Gestor de coworking atrai jovens e é profissão do futuro

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É cada vez mais comum encontrar quem opte por compartilhar serviços, meios de transporte, e espaços de trabalho. Seja pela praticidade ou pela essência do colaborativismo, os coworkings ganham adeptos a cada ano. Segundo o Censo Coworking Brasil, 2017 registrou um crescimento de 114% nos usuários de coworkings em relação ao ano anterior.

Com o avanço da tecnologia, cresce o interesse das pessoas por praticidade e qualidade de vida, e, com isso, novas ocupações surgem a todo o momento. O compartilhamento de serviços é tendência no mundo todo, e profissões ligadas a esse modelo de negócio continuarão em alta nos próximos anos.

Uma dessas funções é a do gestor de coworking, responsável pela administração e pelo relacionamento com os clientes do espaço. “Um bom gestor de coworking é aquele profissional que entende da parte administrativa mas também gosta de se comunicar, atuando como gestor administrativo e ao mesmo tempo como “community manager”, comenta Bruna Lofego, especialista em coworking e CEO da rede de coworkings CWK, que conta com unidades em Minas Gerais e São Paulo.

Para ela, a profissão é uma boa aposta no mercado, pois o segmento de escritórios compartilhados cresce a cada dia. “Quem se qualificar e se posicionar no mercado nessa nova função estará largando na frente. Por isso, é uma excelente alternativa para jovens que buscam se qualificar e driblar o desemprego”, avalia ela.

Ela lista 4 motivos pelos quais vale a pena investir na profissão:

Mercado em alta

O segmento de espaços de trabalho compartilhados é tendência no Brasil e no mundo. O estado do Rio de Janeiro, por exemplo, está em segundo lugar em número de coworkings no Brasil, atrás apenas de São Paulo. São mais de 800 mil empresas de diversas áreas de atuação, somente na capital carioca, contra apenas 71 coworkings. “Muitos novos espaços serão abertos nos próximos meses e anos, e precisarão de profissionais preparados para gerir esses coworkings e atender às demandas dos clientes. Com isso, haverá um grande número de oportunidades para gestores”, explica Bruna.

Baixa competitividade

Por ser uma profissão nova, ainda não há muitos profissionais voltados para essa área, o que significa menos concorrência. “Com isso, quem se qualificar e ganhar experiência administrando coworkings agora estará largando na frente de muitos concorrentes. Daqui a alguns anos, esse mercado estará muito mais disputado. Por isso, quem tem afinidade com o setor deve apostar nele agora”.

Criatividade para se destacar na crise

Com a economia brasileira – e, consequentemente, a carioca- ainda em fase de recuperação da recessão, o mercado de trabalho está desacelerado e as boas vagas minguaram. “Nessas horas, é preciso se reinventar, e apostar em uma carreira inovadora pode fazer a diferença. Nas épocas de revés econômico, conseguem se manter e se destacar no mercado os profissionais que usam a criatividade para buscar outras ocupações, sem medo de ousar”, avalia Bruna.

Relacionamento interpessoal

O coworking é um ambiente altamente propício para o networking. Além dos clientes se comunicarem entre si em busca de parcerias ou troca de experiências, é na figura do gestor que terão o apoio necessário para isso. “O gestor de coworking é a pessoa que estará em contato o tempo todo com os clientes, mantendo uma conexão para ser capaz de auxiliá-los com soluções para as quais às vezes eles nem sabem que precisam”, comenta Bruna.

Com isso, para os profissionais que são comunicativos e gostam de estar sempre em contato com os mais diversos tipos de pessoas, a função é um “prato cheio”. “É um engano achar que o gestor de coworking irá lidar apenas com questões administrativas e burocráticas. O bom administrador do espaço de trabalho compartilhado deve mesclar habilidades de gestão com de “community manager”, sendo a principal interface com os frequentadores”, diz.