Alunos do Programa Raízes da FDC conhecem o Acelera MGTI

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Flávia Guerra, Gestora do Programa MGTI, iniciou o encontro com uma palestra sobre a criação de startups e o processo de aceleração. A temática “desenvolvimento de software e programação” também foi explorada, na ocasião, ao ser apresentada pelo empresário Rodrigo Sol. Já os empreendedores Eduardo, Rafael e Douglas, que estão à frente de startups aceleradas pelo programa Acelera MGTI, compartilharam seus projetos e suas experiências pessoais. Por fim, os alunos receberam informações sobre o trabalho de formação profissional desenvolvido pela UAITEC.

Criado pela Fundação Dom Cabral, em 2011, o Programa Raízes é voltado para jovens trabalhadores entre 15 e 18 anos com o objetivo de propiciar acesso a conteúdos humanistas e de diferentes áreas do conhecimento, não acessíveis na escola tradicional, na expectativa de que eles se tornem atores e autores do próprio processo de inclusão, segundo Rafaela Araújo, responsável pelos projetos Sociais da Fundação Dom Cabral.

“O empreendedorismo é um dos temas trabalhados no programa, no módulo Raízes dos Negócios. Como parte da metodologia dialógica e experiencial os jovens realizaram a visita ao MGTI, com o intuito de aprenderem e conhecerem na prática como os empreendedores da área de tecnologia criam e operam seus negócios. Essa metodologia facilita o entendimento sobre as temáticas abordadas e desperta o interesse dos jovens que podem vivenciar os assuntos que são discutidos em sala de aula”, acrescentou.

Brasil cai pelo sexto ano consecutivo no ranking mundial de competitividade

Hong Kong tira os EUA do topo e padrão de declínio se mantém na América Latina

O Índice de Competitividade Mundial 2016 (World Competitiveness Yearbook – WCY), divulgado pelo International Institute for Management Development, IMD, e pela Fundação Dom Cabral, apontou a perda de espaço do Brasil no cenário competitivo internacional, com a queda de posições pelo sexto ano consecutivo. O país ocupa agora a 57ª colocação no ranking geral, descendo um degrau em relação a 2015. Neste ano, o Brasil está à frente apenas da Croácia, Ucrânia, Mongólia e Venezuela. O país soma um declínio de 19 posições em seis anos.

O estudo indicou ainda que o poder absoluto da economia dos EUA já não é mais suficiente e o país perdeu seu status como território mais competitivo. Hong Kong (China) desafiou o padrão de declínio da Ásia para deslocar os norte-americanos, pela primeira vez em três anos. A Suíça ficou com a segunda posição e os EUA aparecem em terceiro. Cingapura, Suécia, Dinamarca, Irlanda, Países Baixos, Noruega e Canadá completam a lista dos dez primeiros colocados.

Na América Latina, o Chile é o melhor classificado, em 36º, – queda de uma posição comparando com ano passado – enquanto todos os outros representantes da região estão entre os 20 últimos.

Este ano o Brasil obteve uma pontuação de 51.676 pontos no índice agregado de competitividade, o que indica a posição dos países com relação àquele considerado o mais competitivo. Isso significa que o país está 51.676 pontos atrás de Hong Kong, primeiro colocado. Em relação ao ano passado, o Brasil obteve uma melhora absoluta de 4.286 pontos, mas em comparação com a pontuação de 2010 – ano em que o Brasil ocupou sua melhor posição no ranking (38ª posição) – o país apresentou uma perda de 10%. “Esses dados revelam que a perda de competitividade apresentada em 2016 não é apenas relativa, mas absoluta se observamos no longo prazo. Porém, não trazem necessariamente algo inesperado, já que a situação econômica brasileira continua gerando entraves e alto grau de pessimismo entre os agentes econômicos. Para avançarmos em termos de competitividade é necessário olharmos com atenção para as gestões privadas e públicas”, afirma Carlos Arruda, coordenador do Núcleo de Inovação e Empreendedorismo da Fundação Dom Cabral e responsável pela coleta e análise dos dados do ranking no Brasil.

