MundiPagg disponibiliza API de boleto no GitHub

O GitHub é uma plataforma on-line colaborativa que disponibiliza o código fonte de aplicações, permitindo o uso gratuito por desenvolvedores e programadores terceiros. Segundo a pesquisa Open Source Survey, realizada pela empresa, 94% dos profissionais do setor consideram importante o uso de softwares open source (código aberto, em inglês) em suas companhias. Além disso, 58% também acham que essas soluções são mais seguras do que softwares privados.

Aos poucos, o mundo corporativo entra no modelo de negócios colaborativo, caminhando de acordo com a sociedade, que considera o acesso mais importante do que a posse em si, dando espaço à criação de novas soluções disruptivas que melhoram constantemente os produtos e serviços para a comunidade. Seguindo essa tendência mundial, a MundiPagg, empresa responsável por 40% das transações de e-commerce no Brasil, disponibiliza sua Application Programming Interface (API) de boletos bancários por meio do GitHub.

O objetivo da iniciativa é fomentar, cada vez mais, a comunidade open source e incentivar a criação de novas alternativas que aprimorem a experiência de pagamento digital, de modo a auxiliar a integração das plataformas com os bancos para a emissão de boletos.

Para André Galdino, diretor de Tecnologia da MundiPagg, devido à natureza do negócio, empresas de pagamento demandam por softwares que apresentem alto desempenho, que sejam capazes de lidar com o grande fluxo de dados, que garantam a segurança da informação envolvida e que sejam resilientes a eventuais falhas. Dessa forma, disponibilizar ferramentas que tratam desses assuntos pode ajudar na construção de serviços mais confiáveis ao cliente final.

“O setor de pagamentos lida, diariamente, com informações confidenciais, como número cartão de crédito e dados pessoais. Falhas no sistema podem comprometer tanto os clientes quanto a operação de milhares de lojas virtuais. Sistemas open source podem ser auditados por qualquer pessoa que esteja disposta a colaborar, aumentando a confiabilidade e a capacidade de entregar um software mais coeso para um dos mercados mais visados por fraudadores”, afirma Galdino.

A API de boletos chega inicialmente com compatibilidade para emissões vinculadas às contas do Banco do Brasil, com a inclusão das demais instituições no decorrer do terceiro trimestre. Além desta iniciativa, a empresa também planeja disponibilizar os módulos de Magento 2, OpenCart e Woocommerce nos próximos meses.

O código da API de boleto MundiPagg pode ser acessado no site: github.com/mundipagg

Uso de API’s no mercado de serviços financeiros – Por Adriano Balaguer

A ideia principal deste artigo é apresentar o tema API (Application Programming Interface ou “Interface de Programação de Aplicativos”) de forma simples e sob a ótica de negócios para mostrar como as empresas podem aumentar seus negócios com sua adoção.

Uma API é um software que permite a utilização das suas funcionalidades por outros aplicativos que não pretendem envolver-se em detalhes da sua implementação, mas apenas usar seus serviços.

Uma boa maneira de entender as API’s é no contexto de uma tomada elétrica comum. As tomadas elétricas são interfaces construídas para consumir o serviço de eletricidade. A energia elétrica é o serviço e cada dispositivo que usa a eletricidade é um consumidor desse serviço.

Através da interface padrão, qualquer consumidor pode utilizar a energia necessária para suprir seus dispositivos que estejam compatíveis e conectados de acordo com a norma vigente. Para o consumidor porém, não importa o que está acontecendo do outro lado da parede, seja a fiação, a forma como a energia é gerada ou ainda onde essas fontes de energia estejam localizadas.

O provedor também não precisa explicar ou apresentar quaisquer detalhes de como os serviços são oferecidos. Em um mercado fortemente regulamentado como o de Serviços Financeiros, as informações pessoais confidenciais de correntistas serão mantidas “atrás da parede” garantindo a privacidade dos dados, o sigilo bancário e a segurança das transações.

As normas e padrões da API são disponibilizados em páginas web ou portais direcionados aos desenvolvedores, contendo a documentação oficial funcional e técnica permitindo aos interessados utilizar os produtos e serviços oferecidos pela instituição financeira.

Através da API, produtos e serviços como empréstimos, seguros, comércio eletrônico, pagamentos, informações de clientes, histórico de transações, autenticação e transferências bancárias, entre outros, poderão ser entregues a partir de uma ampla gama de dispositivos compatíveis.

