Inseed Investimentos realiza aporte na Devicelab

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A carioca DeviceLab receberá aporte de R$2.3 milhões do Fundo Criatec3 maior fundo de apoio ao empreendedorismo e inovação para o desenvolvimento de empresas early stage no Brasil, gerido pela Inseed Investimentos. A startup tem como missão melhorar a experiência das pessoas com seus smartphones e tablets por meio de avaliações realizadas de forma automatizada com software proprietário.

Alexandre Alves, diretor de prospecção da Inseed Investimentos, explica que a DeviceLab foi escolhida por ser pioneira na avaliação de aplicações e interfaces digitais em diferentes devices e ambientes online. “Avaliamos mais de 900 empresas nos últimos meses e agora estamos com 8 empresas em fase final de efetivação de investimento. A DeviceLab é a primeira startup da região sudeste que anunciamos investimento do Criatec 3”. O principal produto da Companhia é o Blink, plataforma na nuvem que acessa e executa scripts de testes em celulares reais de forma automatizada. “Ele integra tecnologias simplificando e reduzindo custos e tempo de execução de testes de aplicativos. Controlado remotamente, ele usa centenas de aparelhos reais e pode ser operado por funcionários sem conhecimento em programação”, explica Alexandre. Entre os clientes daDeviceLab destaque para Globosat, M4U(do Grupo Cielo) e UBook

Para Leandro Ginane, CEO da DeviceLab, o aporte será direcionado ao P&D, marketing e vendas, além de lançamento de uma nova plataforma que irá auxiliar empresas menores a testar seus aplicativos. “Com o investimento do Criatec 3, conseguiremos ampliar nossa oferta para novos segmentos de mercado, que atualmente necessitam avaliar seus aplicativos em diferentes aparelhos reais e não conseguem. Um dos objetivos da DeviceLab é democratizar o acesso aos smartphones mais usados pelos usuários, para que possam ser utilizados em cloud para realização de testes antes mesmo do lançamento de um aplicativo, contribuindo assim com a nossa missão de melhorar a experiência das pessoas ao usar seus aparelhos no dia a dia, independente de classe social, modelo do celular, sistema operacional e qualidade de conexão à internet.”

DEVICELAB

A Companhia nasceu em 2012 no Rio de Janeiro, RJ, quando Leandro Ginane percebeu uma oportunidade de melhorar a qualidade da experiência das pessoas ao usar aparelhos móveis. Com o advento dos smartphones e tablets a diversidade de dispositivos, sistemas operacionais, versões e situações de uso tornaram complexo o desenvolvimento de aplicações que sejam compatíveis e funcionais com essa variedade de situações de uso. Nesse contexto diverso grande parte das empresas já apontavam a necessidade de garantir excelência de exposição de seus produtos e marcas nesses novos canais, porém esse objetivo não estava sendo satisfeito devido a dificuldade em reproduzir o contexto de uso das pessoas para que os aplicativos fossem avaliados no mesmo cenário de uso real antes mesmo de serem lançados.

“Os smartphones e seus aplicativos estão apenas há 10 anos no mercado: o primeiro iPhone e o primeiro smartphone com o sistema operacional Android foram lançados em 2007 e o WhatsApp, aplicativo mais utilizado no Brasil, foi lançado em 2009. No entanto, com o crescimento exponencial do uso desses novos dispositivos, muitas empresas passaram a considerar os aplicativos como um dos principais canais de venda e exposição de seus produtos. Diante desse contexto, as empresas têm hoje necessidade de garantir excelência na exposição de seus produtos e marcas nesses novos canais digitais”. explica Leandro Ginane.

“Quando realizam testes limitados a alguns aparelhos e de forma manual, as empresas não conseguem obter de forma efetiva informações sobre a qualidade da interface de seus aplicativos com usuários, pois esses testes são feitos em ambientes controlados que não consideram a diversidade que o ambiente real apresenta. Esse cenário é crítico principalmente para empresas que possuem maior engajamento mobile como: bancos, seguradoras, empresas de e-commerce e meios de pagamento e companhias aéreas. Em aplicativos de bancos, por exemplo, acontecem situações de erros em que o usuário não consegue pagar uma conta (pelo fato de o botão de pagar não ser exibido em tela), atrasa o pagamento e é cobrado por multa e juros. Nesse e em outros casos similares existe um grande risco para o banco tanto em termos de imagem quanto financeiramente. Já no caso de uma empresa aérea há situações em que o passageiro está atrasado, não consegue realizar o check-in pelo aplicativo e acabar por perder seu voo, o que implica num risco de imagem e prováveis perdas financeiras e de confiança na empresa. E como ultimo exemplo, um cliente de um pequeno e-commerce pode não conseguir visualizar o carrinho de compras em sua tela, não concluir o pedido e buscar um concorrente. Nesse caso o site pode perder clientes importantes, ter recomendações negativas e outras consequências que prejudiquem sua imagem. Em muitas como essas citadas não é exatamente um erro de programação que ocorre, mas de adequação ao dispositivo do usuário, por isso a importância de que sejam feitos testes em diversos aparelhos contemplando situações de uso real”, defende Leandro.