O Professor Arturo Bris, diretor do Centro de Competitividade Mundial do IMD, observa os problemas da América Latina: “O setor público continua a ser um empecilho para essas economias. O padrão comum entre todos os países no top 20 é o seu foco na regulação ideal para negócios, infraestrutura física e intangível e instituições inclusivas. No presente momento nenhuma economia da América Latina chega perto de possuir essas qualidades como a medida necessária para fazer progressos significativos até a classificação”.

Apesar de o Brasil já ter dado esperanças promissoras para se desenvolver com destaque entre as economias latinas, sua performance caiu novamente. “O principal fator para o declínio do Brasil é o seu desempenho econômico. O fraco crescimento do PIB, aumento do desemprego em combinação com aumento dos riscos para os investidores têm grande impacto na economia”, disse Bris.

O prestigiado ranking de competitividade – World Competitiveness Yearbook (WCY) – publicado anualmente desde 1989 pela escola de negócios IMD é amplamente considerado como a análise mais importante deste tipo. O IMD avalia mais de 340 critérios derivados de quatro principais fatores: desempenho econômico, eficiência governamental, eficiência empresarial e infraestrutura. As respostas de uma pesquisa em profundidade com mais de 5.400 executivos, que são convidados a avaliar a situação em seus próprios países, também são levadas em consideração.

A queda de uma posição do Brasil em relação ao ano passado é analisada a partir de quatro fatores, cada um divido em mais cinco subfatores. O resultado brasileiro nestes fatores e subfatores está apresentado na Figura 2 abaixo:

Caminhos

O estudo evidencia também que os programas sociais de redistribuição de renda, implementados com objetivo de estimular o motor da demanda interna, foram baseados no aumento real dos salários brasileiros. Como esses programas dependem da taxa de investimento no Brasil, assim como no produto corrente e em exportações, eles se tornaram insustentáveis no atual contexto de recessão, uma vez que o aumento dos salários reais gerou restrição do balanço de pagamentos. Segundo o levantamento, o salário aumentou mais do que os ganhos de produtividade do trabalho. Além disso, o crescimento interno da demanda gerou as pressões inflacionárias. “Os programas assistenciais são essenciais para o aquecimento da economia doméstica no país, além de proporcionarem oportunidades mais justas para os cidadãos. No entanto, com os atuais indicadores, os gastos públicos têm se tornado um problema para os próximos ano” pondera Arruda.

Arruda afirma ainda que o desempenho do Brasil é consequência de questões conjunturais e do esgotamento de um modelo de crescimento: “Ainda que se espere que ocorra a resolução de desafios de curto prazo, como déficit fiscal e controle da inflação, a economia brasileira precisa se reinventar para avançar em competitividade de forma robusta e significativa” complementa o professor.

O subfator produtividade e eficiência ficou em penúltimo no ranking, e mesmo com bons índices de investimentos absolutos, o Brasil vem perdendo espaço em relação aos outros países, já que houve perda de credibilidade dos agentes externos e internos na economia. É importante lembrar ainda que o descontrole da inflação fez com que o Brasil ficasse em penúltimo nesse indicador. “Para que os programas sociais sejam eficientes, é necessária uma melhora dos indicadores citados, cujo foco são os fatores estruturantes da economia e que demandam uma agenda de futuro. Se de um lado não há receita mágica para um novo modelo, do outro não há como fugir das questões básicas como qualidade da educação e promoção da inovação” finaliza Arruda.

Para mais informações, acesse o sumário executivo: goo.gl/i6fHte

11,73% da receita das empresas brasileiras é consumida pelo custo logístico

Inflação logística’ afeta o consumo das famílias brasileiras das classes mais pobres e está se tornando um problema social, afirma o coordenador do estudo

A Fundação Dom Cabral, melhor escola de negócios da América Latina segundo o ranking de educação executiva 2015 do jornal Financial Times, divulga hoje os resultados da pesquisa Custos Logísticos no Brasil 2015, cujo objetivo é avaliar os custos logísticos para as empresas e seu impacto nos negócios. A pesquisa consultou 142 empresas brasileiras de 22 segmentos industriais, cujo faturamento total equivale a 15% do PIB brasileiro. De acordo com o estudo, os custos logísticos no Brasil consomem 11,73% da receita das empresas – aumento de 1,8% em relação a 2014 -, revelando um alto nível de dependência de Rodovias (98%), Profissionais Qualificados (85%) e Máquinas e Equipamentos (78%).

