Atos lança primeiro centro de operações de segurança prescritivo do mundo

Em um momento em que a comunidade internacional se vê diante do desafio de enfrentar ciberataques cada vez mais frequentes, a Atos, líder global em Big Data e Cybersecurity, acaba de lançar o primeiro Centro de Operações de Segurança (SOC – Security Operations Center, na sigla em inglês) Prescritivo do mundo.

A nova solução possibilita prever ameaças de cibersegurança antes mesmo que elas ocorram, a partir da análise de grandes quantidades de dados obtidos na internet e nas redes internas dos clientes, combinada com o conhecimento das ameaças neutralizadas no passado. “Com isso, o tempo de detecção e neutralização de ataques é significativamente menor em comparação com as soluções existentes atualmente”, explica Luís Casuscelli, diretor de Big Data & Cybersecurity da Atos na América do Sul.

As novas soluções implementadas nos SOCs são apoiadas em tecnologias da McAfee, parceria global de cibersegurança da Atos, que também faz parte da oferta do grupo na América do Sul. Elas fazem o tempo médio de detecção de uma ameaça ser reduzido para menos de um minuto, contra uma média de 190 dias com as soluções existentes atualmente. Por sua vez, o tempo total de resposta e recuperação, após a detecção do problema, pode cair de dois meses para uma questão de alguns minutos.

O SOC Prescritivo chega para fazer frente ao crescente número de ataques cibernéticos cada vez mais sofisticados, como ransomware, DDoS, botnets e Advanced Persistent Threats. Desse modo, os clientes podem manter o foco em sua atividade principal, em vez de se preocuparem com a segurança de seus dados.

Big Data e Machine Learning

Baseado na expertise de análise de Big Data e de Machine Learning da Atos e combinado com a tecnologia da McAfee, o SOC Prescritivo aprende de forma contínua a partir de ameaças neutralizadas anteriormente para orquestrar respostas automáticas, em tempo real.

A Atos utiliza tecnologias próprias no SOC Prescritivo, como o Atos Data Lake Appliance, baseado na plataforma bullion, e a investigação em inteligência artificial da compania.

O Centro de Operações utiliza ainda as tecnologias Open Data Exchange Layer (Open-DXL) e Ciclo de Vida de Defesa contra Ameaças da McAfee para melhorar a automação, a coordenação e a reatividade imediata das respostas de segurança, a fim de substituir as respostas de segurança manuais, que tendem a ser fragmentadas e demoradas.

“Com a rápida evolução do cibercrime não é mais possível evitar o risco, mas é preciso estar preparado para responder às ameaças de forma rápida e eficiente. Neste cenário, os SOCs são grandes aliados da segurança ao combinar tecnologia, inteligência e automação para reduzir o tempo de resposta. Recentemente uma pesquisa divulgada pela McAfee mostrou que, em média, 71% dos SOCs avançados concluíram investigações de incidentes em menos de uma semana e 37% concluíram investigações de ameaças em menos de 24 horas”, comenta Jeferson Propheta, diretor de serviços de segurança da McAfee para América Latina.

Inteligência e visão 360°

O SOC Prescritivo analisa e correlaciona grandes volumes de dados estruturados e não estruturados de diferentes fontes (TI, tecnologia operacional e Internet das Coisas), e monitora não só a rede interna do cliente, mas também as redes sociais, a web oculta e a web obscura, para uma varredura de ambiente completa. Os dados são transformados em inteligência utilizável para análise profunda de pacotes, reconhecimento de padrões e detecção de pontos fracos.

“Ao combinar Big Data, análise de segurança e supercomputação, a Atos oferece aos seus clientes a oportunidade de estar um passo à frente dos ataques cibernéticos. A análise profunda de dados e o monitoramento em tempo real possibilitam uma segurança prescritiva única e contínua. Nossos clientes agora podem prever e neutralizar ameaças antes que elas atinjam seus objetivos”, finaliza o diretor da Atos Luís Casuscelli.

