são também os principais assuntos em pauta nos próximos dias no Encontro Anual do Fórum Econômico Mundial, em Davos, onde Moritz anunciou há pouco os resultados da 20ª edição da Pesquisa Global com CEOs da PwC.

A PwC ouviu os maiores líderes empresariais do mundo a respeito dos impactos da globalização – há 20 anos, esse foi um dos principais temas da primeira edição da pesquisa. Ainda que reconheçam os benefícios obtidos, os CEOs questionam se houve algum efeito na redução da desigualdade e na mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. Essa mudança de perspectiva fica evidente quando se compara os resultados da pesquisa com os da primeira edição, lançada em Davos em 1998.

A globalização é vista por 60% dos CEOs como responsável por melhorar o fluxo de pessoas, capitais, bens e informações e 37% acreditam que ela permitiu o surgimento de uma força de trabalho mais educada e capacitada. No entanto, 44% dos líderes avaliam que o movimento não colaborou para diminuir a diferença entre ricos e pobres.

O relatório final da pesquisa está disponível em: https://www.pwc.com/ceosurvey

Perfil da amostra:

A pesquisa foi realizada entre setembro e dezembro de 2016. Foram entrevistados 1.379 CEOs de 79 países, da Ásia (36%), Europa (21%) e América Latina (12%), por meio on-line, postal, por telefone e pessoalmente. A amostra é composta por empresas privadas (57%) e companhias abertas (43%), com faturamento superior a US$ 1 bilhão (36%); entre US$ 101 bilhões e US$ 999 bilhões (38%) e menos de US$ 100 milhões (21%) e empregam entre 1.000 e 5.000 funcionários (36%). Dos participantes 3% ocupam o cargo de CEO há mais de 25 anos. A maior parte dos executivos está no atual cargo há até cinco anos (51%). Entre os profissionais que responderam à enquete, 43% têm entre 50 e 59 anos de idade, 6% têm menos de 39 anos e 7% possuem acima de 65 anos.

Rodobens conquista prêmio de Inovação em TI

A Rodobens foi classificada entre as ‘100+ Inovadoras no Uso de TI’ no Brasil. A premiação, realizada pelo IT Mídia em parceria com a PwC e especialistas do mercado, apresenta o que vem sendo desenvolvido pelas 1.000 maiores empresas do País no processo e na prática tecnológica em benefício da inovação empresarial.

Empresas de diversos setores econômicos participaram do processo que consistia em responder questionário com 23 perguntas sobre inovação e apresentar um case por escrito. Após a coleta e análise dos dados, o comitê de avaliação composto por especialistas de mercado, da equipe editorial da IT Mídia e da PwC foram selecionadas as 100 empresas que mais pontuaram dentro dos critérios estabelecidos.

“A Rodobens tem avançado na sua jornada de transformação digital através de investimentos importantes em projetos nas unidades de negócios de Serviços Financeiros e Varejo Automotivo, tais como CRM, cliente único, discador preditivo para centrais de vendas, de cobrança e de relacionamento com clientes, solução mobile (app) para consorciados, esteira de análise de crédito, soluções de TI para o varejo automotivo, entre outros. Esse prêmio representa o reconhecimento do trabalho de toda uma equipe empenhada em trazer resultados efetivos por meio do melhor uso da tecnologia da informação nos negócios”, afirma Marcos Adam, superintendente de TI.

O prêmio foi entregue em São Paulo na 4ª edição do ‘IT Fórum Expo’ no WTC Golden Hall, em 8 de novembro, e trouxe um reconhecimento especial para a Rodobens no segmento de Serviços Financeiros, categoria na qual a empresa teve destaque, dentre as que mais inovaram na aplicação e nos investimentos de tecnologia.

Sobre o prêmio

As 100+ Inovadoras no Uso de TI é um estudo reconhecido pelo mercado como o mais importante balizador da aplicabilidade da tecnologia em prol da inovação empresarial, apontando as empresas que percebem a TI como ferramenta estratégica e defendem este investimento.

Esta pesquisa é resultado do alinhamento do estudo InformationWeek 500, realizado há 22 anos pela InformationWeek norte-americana e há 14 anos no Brasil. O estudo é realizado com CIOs de todo o Brasil, dos setores econômicos mais importantes do país.

Ataques cibernéticos aumentaram 48% em 2014, aponta estudo da PwC

O número corresponde a 117.339 novos incidentes todos os dias. Ainda que as perdas financeiras relacionadas ao cibercrime tenham aumentado 34% em todo mundo, o orçamento médio das empresas para a área de Segurança da Informação retraiu 4% em relação ao ano passado

A Segurança Cibernética não é mais uma questão que preocupa apenas os profissionais de TI. O impacto dessa área, uma das mais abrangentes quando se trata de risco, estendeu-se para outros setores das empresas e chegou às salas de reunião. Nos últimos 12 meses, a incidência dos ataques ao redor do mundo atingiu empresas de todos os setores econômicos.