Nas empresas com volume de vendas entre R$500 milhões e R$1 bilhão, o custo logístico subiu 30%. “São empresas que realizam transporte de longa distância, por rodovia, e dependem do diesel, por isso os custos cresceram de 2014 para 2015”, destaca Paulo Resende, coordenador do Núcleo de Infraestrutura e Logística da Fundação Dom Cabral e responsável pelo estudo. Para minimizar seus custos logísticos, as companhias, segundo o professor, têm optado por terceirizar os serviços de transportes, fechar centros de armazenamento e distribuição e cortar estoques.

O transporte de longa distância é, com 50%, o fator mais representativo na estrutura de custo logístico das companhias, seguido do transporte de curta distância, em área urbana, com 20%. “O aumento dos custos logísticos se reflete no preço final dos produtos comercializados e isso afeta diretamente o consumo das famílias. Essa ‘inflação logística’ acarreta em um problema econômico e social, pois quem acaba sofrendo, em maior intensidade, são as classes mais baixas”, afirma Resende.

As rodovias têm um papel de destaque no aumento do custo logístico. No transporte de insumos e produtos, o modal rodoviário é, de longe, o mais utilizado (80%), seguido do ferroviário (8%) e aeroviário (5%). Tanto que, para 87% das empresas consultadas, a melhoria das condições das rodovias é um fator importante para reduzir os custos logísticos, seguido pela mudança na cobrança de ICMS (67%) e expansão da malha ferroviária (59%). “Dada a importância do modal rodoviário para as empresas, o desafio que se impõe diz respeito à qualidade das rodovias, o que, segundo a pesquisa, estamos longe de alcançar, uma vez que 77% das empresas consultadas consideram nossas rodovias péssimas ou ruins”, pontua Resende.

De acordo com a pesquisa, a participação da iniciativa privada é vista como crucial para o desenvolvimento dos projetos de infraestrutura no Brasil, com destaque para os projetos de concessão rodoviária (89% consideram a participação privada essencial ou extremamente essencial), concessão ferroviária (90%), administração portuária (88%) e gestão de aeroportos (88%). Para o empresariado, o maior gargalo para o cumprimento das obras de infraestrutura no Brasil é a corrupção, com 93%, seguida da burocracia (92%). “As empresas avaliam que corrupção, impostos e infraestrutura inadequada compõem o tripé responsável por minar a competitividade do ambiente logístico brasileiro”, afirma Paulo Resende.

De forma geral, a saída encontrada pelas empresas para atenuar o custo logístico tem sido terceirizar a frota e serviços logísticos para outros operadores. “Ao terceirizar, a empresa transforma o que seria um custo fixo em variável. Ou seja, o custo com logística só aparece quando existe demanda. Contudo, quando a crise econômica atual acabar, essas empresas terão dificuldade em retomar suas estruturas logísticas”, conclui o professor.

Quais são as competências fundamentais do líder atual?

Na busca de maior competitividade e superação, o mundo corporativo aposta cada vez mais em lideranças capazes de influenciar pessoas, para que estas atuem de forma eficaz no negócio e nos processos de modo a alavancar os resultados organizacionais. Mas dispomos de lideranças preparadas para isso?

Há excelentes profissionais que, muitas vezes, enfatizam suas competências técnicas em detrimento das emocionais. Saber lidar com esta variável sempre presente no âmbito da liderança – a emoção – denota a verdadeira medida de inteligência do líder.

