Piemonte Holding conclui compra de data centers da Oi

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Alessandro Lombardi, CEO da Piemonte

O grupo financeiro carioca Piemonte Holding concluiu na última sexta-feira (12) a compra de cinco data centers da Oi por um valor total de R$ 367 milhões. A transação concretiza o aditamento do plano de recuperação judicial da empresa telefônica, uma das maiores da América Latina, e marca a primeira de uma série de vendas que a Oi planeja executar nos próximos anos.

Os R$ 367 milhões se dividem em um pagamento à vista de R$ 250 milhões, realizado na sexta-feira (12); um componente a prazo de R$ 75 milhões, além de R$ 42 milhões em investimentos na UPI Data Center. A compra da UPI Data Center da Oi pela Piemonte Holding foi aprovada por uma assembleia geral de credores da Oi, pelo juiz responsável pela recuperação judicial da empresa, e também em leilão judicial.

“A Piemonte é uma empresa jovem, que acredita na transformação digital da economia. A pandemia acelerou um processo que já estava em curso e a recuperação da Oi, que a partir de agora começa a ser um fato consumado, é uma injeção de otimismo para o Brasil. O total dos ativos vendidos e dos aportes previstos na companhia telefônica supera os R$40 bilhões. Acredito que, com uma infraestrutura digital adequada, este país pode voltar a ser um dos gigantes na escala global, finalmente virando a página e esquecendo erros do passado”, afirma Alessandro Lombardi, CEO da Piemonte.

A compra efetivada pela Titan, um dos veículos de investimento da Piemonte Holding, ocorreu por meio de uma operação de “project finance” apoiada pelos bancos BTG Pactual e Bradesco, que devem ser parceiros do negócio no longo prazo. O fundo de investimentos Alba Fund, gerido e administrado pela Piemonte, também passou a integrar parte do pacote da transação.

Os cinco novos data centers que agora fazem parte do conglomerado da Titan Elea Digital, holding de data centers da Piemonte, estão localizados em Curitiba, Porto Alegre, São Paulo e Brasília, com duas unidades. Com esta transação, a Elea Digital, de acordo com reguladores e pesquisas de mercado, se torna uma federação que abrange cerca de 10% do mercado brasileiro de colocation, tendo como maior diferencial a localização geográfica de seus ativos.

“O Brasil tem o tamanho de um continente e nossos data centers são diferenciados: além do hosting, podemos oferecer conectividade e minimização de latência. O potencial que enxergamos é enorme, e é validado pelos sponsor financeiros. Tivemos a sorte de encontrar um management como o da Oi, que compartilhou conosco valores, visão estratégica e ótima capacidade de execução”, declarou Alessandro.