Estudo da JetBrains mapeia o mercado mundial de desenvolvedores

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A busca por desenvolvedores é uma das mais acirradas do mercado profissional, como um todo. Para ajudar neste cenário, a JetBrains realizou a 6ª edição da pesquisa “O Estado do Ecossistema de Desenvolvedores”, criada com o objetivo de retratar o perfil e os interesses da comunidade mundial de desenvolvedores. No mapeamento mais recente, realizado entre os meses de maio e julho de 2022, foram consideradas as opiniões de mais de 29 mil desenvolvedores de todo o mundo. 

“A pesquisa apresenta um panorama da comunidade de programadores, com as últimas tendências em linguagens de programação, tecnologias, ferramentas e frameworks. Ela também permite ter uma ideia da rotina dos desenvolvedores”, explica Luiz Di Bella, diretor regional de marketing da JetBrains.

O relatório mostra cerca de 500 gráficos, organizados em 31 seções que se dividem por tópico e acompanhadas de fatos interessantes. Este ano, foram introduzidas novas seções sobre Ciência de Dados, Desenvolvimento Remoto e Bem-estar Mental. 

A seguir estão alguns dos principais insights do estudo:

JavaScript tem sido a linguagem de programação mais usada

Nos últimos 12 meses, as linguagens de programação mais utilizadas foram JavaScript (resposta de 65% dos entrevistados), HTML/CSS (55%) e Python (53%). Porém, metade de todos os desenvolvedores ouvidos estão planejando adotar uma nova linguagem de programação, com destaque para Go, Rust e Kotlin.

IA e ML são consideradas as tecnologias mais promissoras

Com opção de resposta livre, 14% dos entrevistados disseram considerar a inteligência artificial e a machine learning como as tecnologias mais promissoras. Além das linguagens de programação, os entrevistados também mencionaram as tecnologias Blockchain, WebAssembly, Flutter, AR/VR e Cloud

Windows lidera os sistemas de desenvolvimento

Quando questionados sobre quais sistemas operacionais fazem parte dos seus ambientes de desenvolvimento, 61% dos entrevistados indicaram o windows. Na sequência, a menção foi para macOS (46%) e Linux (45%).

Desenvolvedores apreciam a mobilidade

Na sondagem sobre o dispositivo mais utilizado para desenvolvimento, 85% indicou o notebook e 54% utilizam o desktop. Uma parcela (9%), diz ser adepto do smartphone para essa ação.

Empregadores devem ficar atentos à rotatividade

Do total de entrevistados, 44% afirma ter algum nível de insatisfação com relação ao próprio salário, o que pode ser interpretado como um alerta para que os empregadores mantenham atenção quanto aos programas de atenção e retenção de talentos, principalmente considerando o aquecimento da área de TI. O restante dos profissionais ouvidos divide-se entre os que estão completamente satisfeitos com a remuneração (7%), muito satisfeitos (20%) e relativamente satisfeitos (29%). 

O inglês segue como idioma prioritário

Mais da metade dos profissionais entrevistados (67%) afirmaram ter o inglês como principal idioma no dia a dia do trabalho. A lista de cinco idiomas prioritários se completa com chinês (20%), japonês (11%), alemão (5%) e espanhol (5%).

Desenvolvedores anseiam pelo protagonismo

Quando questionados sobre os aspectos que mais valorizam no trabalho, 70% indicou que a prioridade é ter a oportunidade de estar em um trabalho em que sinta que pode realizar algo. O top 3 da valorização se completa com bom horário de trabalho (69% dos entrevistados) e bom salário (67%).

Antes de adquirir uma tecnologia, desenvolvedores investem na pesquisa

Diante da necessidade de escolher uma nova ferramenta de desenvolvimento, 79% dos entrevistados revelaram que descobrem e pesquisam soluções disponíveis por meio de avaliações gratuitas. As boas práticas desses profissionais também incluem pedir indicações a conhecidos (64%) e visitar comunidades de desenvolvedores (51%).

Estima-se que até 2025 o Brasil amargue um déficit anual de 106 mil talentos em tecnologia, de acordo com dados de pesquisa da Brasscom – Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de Tecnologias Digitais. “O número, apesar de alarmante, não é exatamente uma surpresa. Afinal, com a aceleração da transformação digital dentro e fora das empresas, há tempos a área de tecnologia enfrenta a dificuldade de encontrar profissionais qualificados. Ano a ano, a demanda por profissionais supera o número de profissionais preparados para ingressar no mercado”, comenta Di Bella.