Com base em dados empíricos coletados nos programas de liderança da Fundação Dom Cabral e em uma pesquisa com 1.200 gestores sobre o ‘status das competências de liderança emocional’, a escola de negócios destaca as cinco competências fundamentais que os líderes precisam urgentemente desenvolver:

COMPETÊNCIA O QUE É?
1º Autoconhecimento Refere-se à autoanálise contínua do líder, revendo suas possibilidades, valores, pontos críticos e fortes, e avaliando o impacto de suas atitudes nas outras pessoas. É uma competência central dentro da constelação de características da Liderança Emocional.
2º Desenvolvedor de pessoas Refere-se à capacidade do líder de não só atender às necessidades dos colaboradores e demais membros da cadeia de valor da organização, mas, sobretudo, desenvolver novas lideranças e talentos no ambiente em que atua. É o líder educador, o líder transformador, o líder criador de líderes.
3º Autocontrole emocional É a capacidade do líder de reconhecer suas emoções destrutivas e impulsos e mantê-los sob controle, de modo a se manter em condições de administrar adequadamente as diversas situações de conflito e tensão.
4º Comunicador É a capacidade do líder de expressar ideias, orientações e diretrizes com clareza e assertividade, preocupando-se em perceber seu impacto sobre as pessoas e fazer os ajustes necessários.
5º Inspirador É a capacidade que o líder tem de inspirar e engajar os demais, criando um alinhamento com os valores da organização, uma visão mais ampliada e com significado acerca dos objetivos da organização, evidenciando assim que o líder é um exemplo a ser seguido.

Internacionalização de empresas brasileiras cresce pelo terceiro ano consecutivo

O Núcleo de Negócios Internacionais da Fundação Dom Cabral divulgou hoje o resultado do Ranking das Transnacionais Brasileiras 2012 – estudo anual que classifica o nível de internacionalização das empresas multinacionais brasileiras a partir de variáveis como receitas, ativos, número de funcionários em outros países, entre outros. O evento, patrocinado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), ocorreu nesta manhã, na unidade da FDC na capital paulista.

O estudo aponta que as transnacionais brasileiras têm aumentado gradualmente o índice de internacionalização na taxa de 1,0% ao ano. Além disso, 60,9% delas pretendem expandir nos mercados em que já atuam e, em menor escala, 27,7% das empresas planejam entrar em novos mercados.
O Ranking 2012 estuda o tema “Benefícios da internacionalização para as empresas e para o Brasil”. Segundo Sherban Leonardo Cretoiu, coordenador do Núcleo de Negócios Internacionais da FDC, a pesquisa indica que as transnacionais brasileiras consideram o aumento do valor da marca e a capacidade ampliada de atendimento a clientes globais como os principais benefícios de sua internacionalização. Para elas, os benefícios superam os riscos. Para 87,3% das transnacionais brasileiras consultadas, a internacionalização contribui para melhorar a imagem do Brasil no exterior; e para 61,9% delas, outro benefício para o País é a incorporação de novas tecnologias e processos ao parque industrial brasileiro.
Segundo a pesquisa, as empresas brasileiras estão mais presentes na América Latina (77,8%) e na América do Norte (57,1%). “Há uma forte tendência das multinacionais brasileiras iniciarem o seu processo de internacionalização em países da América Latina. A pesquisa mostra que 63,3% das empresas consultadas tiveram sua primeira subsidiária internacional instalada em países dessa região”, destaca Sherban.

Ranking das Transnacionais Brasileiras
Em 2012, o Ranking das Transnacionais Brasileiras traz nas três primeiras colocações as companhias JBS-Friboi, Gerdau e Stefanini, que lideram o ranking com 53,8%, 51,6% e 46,4% de índice de internacionalização, respectivamente. Nas empresas com faturamento até R$ 1 bilhão, as mais internacionalizadas são Metalfrio (45,2%), Ibope (43,8%) e Sabó (36,3%). A Vale é a empresa que está presente em maior número de países (38), seguida da Stefanini (26) e Odebrecht (25).
O estudo traz, ainda, um ranking específico que elenca as franquias brasileiras mais internacionalizadas. Nessa categoria, Via Uno (18,3%), Fábrica di Chocolate (12,1%) e Showcolate (10,9%) são as franquias que lideram o ranking.

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