Perfil do profissional brasileiro de TI é tema de estudo do Observatório Softex

A escolaridade no setor de TI vem evoluindo e hoje 73% dos profissionais que atuam em setores econômicos tipicamente de TI (Core TI)* possuem curso superior completo. Se considerados profissionais com mestrado e doutorado, são 74%. Essa é uma das conclusões do estudo “Persona TI – Caracterização do Profissional de TI no Brasil”, elaborado pelo Observatório Softex.

O levantamento aponta que também é alta a escolaridade dos profissionais de TI in House**, com 65% deles possuindo curso superior completo (67% somando mestrado e doutorado), e destaca o crescimento das vagas de TI na região Sul, que passa a responder por 15% de participação no mercado total. São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais concentram 62%, cabendo a São Paulo a maior participação: 42%.

No universo Core TI, as principais ocupações dos profissionais são analistas de sistemas, técnicos em programação e técnicos em operação e monitoração de computadores, atuando nas áreas de desenvolvimento de programas, consultoria em TI e suporte. A jornada de trabalho desses profissionais varia entre 31 e 40 horas semanais e 65% estão na faixa etária entre 25 e 39 anos (40% estão entre 30 e 39 anos). As micro e pequenas empresas empregam 42% desses profissionais e as grandes 41%. A remuneração média é de R% 5.955,79 (valor de 2017 atualizado em 1º de janeiro de 2019) e 60% têm menos de três anos na organização em que trabalham.

O profissional de TI in House está presente principalmente nas áreas de comércio, nas indústrias de transformação e em atividades administrativas. As empresas de grande porte absorvem 50% desses profissionais e a remuneração média é de R$ 6.726,78, podendo chegar a mais do dobro em setores-chaves da economia, como o de mineração no qual a média se aproxima dos R$ 14.326,25 (valor de 2017 atualizado em 1º de janeiro de 2019). Em relação à faixa etária, 61% têm entre 25 e 39 anos (41% entre 30 e 39 anos). A jornada de trabalho de 63% desses profissionais situa-se entre 41 e 44 horas semanais e o tempo no emprego de 49% deles é de menos de três anos na organização.

“O estudo apresenta diversos outros dados, detectando, por exemplo, uma tendência de crescimento de programas customizados ou sob encomenda e apontando que as empresas estão cada vez mais trazendo a tecnologia para dentro delas”, comenta Diônes Lima, vice-presidente executivo da Softex.

Ele destaca ainda o aumento do número de cargos diretivos, como os de gerência, apontando para uma leitura da TI mais orgânica e estruturada. “Não só é possível registrar esse fortalecimento da TI brasileira ao longo dos anos, mas também detectar a crescente importância da inovação para esse segmento”, conclui Diônes Lima.
A versão completa do estudo Persona TI está disponível para consulta gratuita no endereço www.softex.br/inteligencia/

* Core TI – Desenvolvimento de programas de computador sob encomenda; desenvolvimento e licenciamento de programas de computador customizáveis e não-customizáveis; consultoria em TI; suporte técnico, manutenção e outros serviços em TI; tratamento de dados, provedores de serviços de aplicação e serviços e hospedagem; portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na internet.

** TI In-House – Outros setores que não aqueles considerados tipicamente de TI

Programa TechD abre chamada para startups, empresas de TI, grupos de pesquisa e consórcios

A Softex, em parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), anuncia a abertura da chamada pública de inscrições para startups, empresas de TI, grupos de pesquisa e consórcios de empresas interessados em participar do Programa TechD de apoio a tecnologias emergentes focadas em quatro linhas temáticas: IoT, Saúde, Energia e Mobilidade.

Com recursos da ordem de R$ 18 milhões, sua missão é fazer a ponte entre o universo empreendedor e o de pesquisa por meio da integração e da maior convergência entre startups, centros de P&D, universidades e empresas já consolidadas no mercado. A meta é apoiar no mínimo 30 projetos, dos quais 14 devem ser das regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste.

Já foram firmados 22 acordos com Instituições de Pesquisa Científica e Tecnológica (ICTs), universidades e centros de P&D distribuídos por 13 estados que proverão suporte tecnológico aos projetos selecionados e 36 empresas de grande e médio porte para teste das tecnologias que serão desenvolvidas neste contexto de inovação aberta.

Nessa chamada do TechD, startups, empresas de TI, grupos de pesquisa e consórcios de empresas também deverão apresentar uma estratégia para ampliação de mercado nacional e internacionalização. O Programa visa proporcionar parcerias internacionais para aprimoramento da tecnologia e desenvolvimento de negócios fora do país.

O programa prevê a concessão de recursos de até R$ 500 mil de subvenções somados a possíveis investimentos de até 2 milhões que as empresas já habilitadas aportarão por projeto de tecnologia selecionado.

“Ao estimularmos negócios inovadores alinhados às novas tendências tecnológicas estamos colaborando simultaneamente para fortalecer o ecossistema de startups nacional e, também, o de inovação e pesquisa. Somente dessa maneira tornaremos o país menos dependente de tecnologias internacionais e mais competitivo no mercado global”, explica Diônes Lima, vice-presidente da Softex.

O executivo destaca que o TechD aproveita a tendência de inovação aberta e a capilaridade da entidade para fomentar por todo o país o desenvolvimento de tecnologias com maior valor agregado. “Queremos potencializar o uso das tecnologias para fomentar a transformação digital nas empresas que irão testá-las, trazendo potenciais clientes para empreendedores e pesquisadores, além de promover sua consolidação no mercado nacional e sua internacionalização. Os Centros de P&D têm papel fundamental no desenvolvimento tecnológico e se beneficiam dos novos negócios que o programa lhes proporcionará. Outro objetivo é transformar em negócio a pesquisa aplicada realizada pelas universidades. O TechD tem ainda a proposta de auxiliar as startups, empresas de TI, grupos de pesquisa e consórcios participantes a se estabelecerem no mercado de forma mais consistente e escalável”, conclui.

Para a sua realização, o TechD conta com as parcerias estratégicas da Sociedade Brasileira de Computação (SBC), da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

A íntegra do edital para as startups, consórcios, empresas de TI e pesquisadores está disponível para consulta no endereço https://techd.softex.br/

Softex: indústria de software do Paraná em alta e Brasil com falta de profissionais

Em Curitiba, empresários e representantes de entidades do setor de tecnologia acompanharam a apresentação do 2º Volume da Publicação Software e serviços de TI: A Indústria Brasileira em Perspectiva, um trabalho inédito, pioneiro e abrangente que aborda em detalhes, o setor de software e serviços de TI no Brasil. O evento foi uma parceria do CITS – Centro Internacional de Tecnologia de Software com a Softex- Agência para a Promoção da Excelência do Software Brasileiro a PUC-PR. Arnaldo Bacha , vice-pres. executivo da Softex falou sobre o trabalho da agência e de um grande evento da indústria de software que acontece nesta semana. Os números do setor foram apresentados por Virgínia Duarte, gerente do Observatório Softex.