Índice de bem-estar corporativo (IBC) criado pelo Zenklub ouviu mais de 6,4 mil colaboradores de quase 300 empresas no 1º semestre de 2023; dados do setor de consumo e varejo trazem alerta
Para transformar um tema ainda tão subjetivo em dados e permitir que empresas e trabalhadores brasileiros tenham um panorama de como está o seu bem-estar no ambiente de trabalho, o Zenklub – especialista em cuidado emocional corporativo – desenvolveu, em 2021, o primeiro Índice de Bem-Estar Corporativo (IBC) do mercado. Em mais uma edição, a pesquisa ouviu mais de 6,4 mil colaboradores em quase 300 empresas e mostra como está o bem-estar emocional em 13 setores no 1º semestre de 2023.
Desenvolvido por times de educação corporativa, medicina e psicologia em parceria com psicometristas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o IBC avalia nove facetas diferentes: conflitos e situações abusivas, preocupação constante com o trabalho, desconexão do trabalho, autonomia e participação, exaustão, volume de demanda, relacionamento com líder, relacionamento com colegas e clareza das responsabilidades.
Neste 1º semestre, o setor que se destacou com o melhor índice de bem-estar foi o de tecnologia, que chegou a 72,3 – em uma escala de 0 a 100. Já o segmento de consumo e varejo teve o menor número, com índice de 57,8 – em uma escala de 0 a 100. Veja o ranking dos setores com os melhores e os piores indicadores de bem-estar no período:
 1ª semestre 2023 |
Quando avaliamos por facetas os setores que mais se destacaram positivamente e negativamente, na categoria preocupação constante, por exemplo, o setor de tecnologia registrou um índice de 42,8 enquanto o de varejo e consumo chegou a 52,8. Neste caso, quanto menor o índice de preocupação, melhor o indicador de bem-estar.
Em relação à exaustão, o segmento varejo e consumo chegou a 69,1 enquanto o de tecnologia estava em 53,5. Quanto menor o índice de exaustão, melhor o bem-estar. Quando falamos de clareza nas responsabilidades, o índice do varejo e consumo é de 69,9 enquanto o de tecnologia sobe para 74,3 – quanto maior o número, melhor.
Já no relacionamento com colegas, o índice do segmento de tecnologia foi de 85,7 enquanto o de varejo e consumo foi de 71,1 – neste caso, quanto maior, melhor. No relacionamento com a liderança, o índice no setor de tecnologia foi de 79,2 enquanto no segmento de consumo e varejo foi de 62,7 – quanto maior, melhor o índice.
Confira o índice das facetas de cada segmento:
 IBC por facetas 1ª semestre 2023 |
Setores melhoram sua posição no ranking de bem-estar
Mesmo que nenhum setor tenha chegado ainda ao índice mínimo considerado ideal para um ambiente saudável emocionalmente – a partir de 78 pontos – quando comparamos o índice geral do 2º semestre de 2022 com o 1º semestre de 2023, alguns segmentos avançaram. Tecnologia (72,7 em 2022 e 72,3 em 2023) e Consumo e Varejo (58,3 em 2022 e 57,8 em 2023) mantiveram sua posição.
Já o setor de Bancos & Finanças avançou de 66,8 (2022) para 72,0 (2023) e farmácia subiu de 61,8 (2022) para 68,9 (2023) neste ano. Enquanto o segmento de logística caiu de 72 pontos (2022) para 64,4 (2023) e o imobiliário foi de 67,8 (2022) para 61,2 (2023).
“A análise do índice de bem-estar do trabalhador brasileiro tem se mostrado uma ferramenta muito importante para direcionar o cuidado com a saúde mental dos colaboradores. Com os números, é possível identificar que temos avanços significativos, no entanto, nenhum setor chegou ao índice mínimo ideal de bem-estar para um ambiente de trabalho mais saudável. E quando olhamos por facetas, é possível identificar justamente quais pontos precisam ser trabalhados para que a empresa atue com estratégia tanto de cuidado e tratamento como de prevenção”, explica Rui Brandão, CEO e cofundador do Zenklub.
Veja ranking dos setores com os melhores e os piores indicadores de bem-estar 2º semestre de 2022:
 2º semestre 2022 |
* setor de aviação ainda não estava incluso no 2º semestre de 2022 com quorum suficiente