BR Angels chega aos 200 investidores-anjos e R$ 65 milhões para aportes em startups

Orlando Cintra, fundador e CEO do BR Angels

Com o objetivo de atrair novos investidores-anjo interessados em apoiar startups com alto potencial de crescimento, o BR Angels Smart Network acaba de estruturar seu 4º Batch. Com 50 novas posições preenchidas, a rede nacional de investimento-anjo, composta por empreendedores e executivos de grandes empresas, atinge o número de 200 associados. 

Recentemente, o modelo de investimento do BR Angels, que combina capital financeiro com capital intelectual, foi comprovado com seu primeiro exit a partir da venda de uma startup do seu portfólio, a adtech Chiligum, para VidMob, empresa líder mundial em soluções tecnológicas para marcas.

Os novos anjos agregam um potencial de mais de R$ 20 milhões ao BR Angels, que passa a concentrar um soft commit de R$ 65 milhões para aplicar em novos negócios. A rede irá buscar principalmente startups dos segmentos de fintech, edtech, insurtech, hrtech, healthtech, SaaS e marketplaces em geral, que poderão contar com um ticket para co-investimento anjo de até R$ 5 milhões. A expectativa é fechar o ano com o dobro de startups no portfólio em relação a 2020.

Segundo Orlando Cintra, fundador e CEO do BR Angels, a rede acompanhou o momento do ecossistema de empreendedorismo brasileiro, que conseguiu driblar a crise econômica mundial, superar os desafios impostos pela pandemia do coronavírus e, com isso, atingiu níveis históricos em 2021. 

“Para o próximo ano, a expectativa é que o setor esteja mais aquecido do que nunca, com a plena retomada das atividades presenciais pós vacinação. Por isso, estruturamos o 4º Batch e fortalecemos a nossa rede, que possui 80% dos associados em cargos C-Level ou como Board Members de grandes companhias nacionais, além de 20% como founders e partners de negócios de sucesso. Nós queremos apostar cada vez mais em startups porque acreditamos que elas têm o poder de modernizar o mercado e movimentar a economia do país. Vale ressaltar que novos associados só entram no BR Angels por indicação, uma forma de manter o alto nível de qualidade”, comenta Cintra. 

Para serem beneficiadas pelo BR Angels, as startups passam por um minucioso processo de seleção, em que devem apresentar seus pitches em Pitch Days e ser validadas por dois terços dos associados envolvidos. O grupo oferece duas chances de seleção e garante duas indicações para a rede de mais de 70 parceiros estratégicos, dentre hubs de inovação, venture capital e diversas empresas, mesmo para as startups que não forem escolhidas para receber os aportes. 

Portfólio diversificado

Desde o ano de sua formação, em 2019, o BR Angels já aportou mais de R$ 15 milhões em quatorze startups, são elas: Chiligum, MindMiners, Nvoip, Home Agent, VUXX, iRancho, Dialog, CustomerX, Autoforce, LandApp, Cignifi, Musii, Motorista PX e Circular Brain.

Fundada pela Forbes Under 30 Deborah Folloni, a Chiligum é uma plataforma de automação criativa que aumenta a produtividade de equipes de marketing. A adtech recebeu um aporte de R$ 2 milhões do BR Angels e um co-investidor em junho de 2020 e acaba de realizar um exit com a aquisição pela empresa líder mundial em soluções tecnológicas para marcas VidMob. Para a fundadora, a interação com o BR Angels foi fundamental para este grande passo da startup. 

“Nós somos muito gratos por ter atraído capital qualificado e não apenas como commodity, pois quando o BR Angels fala em SMART, é realmente isso que ele propõe. O grupo é muito ativo, sempre fez questionamentos, orientou e fez questão de estar por perto para ajudar. Foram as provocações, as pessoas e as introduções certas e isso fez toda a diferença pra gente construir a tecnologia que a gente construiu e concluir essa transação”, declara Deborah Folloni.

A Autoforce participou de uma rodada de investimento pela primeira vez no meio deste ano e chamou a atenção do BR Angels, além de um co-investidor, com o desenvolvimento de tecnologias e soluções de marketing digital para o setor automotivo. Para Tiago Cavalcanti, CEO da startup, o aporte de R$ 2,3 milhões representou uma mudança de estágio para o negócio. 