Experiência

Para desenvolver o SOC Prescritivo, a Atos baseia-se em sua expertise comprovada nos mais de 20 anos a serviço da segurança dos Jogos Olímpicos, a partir de 14 SOCs interligados ao redor do mundo, que operam em modalidade 24×7 com um conjunto de serviços inovadores em matéria de detecção e resposta.

Atos lança 1º supercomputador com processadores ARM

A Atos, líder mundial em transformação digital, anuncia o lançamento do Bull Sequana X1310, primeiro supercomputador equipado com processadores ARM. Esse novo modelo faz parte da linha de supercomputadores (HPC) Bull Sequana X1000, capaz de suportar futuras tecnologias em exa-escala, que possibilitam o processamento de um bilhão de bilhões de operações por segundo.

Com o consumo sempre crescente de energia e a geração de mais calor pelos data centers, é uma escolha lógica equipar servidores e supercomputadores com processadores ARM altamente eficientes, já que isso permite melhorar questões de desempenho, energia e custo.

A ARM é líder do setor de microprocessadores, com expertise comprovada e robusta participação no mercado de smartphones (mais de 90%). O uso da tecnologia ARM na computação de alto desempenho vem sendo estudado e é aguardado com ansiedade pela comunidade de HPC (Computação de Alta Performance).

Agora, o ecossistema ARM atingiu a maturidade necessária para suportar configurações maiores. Com o lançamento recente, pela ARM, de suas CPUs de 64 bits energeticamente eficientes, voltadas a servidores, a supercomputação baseada em ARM está agora ao alcance do mercado.

Projeto Mont-Blanc

O primeiro protótipo desse tipo foi implantado há alguns anos no âmbito do chamado projeto Mont-Blanc, utilizando servidores Bull, e demonstrou a viabilidade de usar essa tecnologia em HPC.

A Atos está coordenando a terceira fase do projeto, que tem por objetivo definir a arquitetura de um nó de computação da classe Exascale baseado em ARM e apto a ser industrializado. Para suas pesquisas e avaliações, os parceiros do Mont-Blanc contarão com uma plataforma de testes desenvolvida pela Atos e utilizarão a arquitetura Bull Sequana X1000. A Atos integrará e industrializará essa plataforma em sua linha de produtos padrão, com o nome de Bull Sequana X1310.

“Os parceiros do Mont-Blanc receberam esse anúncio com grande prazer. Há muito tempo, estamos convencidos de que, devido à sua eficiência energética, os processadores ARM oferecem um enorme potencial à Computação de Alto Desempenho. Gostaríamos de fazer um agradecimento especial à Comissão Europeia por seu apoio ao longo de nosso projeto”, disse Etienne Walter, coordenador do projeto Mont-Blanc.

“Este projeto faz parte de nosso programa Exascale 2020, dentro do qual estamos desenvolvendo uma nova geração de supercomputadores. Diversas instituições e empresas privadas do mundo todo usam tecnologias Atos para acelerar a pesquisa e a inovação. A Atos concebeu o sistema Bull Sequana X1000 como uma plataforma aberta, a fim de oferecer aos usuários de HPC uma gama mais ampla de arquiteturas de computador para escolherem e a fim de dar suporte às futuras tecnologias de processadores que possibilitarão atingir o nível dos exaflops. Portanto, é um passo natural ampliar a linha com a inclusão de processadores ARM, juntamente com as CPUs, processadores centrais e coprocessadores existentes”, explicou Agnès Boudot, Vice-Presidente do Grupo e Diretora de HPC da Atos.

Participação brasileira

“Esse cluster de nova geração foi desenhado pela nossa equipe de R&D global, sendo que nosso núcleo de R&D instalado em Petrópolis – RJ, fez parte importante do projeto no que tange ao desenvolvimento de software desta inovadora arquitetura. É um orgulho poder colaborar, desde nossa região e com recursos locais, num projeto de tamanha envergadura” diz Luis Casuscelli, Diretor de Big Data e Security de Atos para Sul-América.

Os recursos de processamento de altos volumes de dados que os supercomputadores da Atos oferecem, também são maximizados dentro dos serviços de Big Data da empresa, entre os quais se destaca o “Atos Codex”, uma solução integrada e completa de análises que inclui computação preditiva e análises cognitivas.

