Cyrela apresenta a CashMe, startup própria de home equity, e cria espaço de coworking

Como parte do desenvolvimento do setor de construção, a incorporadora Cyrela anuncia a criação da CashMe, empresa do segmento de home equity que tem como objetivo agilizar a análise de crédito para quem busca um empréstimo financeiro utilizando um imóvel como garantia.

A startup, que nasceu em abril deste ano, já soma propostas de mais de R$ 40 milhões. A expectativa é que, em cinco anos, esse número suba para R$ 500 milhões. “O objetivo da CashMe é ganhar rápido espaço no mercado de home equity justamente por oferecer um serviço rápido e com o mínimo de burocracia possível”, relata Juliano Bello, diretor administrativo e líder do projeto na companhia. “Isso porque a análise e aprovação do crédito levam no máximo dois dias, tornando o processo um dos mais rápidos do mercado”, enfatiza.

A CashMe é focada principalmente nos empresários de pequeno e médio porte e oferece financiamentos entre 8 e 10 anos, com taxa de pouco mais de 1% ao mês. Os clientes têm a possibilidade de financiar até 60% do valor do imóvel. No primeiro momento, a startup está focada principalmente em São Paulo e tem mapeado clientes que buscam valores de financiamento entre R$ 600 mil e R$ 2 milhões.

“O mercado de home equity, que hoje movimenta cerca de R$ 15 bilhões, tem um imenso potencial de crescimento, podendo chegar a R$ 100 bilhões em 10 anos. A Cyrela está atenta a esta movimentação e o surgimento da CashMe é um dos investimentos que a companhia aposta para entrada nesse nicho que será cada vez mais explorado”, explica Juliano.

Além da CashMe, a Cyrela também investiu na criação de um espaço de coworking, com a finalidade de gerar negócios para startups do setor, além de fomentar a geração de novas empresas dentro de diversas esferas, como gestão, tecnologia, finanças, vendas, comunicação, entre outras. Essa iniciativa é conjunta com o MITHUB, associação criada pela Cyrela junto com outros grandes players do mercado imobiliário e construção.

A área dedicada está localizada no escritório da Cyrela, no bairro da Vila Olímpia. Um andar de 450 m² (além da estrutura comum como salas de reunião, um café e um espaço com churrasqueira), oferece estrutura para comportar até 50 posições para empresas que estão em franco desenvolvimento de soluções para grandes corporações.

Atualmente, a Cyrela conta com a parceria de 23 startups e dentro deste grupo estão a Nuveo e a Neurologic, ambas parceiras em projetos de inteligência artificial. A Nuveo desenvolveu uma solução para pagamento de IPTUs dos mais de 5 mil imóveis da incorporadora, gerando uma economia de R$ 5 milhões nos últimos três anos.

Já a Neurologic tem atuado diretamente com a Cyrela em melhorias para o atendimento ao cliente com o sistema de chatbot, que atende uma média de 1.100 manifestações de clientes por mês de forma mais eficiente, gerando uma retenção de cerca de 70% dos atendimentos no Assistente Virtual/Robô.

Fintech do Conglomerado Barigui mira no crédito de home equity

Visando descomplicar a oferta de crédito, oferecendo juros mais baixos na modalidade com garantia, maior prazo de pagamento e rápida aprovação, surgiu a BCredi, fintech que fornece crédito imobiliário em um processo 100% online. Parte do Conglomerado Financeiro Barigui, com mais 20 anos de atuação no setor, a BCredi chega para modernizar e popularizar o empréstimo com garantia de imóvel no País.

Muitos brasileiros ainda tem uma certa resistência em colocar imóveis como garantia para obtenção de crédito, mas, segundo a fundadora da BCredi, Maria Teresa Fornea, essa é uma barreira fácil de ser vencida diante das vantagens que traz. “É possível economizar quase 80% do que é pago mensalmente em juros em modalidades muito mais populares como o cheque especial e o rotativo do cartão de crédito, por exemplo”, explica.