“Esse investimento foi uma validação do nosso negócio, estrutura e produto diante do mercado. Ele validou também aspectos da nossa cultura e da nossa visão do setor. Para nós, foi extremamente positivo pois, desde o pré-investimento, a rede se mostrou muito dedicada, o que nos cativou e inspirou confiança”, diz Cavalcanti.

Logo em seguida, o BR Angels realizou um co-investimento na LandApp, plataforma de logística de materiais e resíduos sólidos da construção civil que vem se destacando no mercado. Mayara Protti, co-fundadora e Head de Negócios da LandApp, afirma que o suporte do BR Angels foi muito além do dinheiro, já que todo o processo permitiu que a startup evoluísse o plano de negócio e os objetivos a longo prazo. 

“Nós temos reuniões mensais com o Board Advisor do BR Angels responsável pela nossa operação, que nos ajudam a revisar os resultados com direcionamentos e oportunidades de melhoria. A abertura de portas em novos clientes e as mentorias para cada área da empresa também são grandes benefícios, já que podemos aprender e trocar boas práticas com os membros e com outras startups do portfólio, que têm diferentes timings e experiências”, conta a empreendedora.

Foco no desenvolvimento intelectual

O BR Angels aposta no Smart Money como seu principal diferencial. Dessa forma, não investe apenas capital financeiro, mas principalmente capital intelectual, por meio de mentorias. Para isso, os anjos são divididos em nove áreas de conhecimento, nos chamados grupos SMART, que cobrem desde Planejamento Estratégico & Gestão até Financeiro & Backoffice, Customer Success e ESG (Environmental, Social and Governance). 

De acordo com a política do grupo, os investidores-anjo devem dedicar, no mínimo, quatro horas por mês às investidas do portfólio, o que totaliza mais de 100 horas de mentorias mensais de cada grupo SMART. Para Cintra, essa é a forma de garantir que o Smart Money não fique apenas no discurso e efetivamente beneficie as startups.

“Nós estruturamos essa forma de atuação para que todas as investidas recebam a devida atenção dos nossos associados, de acordo com a especialidade de cada um. Assim, elas conseguem receber conselhos valiosos de quem tem vasta experiência de mercado e ter insights para desenvolver os aspectos necessários do negócio. Essa é a interação que consideramos mais importante e que supera, inclusive, as quantias aportadas”, explica o CEO do BR Angels.

Dentre os 50 novos investidores que chegam à associação estão Celso Luis Lara Macedo, Vice Presidente LATAM da Farmers Edge, Georgia Rivellino, Gerente de Marketing da Simpress e Marcos Cruz, Diretor do Grupo Canopus. Outra personalidade é Camila Simão, Head de CX, Research and Product Marketing da Dock, empresa de tecnologia para meios de pagamento e Banking as a Service de destaque na América Latina. Para ela, integrar o 4º Bath do BR Angels é uma oportunidade de contribuir com startups com capital e tempo. 

“Eu entrei em contato com o universo das startups há dois anos e me encantei. Fiz um treinamento de Board de empresas digitais e busquei alternativas para participar mais ativamente – foi aí que encontrei o BR Angels e decidi me juntar ao grupo. Considero que minha carreira e visão de grandes corporações mais estruturadas, além da vivência em startups e amplitude de atuação em diferentes áreas, me possibilitam fazer uma leitura ampla dos novos negócios e agregar valor em frentes diversas”, declara a executiva.

Já Vittorio Danesi, CEO da Simpress, empresa especialista em outsourcing de equipamentos e soluções de TI, participou de todos os batches do BR Angels até o momento e afirma que sua motivação é estar inserido na nova economia.

“Além do aprendizado mútuo entre os associados e os empreendedores, a chance de obter um bom retorno sobre o investimento também é um atrativo, já que as startups são validados por um grupo seleto de profissionais experientes e isso maximiza as chances de sucesso. Com o 4º Batch, atingimos um patamar cada vez maior e mais maduro de avaliação e investimento em novos negócios”, finaliza o empresário.

GVAngels realiza 1º Exit com aquisição internacional da Chiligum Creatives

Grupo de anjos investiu na startup em 2020, que agora fará parte da americana VidMob, especializada em inteligência criativa

O GVAngels, grupo de investidores anjo, acaba de registrar seu 1º Exit: a startup Chiligum Creatives, que acaba de ser adquirida pela VidMob, martech norte-americana, especializada em inteligência criativa. Para investidores em startups, o Exit é o objetivo principal, pois monetiza todos o investimento.