Neste novo modelo de negócios, um banco pode expandir seu raio de ação e aumentar sua receita. Por outro lado, a exposição de sua marca será menor ou inexistente, uma vez que o aplicativo pode ou não indicar quem está por trás do serviço oferecido. É parte da decisão estratégica de negócios da instituição decidir por sua utilização, dependendo da expectativa de resultados. Inovação, aumento de receita, expansão, custos e segurança são fatores críticos que devem ser considerados para a tomada de decisão pela utilização de API’s.

Atualmente, mais de 15 mil API’s (nos mais variados segmentos de mercado como serviços financeiros, governo, telecom, mobile e outros) estão disponíveis no site Programmable Web. O Open Bank Project é uma API de código aberto e também loja de aplicativos para bancos que permite que as instituições financeiras desenvolvam suas ofertas digitais de forma rápida e segura usando um ecossistema de aplicações e serviços de terceiros.

Um case muito bem sucedido de API’s abertas no setor bancário é o BBVA API Market. Com presença em mais de 35 países e utilizando estratégias digitais abertas e inovadoras, em conjunto com o “mobile first” e Omni-channel, o BBVA já oferece um amplo conjunto de API’s de produtos e serviços através de seu portal.

As vantagens econômicas da utilização de APIs são vastas. Explorar este universo exige experiência e capacidade técnica para implementar e ajudar as empresas a aumentar seus negócios.

Adriano Balaguer é senior business consultant da GFT Brasil, companhia de Tecnologia da Informação especializada em Digital para o setor financeiro

API Experience acontece esta semana em São Paulo

Evento debate papel das APIs na transformação digital e geração de negócios com participação de líderes em tech do Google, CI&T, Stelo e Luizalabs contando suas estratégias e desafios usando APIs. Evento traz ainda, Silvio Meira, uma das grandes referências de TI e inovação no Brasil e o gerente de produto do Fitbit, Jeremiah Cohick

O API Experience 2016 (http://apix.com.br/) já tem data marcada. Será no dia 9 de junho, das 8 às 20 horas, em São Paulo. É a segunda edição do evento, 100% focado no universo das APIs (Application Programming Interfaces) e em transformação digital. Palestrantes de players de tecnologia do Brasil e outros países vão contar cases de sucesso e discutir estratégias, desafios e novas oportunidades utilizando APIs. A iniciativa é promovida pela Sensedia, empresa especialista em APIs.

Impulsionadas pelas estratégias digitais em mobilidade, cloud, mídias sociais e internet das coisas, as APIs estão realmente entrando no dia a dia das equipes de desenvolvimento; seja de startups, começando a desenvolver seus produtos, ou grandes empresas, que carregam um legado de sistemas e investimentos já realizados em middlewares de integração.

Um dos palestrantes mais esperados, Silvio Meira, chefe criativo da Ikewai, visionário, cientista e um dos criadores do C.E.S.A.R, falará sobre inovação – ele é um dos principais especialistas do País no assunto. O evento também terá a participação de Jeremiah Cohick, gerente de produto, responsável pela web API do Fibit. Ele vem dos Estados Unidos para participar do evento e contar como a API do Fitbit se tornou gigante através do uso de apps próprios e fomentando um ecossistema digital de parceiros conectados.

Também passarão pelo palco do APIX: Fábio Andreotti, Head do Google Cloud Platform Latam, Kiril Bilitardo, CIO da Stelo, André Fatala, CTO do Luizalabs – laboratório de Tecnologia e Inovação do Magazine Luiza e Daniel Fonseca, diretor de produto e inovação da Moip.

Os temas abordados orbitarão o conceito de transformação digital e também assuntos como APIs no mundo de pagamentos, apps multi-dispositivos, segurança, Internet das Coisas e ecossistemas digitais. “O mercado de APIs no Brasil e no mundo está crescendo rapidamente e, além do ecossistema de aplicativos, isso se deve em grande parte às estratégias de transformação digital de grandes empresas”, diz Kleber Bacili, CEO da Sensedia. “O objetivo do evento é antecipar tendências, discutir as lições aprendidas nas trincheiras e trazer para o mundo de inovação e negócios da América Latina, uma real visão sobre o poder das APIs, afirma.

Sem deixar de lado a parte técnica, o API Experience 2016 trará mais uma vez uma trilha Hands-On com os profissionais da Sensedia. É a oportunidade para conhecer o ciclo completo das APIs RESTful, desde a proposta de valor até a operacionalização. Os Hands-On serão baseados em conceitos e padrões de mercado e vão trazer em detalhes informações sobre design de APIs, mecanismos de segurança, documentação, comunicação e monitoramento.