Disponibilidade

A placa Bull Sequana X1310 inclui três nós de computação, cada um equipado com dois processadores Cavium® ThunderX2 de 64 bits, de última geração, baseados no conjunto de instruções ARM® v8. O novo modelo estará disponível no segundo trimestre de 2018.

Computadores quânticos vão desafiar cibersegurança em 2020 – Por Luis Casuscelli

Os ciberataques que atingiram mais de 150 países nas últimas semanas voltaram a chamar a atenção para o tema da proteção de dados de empresas, governos e indivíduos, em um mundo cada vez mais digitalizado.

A resposta de autoridades e empresas de Cybersecurity nesse caso foi rápida e impediu danos mais relevantes. No entanto, acreditar que o conhecimento que possuímos hoje será suficiente para fazer frente às ameaças cibernéticas no futuro próximo seria um engano, porque o próximo grande desafio nesse campo já tem data marcada: 2020.

Daqui a menos de três anos, estarão disponíveis para comercialização os primeiros computadores quânticos, capazes de executar operações em velocidade incomparável à melhor alternativa de computação clássica disponível hoje.

Por um lado, essa tecnologia trará suas muitas vantagens: intermediará e facilitará negociações no setor financeiro, aprimorará a definição de padrões para o mercado de seguros, auxiliará na segurança dos países e contribuirá para descobertas na indústria farmacêutica, química e na física quântica.

Por outro, a chegada dos algoritmos quânticos constitui uma ameaça sem precedentes aos sistemas convencionais de segurança da informação, exigindo o desenvolvimento da chamada criptografia “quântico-segura” (quantum safe) antes do uso generalizado de computadores quânticos.

Todos os dados que estão atualmente protegidos por padrões clássicos de criptografia deverão ser elevados a padrões quântico-seguros para permanecerem a salvo no futuro.

O período crítico é agora

Considerando que os primeiros computadores quânticos estarão comercialmente disponíveis a partir de 2020, como prevê a publicação Journey 2020, elaborada por especialistas da Atos, e que as mudanças nas normas de segurança demoram para serem postas em prática, isso faz do momento atual um período crítico.

O cálculo de tempo necessário para a transição deve levar em conta a previsão de disponibilidade comercial de computadores quânticos, menos o tempo necessário para assegurar os dados. Uma vez passado esse período, as empresas que não tiverem sua criptografia atualizada estarão à mercê de possíveis ciberataques de hackers que dominem tecnologia quântica.

Com isso, a demanda por TI quântica só deve crescer nos próximos anos. Entender e adotar computação e a criptografia quântica pode preparar com sucesso uma organização para as ameaças de segurança cibernética do futuro e ajudar tais organizações a aprender sobre suas próprias possibilidades.

Desafios e oportunidades

Uma das grandes dificuldades do processo de implementação será a carência de fornecedores e desenvolvedores de criptografia quântico-segura. Eles oferecem uma grande variedade de produtos e serviços que estão sempre se diversificando, mas o surgimento de profissionais cresce lentamente.

Os primeiros ingressantes nesse mercado serão aquelas organizações que têm altas exigências para manterem suas comunicações seguras. Empresas que têm muito a ganhar com a computação de algoritmos quânticos também serão pioneiras, já que possuem uma perspectiva mais clara de suas possibilidades.

A infraestrutura cada vez mais “inteligente” para os setores de energia, petróleo e gás e transporte, por exemplo, em combinação com a IoT, também formam um campo cada vez mais amplo para este avanço.

Para empresas dos demais segmentos, cabe fazerem uma avaliação sobre suas necessidades de segurança e possibilidades quânticas para decidir sobre como preparar sua infraestrutura de TI para o futuro com computadores quânticos.

Essas ponderações, contudo, dizem respeito apenas ao ritmo de implementação desses protocolos de segurança quântica. O caminho é o mesmo para todos e o prazo diminui a cada dia.

Luis Casuscelli é diretor de Big Data e Security da Atos América do Sul.