Desde sua fundação, em abril de 2017,  o GV Angels já atingiu 300 membros investidores, todos alumni da FGV , e já investiu cerca de R$50 milhões em 41 startups de alto potencial de crescimento e escala , no Brasil, Estados Unidos e Reino Unido. Em 2020, a Chiligum foi uma das empresas selecionadas pelo grupo e recebeu um aporte de R$2 Milhões. E agora, torna-se a primeira startup investida a ser comprada por uma empresa internacional. 

“O GVAngels foi fundado em 2017 e vem crescendo de forma expressiva seu portfólio de startups, assim como o volume de investimentos . O prazo do exit do investimento do GV Angels na Chiligum foi de 14 meses, o que é muito significativo para os investidores pois habitualmente a jornada até o exit é superior a 5 anos”, destaca Wlado Teixeira, Diretor Executivo do GVAngels.  

Com grandes clientes em seu portfólio, como ifood, Magalu, Rappi, a Chiligum Creatives oferece soluções para potencializar o desenvolvimento de peças publicitárias de forma escalável. Com a integração da startup, a VidMob passa a oferecer a primeira plataforma de soluções criativas full-stack para profissionais de marketing que desejam desenvolver peças publicitárias de alto impacto.

Além do aporte financeiro, as empresas investidas recebem acesso ao smart money de executivos C-Level e empreendedores de sucesso que compõem o grupo. O grupo já realizou investimentos em diversos segmentos como martechs, fintechs , agtechs, e startups de vários outros setores de atividades, os quais dão relevante contribuição para a modernização da economia do Brasil.

Investimento-anjo aquecido: 18 redes tiveram crescimento de 76% e projetam investir R$ 80 milhões em 2021

Os investidores anjos brasileiros estão animados com o setor de startups. Um levantamento feito por um grupo de líderes de redes de anjos apontou que somente no primeiro semestre deste ano foram investidos R$ 39,9 milhões em startups brasileiras. A projeção do grupo, que reúne 18 das maiores redes de investidores anjos do país, é de que se feche 2021 com R$ 80 milhões em investimento. Um crescimento de 76% em relação a 2020, quando foram investidos R$ 45,2 milhões. 

Não só o volume de investimento vem crescendo, mas o número de investidores anjo atuando nessas redes também cresceu. O estudo mostra que 344 startups foram investidas desde a criação das redes que, hoje, contam com 2560 investidores e um crescimento de 29% no número de investidores em relação a 2020. 

De acordo com Maria Rita Spina Bueno, diretora executiva da Anjos do Brasil e fundadora desse grupo de líderes de redes, o sucesso dos números se deve à cooperação entre as redes. “Estes resultados mostram a importância das redes para o ecossistema de investimento anjo. Criado em 2017, o grupo tem apoiado o surgimento de novas redes de investidores anjo, que proporcionam um ambiente de boas práticas e de acesso a diversas oportunidades para os investidores, que se tornam mais ativos e conseguem efetuar uma alocação de capital mais eficiente. Além disso, temos viabilizado muitos aportes a partir do co-investimento entre nossas redes parceiras”, declara. 

Outro dado que chama atenção no levantamento é o aumento do valor investido, que cresceu 35% em relação ao ano passado. Em média, cada investidor aporta R$ 34 mil, com um valor máximo de R$ 100 mil e mínimo de R$ 15 mil. Quando se fala de rede, a média aportada fica entre R$ 400 mil e R$ 800 mil, com um ticket máximo de R$ 1,5 milhões e um mínimo de R$ 200 mil. 

Entre os setores mais investidos estão agritechs, edtechs, fintechs, food techs, adtechs, newstec, construtech, lawtech, impacto socioambiental, varejo e e-commerce.

Vale ressaltar que o levantamento tem como universo de pesquisa e demonstra os investimentos feitos pelas redes Anjos do Brasil, BR Angels, Bruin Angels, Curitiba Angels, EA Angels, FEA Angels, Gávea Angels, GR8 Ventures, GV Angels, Hangar8 Capital, Insper Angels, LAAS, MIT Alumni Angels, NYU Angels,  Poli Angels, UNI Angels, Urca Angels e Wharton Alumni Angels.

Ele representa uma parte do mercado brasileiro, que também é composto por redes menores e investidores independentes. 

