Quanto perde o mercado de drones com a falta de regulamentação da ANAC?

No último dia 04, empresários do setor de drones acompanharam em tempo real a reunião de diretoria da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) onde um dos temas em pauta era a regulamentação de drones para fins comerciais. Para surpresa do mercado, mais uma vez, a decisão foi postergada. Um dos membros da reunião pediu vistas ao projeto frustrando toda a cadeia produtiva do setor. Diante disso, empresários do segmento estão se articulando via redes sociais a fim de promover ações que sensibilizem a agência. Todos são unânimes em afirmar as vantagens relacionadas aos aspectos econômicos gerados por mais contratos que produzam mais receitas, mas empregos e mais investimentos.

A regulamentação da ANAC para uso de drones com fins comerciais está em andamento desde 2014. Vale destacar o empenho da equipe técnica da ANAC para finalização desta regulamentação. Entretanto, o novo pedido de vista frustou a comunidade de empresários com a decisão da reunião de pedir mais prazo para análise.

De acordo com Emerson Granemann, um dos idealizadores da DroneShow Latin America, principal feira do setor de drones, é importante em curto prazo sensibilizar a ANAC a uma deliberação positiva, tendo em vista o longo período que a regulamentação está em espera na agência. O mercado como um todo só tem a ganhar com essa regulamentação. “A regulamentação da ANAC elevará o setor a um novo patamar, priorizando segurança jurídica e das operações e proporcionando demandas por projetos maiores. O mercado de trabalho é outro positivo, uma vez que a regulamentação permite a abertura de centenas de novas empresas e a geração de milhares de oportunidades de trabalho de alto valor agregado”, afirma o empresário.

A tecnologia embarcada nos drones é disruptiva. Ela permite uma infinidade de aplicações substituindo com vantagem processos existentes e também gerando demandas para atividades novas. Na inspeção de torres e linhas de transmissão, os dados visuais e digitais coletados pelos drones substituem os helicópteros, otimizam e trazem mais segurança as equipes de campo. No resgate de pessoas, os drones permitem uma rápida localização da vítima em terra ou no mar, permitindo que as equipes saibam a localização com mais precisão para o salvamento. Na área de seguros, os drones são usados tanto na vistoria da produção agrícola como na verificação de algum sinistro. Na agricultura, as aplicações são inúmeras desde a identificação digital das cabeças de gados dos grandes rebanhos, passando pela detecção de pragas, pulverização e geração de modelos digitais do terreno para planejamento da colheita e plantio.

“A demora na regulamentação, prejudica também os usuários que buscam mais produtividade, rapidez e segurança em seus projetos. Além disso um setor regulamentado permite valorizar as empresas e profissionais que atuam com seriedade frente iniciativas amadoras que geram produtos de baixa qualidade e que podem gerar riscos sérios de segurança”. É importante destacar que no Brasil a regulamentação do setor aéreo é dividida pela ANAC e pelo DECEA (Departamento de Controle do Espaço Aéreo). Por parte do DECEA, tudo que poderia ser feito dentro de suas atribuições constitucionais foi feito, todos aguardam agora a posição da ANAC”, finaliza Granemann.

Em maio, entre os dias 09 e 11 de maio, a ANAC e o DECEA participam da 3ª edição da DroneShow Latin América, maior feira do setor da América Latina, e o tema deverá será presente nos debates e nas diversas atividades previstas. ANAC e DECEA terão pontos de atendimento para esclarecer dúvidas da comunidade do setor.

Aeroportos recebem quase 4 milhões de passageiros na primeira semana da Copa

A pontualidade média dos aeroportos brasileiros no final da primeira semana de Copa do Mundo foi melhor que o padrão internacional: o índice médio de atraso de voos foi de 8,36%, quase idêntico ao observado nos países da União Europeia no ano de 2013, de 8,4%*. O padrão internacional considera satisfatórios índices de até 15% de atrasos de até meia hora.

Segundo balanço consolidado pela Secretaria de Aviação Civil (SAC), do dia da abertura do evento, 12 de junho, até essa quinta-feira (19), 3,7 milhões de pessoas passaram pelos 20 aeroportos que atendem 90% do movimento no país. Apesar da demanda bastante concentrada, em especial nas chegadas internacionais na primeira semana de Copa, os aeroportos operaram dentro da normalidade.

O ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, comemorou o resultado. “Até agora tudo saiu como havíamos programado. Fizemos um planejamento minucioso testado em cada aeroporto, com participação de todos os agentes, e conseguimos atender de forma tranquila e segura os brasileiros e os estrangeiros que nos visitaram nessa primeira semana de evento”, afirmou. O planejamento para o evento foi detalhado no Manual de Operações da Copa do Mundo, coordenado pela Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias (Conaero).
O fluxo de passageiros bateu recorde da Copa na última segunda-feira (16), véspera do jogo do Brasil contra o México, quando 501,2 mil pessoas passaram pelos aeroportos brasileiros – a média diária tem sido de 471 mil. O pico de movimentação ocorreu às 10h, com 31.073 pessoas. O Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, é o mais procurado. Às 8h do último dia 13, 7.396 passageiros chegaram e saíram de lá.

Nessa primeira semana, 31.120 aeronaves da aviação comercial e geral pousaram e decolaram dos 20 aeroportos brasileiros, que representa uma média de 3.890 aviões por dia. Segundo dados divulgados diariamente pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a média de cancelamentos na semana foi de 11,6%.

Punições – A Agência Nacional de Aviação Civil aplicou, de 5 a 15 de junho, 36 autos de infração às companhias aéreas sobre falhas na prestação de assistência aos passageiros e sobre aspectos operacionais à aviação geral (por problemas de documentação, por exemplo). A punição pela infração só é definida após o período de defesa dos autuados. A operação da Anac segue até 25 de julho.

Quem descumprir as normas pode receber uma multa que varia de R$ 12 mil a R$ 90 mil ou ainda pode chegar à suspensão da habilitação do piloto e perda da permissão de pousos e partidas nos aeroportos do país.

Fun Zones – As Fun Zones foram um dos principais atrativos aos turistas na primeira semana de Copa do Mundo. Desde o dia em que foram abertas ao público (10/6) até a última terça-feira (17), passaram pelas 12 áreas de entretenimento da Infraero, em 10 capitais brasileiras, 77.504 pessoas. E o movimento não para de crescer.

O aeroporto de Confins foi o mais procurado: recebeu 18 mil pessoas nesse período. Em segundo lugar ficou Porto Alegre, com 10,1 mil. As áreas contam com vídeo game, jogos, espaços para descanso e música ambiente. A ideia é garantir ao passageiro conforto na permanência naquele aeroporto.

* O índice de pontualidade da UE foi calculado a partir de informações do relatório Delays in Air Transport in Europe, do Eurocontrol, disponíveis em www.eurocontrol.int/coda

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