Esse é o cenário atual apontado pelo estudo da PwC, “Managing cyber risks in an interconnected world”, que utilizou como base os dados da pesquisa “The Global State of Information Security Survey 2015”, organizada pela consultoria, em parceria com as empresas norte-americanas CIO e CSO.

De acordo com a pesquisa, o número de incidentes cibernéticos detectados subiu para 42,8 milhões este ano – um salto de 48 % em relação a 2013 (o equivalente a 117.339 novos ataques todos os dias). Este aumento impactou diretamente no custo: as perdas financeiras atribuídas a incidentes de segurança cibernética aumentaram 34% em relação ao ano passado.

Como a frequência e os custos de incidentes de segurança continuam a subir, o estudo da PwC constatou que o cenário se deve ao fato de que muitas organizações não atualizam os processos críticos e as tecnologias de segurança da informação, assim como não dão o real valor às necessidades de treinamento dos funcionários. O orçamento médio das empresas para a área de segurança da informação, em 2014, foi de $ 4,1 mi – uma retração de quase 4% em relação a 2013.

“Analisando a pesquisa, em alguns casos os programas de segurança da informação têm enfraquecido devido a investimentos insuficientes na área. Ao mesmo tempo, os custos financeiros de investigar e mitigar os incidentes crescem ano após ano”, avalia o sócio da PwC Brasil e especialista em TI, Edgar D’Andrea.

Pequenas empresas são mais vulneráveis – O estudo conclui, com base na pesquisa anual da consultoria, que as empresas maiores estão mais aptas a identificar os ataques cibernéticos – organizações com receita anual de $ 1 bilhão ou mais detectaram 44% mais incidentes em comparação ao ano passado.

Em empresas médias, com receita entre $ 100 milhões e $ 1 bilhão, houve um salto de 64 % no número de incidentes detectados. No entanto, é nas organizações menores que podem residir os maiores riscos. Empresas com faturamento de menos de $ 100 milhões contrariaram a tendência de aumento na identificação de ameaças cibernéticas e detectaram 5% menos incidentes este ano.

“Uma explicação pode ser a de que as pequenas empresas estão investindo menos em segurança da informação, o que pode deixá-las tanto incapazes de detectar ameaças, quanto mais vulneráveis a ataques cibernéticos”, afirma Edgar D’Andrea.

O estudo aponta que as pequenas empresas, muitas vezes, não se consideram alvo de hackers. Outra conclusão importante é a de que os adversários cibernéticos sofisticados têm adotado a estratégia de focar em empresas de pequeno e médio porte como um meio para ganhar acesso aos ecossistemas de negócios interconectados destas empresas com organizações de maiores dimensões.

“Esta realidade é perigosa e se agrava pelo fato de que grandes empresas, em muitos casos, fazem pouco esforço para monitorar a segurança dos seus parceiros, de fornecedores e das cadeias de abastecimento. Esses stakeholders acabam sendo atrativos para os hackers porque oferecem um rico tesouro de informações, incluindo documentos de estratégia comercial, de propriedade intelectual e uma ampla base de dados dos consumidores”, ressalta D’Andrea.

A pesquisa da PwC aponta que a América do Sul foi a única região a apresentar um declínio na detecção de ataques cibernéticos. O número de incidentes caiu 9% este ano. Em relação aos gastos médios das empresas com segurança da informação, houve queda de 24% na região. O orçamento médio na América do Sul fica em torno de $ 3,5 mi, menor do que na América do Norte ($ 4,6 mi) e na Ásia ($ 4,5 mi), à frente apenas da Europa ($ 3,1 mi).

Dentro de casa – Atuais e ex-funcionários das empresas têm sido os mais citados como culpados pelos cibercrimes, aponta o estudo da PwC – embora isso não signifique que todos os funcionários acusados exibem um comportamento malicioso. Em muitos casos, eles podem, sem intenção, comprometer dados por meio da perda de dispositivos móveis ou serem alvo de esquemas de phishing.

Os percentuais de incidentes atribuídos a prestadores de serviços atuais e antigos, e a consultores e empreiteiros aumentaram 18 % e 15 %, respectivamente, em 2014.

Vigilância – Com as revelações de Edward Snowden sobre esquemas de espionagem cibernética do governo norte-americano, um novo adversário se tornou ameaça para o ambiente: o serviço interno de inteligência do Estado. Empresas e sociedade se tornaram cada vez mais céticas em relação à vigilância governamental e também mais preocupadas com o potencial impacto sobre a privacidade de seus dados.

