Novas demandas por tecnologias de impacto ambiental, tanto da indústria quanto dos consumidores finais, apontam para o aumento mundial de investimentos nesta área. Para apresentar estas iniciativas, a empresa dinamarquesa Green Innovation Group vem ao Brasil pela primeira vez. Ela é uma das líderes em buscar inovação “verde” pelo mundo. Para começar esta relação com o país, a Green Innovation traz seu evento Greentech Challenge para São Paulo.
Realizado no Cubo Itaú dia 28 de novembro, o evento será dedicado à compreensão e discussão do mercado de “negócios verdes”. Estarão presentes players como Marcos Penido, Secretário de Infra-Estrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo, que apresentará o Projeto Poluição dos rios Pinheiros e Tietê; Ricardo Gravina, da Climate Ventures; e Gustavo Junqueira, da Inseed.
Assuntos como Investimento de Impacto Sustentável global e local, Green Venture Capital Global e Brasil e Blockchain serão abordados em painéis. Estão confirmados também o dinamarquês Martin Petersen, diretor do Green Innovation Group e criador do evento, e Alessandra Sollberger, suíça de origem brasileira que é líder no mercado de blockchain global e CEO da Evermore Health.
Além disso, 12 startups brasileiras selecionadas pela Green Innovation finalizarão um intenso bootcamp (programa de imersão) de três dias, apresentado no palco suas iniciativas para participantes.
“O objetivo é trazer empresas cujos produtos tenham rentabilidade comprovada e validada. Há uma grande demanda por alternativas que, futuramente, poderão se tornar o produto principal no lugar de materiais e também ser formas de energia. Segundo o monitoramento do banco Credit-Suisse, 80% dos investidores pertencentes à geração Millenial têm interesse em negócios de impacto ambiental”, explica o representante do grupo dinamarquês no País, Tiago Brasil Rocha.
A base de dados da aceleradora conta com mais de 6 mil tecnologias de impacto mapeadas globalmente. Das startups aceleradas pela Green, mais de 70% que participaram do Greentech Challenge aumentaram o capital em cerca de 500 mil euros. São iniciativas nas áreas de aquacultura, blockchain, nanotecnologia, indústria 4.0, lixo, agricultura, energia via biomassa e Internet das Coisas (IOT), entre outras.
O evento traz ao país um olhar mais mercadológico para o meio sustentável: um segmento com empresas de rentabilidade comprovada e validada, escalabilidade global e com soluções necessárias para as futuras necessidades do campo, indústria e consumidores.
“O Greentech Challenge propõe uma mentalidade invertida, na qual o propósito das ideias das empresas vêm antes de sua rentabilidade, e conecta estas ideias com interessados”, afirma Tiago.
Dinâmica do bootcamp
Durante os 3 primeiros dias – entre 25 e 27 de novembro – uma seleção de 12 empresas promissoras será treinada, por meio de interações com grandes mentores na FEA-USP. Os critérios para a seleção foram: negócios já ativos no mercado, com potencial de venda, que despoluem o meio ambiente e reduzem dióxido de carbono (CO2).
Entre os parceiros na mentoria estão o Itaú, os escritórios de advocacia Tozzini Freire, brasileiro, e J. Pereira da Cruz, português, a Secretaria de Infra-Estrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo, a Brain Business School, escola de empreendedorismo, entre outros.
No dia 28/11, as startups farão seus pitches no Cubo, para uma audiência de participantes de mercados relevantes. O Challenge recebeu, ao todo, mais de 100 inscrições de startups brasileiras.