Estudo destaca que boas práticas e alinhamento estratégico fortalecem o sucesso dos CVCs
Nos últimos anos, o Corporate Venture Capital (CVC) tem se consolidado como uma das principais estratégias adotadas por grandes e médias empresas para impulsionar inovação e crescimento sustentável. Com um ecossistema dinâmico e em constante evolução, as companhias têm refinado suas abordagens para garantir que seus programas de CVC gerem impactos estratégicos ainda mais significativos.
De acordo com a Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP), as startups brasileiras receberam R$ 4,1 bilhões de investimentos de fundos de venture capital entre janeiro e maio de 2024. Embora esse volume represente uma leve retração de 4,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, o mercado segue promissor, com oportunidades relevantes para empresas que estruturam seus CVCs de forma estratégica.
Para Rodolfo Santos, cofundador e CEO do BMG UpTech (CVC do Grupo BMG) e Diretor Diretor Corporate Venture Capital da Bossa Invest, o alinhamento estratégico é um fator decisivo para o sucesso dos programas de CVC. “Quando há uma visão clara e bem definida, os investimentos tornam-se mais sinérgicos com o core business, impulsionando tanto o crescimento financeiro quanto os diferenciais competitivos da companhia”, explica Santos.
A profissionalização da gestão também é um fator essencial. Contar com uma equipe especializada ou uma gestora experiente amplia a capacidade de identificar startups promissoras, realizar análises criteriosas e acompanhar os investimentos de maneira estratégica. “Com uma estrutura bem planejada, o CVC se torna uma ferramenta poderosa para fomentar inovação, desenvolver novas tecnologias e fortalecer o posicionamento das empresas no mercado”, acrescenta Santos.
Para maximizar o impacto do Corporate Venture Capital, especialistas recomendam algumas boas práticas. Alinhar as iniciativas do CVC ao core business e à estratégia de longo prazo da empresa é um dos primeiros passos. Além disso, definir metas realistas e indicadores-chave de desempenho (KPIs) permite acompanhar o progresso e otimizar decisões ao longo do tempo. Outro fator essencial é criar mecanismos para integrar os aprendizados e as inovações das startups ao dia a dia da empresa, potencializando sinergias e ampliando a competitividade do negócio.
A escolha da estrutura adequada para o investimento também influencia diretamente nos resultados. Fundos de Investimento em Participação (FIP) oferecem segurança jurídica e gestão profissionalizada, enquanto as Sociedades em Conta de Participação (SCP) garantem flexibilidade e menor burocracia. Outra abordagem relevante é o co-investimento estratégico com parceiros sinérgicos, proporcionando acesso ampliado a recursos e fortalecendo o suporte às startups investidas, dentro de um modelo de smart money que vai além do aporte financeiro.
“Com uma gestora experiente e um modelo bem estruturado, os CVCs se tornam instrumentos altamente eficazes para gerar valor e transformar o ecossistema de inovação. Empresas que adotam essa estratégia de forma bem planejada consolidam-se como protagonistas do futuro dos negócios”, conclui Santos.
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