Abertas as inscrições para projetos no supercomputador Santos Dumont

Está oficialmente aberta a segunda chamada para projetos científicos no supercomputador Santos Dumont, da Atos, líder internacional em serviços digitais. O equipamento, localizado no Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), em Petrópolis (RJ), pode ser utilizado nos mais diversos segmentos, como química, física, engenharia, ciências biológicas, meteorologia, ciência agrárias, astronomia, entre outros. As inscrições vão até 1º de março.

Cientistas e pesquisadores de todo país terão a chance de desenvolver seus projetos no Santos Dumont. Para participar da seleção, o interessado deve estar vinculado a uma instituição brasileira.

No momento da inscrição, o pesquisador deverá indicar qual programa de alocação do equipamento ele pretende utilizar. São eles: Premium, Standard e Fins Educacionais. Nos dois primeiros, os projetos devem ter um relatório de acompanhamento após os seis primeiros meses de execução, informando os resultados alcançados. Já os projetos educacionaisdeverão apresentar, ao final de sua vigência, relatório técnico indicando quantidade de alunos formados e em que nível estarão (extensão, especialização, graduação, mestrado, doutorado), por exemplo.

As inscrições vão até o dia 1 de março pelo site oficial do supercomputador. Os pesquisadores serão notificados sobre a seleção a partir do dia 15 de abril.

Capacidade e desempenho

O Santos Dumont é a primeira infraestrutura de Computação de Alto Desempenho em petaescala do país, para uso livre por parte da comunidade acadêmica, e que faz parte de uma parceria do LNCC com o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC). O equipamento possui capacidade para realizar 1,1 milhão de bilhões de operações por segundo (1.1 Petaflops). O Santos Dumont é dotado de um grande número de componentes de alto desempenho, para atender diferentes aplicações. Por exemplo, ele possui um total de 18.144 cores de CPU Intel Xeon, distribuídos em 756 nós computacionais (24 cores por nó) com 64 Gbytes de memória RAM cada. Além disso, possui um super-nó computacional de arquitetura diferenciada, dotado de 240 cores de CPU Intel Xeon, que compartilham um mesmo banco de memória RAM de 6 TBytes. Todos esses nós computacionais estão interligados por uma rede de interconexão de altíssima velocidade (Infiniband FDR) e um sistema de arquivos paralelo (Lustre) com capacidade de armazenamento de 1.7 Petabytes.

Hoje, o Santos Dumont possui mais de 50 projetos em andamento, nos mais diversos segmentos de pesquisa, como química, física, engenharia, ciências biológicas, meteorologia, ciência agrárias, astronomia e outros.

“É motivo de muito orgulho e satisfação para a Atos estar envolvida em um projeto como esse. O Santos Dumont é o maior da América Latina e já auxilia a comunidade científica com diversos projetos em andamento. Nós da Atos acreditamos que o supercomputador é um passo para o futuro da transformação digital”, diz Luis Casuscelli, diretor de Big Data & Security da Atos.

“Ao disponibilizar o Santos Dumont para pesquisadores em ciência, tecnologia e inovação de todo o Brasil que necessitam de computação de alto desempenho (HPC) em seus projetos, o LNCC cumpre sua missão como Laboratório Nacional e contribui efetivamente para o desenvolvimento do país. O uso de HPC na faixa petaflópica é fundamental para o Brasil se capacitar na solução de problemas científicos e tecnológicos de fronteira e contribuir nos esforços internacionais de enfretamento dos grandes desafios da humanidade”, diz Augusto Gadelha, diretor do LNCC.

Tecnologia quântica: o futuro no processamento de dados – Por Luis Casuscelli

A teoria da relatividade, do físico alemão Albert Einstein, afirma que nada que tenha massa pode se mover mais depressa que a luz. Até onde os estudiosos sabem, o Universo segue esta regra. Mas… qual é o cenário diante da inexistência da massa? É aí que entram as tecnologias quânticas, surgindo como uma solução significativa e revolucionária. A Atos, líder internacional em serviços digitais e parceira mundial de TI do Comitê Olímpico Internacional (COI), mostra sua visão no mais recente boletim sobre tecnologia quântica e como ela impacta o setor de serviços financeiros.

