Nem mesmo a pandemia conseguiu frear a onda de otimismo dos empresários brasileiros. É o que revela o PageGroup Insights América Latina 2021, estudo desenvolvido pelo PageGroup, consultoria líder mundial em recrutamento executivo especializado, que opera com as marcas Page Executive, Michael Page, Page Personnel, Page Outsourcing e Page Interim na região. O levantamento traz o Brasil como um dos países mais confiantes da América Latina em relação ao aumento do volume de negócios na bolsa de valores (56,2%), incremento das exportações (67,6%) e à estabilidade da taxa de juros (62,5%). Os executivos do Brasil também aparecem entre os mais confiantes quanto à estabilidade do dólar (40,1%) e para a alta do PIB (46,6%).
De acordo com Patrick Hollard, diretor executivo do PageGroup para América Latina, África e Oriente Médio, o cenário para negócios em toda a região passa por um momento mais favorável. “Vejo empresas de muitos setores com muita vontade de acertar, de fazer acontecer. Com a pandemia, muitas delas tiveram de fazer rápidas adaptações em sua forma de trabalhar, adotando um modelo disruptivo e um novo jeito de atuar. Essa mudança foi notadamente verificada em diversas companhias que passaram por uma profunda transformação digital e organizacional, em sua maneira de atuação e de se relacionar com seus stakeholders. Não passávamos por profundas mudanças tecnológicas desde as grandes crises econômicas e agora esse salto foi dado em uma velocidade gigantesca. Todas essas mudanças, aliadas a um cenário onde muitas das empresas adotam políticas ESG, vão exigir esforços ainda maiores das corporações para vencerem seus desafios”, explica.
Participaram do levantamento, realizado em setembro e outubro do ano passado, 3 mil profissionais em cargos de alta e média gestão no Brasil, Argentina, Panamá, Chile, Peru, Colômbia e México.
Mexicanos aparecem entre os mais pessimistas
O anúncio de dados preliminares do PIB mexicano, apontando recuo de 8,5% em 2020, impactou diretamente no humor e percepção dos executivos locais. De acordo com o estudo, O México figura entre os mais pessimistas em indicadores como: aumento do dólar (57,3%), queda do PIB (73,3%), alta da taxa de desemprego (67,6%) e diminuição das exportações (41,2%).
Expansão das operações e inovação estão entre as prioridades de investimento
O Estudo de Perspectivas Econômicas e Profissionais da América Latina 2020 revela quais as iniciativas que receberão mais recursos no ano, apesar do baixo crescimento aguardado para a região. As ações prioritárias estão voltadas para expansão das operações (29,5%), inovação/ novas tecnologias (19,5%), projetos de aumento de produtividade/ vendas internas/ inbound marketing (10,4%), lançamentos de produtos/serviços (9,6%), expansão da força de vendas (8,4%), logística/ infraestrutura (7,1%), formação de pessoas/treinamento/educação (6,5%), recrutamento de pessoas (3,4%), pesquisa e desenvolvimento (3,3%) e publicidade/marketing/ propaganda online (2,3%).
O recorte por país aponta que os mais otimistas com a expansão das operações são Peru (39,6%), México (32,7%) e Brasil (31,9%). Em inovação, aparecem Chile (28,4%), Peru (22%) e Colômbia (20%). Do outro lado, na lista daqueles que estão entre os mais cautelosos para ampliação das operações, aparecem Argentina (28,8%), Chile (20,3%) e Colômbia (18,2%). Para inovar, Brasil (22,1%), Argentina (15,3%) e México (14,3%).
Mais da metade dos trabalhadores estão abertos a novos desafios profissionais
O levantamento aponta, entre os respondentes da pesquisa, quais são os países onde os executivos mais pretendem trocar de emprego em caso de novas ofertas. O estudo indica que 57,3% dos profissionais da América Latina não buscam ativamente uma nova posição, mas estão abertos a novas oportunidades. Entre os países com maior potencial de rotatividade, aparecem Peru (63,2%), Brasil (57,7) e Argentina (57,2%).
Empresas em buscas de novos profissionais
A pesquisa do PageGroup procurou mapear as prioridades de investimentos das empresas neste ano. Dos países que mais pretendem ampliar as operações aparecem Panamá (57,1%), Brasil (52,7%) e Peru (44,9%). Os que mais pretendem investir em projetos de desenvolvimento tecnológico são Chile (39,5%), Colômbia (34,9%) e México (27,9%). Priorizar ajustes salariais e incentivos de retenção é a intenção de Argentina (23,8%), México (14,4%) e Peru (10,7%). Já o pagamento de dívidas é primordial para Panamá (19%), Chile (16%) e Argentina (14,3%).
Quer ter acesso ao estudo completo? Acesse: https://www.michaelpage.com.br/estudos-e-tend%C3%AAncias/pagegroup-latam-insights-2021