A repercussão do caso Snowden resultou na conscientização e em considerável preocupação entre os executivos de negócios, segundo revela o estudo da PwC. “Eles não só estão levantando questões sobre vigilância do governo, mas também em relação às telecomunicações e empresas de tecnologia que possam ter fornecido o acesso de seus dados à esfera governamental”, explica o especialista.

Em nível global, a pesquisa da PwC revelou que 59% dos executivos entrevistados afirmaram estar preocupados com algum tipo de vigilância cibernética dos governos. Essa preocupação é mais notável em executivos da China (93%), Índia (83%) e Brasil (77%).

“Riscos cibernéticos nunca serão completamente eliminados. Hoje, as organizações devem manter-se vigilantes e ágeis frente a um cenário de ameaças em constante evolução”, destaca D’Andrea.

Mulheres no mercado de trabalho: o futuro da liderança

Estudo da PwC revela que as mulheres da Geração do Milênio, nascidas entre 1980 e 1995, estão aumentando sua participação como força de trabalho, e reúnem características que são vitais para qualquer organização: alto nível de escolaridade, confiança e objetivos claros em relação à carreira

A mulher do Milênio representa uma nova era do talento nas organizações. Ela tem alta escolaridade, é mais confiante, e possui mais ambições em relação à carreira profissional do que as mulheres de gerações anteriores. De acordo com estudo da PwC, estima-se que, em 2020, as mulheres do Milênio representarão 25% da força de trabalho no mundo. Com essa ocupação crescente, surgem desafios para os empregadores, que já não podem mais desconsiderar este tipo de profissional como vital para garantir a sustentabilidade da organização.

O estudo Next Generation Diversity – Developing tomorrow’s female leaders identificou pontos-chave para os empregadores obterem sucesso em atrair, reter e desenvolver as habilidades das profissionais do Milênio. Um dos principais desafios apontados pela PwC é o de desenvolver essas profissionais para ocuparem futuros cargos de liderança. O estudo apontou que, apesar de as mulheres representarem 40% da força de trabalho global (percentual nunca antes visto), apenas 4,6% ocupam cargos de CEO.

Educação – As mulheres do Milênio superaram os homens da mesma geração em escolaridade. Em nível global, elas são maioria em 93 países entre os estudantes de Universidades (os homens predominam em menos da metade – 46 países). As mulheres possuem mais títulos de bacharelado e também de mestrado (maioria em 56 países enquanto os mestres masculinos predominam em 44). De acordo com o estudo da PwC, 55% dos títulos de graduação no Brasil em 2010 foram conquistados pelas mulheres.

Diversidade na prática – As profissionais do Milênio estão mais propensas a procurar empregadores que ofereçam políticas de diversidade e equidade de gêneros – 82% julgaram essas diretrizes como importantes em um ambiente de trabalho. No entanto, 55% das entrevistadas pela PwC reconhecem que não sentem que as oportunidades são as mesmas para os gêneros.

Outra característica forte dessas mulheres é que elas possuem afinidade com o meio digital, mas preferem reuniões presenciais para discutirem temas importantes ou delicados como promoção ou feedback sobre seus trabalhos. Trabalhar em uma empresa que se preocupa em investir em Tecnologia da Informação é fundamental para 59% das mulheres do estudo. No entanto, 51% defendem que a cultura do feedback deve ser estimulada à moda antiga: cara a cara com os chefes. Quando o assunto é plano de carreira, 96% das entrevistadas preferem o contato presencial.

Reputação importa – O estudo revelou que as mulheres do Milênio desejam que o seu trabalho tenha um propósito, que contribua para a sociedade e que possam sentir orgulho da empresa. Para a PwC, organizações e setores de mercado vão precisar desenvolver trabalhos estratégicos para comunicar os aspectos positivos dos empregadores a fim de conseguir reter os talentos dessas profissionais. Afirmaram que evitariam trabalhar em alguns setores por acreditarem que eles possuem uma imagem negativa – o mais citado foi o setor de Serviços Financeiros, seguido pelo de Óleo e Gás, 58% das mulheres.

Não só pelo dinheiro – Quase 20% das entrevistadas no estudo afirmaram que desistiriam ou adiariam uma promoção em troca de horários mais flexíveis de trabalho. As mulheres do Milênio entendem que é importante ter uma vida profissional equilibrada com a pessoal (97%). Segundo a PwC, é esperado que essas profissionais reestruturem o modelo tradicional dos turnos de trabalho.
Outro aspecto interessante é que essas mulheres planejam ter uma experiência de trabalho fora do seu país (71%). No estudo, 63% das entrevistadas identificaram uma experiência internacional como crucial para suas carreiras.

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