A oferta de tecnologias quânticas tem o potencial de revolucionar amplamente um grande número de áreas da Tecnologia da Informação. Junto com os benefícios e oportunidades do imenso poder de processamento, porém, surgem as ameaças e os riscos à cibersegurança. Como preparar o setor financeiro, no qual o quantum terá um papel importante, para minimizar riscos como a quebra da criptografia e aproveitar as oportunidades?

As perspectivas em relação ao volume de dados movimentados impressionam. Em 2020, chegaremos aos 40 zetabytes: 40 mil bilhões de bilhões de dados utilizáveis no mundo. Isso é mais do que o número de grãos de areia na Terra.

Os computadores quânticos prometem um salto à frente em velocidade e em resolução de algoritmos, com potencial para quebrar a maioria dos métodos criptográficos usados atualmente. Esse “criptodesastre” deve se tornar uma real ameaça daqui a 5 ou 10 anos, mas, quando chegar, será tarde demais para reagir com eficácia. Precisamos desenvolver estratégias de intercâmbio de informações que sejam capazes de resistir a ataques quânticos. Se o mundo não se preparar agora para esses riscos, haverá quebras generalizadas de segurança que colocarão em risco todo o sistema bancário – e não só ele.

A Atos oferece ideias baseadas em extensa pesquisa feita no setor financeiro. As implicações potenciais da tecnologia significam que as instituições financeiras devem começar imediatamente a se preparar para ela. Em termos de segurança, isso deve ser feito avaliando o risco do quantum e investimento em criptografia quântica confiável, por exemplo, em algoritmos seguros de criptografia quântica e redes QKD (Quantum Key Distribution – Distribuição Quântica de Chaves, em tradução livre). Já existem entidades prontas para fornecer esses serviços e empresas que estão apertando o passo para fazer o mesmo.

Preparando-se para patentear

A capacidade de produzir e patentear algoritmos quânticos antes da chegada da computação deste tipo às Finanças dará uma grande vantagem às empresas. Nos estágios iniciais de implementação dos computadores quânticos em Finanças, a capacidade real de computação será a do hardware disponível. Neste contexto, a vantagem de uma empresa sobre as rivais virá do desenvolvimento de software. Acreditamos que o período crítico para isso será o dos próximos cinco anos. Depois desse ponto, não se poderá garantir a segurança da transferência de dados criptografados, pois o advento da computação quântica estará iminente.

O progresso de criação e desenvolvimento de computadores quânticos continuará devido à colaboração de pesquisas acadêmicas, como a Quantum Computing Hub (Reino Unido) e a QuTech (Holanda). No entanto, só com envolvimento acadêmico ou pesquisas particulares é que serão produzidos algoritmos quânticos com aplicação direta em Finanças.

Um passo à frente com a Atos

Com 30 petaflops, mais de 30 milhões de bilhões de transações por segundo, o supercomputador Bull Sequana, já em operação na Europa, nos habilitará a fornecer o mais poderoso supercomputador do mundo. E nos permitirá chegar ao exaflop, um bilhão de bilhões de operações por segundo, o que alcançaremos por volta de 2020 — mas este é só o começo. Já estamos trabalhando em um projeto de computador que seus cientistas precisarão ter em 2025. Como as tecnologias atuais chegaram aos limites físicos do material (especialmente em termos de calor) e da velocidade da luz, estamos buscando uma ruptura tecnológica: o computador quântico para o horizonte pós-2030.

Luis Casuscelli, diretor de Big Data e Security da Atos América do Sul.

Cybersecurity: as camadas eficientes da proteção – Por Luis Casuscelli

Dados de mercado apontam que, enquanto no Brasil o valor de cada dado roubado pode chegar a U$ 78, na Europa o número chega a U$ 217. Somente no setor de Pharma, por exemplo, o custo médio global pode chegar a U$ 365. Diante deste cenário, cada empresa busca proteger a informação de maneira distinta. Quanto vale a imagem da sua organização? Quanto custa recuperar a confiança dos consumidores? Se você se questiona sobre esses pontos, é claro que está buscando proteger sua empresa.

