Resultados indicam ainda que os custos locais de TI ficam acima dos valores globais
A Bain & Company lançou uma iniciativa para criar um benchmark local de gastos de TI. O piloto tem colocado foco em empresas de varejo e agora a consultoria deve expandir a iniciativa a outras indústrias. O objetivo da ferramenta é complementar, e não substituir, os benchmarks globais existentes, dando uma visão local dos investimentos realizados em tecnologia pelas empresas brasileiras. A meta é que esse estudo forneça informações relevantes para as companhias brasileiras conseguirem aumentar a eficiência do seu spending em TI.
O recorte local da Bain mostrou que o investimento médio em TI das companhias brasileiras é de aproximadamente 2,4% da receita, enquanto globalmente essa taxa fica em 1,5%. Contudo, apesar dessa visão inicialmente positiva, os dados mostram que boa parte desse investimento é dedicado a manter os sistemas e infraestrutura atuais (76% do IT spend em comparação com a média mundial de 67%), enquanto só 17% são dedicados ao crescimento e evolução significativa dos sistemas e infraestruturas atuais (cerca de 21% no benchmark global). Finalmente, somente 7% desse investimento em IT é dedicado a transformar a tecnologia atual, modernizando aplicações ou infra, enquanto no benchmark global essa fatia, na média global, é de 12%.
O estudo realizado permite às companhias participantes analisar as áreas nas quais podem ser mais eficientes, comparadas com o benchmark brasileiro do setor. Adicionalmente, os dados fornecidos aos participantes apresentam diferentes análises por subsegmentos, como alimentar, moda, atacado etc. no caso de varejo, o que aumenta a assertividade da análise e a comparação.
“Quando identificamos as demandas únicas das companhias locais, conseguimos levantar oportunidades e desafios específicos, o que facilita a adoção de estratégias que realmente alavanquem os negócios. Dessa forma, as empresas conseguem otimizar seus investimentos em TI, melhorar a eficiência operacional e se destacar em um mercado competitivo”, afirma Andrea França, sócia da Bain, integrante da prática de Enterprise Technology.
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