As empresas de todos os setores vêm apresentando uma aceleração significativa por conta da transformação digital. Como parte desta transição, as pessoas, softwares e máquinas criam e consomem dados, cada vez mais rapidamente e nos mais variados locais, acarretando em um desequilíbrio que leva empresas a recorrerem à Interconexão privada e direta para resolver seus desafios de integração. De acordo com o Global Interconnection Index Volume 2 (GXI Vol. 2), estudo de mercado publicado anualmente pela Equinix, a Interconexão, ou troca de tráfego direto e privado entre os principais parceiros de negócios, está se tornando ferramenta ideal para as empresas operarem no mundo digital atual. O estudo de mercado analisa, com abrangência global, a troca de tráfego.
Segundo as projeções, em 2021, a Velocidade de Interconexão provisionada para esta finalidade deve chegar a mais de 8.200 terabits por segundo (Tbps) em capacidade, ou o equivalente a 33 zettabytes (ZB) de troca de dados por ano, um aumento radical em relação à projeção do ano anterior e 10 vezes a capacidade projetada de tráfego de internet1. Isso representa uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) significativa no período de cinco anos, alcançando 48%, quase o dobro da CAGR esperada de 26% do tráfego IP global.
“As tendências mais relevantes em nível macroeconômico, tecnológico e regulatório estão convergindo para formar uma Era sem precedentes em termos de complexidade e risco, forçando a integração dos mundos físico e digital”, declarou Sara Baack, Chief Marketing Officer da Equinix. “O GXI Vol. 2 revelou que as empresas estão resolvendo suas crescentes necessidades digitais, conectando-se diretamente aos principais parceiros de negócios por meio da Interconexão, já que as formas tradicionais de conectividade não atendem aos exigentes requisitos dos negócios atuais”.
Algumas das principais tendências macroeconômicas, tecnológicas e regulatórias que impulsionaram o crescimento da Interconexão no ano passado e que exercerão impacto sobre seu crescimento futuro incluem:
Eduardo Carvalho, presidente da Equinix no Brasil, alerta para que as empresas tenham um olhar atento sobre os resultados apresentados pelo GXI deste ano. “No Brasil, o crescimento nos próximos quatro anos deverá ser sete vezes superior ao que existe hoje. Ou seja, as empresas brasileiras precisam pensar sua arquitetura de TI com vistas às demandas futuras. Para fazer isso com segurança, integrando negócios e parceiros, a Interconexão via hubs em data center carrier-neutral ainda é o melhor caminho. Por isso investimos tanto em uma plataforma globalmente integrada, em que a rede privada e a segurança sejam os atributos principais”.
Para capturar o valor digital, as empresas precisarão proporcionar suporte a interações em tempo real, interconectando estrategicamente os fluxos de trabalho entre pessoas, coisas, locais, clouds e dados. O GXI Vol. 2 identifica quatro classes de casos de uso de Interconexão5 junto com um modelo de maturidade de TI. Adotados em conjunto, esses casos de uso criam uma infraestrutura pronta para a entrada no mundo digital que pode ser utilizada pelas empresas atuais:
Para o analista-chefe da 451 Research, Eric Hanselman, “as empresas, estabelecem seus rumos para alcançar maior digitalização, e, em paralelo, procuram caminhos que evitem a turbulência gerada pela crescente complexidade da integração de vários serviços digitais. As novas arquiteturas fixadas pela Interconexão suavizam essa complexidade, e as empresas estão descobrindo que produzem melhorias em segurança, desempenho e capacidade. O Global Interconnection Index da Equinix fornece informações úteis sobre essas tendências digitais, incluindo por que as empresas estão se conectando diretamente com parceiros estratégicos para construir seus ecossistemas de negócios digitais”.
Destaques/fatos importantes
Level 3 Communications (NYSE: LVLT) e Google anunciaram que chegaram a um novo acordo de interconexão entre as suas redes de backbone global. O acordo, valido por vários anos, irá ajudar ambas as empresas a atender às necessidades dos seus clientes pela próxima década e além.
O novo acordo é centrado em torno do conceito de equilibro bit/milhas, em que ambas as partes se comprometem a transportar quantidades equitativas de bit/milhas, tendo em conta a quantidade de tráfego e a distância a que o tráfego é entregue por cada rede. Por exemplo, uma rede pode melhorar o equilíbrio bit/milhas entregando o tráfego para a outra rede mais próximo dos seus usuários finais. O acordo também vai facilitar o crescimento contínuo das localizações de interconexão entre a Level 3 e Google, como requerido para suportar uma demanda cada vez maior para a Internet.
“Google tem e continua a investir em sua infraestrutura anualmente, entregando conteúdo e serviços para os clientes e usuários finais perto de onde eles estão. Este investimento em infraestrutura permite fundamentalmente conexões com provedores de rede em todo o mundo, e damos as boas-vindas a mais fornecedores de rede para trabalhar com o Google para estabelecer acordos semelhantes “, disse Kamran Sistanizadeh, vice-presidente de Operações de Rede para o Google.
“O nosso acordo de interligação bit/milhas com o Google destaca a importância de todas as redes – com base em conteúdo, backbone ou última milha – para alcançar um acordo equitativo que beneficie os usuários de Internet em todo o mundo”, disse Paul Savill, vice-presidente sênior de Gestão de Produto da Level 3. “As nossas empresas confiam em poder continuar a nossa estreita relação de trabalho e estão comprometidas a fornecer uma experiência segura, escalável, confiável e rápida à Internet.”