Finep Conecta: R$ 500 milhões para projetos conjuntos de empresas e ICTs

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Para estimular o setor privado e a academia ao desenvolvimento conjunto de inovação, a Finep vai oferecer melhores condições de apoio a empresas que investirem em projetos de pesquisa em parceria com institutos de ciência e tecnologia (ICTs) e universidades. O novo programa da financiadora, batizado de Finep Conecta, foi lançado pelo presidente da Finep, Marcos Cintra, nesta sexta-feira, 11/8, durante a reunião do Conselho Superior de Inovação e Competitividade (Conic), na Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp). Cintra participou da mesa principal da reunião ao lado de Rodrigo Rocha Loures, presidente do Conic; de Roberto Aluisio Paranhos e Antonio Carlos Teixeira Álvares, vice-presidentes do Conselho; de Mário Neto Borges, presidente do CNPq; de Oswaldo Massambani, superintendente da Finep em São Paulo; e do vereador Angelo Andrea Matarazzo.

A nova linha de crédito da Finep, que estará disponível para as empresas a partir desta segunda-feira (14/8), prevê mecanismos como taxas de juros menores e prazos e carências mais longos. Além disso, dependendo do grau de inovação da proposta, a Finep vai financiar até 100% do projeto – que deve ter valor mínimo de R$ 5 milhões. No total, serão disponibilizados R$ 500 milhões para a iniciativa em 2017.

A falta de articulação entre empresas e instituições de pesquisa é um dos principais obstáculos à pesquisa tecnológica no País. “A cooperação fortalece e dinamiza o sistema nacional de inovação”, destaca Marcos Cintra. De acordo com ele, os principais objetivos como o Finep Conecta são levar o conhecimento gerado nos ICTs e universidades para as empresas e ao mesmo tempo irrigar a pesquisa acadêmica com parte dos recursos usados para empréstimos. “Vamos aproximar o setor produtivo da comunidade científica e financiar parte da necessidade de custeio da academia”, afirma o presidente da Finep.

Exemplo internacional

A academia possui grande valor potencial às empresas, como recursos humanos de qualidade, infraestrutura de pesquisa avançada e possibilidade de transferência de tecnologia. Hoje, a maior parte dos pesquisadores brasileiros está no Governo e no ensino superior – 74%, contra 26% oriundos do setor empresarial.

Países como Suécia, Japão, Finlândia, Suíça e Irlanda possuem iniciativas semelhantes no setor de CTI, com programas que priorizam o aumento dos recursos para projetos conjuntos. Na França, por exemplo, se um ICT apresentar projeto em parceria com uma empresa ganha pontos extras e mais facilidade para obtenção de recursos. A Espanha é outro país que oferece facilidades para empresas e ICTs que trabalham juntos.