Girls in Tech Brazil promove evento sobre Investimento Anjo em São Paulo

Uma ideia na cabeça não vai para frente sem recursos para tal. Para ajudar você a conseguir os fundos que a sua Startup precisa, a Girls in Tech Brazil promove o encontro “Investimento Anjo para Startups”, no dia 05 de setembro às 19h no Espaço Cubo. A palestrante da noite é Maria Rita Spina, diretora executiva da Anjos do Brasil e fundadora do MIA – Mulheres Investidoras Anjo.

Para participar, basta se inscrever na página do evento. Os ingressos do 1º lote custam apenas R$ 30 (com as taxas), mas corra que as vagas são limitadas! Vale lembrar que os eventos do Girls in Tech Brazil são abertos à participação de homens.

O Investimento Anjo é o investimento efetuado por pessoas físicas com seu capital próprio em empresas nascentes com alto potencial de crescimento (as startups). Além do capital, estes investidores também empregam seus conhecimentos, experiência e rede de relacionamento para apoiar a empresa investida. Daí vem o uso do termo “anjo”.

A Girls in Tech (GiT) é uma iniciativa global sem fins lucrativos que busca promover o engajamento de mulheres que lidam com novas tecnologias. Composto por profissionais com capacidade para inspirar e liderar, é objetivo do grupo incentivar o crescimento da presença de mulheres inovadoras e empreendedoras no ambiente de tecnologia, criando condições para que tenham sucesso e que assumam posições de destaque nesse ecossistema.

nvestimento Anjo para Startups
Data: 05 de setembro
Hora: 19h30
Ingressos: 1º lote R$ 30 (até 14/08) | 2º lote R$ 35 (até 27/08) | 3º lote R$ 40 (até 04/09)
Local: Espaço Cubo Coworking
Endereço: R. Casa do Ator, 919 – Vila Olímpia, São Paulo – SP, 04546-003.

Super Acelera da Fiesp envia melhores startups para o Vale do Silício

A cada ano mais de mil empresas iniciantes tentam ser as melhores no Concurso Acelera Startup, da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Agora, no Super Acelera Fellowship Fiesp, a peneira é ainda mais fina. Participam dele os melhores empreendedores que passaram pelas 14 edições do Concurso Acelera Startup, sendo nove na capital e cinco no interior do estado. O prêmio para as cinco melhores startups é a participação em um programa de aceleração de 3 meses no Vale do Silício, na Bridge SV, nos EUA. Organizado pelo Comitê Acelera Fiesp (CAF) e pela Fiesp), o Super Acelera Fellowship Fiesp acontece nos dias 31 de maio e 1º de junho na sede da entidade.

O Super Acelera foi criado para atender à necessidade de internacionalização e troca de experiências das startups com o Vale do Silício, que é considerado o berço da inovação mundial.

Uma banca experiente, formada por diretores dos comitês e departamentos da Fiesp e parceiros especiais, como o Ciesp, Sesi-SP, Senai-SP, Sebrae-SP, selecionará cinco startups, entre as quinze finalistas, para participar do programa de aceleração no Vale do Silício oferecido pela Fiesp.

Todos os finalistas terão o seu tempo de apresentação para essa bancada, depois de ter um dia inteiro de mentoria de especialistas de diversas áreas.

Sobre o Concurso Acelera Startup

O Concurso Acelera Startup é o maior evento de investimento-anjo da América Latina e tem como objetivo fomentar o empreendedorismo, além de integrar as necessidades e as expectativas dos empreendedores e dos investidores interessados em investir em projetos e/ou empresas inovadoras.

Os participantes, previamente selecionados pela Comissão Organizadora, têm a oportunidade de participar de palestras, workshops, mentorias e avaliações classificatórias, inclusive com investidores. Os melhores empreendedores (finalistas) têm a oportunidade de apresentar os seus negócios, no modelo de “elevator pitch”, à banca de investidores mais seleta do mercado. Dentre os finalistas, os mais bem avaliados são considerados vencedores do concurso, para fins de premiação.

Nas últimas edições do evento, foram recebidas mais de 22 mil inscrições de todo o Brasil e participaram mais de 300 mentores e mais de 250 investidores. Somando as edições anteriores (2011, 2012, 2013, 2014, 2015 e 2016), o evento já gerou investimentos de mais de R$ 10 milhões.

Camila Farani assume a presidência do Gávea Angels. É a primeira mulher à frente de um Fundo de Investidores-Anjo no país

Camila Farani, Cofundadora da Lab22, Gestora de Startups e Cofundadora do MIA – Mulheres Investidoras Anjo, assume posição de Presidente no Gávea Angels, um dos primeiros grupos de investimento anjo do Brasil com mais de 10 anos de existência.

