Não ter chefe é a motivação principal de 56% dos lojistas que investiram no comércio eletrônico, diz pesquisa

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Os micros e pequenos empreendedores digitais no Brasil, que trabalham com e-commerce há pelo menos um ano ou menos, estão otimistas para 2017 e escolheram a área de atuação da sua loja virtual ao identificar uma oportunidade no mercado.

Estes são alguns resultados da pesquisa que mapeou o perfil do micro e pequeno empreendedor digital, realizada pelo terceiro ano consecutivo pela Loja Integrada – plataforma para criação de lojas virtuais mais popular do Brasil –, que entrevistou 1.011 lojistas virtuais de todo o país nos meses de março e abril.

A pesquisa apontou que este lojista é: jovem – tem entre 30 e 39 anos; 71,7% são homens – maioria é casado e sem filhos; e é escolarizado – 36,8% dos entrevistados têm ensino superior completo e 20,5% fez pós-graduação, mestrado ou doutorado. Além disso, cerca de 44% dos empreendedores buscaram informações na internet antes de abrir sua loja.

Sobre a atuação no mundo do empreendedorismo digital, 50,5% possuem sua loja virtual há pelo menos um ano e 56,5% investiram inicialmente até R$ 1 mil em um nicho de mercado. Os segmentos mais escolhidos em 2016 foram: Moda e Acessórios (24,7%), Cosméticos e Perfumaria (10,4%) seguido por casa e decoração (5,4%). “A pesquisa mostra o bom momento do comércio eletrônico no Brasil. Em 2016, foram criadas em média 500 novas lojas por dia em nossa plataforma. Isso mostra que as pessoas estão investindo e vendo oportunidade de negócio no e-commerce”, explica Adriano Caetano, especialista em comércio eletrônico e fundador da Loja Integrada. ?

Para 56% dos entrevistados, a principal motivação para abrir uma loja virtual foi o sonho de se tornar empreendedor e ser dono do próprio negócio – não ter chefe. Cerca de 45% dos lojistas virtuais trabalham sozinhos e 32,4% conciliam a loja com outro emprego. ?“59,4% dos lojistas trabalham de casa e 44,5% dedicam entre 1 e 2 horas do dia à loja virtual. Isso mostra que as pessoas viram no comércio eletrônico uma oportunidade de empreender e também complementar a renda. Como o investimento inicial e os riscos são baixos, isso permite que o lojista experimente, arrisque. Percebemos que a loja virtual começa como uma alternativa de renda – geralmente em paralelo com outro emprego – e, com o tempo, torna-se a fonte de renda principal”, conta o especialista.

Como estratégia para divulgação de produtos, 90,5% apostam na rede social Facebook e 59,3% utilizam o WhatsApp como ferramenta de venda e divulgação. Para aprimorar seu negócio, 69,2% dos lojistas buscam informações no Youtube. Entre as dificuldades de ser um empreendedor digital no Brasil, 53,9% afirmaram que a divulgação e o marketing são os maiores desafios na hora de empreender na internet. Para 43,2%, a concorrência com grandes redes é a maior dificuldade na rotina do lojista virtual.

Ainda de acordo com o levantamento, 21% dos lojistas estão mais felizes com a vida após se dedicarem ao e-commerce e 90,6% dos entrevistados estão otimistas com o ano de 2017.

Perfil do micro e pequeno empreendedor digital no Brasil

1.011 lojistas virtuais de todo o Brasil/Abril de 2017 – Pesquisa Loja Integrada

Meio: Questionário Internet

• 71,7% dos empreendedores são homens; 28,3% mulheres

• 30,9% têm entre 20 e 29 anos e 42,8% de 30 a 39 anos

• 56,4% dos lojistas são casados e 39% são solteiros

• 51,2% não têm filhos, 48,8% têm

• 36,8% dos entrevistados têm nível de ensino superior completo (20,5% com pós-graduação, mestrado ou doutorado) e 24,3% têm superior incompleto.

• 50,5% trabalham com e-commerce há 1 ano ou menos. 17,2% trabalham na loja virtual há 2 anos

• 32,4% conciliam a loja com outro emprego, 26,5% trabalham exclusivamente na loja virtual e 41% trabalham no mesmo ramo que a loja virtual.

• 45% trabalham sozinhos e 21,6% com o cônjuge. 16,6% dos lojistas possuem um funcionário

• 59,4% dos lojistas trabalham de casa e 26,6% possuem um escritório

• Renda Familiar: a maioria é da Classe C (36,4%), com renda de R$ 3.748,01 a R$ 9.370,00, seguida pela Classe D (27,6%). 13,7% dos lojistas são da Classe B, com renda de R$ 9.370,01 a R$ 18.740,00

• 44,5% dedicam de 1 a 2 horas na loja virtual, 25,4% dedicam meio período do dia e 24,3% se dedicam em período integral

• Os segmentos mais escolhidos em 2016 foram: Moda e Acessórios (24,7%), Cosmético e Perfumaria (10,4%) seguido por Casa e Decoração (5,4%)

• 59,3% dos empreendedores escolheram a área de atuação da sua loja ao identificar uma oportunidade no mercado e 56% afirmaram que a principal motivação para empreender foi ser dono do próprio negócio – não ter chefe.

• 56,5% investiram inicialmente até R$ 1 mil e 19,7% dos lojistas investiram até R$ 5 mil reais

• 44% dos empreendedores buscaram informações na internet antes de abrir sua loja. 33% não se especializaram antes de abrir a loja

• Para aprimorar seu negócio, 69,2% dos lojistas buscam informações no Youtube

• Estratégia para divulgação de produtos: Facebook (90,5%), WhatsApp (59,3%) e Instagram (62,6%)

• 53,9% afirmam que a divulgação (marketing) é a maior dificuldade na hora de empreender na internet e 43,2% afirmam que a concorrência com grandes redes é a maior dificuldade

• 90,6% estão otimistas com o ano de 2017