Com faturamento de R$ 1,9 bilhão em 2016, o curto período da Black Friday foi mais poderoso para alavancar as vendas do que as duas semanas que antecederam o Dia das Mães, tradicionalmente a segunda melhor data do varejo brasileiro.
O que esperar da data neste ano
A data tem crescido mesmo diante do cenário de incertezas econômica e políticas no Brasil. Com o desemprego em alta, o consumidor passa a fazer escolhas mais conscientes, aproveitando a data para a compra. Vale destacar também que a taxa de juros e a inflação estão em tendência de queda o que pode favorecer ainda mais o evento esse ano.
Os resultados do e-commerce mostram essa recuperação: as vendas continuam crescendo nas principais datas sazonais, aumentaram 16% no Dia das Mães e 10% no Dia dos Pais neste ano. Na Black Friday não será diferente: o crescimento estimado pelo Google é de até 20%. A movimentação da Black Friday é em média 15x maior que um dia normal do e-commerce brasileiro.
Além disso, as buscas sobre quando é o evento no Google indicam que o consumidor está com expectativa em alta para a data: cresceram 46% versus o mesmo período do ano passado (Janeiro a Julho).
Pesquisa exclusiva – O comportamento do consumidor online na Black Friday
O Google divulga hoje pesquisa inédita sobre o comportamento do consumidor brasileiro na Black Friday, encomendada pela empresa e realizada pela Provokers, que ouviu cerca de 800 brasileiros e-shoppers, de 18 a 54 anos, das classes A, B e C, nas cinco regiões do país, durante o mês de julho.
Algumas das principais conclusões da pesquisa:
• 71% de quem é e-shopper (comprou online) já realizou uma compra na Black Friday e a participação têm aumentado de forma contínua com uma multiplicidade de 2 edições por pessoa, o que mostra que a data vem ganhando cada vez mais a confiança dos consumidores;
• Os fatores mais considerados na hora da decisão da compra são: preço (49%), confiança na loja (27%), confiança na marca (13%) e custo do frete (5%).
• O consumidor tem investido mais tempo na pesquisa. Em 2016, 91% dos compradores pesquisaram online e o tempo médio de pesquisa foi de 16,5 dias, sendo que categorias como games e lazer, eletrônicos e artigos esportivos apresentaram um tempo maior de pesquisa com 19,5, 17,6 e 16,8 respectivamente.
• Em 2016, 21% das compras ocorreram fora da Black Friday (segunda à quinta-feira antes da data ou sábado a segunda-feira após a data).
• No ano passado, 79% das pessoas afirmam que os gastos ficaram dentro do previsto; 42% relaciona essa situação ao fato de ter encontrado boas ofertas.
• Para 1/3 das pessoas é o momento de comprar o que desejava faz tempo. 23% aproveitam para estocar produtos pela oportunidade da oferta e 9% compram para presentear.
• 2/3 das compras foram realizadas nas mesmas lojas que os entrevistados compram regularmente. 32% dos entrevistados afirmam que todas as compras foram feitas nas mesmas lojas e 34% fizeram quase todas as compras nas mesmas lojas.
• 68% das pessoas pretendem comprar algo na Black Friday em 2017 enquanto no ano anterior o índice era de 61%. Apenas 2% afirma que com certeza não irá comprar na data.
• Lideram o ranking de intenção de compra em 2017 celulares/smartphones e roupas femininas (ambos com 39%), em seguida está passagens aéreas/hotéis (36%).
• Dos que pretendem comprar celulares/smartphones nos próximos 6 meses, 66% deles pretendem esperar a Black Friday.
• 62% dos perfis de compradores identificados na pesquisa tem um alto envolvimento com a data. 22% deles são participativos, 22% empolgados e 18% apaixonados, esse panorama reforça o quanto os brasileiros têm enxergado a data como uma boa oportunidade.
• Cada vez mais a data se consolida no Brasil como uma boa oportunidade: 52% das pessoas afirmam ter pago mais barato porque encontraram boas ofertas.
• A data é uma oportunidade para PMEs também. Na sexta-feira, os sites menores cresceram acima dos grandes sites: enquanto PME cresceu 161%, os grandes sites cresceram 134% (vs. média de novembro).
• 53% das pessoas que afirmam não ter comprado na data indicam a falta de dinheiro como a razão.
• Dinheiro ou cartão de crédito são as formas de pagamento prediletas para a data: 48% parcela no cartão de crédito, 13% paga à vista no cartão de crédito e 14% paga em dinheiro.
• Considerando os diferentes tipos de desconto, o desconto à vista ou para pagamento no boleto são os que mais atraem as pessoas para as compras na data (34%). Descontos para compras acima de um determinado valor chamam a atenção de 22% dos entrevistados.
• O smartphone é a principal fonte de pesquisa na loja física: 65% das pessoas usaram o dispositivo para fazer consultas de itens.
Insights Google – A intenção de compra na Black Friday
Além desses dados, o Google também divulgou uma pesquisa interna com as buscas de itens e marcas na data. Esses dados refletem o comportamento do consumidor online e offline, além do maior planejamento e preocupação pelo preço.
• Entre os itens com rápido crescimento na Busca no último mês na categoria eletrônico está, TV 29 polegadas, microondas 30 litros e lavadora 11 kg. Na categoria moda, o destaque fica com jaqueta bomber, bota tratorada e saia de couro.
• O interesse por retirar os produtos na loja durante a Black Friday é 2x maior que no Natal (buscas por esse tema).
• Em 2016 diversos produtos além de eletrônicos e moda apresentaram forte crescimento: 155% em pneus, +183% em colchões, + 213 em cápsulas de café, +97% em passagens aéreas e +106% carrinhos de bebê, entre outros itens.