Estamos em franca transformação digital e a indústria 4.0 no Brasil tem ainda longo caminho a percorrer em vários setores da economia de forma gradual e disrruptiva.
Somados ao potencial combinado de tecnologias como a Internet das Coisas (IoT), Big Data, Analytics, Aprendizado de Máquina, cloud computing, computação cognitiva e inteligência artificial, robótica, entre outros, esta nova revolução tecnológica agrega redução de custos, ganhos de eficiência e receita adicional provocada por novos modelos de negócios.
Cunhado em Hannover, na Alemanha, durante evento em 2011, o termo indústria 4.0 foi citado pela primeira vez por um grupo de pesquisadores que fez algumas recomendações ao governo alemão e, dois anos mais tarde, a indústria 4.0 começou, de fato, a ser desenvolvida naquele país. Desde então, este é um processo em expansão. Assim como o governo alemão, outros países e grandes companhias já despertaram para o valor da Indústria 4.0.
Tais ganhos proporcionam ainda crescimento econômico, o potencial de geração de Valor da Industria 4.0 no mundo, provocará forte geração de empregos qualificados e elevação da qualidade de vida.
De acordo com vários institutos de pesquisa em 10 anos, 49% dos empregos tradicionais que conhecemos não existirão e 40 % das empresas que conhecemos também não estarão no mercado, devido à forte pressão das tecnologias disrruptivas combinada com modelos de negócios inovadores.
Justamente por estes motivos que precisamos nos posicionar a respeito e pensarmos em um modelo de desenvolvimento adequado ao nosso País que nos torne cada vez mais competitivos e mais produtivos.
Estamos diante de uma nova revolução tecnológica, a quarta revolução industrial combinada com tecnologia de nuvem, com o uso de redes inteligentes capazes de agendar manutenções de máquinas, prever falhas em processos e propor mudanças na produção. Há uma descentralização do controle dos processos produtivos e o uso em escala de dispositivos inteligentes interconectados só tende a crescer. Essas mudanças ao longo de toda a cadeia de produção e logística são profundas e agregam eficiência para diversos setores como saúde, energia, transporte, logística, varejo, construção, agronegócio e manufatura.
Tal qual a proliferação de aparelhos celulares hoje em dia, o que era impensado há 20 anos para a maior parte dos brasileiros, para se tornar uma realidade, a Indústria 4.0 necessita de investimentos em tecnologias emergentes de TI, Cloud Computing, automação e na Internet das Coisas. A boa notícia é que a maior parte dessas tecnologias já estão disponíveis, por exemplo Cloud Computing como primeiro passo para as empresas iniciarem sua jornada para a transformação digital dos seus negócios. O próximo passo é tornar estas inovações conhecidas e acessíveis a todos, nas mais diversas verticais de negócios.
Temos pela frente uma verdadeira jornada iniciando com a migração para Cloud Computing, aliviando as corporações de investimentos pontuais, trazendo uma forte redução dos custos, liberando tempo e recursos das áreas de tecnologia e operações para focarem na transição gradativa para que a Indústria 4.0 possa ganhar terreno durante a crise e na retomada da economia.
Não devemos temer o aumento do desemprego com o avanço da automação, por exemplo. Devemos educar e qualificar nossa mão de obra para que estes profissionais possam trabalhar na outra ponta da cadeia de valor: no desenvolvimento, programação e gestão de toda essa tecnologia.
O perfil dos trabalhadores está mudando em todo o mundo, e o Brasil precisa se adequar ao novo cenário rapidamente, em uma agenda positiva de aumento de produtividade e inovação. Se não investirmos na educação e qualificação das pessoas, com foco em tecnologia, vamos assistir passivamente os nossos postos de trabalhos manuais serem preenchidos por computadores e máquinas com robótica integrada com inteligência artificial e aprendizado de máquina.
É hora de abusarmos da criatividade e aprendermos a tomar decisões de modo rápido e a solucionar problemas. Por mais avançadas que possam ser, as máquinas ainda precisam de pessoas, de programadores, engenheiros, técnicos e inteligência. As pessoas estão na base de todo este processo.
Se bem aplicada e gerenciada, a tecnologia Cloud Computing e Transformação Digital são as alavancas para melhorar o desempenho das operações, reduzir custos, aumentar a produtividade, aumentar as vendas e ajudar a sair da crise fortalecido. A tecnologia de Cloud Computing combinada com Transformação Digital catalisa o aumento da demanda por produtos customizados, gerando uma melhor experiência para os consumidores e um aumento da satisfação.
Todos têm a ganhar na jornada para Cloud com Transformação Digital.
João Alfredo Pimentel é fundador da CorpFlex, especializada em soluções de Cloud Corporativa e outsourcing de TI