Software S/A: Senior Solution realiza oferta de ações na bolsa

Nesta sexta-feira (8), a empresa de tecnologia Senior Solution iniciou a negociação de suas ações no segmento Bovespa Mais da BM&F Bovespa. Sob o código SNSL3M, a oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da empresa de softwares para o mercado financeiro ficou em R$ 11,5 por ação, sendo que o valor sugerido pelos coordenadores da oferta foi de R$ 13,50 a R$ 15,50.

Edemir Pinto, presidente da BM&F Bovespa, ressaltou a entrada da Senior Solutions no Bovespa Mais, caracterizado por facilitar o acesso ao mercado de capitais de pequenas e médias empresas. “Comemoramos o pioneirismo da Senior Solutions com um novo padrão de oferta gradual à bolsa. A companhia ganhou tempo para estruturar sua governança”. A listagem ocorreu em maio de 2012, com IPO somente na data desta sexta-feira (8).

Bernardo Gomes, diretor presidente da Senior Solution, destacou a importância da oferta. “É a primeira empresa de tecnologia no Bovespa Mais e mostra que as pequenas e médias empresas podem ter esse mecanismo (mercado de capitais) de acesso aos recursos”.

O IPO da Senior Solution é o segundo realizado em 2013, sendo o primeiro da também empresa de tecnologia Linx, em fevereiro, e teve coordenação do Banco Votorantim e participação do BB Banco de Investimento.

O BNDESPar, braço de participações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), tem 21,5% no capital da companhia. Há também participação da gestora de fundos de private equity Stratus GC.

Por: DCI – Marcelle Gutierrez

Cresce o interesse das médias empresas em captar recursos de private equity

A KSI Brasil, auditoria e consultoria internacional focada no middle market, tem constatado o interesse crescente das pequenas e médias empresas pela captação de recursos de Private Equity, seja para investir na expansão do negócio ou para melhorar a governança, a gestão e a credibilidade, requisitos necessários para fazer o IPO no momento propício.

A opção pelos fundos de Private Equity tem prevalecido, em muitos casos, sobre a possibilidade de abrir o capital. Embora, este ano, as small caps venham apresentando um desempenho na bolsa de valores bem superior ao das grandes companhias, as empresas que ainda não fizeram seu IPO têm preferido buscar capital junto aos fundos de Private Equity, em função das incertezas que rondam as bolsas e da falta de regularidade na performance dos papéis das empresas menores. Além disso, os fundos de investimento podem contribuir também para a melhora da gestão do negócio e da governança.

“Tem surgido, por outro lado, um número maior de fundos interessados no segmento das médias empresas, o que ampliou as possibilidades de captação de recursos”, afirma Ismael Martinez, sócio-diretor da KSI Brasil, ao observar que há fundos especializados em empresas que estão sendo criadas (seed capital) e empresas já constituídas e em fase de crescimento (venture capital).

Ele observa que há também empresas que buscam recursos para pagamento de dívidas como condição para alavancar o seu crescimento, desde que o seu negócio seja sólido e tenha perspectivas de expansão consistentes, requisitos estes fundamentais para atrair o capital privado. No caso de empresas de menor porte que requerem recursos com foco no curto prazo, por exemplo, para pagamento de dívidas, o valor dos aportes propostos é equivalente ao percentual que a dívida representa no faturamento da empresa, em torno de 20% e 50% do faturamento anual.

Em 2011, os fundos de Private Equity brasileiros respondiam por 18% de todo o volume captado por fundos de Private Equity em países emergentes, segundo o Emerging Markets Private Equity Association (EMPEA). De acordo com a Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP), em função do aumento da procura por este tipo de financiamento de longo prazo por parte das pequenas e médias empresas, a entidade está promovendo eventos de treinamento e capacitação para os empreendedores.

Sobre a KSI Brasil
A KSI Brasil é uma das principais auditorias e consultorias do segmento do middlemarket no País. A empresa é resultado da associação da brasileira Imáteo – fundada em 1995 e com atuação destacada no segmento do middle market – com a auditoria britânica KS International – que está entre as 25 maiores auditorias do mundo, segundo a revista de contabilidade Accountancy Age.

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