Por Victor Simas*
O final do ano está se aproximando e é incrível como o tempo passou tão depressa. Em 2015, tivemos feriados generosos, trabalho intenso e um início de período recessivo que tirou o sono de muitos trabalhadores e companhias no Brasil e no mundo.
Apesar desse cenário, o setor de logística conseguiu executar suas tarefas com empenho, e o saldo da conta foi positivo. O ano de 2015 foi desafiador e próspero para a área. Obviamente, chegamos lá graças a muito trabalho, conhecimento e total aproveitamento de nossas expertises, inovações e times comprometidos.
Creio também que o sucesso deste ano seja fruto de um pensamento cada vez mais amadurecido dos profissionais do setor, no qual a logística é utilizada como canal propulsor para alavancar a qualidade dos serviços em nossas empresas e para nossos parceiros de negócios. Além disso, com o alto nível de exigência desses clientes e, claro, a busca por resultados, o trabalho é desenvolvido com extrema maestria, de forma a evitar possíveis falhas e custos desnecessários.
Tarefa essa nada fácil. Minimizar erros foi, sem dúvida, o trunfo do setor em 2015. Mesmo com um cenário econômico adverso percebemos muitos investimentos – principalmente em parques logísticos e novos centros de distribuição. Visualizamos também projetos interessantes de integração entre empresa e cliente. Para isso, o uso da tecnologia foi essencial, algo que deve ser amplamente aprimorado para os próximos anos e irá auxiliar muito na evolução da nossa prática logística atual.
Os sistemas tecnológicos são de extrema relevância para a mensuração de resultados, por exemplo, além de melhorar o processamento dos pedidos para quem faz e-commerce, otimizar os controles de pagamentos, o compartilhamento de informações em tempo real, a melhoria continua na gestão de frotas, entre outros.
Outro fator que deixa as expectativas de crescimento do setor cada vez mais concretas é a ampliação do número de profissionais capacitados, cientes de técnicas e com bons pilares de ensino da área da logística e transporte. Esse claramente é um reflexo da tomada de consciência de quem milita no setor e sabe que os desafios só serão superados com conhecimento. Por isso, estão sempre buscando novos talentos e líderes motivadores para colocar em prática novas tecnologias para a implementação de novos projetos.
Não podemos esquecer que os investimentos devem andar junto com a preocupação ambiental, afinal, muitas atividades tem impactos direto no meio ambiente. É interessante ver que muitas empresas já enraizaram em suas estruturas o pensamento sustentável, que não só gera valor comercial e institucional, mas também possibilita a diminuição nos custos de alguns insumos.
É também ótimo saber que as empresas tenham sentido a necessidade e executado investimentos num período de crise, uma vez que é neste exato momento que nós, distribuidores e operadores logísticos, temos que elevar nossa qualidade para agregar valor aos nossos parceiros. O compromisso para 2016 é continuar seguindo essa trajetória, em que a logística é a alma do negócio. Trabalharemos juntos para fortalecer cada ação que possibilite a esse setor um futuro de evolução.
*Victor Simas é presidente da Confenar (Confederação Nacional das Revendas Ambev e das Empresas de Logística da Distribuição).