Confira todos os palestrantes do APIX:

_ Kleber Bacili, CEO da Sensedia

_ Silvio Meira, chefe criativo da Ikewai

_ Marcílio Oliveira, COO da Sensedia

_ Kiril Bilitardo, CIO da Stelo

_ Maria Teresa Aarão, Diretora de Desenvolvimento de Novos Produtos da Certisign

_ Diego Altheman, CTO da ADTsys

_ Fábio Andreotti, Head do Google Cloud Platform Latam

_ Daniel Viveiros, Gerente de Tecnologia da CI&T

_ André Fatala, CTO do Luizalabs

_ Alexandre Tarifa, CTO do Grupo Minha Vida

_ Glauco Neves, CTO da mobLee

_ Fabio Castro, Supervisor de Pesquisa e Desenvolvimento na TV Globo

_ Paulo Câmara, head of Digital da CI&T

_ Daniel Fonseca, diretor de produto e inovação da Moip

_ Lídio Ramalho, CTO do Sambatech

_ Cristina De Luca, editor at large do Grupo IDG Brasil

_ Fábio Pagani, presidente da IMA

_ Jorge Santos, CIO da Estácio

_ Jeremiah Cohick, gerente de produto do Fitbit

A 1ª edição (em 2015) foi realizada no Cubo, coworking do Itaú, em São Paulo e ficou completamente lotada, tanto a conferência principal quando o Hands-On. Apresentaram-se palestrantes como Jamie Kirkpatrick, diretor de produto do Spotify e Eduardo Thuler, CEO da Catho.

O público-alvo do evento são especialistas em APIs, gerentes de tecnologia, CIOs e CTOs, executivos de empresas que expõem APIs, empreendedores digitais, arquitetos de software e programadores.

API Experience 2016

Local: Tivoli São Paulo – Mofarrej
Alameda Santos, 1437 – Cerqueira César, São Paulo – SP, 01419-001
Data e horário: 09 de junho de 2016, 08h-20h
Ingressos: R$ 430,00 para as palestras e R$ 245 para o workshop
Site: http://apix.com.br/

Sensedia projeta repetir crescimento de mais de 70% em 2016

Um crescimento de 77% em faturamento, esse é o resultado obtido pela Sensedia, empresa especialista em APIs, no último ano. A despeito da crise econômica, a companhia conquistou novos clientes – grandes companhias brasileiras que iniciaram sua exposição de APIs e projetos de transformação digital, alcançando um faturamento que ultrapassou a meta inicialmente prevista pela empresa. Para 2016, a projeção é repetir o percentual de crescimento e com uma oferta de serviços mais integrada (SOA e APIs), a Sensedia quer solidificar sua presença no Brasil, além de ampliar e reestruturar suas áreas de marketing e vendas.

As estratégias da empresa para sustentar os números positivos incluem ampliar a venda de soluções e serviços de consultoria para a base de clientes. Os resultados já podem ser comprovados. “Mesmo com a instabilidade da economia, os resultados de janeiro e fevereiro de 2016 estão cerca de 100% acima dos números do primeiro trimestre de 2015”, diz Kleber Bacili, CEO da Sensedia. Também faz parte do planejamento da companhia reforçar investimentos internacionais, iniciando pela América do Norte, em parceria com a CI&T, multinacional brasileira de TI.

Entre os novos clientes que impulsionaram esse resultado estão o Bradesco, e seu projeto InovaBRA, B2W, Netshoes, Universidade Estácio, Tecban e Stelo. “Grandes empresas estão mais atentas à necessidade de transformação digital e o investimento em API é um dos iniciais e mais importantes para atingir esse fim”, afirma Bacili.

Para apoiar o aumento da demanda, também houve um investimento grande na contratação de novos profissionais para o time da Sensedia. Com um crescimento de 105%, o número de colaboradores cresceu em diversas áreas, principalmente em tecnologia, comercial e marketing. Para abrigar essa nova leva de colaborares, a empresa vai mudar para uma nova sede quatro vezes maior que a atual, também no Pólis de Tecnologia, em Campinas.

Em 2015, a Sensedia também realizou o primeiro evento de APIs no Brasil, o API Experience. A iniciativa será repetida em 2016, com um evento três vezes maior e já previamente marcado para junho. A companhia também lançou a nova versão de sua plataforma de gerenciamento de APIs (API Management Suite). A comercialização da solução foi uma das propulsoras do crescimento obtido pela empresa ao longo do último ano.