“Fiquei muito honrada em assumir a presidência do Gávea! Há quatro anos quando entrei no Gávea Angels, olhava os outros investidores com muita admiração e achava que eles eram inatingíveis. Hoje, assumindo esse cargo de relevância, me sinto muito lisonjeada e principalmente, reconhecida por investidores que possuem um background muito relevante”, contou ela.

O processo dentro do Gávea funciona da seguinte maneira: O empreendedor submete seu Pitch pelo site, que é avaliado por um comitê de operações que faz todo o processo de triagem das startups. Depois desse processo, 3 projetos são selecionados para se apresentarem presencialmente em um fórum que acontece de 5 a 6 edições durante o ano. É no fórum que os empreendedores têm contato com toda a rede de investidores da associação e conseguem realmente vender a sua ideia.

O Gávea Angels é uma associação sem fins lucrativos e conta com uma série de investidores que dedicam o seu tempo sem nenhum tipo de monetização. Camila destaca que é muito difícil manter um grupo ativo e reunido por mais de 10 anos, ainda mais se tratando de uma instituição sem fins lucrativos, por isso, ela pretende implementar uma gestão mais profissionalizada com foco em governança. À frente da Gávea, Camila pretende trabalhar em cima de 3 pontos principais:

Aumentar o deal flow – número de propostas de investimento que chegam ao capitalista de risco. Camila conta que o deal flow também passará a ser cada vez mais online e dinâmico. Hoje basicamente a captação é online, mas os empreendedores precisam participar presencialmente do fórum. A ideia é que não necessariamente eles precisem estar ali presentes, mas que todas as startups tenham acesso aos investimentos de uma forma mais dinâmica.

Atrair mais fundos de investimentos – Camila acredita que existe um gap entre os investidores e empreendedores que receberam investimento de anjo. Como conseguimos otimizar o ciclo de investimento? Como fazer com que aquela empresa melhor capacitada seja melhor direcionada para ter contato com os fundos? Uma startup precisa de ciclos de investimento, por isso a ideia é trazer esses fundos de investimentos mais perto do Gávea Angels. A forma como isso será feita ainda está sendo decidida.

Trazer startups internacionais para o Brasil – Ao invés de termos que ir até o Vale do Silício ou para outro lugar para entender como outras startups e ecossistemas funcionam, a ideia da Camila é trazer startups internacionais para o Brasil, para que elas fiquem um período específico, trocando experiências com os empreendedores brasileiros. O grupo pretende implementar a ideia por meio de parcerias que já estão sendo firmadas.

“Quero que todo o processo se torne mais acessível e mais direto para os empreendedores e investidores”, comenta.

Camila é a primeira mulher à frente de um fundo de investidores-anjo no País e se sente lisonjeada pela confiança e respeito depositado, mas isso garante uma responsabilidade muito maior de trabalho para que realmente consigam evoluir com o cenário empreendedor brasileiro.

“Existem tantas boas investidoras anjo no Brasil, eu quero que elas participassem mais! Precisamos de mais mulheres liderando diversos tipos de fomento ao empreendedorismo”, provoca Camila. E por que precisamos de mais mulheres? Simplesmente porque já foi comprovado que as mulheres se inspiram em outras mulheres. “Não adianta querermos aumentar o número de empreendedoras se não temos mulheres investidoras para servirem como ponto de referência para quem está começando”.

E o que falta para que mais startups recebam investimento? Para Camila a resposta é educação e conhecimento! Ela acredita que estamos vivendo uma revolução, assim como aconteceu com a espécie humana. Como ainda é tudo muito novo, ambos estão amadurecendo, startups e investidores. “Talvez falte capacitação tanto dos empreendedores quanto dos investidores para efetivamente construir uma cadeia de valor e de investimento”.

Sobre a “banalização” do investidor anjo com o surgimento de cada vez mais eventos de captação de recurso e de equity crowndfundings, Camila destaca dois vieses: de certa forma essas iniciativas acabam ampliando o leque de oportunidades para os empreendedores, mas ali existem investidores que são meramente financeiros, com algumas exceções. Se esse ponto não for levado para as discussões e estratégias de negócio da startup, isso acaba sendo um ponto negativo.