Prova disso é que a BCredi já forneceu 450 milhões de reais em financiamentos e oferece hoje uma das menores taxas do mercado para os mais de 5 mil clientes cadastrados em sua plataforma. Além da experiência no mercado de crédito imobiliário, a BCredi ainda conta com uma operação rápida e prática. “Grandes bancos podem levar de três a quatro meses para aprovar processos que envolvam imóveis em garantia. Nós desenvolvemos um sistema para fazer isso em até 10 dias”, reforça Maria Teresa.

De acordo com dados da empresa, o volume de crédito para pessoa física e PME’s no Brasil é quase 35 vezes menor do que no mercado norte-americano. Ainda assim, o impacto na renda mensal com o pagamento de dívidas é o dobro para o brasileiro. “Isso ocorre, principalmente, porque as modalidades mais populares por aqui têm juros muito altos e prazos mais curtos – o que nós pretendemos mudar, já que o País tem um grande potencial: a estimativa é que 70% de seus imóveis estão disponíveis para serem usados como garantia”, adiciona a fundadora.

O crédito com garantia de imóvel, também conhecido como home equity, é um refinanciamento de imóvel com alienação fiduciária. O empréstimo é ideal para profissionais liberais, pequenos empreendedores e assalariados em geral, proprietários de casa ou apartamento, interessados em troca de dívidas, investimentos ou mesmo aporte para reforma e construção. Para quem deseja comprar um novo imóvel, mas não tem comprovante formal de renda, como holerite, a BCredi também oferece o tradicional financiamento imobiliário, com maior flexibilidade na análise de crédito.

Interessados só precisam acessar o site da www.bcredi.com.br – onde encontram comparadores da garantia de imóvel com outros tipos de crédito -, e fazer passo a passo a contratação online. Depois disso, a fintech se encarrega de toda a etapa documental, como um despachante, e disponibiliza consultores para atender eventuais dúvidas. “Temos os mais diferentes casos de sucesso de clientes que buscaram crédito com mais rapidez e taxas bastante atraentes para investir no próprio negócio, montar uma franquia ou liquidar dívidas”, finaliza a executiva da BCredi.

Operações de home equity fecham mais um ano com elevação

Segundo dados da Barigui Companhia Hipotecária, o incremento nas operações de home equity foram de cerca de 44% em relação ao ano passado

O home equity, empréstimo com garantia de imóvel, não é a primeira opção que vem a cabeça de quem pretende contratar um empréstimo por ser pouco divulgado e por envolver o uso do imóvel para alavancar o crédito, operação que ainda tem uma barreira na cultura dos brasileiros. Mesmo assim, o home equity vem ganhando cada vez mais espaço na Barigui Companhia Hipotecária, que fechou o ano de 2015 com uma carteira de crédito imobiliária de R$ 161 milhões, incremento de 44% em relação ao ano anterior.

Desde que iniciou as suas operações com a modalidade, em 2009, a Barigui Companhia Hipotecária só contabilizou crescimento com o home equity. “A operação é uma alternativa interessante para o tomador de empréstimo por possuir prazos mais longos e juros baixos”, explica Maria Teresa Fornea, diretora da Barigui Companhia Hipotacária.

A executiva lembra que o home equity ainda enfrenta a barreira de usar o imóvel para levantar capital, algo que é bem utilizado em países como os Estados Unidos. “Ainda há esta insegurança em colocar o imóvel como garantia e o tomador do empréstimo acaba optando por uma operação com juros bem maiores, que o faz pagar diversas vezes o valor inicial só com os juros da dívida. Já no home equity, as taxas de juros giram em torno de 18,02% ao ano mais indexador, porcentagem bem inferior a outros produtos do mercado, portanto, o tomador do empréstimo consegue ter uma dívida que não comprometa tanto a sua renda”, finaliza Maria Teresa.

De acordo com o Banco Central, a linha de home equity está em R$ 15 bi. A operação é uma modalidade de crédito com uso livre, com o empréstimo podendo ser usado em qualquer finalidade. Enquanto o home equity tem taxas de juros de 18,02% ao ano mais indexador, as taxas médias do mercado para capital de giro estão em 34,17% a.a.; Crédito Pessoal, 132,91% a.a.; Cheque Especial, 226,39% a.a.; e Cartão de Crédito, 368,27% a.a.

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