Geralmente, a proteção da informação deve ser pensada para todo o seu ciclo de vida: na sua criação, em trânsito, em processamento, em repouso e no seu descarte. Na etapa de sua criação, deve-se atentar para a definição dos usuários autorizados ao acesso desta informação. Podemos entender a informação em trânsito como aquela que está sendo transmitida durante um diálogo, transferência de arquivos ou distribuição física. Em repouso, é a informação latente, não manipulada, como arquivos físicos ou bancos de dados. A informação em processamento é aquela que está sendo manipulada para convertê-la, como quando os aplicativos acessam os dados para obter resultados. Neste estado, a informação original deve ser protegida. Por último, o descarte da informação deve ser realizado de forma a evitar a recuperação não autorizada.

A proteção da informação não é um processo meramente tecnológico, deve-se também considerar a conscientização dos usuários das informações para tratar conteúdo confidencial (informação de clientes, inteligência competitiva, know how operacional) de acordo com as normas e políticas corporativas. Para garantir a segurança das informações sensíveis nas empresas, os gestores de tecnologia, riscos e de negócios devem pensar em múltiplos processos de controle, desde proteção lógica da transmissão de dados, passando pela criptografia dos bancos de dados, até a proteção ao acesso à memória durante o processamento dos dados.

Para um conjunto de controles mais eficiente, sugiro aplicar o conceito de defesa em profundidade (defense-in-depth), adequando o grau de proteção à classificação de cada informação corporativa. Pense nisso como os anéis do tronco de uma árvore, no qual a informação a ser protegida encontra-se no círculo mais interno. Cada um deles é uma camada de segurança, complementar e modular. Por isso mesmo, deve-se identificar aonde os investimentos devem ser mais ou menos depositados, de acordo com a criticidade da informação em análise.

Se pensarmos do ponto de vista arcaico da segurança física, onde você colocaria as jóias da coroa? Obviamente na torre mais alta, com guardas, ponte levadiça e crocodilos protegendo todo o castelo. Considerando o lado da tecnologia, algumas soluções compatíveis seriam segurança perimetral (firewall), IPS/IDS, controle de aceso, criptografia etc. – em alguns casos, estes investimentos sairiam mais caros que o custo da própria informação.

Por outro lado, se a empresa classificar adequadamente as informações, entre não críticas e críticas ou confidenciais, os investimentos em controles de segurança tornam-se mais eficientes (menos complexos, mais assertivos e mais baratos), protegendo de fato a propriedade intelectual da organização.

Quebra de segurança

Há problemas gerados a partir do ambiente externo à organização. Não somente por usuários mal-intencionados, mas também pelos que não possuem a devida consciência do problema. Para evitarmos isso é preciso:

a) Garantir que quem acessa a informação seja quem deva acessá-la: Neste caso, devemos privilegiar as soluções de controle de autenticação e o provisionamento dos acessos. Devemos levar ao usuário soluções que lhe proporcione a usabilidade e segurança (porque esses conceitos não são necessariamente antagônicos);

b) Garantir que quem acessa o conteúdo esteja ciente do seu valor: aqui devemos investir na conscientização e nos programas internos de treinamento.

c) Garantir que as informações confidenciais não serão enviadas para o ambiente externo de forma sem autorização e monitoramento.

Caso o problema seja externo, devemos contar com soluções que nos permitam garantias de disponibilidade dos sistemas, como as soluções de Anti-DDoS (Anti Distributed Denial of Service). Segurança não é uma simples questão de fechar acessos, mas sim de avaliarmos quem pode entrar e quem pode sair nos sistemas em um cenário em que o avanço da tecnologia é fundamental na gestão dos negócios.

*Luis Casuscelli é diretor de Big Data e Security da Atos América do Sul. Possui mais de 25 anos atuando na área de integração de produtos e serviços de infraestrutura de TI. Implementou um Centro de Competências, referência na Atos Brasil. Com os recursos desse Centro, desenvolve grandes projetos de infraestrutura, entre os quais vale citar como referência, o maior supercomputador de América Latina (High Performance Computing) ou a infraestrutura de processamento que suporta o real time billing da maior operadora de Telecom regional suportando mais de 100 milhões de clientes.