Ela acredita que a proposta do equity crowndfunding tem muito a acrescentar, aumentando o número de investidores e incentivando o mercado, mas em algum momento será levantada a bandeira da necessidade da capacitação. Por que? Pois como em todo processo de investimento existem jargões e termos jurídicos, e os investidores precisam saber que podem não conseguir um retorno imediato. “É muito importante esse entendimento por ambas as partes, investidores e empreendedores. Eu como investidora, assumo o papel de capacitar os investidores, levantando todos os pontos que devem ser analisados”.

O Gávea Angels tem o perfil de investir em startups de todos os segmentos, desde que sejam negócios com alto potencial de crescimento e que possuam modelos já tracionados, mas não deixa de olhar projetos em fase pré-operacional, devido a pluralidade e diversidade de expertise dos investidores em sua rede.

Para se dedicar 100% ao Gávea Angels, Camila não está mais à frente do grupo Boxx, focado em soluções para alimentação para o varejo e serviço. Como Cofundadora do MIA – Mulheres Investidoras Anjo, ela continua participando das decisões, mas não tão ativamente no dia-a-dia. A partir de agora, a operação do MIA estará ligada a Anjos do Brasil com Maria Rita Spina, utilizando o mesmo modus operandi da associação.

Startup marQ Systems recebe aporte de R$ 1 milhão de investidor anjo

O objetivo é expandir o investimento em até R$ 5 milhões. A startup voltada ao mercado de wearable devices possui planos de internacionalização dos produtos em 2016

Com o início das operações ocorrido em fevereiro de 2015, a marQ Systems, startup especializada no desenvolvimento de tecnologias vestíveis de monitoramento para animais de estimação, crianças, idosos e pessoas com necessidades especiais recebeu aporte inicial de R$ 1 milhão, realizado por um investidor anjo ligado ao setor de telecomunicações. O objetivo é expandir o investimento em até R$ 5 milhões em 2016.

A quantia será utilizada para P&D, Capital de Giro e ações de marketing. Além do aporte, foram aplicados R$ 1 milhão para o desenvolvimento e fabricação da primeira solução de monitoramento da marca, o easepet, oriundo de investimentos próprios. “O aporte que recebemos consolida esta etapa da marQ coroando nossos esforços na identificação de nichos e criação de soluções que realmente façam sentido aos nossos clientes e que possam trazer retorno no cenário atual. Nossa primeira linha, por exemplo, é direcionada a um mercado que atravessa os anos de crise sem ser abalado: o de animais de estimação”, afirma Luciana Schavacini, sócia fundadora da marQ Systems.

O primeiro produto a ser lançado pela startup, o easepet, é voltado para o monitoramento de cães e gatos e visa atender a um mercado de produtos para animais de estimação em constante expansão, mesmo na crise financeira. Só no ano passado, foram gastos R$ 16,7 bilhões com produtos e serviços para os bichinhos – segundo levantamento pela Abinpet (Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação). Ainda de acordo com o estudo, o segmento pet é responsável pela geração de mais de três milhões de empregos.

A escolha da linha de produtos e serviços da marQ Systems foi resultado de uma extensa pesquisa, com compras e análises de dispositivos em quatro continentes. “Após o easepet, lançaremos dois novos produtos e plataforma voltados para humanos. Em paralelo, expandiremos o easepet para outros países ainda em 2016, sempre analisando cuidadosamente as oportunidades para não perder o foco no seu principal mercado, que é o brasileiro. Temos, por exemplo, interessados em nosso know-how e produtos na América do Norte e Europa”, revela Daniel P. Rosenfeld, CEO da marQ Systems.

Fundada pelos sócios Luciana Schavacini, Tiago Albino e Daniel Rosenfeld, o diferencial da startup é oferecer inovação tecnológica por meio de gadgets vestíveis ligados à Internet das Coisas. Devido à lacuna de mercado, identificada pelos próprios sócios quando precisaram deste tipo de solução, por bons produtos que façam mais do que calcular calorias e atividade física, a marQ Systems foi criada e objetiva oferecer soluções com peso e tamanho reduzidos, aliadas a uma plataforma web e mobile intuitiva, e que também inclui funcionalidades complementares ao monitoramento.

“Pensando em easepet, o que torna a nossa solução exclusiva no mercado é ir além do rastreamento: estamos desenvolvendo parcerias dentro do mundo da medicina veterinária para que a plataforma seja também um canal de informação para os tutores dos animais, além de ser um meio de comunicação com o médico veterinário do pet”, finaliza o CEO.