O CEO reforça ainda que a multiplicidade de ambientes para realização de testes torna complexa a tarefa para as empresas de garantir que os aplicativos sejam disponibilizados sem falhas para o cliente.

EMPREENDEDORES

Outro sócio da empresa é o João Souza, especialista em inovação com longa experiência em integração de soluções de software-hardware e automação de grandes bancos. Ele começou sua jornada empreendedora com a empresa Sisnav, que atuava no desenvolvimento de software para imagens e atendia clientes públicos de grande porte como Ministério da Aeronáutica, Marinha e Universidades Federais. Em 1993 fundou a Volans, focada em projetos de automação e integração hardware-software em grandes empresas e bancos como Santander, Bradesco, Caixa, Intel, TecBan, C&A, Toyota, dentre outras.

O conhecimento adquirido por João e sua equipe ao longo de mais de 20 anos no desenvolvimento de ferramentas de integração com tecnologias que abordam questões críticas para um banco como segurança e anti-fraude, chamou a atenção do Leandro quando este estava iniciando o projeto da DeviceLab. Enquanto Leandro tinha grande conhecimento em produtos e experiência do usuário, João é o sócio responsável pela criação de ferramentas e tecnologias, e o profundo conhecimento de programação e integração de equipamentos bancários (hardware).

Para o diretor da Inseed Investimentos, Alexandre Araújo, as duas competências unidas possibilitaram o desenvolvimento de um produto simples, porém com tecnologias relevantes, não triviais e de alto valor para empresas que buscam a excelência na interação entre as aplicações móveis e seus usuários.

SELECIONADA PELO BR STARTUPS

Em 2015 a DeviceLab foi escolhida para participar do programa de aceleração do MSW BR Startups – Fundo de Multi-Corporate Venture que congrega grandes corporações como a Microsoft, Qualcomm, Grupo Algar entre outras. “Nos tempos de hoje onde cada vez mais as grandes empresas buscam proporcionar a seus clientes uma experiência de usuário digital no mínimo igual ou melhor do que no mundo físico, a solução da DeviceLab passa a ser indispensável no desenvolvimento e teste de aplicativos para grandes massas de clientes. Por essa razão, e também por ser uma solução 100% brasileira que pode conquistar o mundo, em 2015 selecionamos a DeviceLab, através do Investimento da Acelera Partners na Startup”, mencionou Richard Zeiger, sócio da MSW Capital.

OUTRAS INVESTIDAS

O Fundo Criatec 3 anunciou em maio a startup Chip Inside como a primeira empresa a receber aporte do fundo. O Criatec 3 foi lançado no ano passado e tem R$230 milhões sob gestão. Com atuação nacional, ele conta com 13 cotistas composto por bancos de desenvolvimento, agências de fomento estaduais, corporações e investidores privados de todo o país. Durante o primeiro ano, realizou sua estruturação e apresentação pelo país, avaliou 936 oportunidades, e agora conta com 8 empresas em fase final de efetivação de investimento. Localizada em Santa Maria, Rio Grande do Sul, a Chip Inside nasceu em 2010 dentro da Universidade Federal da cidade, a UFSM, e é especializada no monitoramento em tempo real e com alta precisão do comportamento e do ciclo reprodutivo do gado de leite. Seu principal diferencial está na solução do seu produto voltado para a coleta de dados que permite a detecção dos níveis de ruminação, atividade e ociosidade do animal.

PROCURA-SE EMPRESA INOVADORA

Você tem uma empresa inovadora, em estágio inicial, e elevado potencial de crescimento? Estaria disposto a ter um sócio investidor com quem possa compartilhar decisões e que agregue não apenas capital, mas também estratégia, governança e gestão? Se sua resposta é sim, então o Fundo Criatec3 é uma ótima opção para você e seu negócio crescerem e se fortalecerem.

Podem participar do Criatec 3 empresas estabelecidas no Brasil que desenvolvam tecnologias inovadoras e que tenham alto potencial de crescimento. Segundo ele, essas tecnologias devem oferecer forte barreira que impeça ou dificulte sua reprodução por outros players. Devem ser ainda escaláveis e a solução ou produto apresentados deve resolver um problema de mercado muito relevante. “O Criatec 3 é uma oportunidade real em meio à crise econômica que o país está enfrentando. Por isso, é uma excelente opção não só para quem está disposto a ter um sócio investidor que agregue capital, mas também que some em termos de estratégia, governança e gestão”. O diretor ressalta ainda que são procuradas micro e pequenas empresas com faturamento líquido de até R$ 12 milhões, no ano anterior ao investimento. “O Criatec 3 tem como diretriz investir nos seguintes setores: Tecnologia da Informação e da Comunicação, Biotecnologia, Agronegócio, Novos Materiais e Nanotecnologia”, destaca Alexandre, lembrando que são setores prioritários, mas sem excluir outras áreas.

Mais informações e inscrições pelo site: http://www.inseedinvestimentos.com.br/criatec3